Em Houaiss (2002), Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa, a desinformação é a ação ou efeito de desinformar com informação falsa, dada no propósito de confundir ou induzir a erro. De acordo com a doutrina da Agencia Brasileira de Inteligência – ABIN a desinformação é a divulgação de informações falsas ou incorretas a fim de influenciar ou manipular pessoas ou grupos.
Por meio de paráfrase à definição de Contrainformação, a desinformação pode operar-se através da publicidade de um regime político, da publicidade privada, por meio de boatos, rumores, estatísticas ou estudos supostamente científicos e imparciais, mas pagos por pessoas, empresas ou instituições econômicas interessadas, por afirmações não autorizadas a divulgar argumentos adversos que possam suscitar uma medida e antecipar respostas e uso de meios não independentes ou financiados em parte por quem divulga a notícia.
A Desinformação serve-se de diversos procedimentos retóricos a pressuposição, o uso de falácias, mentiras, omissão, sobreinformação, descontextualização, negativismo, generalização, especificação, analogia, metáfora, eufemismo, desorganização do conteúdo, uso de adjetivos dissuasivos, reserva da última palavra ou ordenação da informação preconizada sobre a oposta.
A maior parte das pessoas não sabem o que é desinformação. Imagina que é apenas informação falsa para fins gerais de propaganda. Ignora por completo que se trata de ações perfeitamente calculadas em vista de um fim, e que em noventa por cento dos casos esse fim não é influenciar as multidões, mas atingir alvos muito determinados - governantes, empresários, autoridades - para induzi-los a decisões estratégicas prejudiciais a seus próprios interesses e aos de seu Estado. A desinformação-propaganda lida apenas com dados políticos ao alcance do povo. A desinformação de alto nível falseia informações especializadas e técnicas de relevância incomparavelmente maior. (CARVALHO, 2001)
É muito fácil identifica-la em sites da internet, as quais tem como propósito gerar opinião contrária e falsa sobre determinado assunto, de forma a que a própria opinião fique enobrecida ou glorificada. Trata-se antes de mais nada, de convencer as pessoas com sentimentos e não com razões objetivas. Habitualmente emprega-se em defesa de interesses, encobrindo a intenção econômica a que obedece esse ponto de vista aparentemente bem-intencionado de a regular.
Algumas palavras e expressões não admitem réplica nem razoabilidade lógica. São os chamados adjetivos dissuasivos, contundentes e negativistas que obrigam a submeter-se a essas palavras e excluem o teor e qualquer forma de trâmite inteligente. A sua contundência emocional da mensagem, eclipsa toda qualquer possível dúvida e os princípios de qualquer forma razoável de pensamento.
Geralmente serve para rebaixar a reputação de pessoas, empresas e instituições com um discurso no sentido oposto da realidade e cria uma atmosfera irrespirável. Muitas das palavras utilizadas na desinformação são replicadas em rede e costumam atrair outros elementos em cadeia formando afirmações redundantes absolutamente indiscutíveis.
NOTAS:
HOUAISS. Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa. 2002.
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