Luciana Virgília Amorim de Souza[1]
Isabel Maria Amorim de Souza[2]
Resumo: A história de Josef K. um funcionário de um banco que foi processado injustamente e inocente, quando dois guardas o chantagearam afirmando que o Josef K. cometeu suborno. Essa obra desenvolve um espírito crítico ao poder judiciário e a arbitrariedade, porque existe um sistema falho e vulnerável. A obra feita por Franz Kafka, conta a história de Josef K. que foi condenado e julgado por um tribunal misterioso, em que muitos ficam em dúvida sobre a real história acontecida. Fato que expõe revolta e tristeza. Assim, será feita também uma abordagem de uma injustiça no processo, tendo um comparativo com a tutela jurisdicional do Estado. Aspectos intrínsecos da personalidade do autor marcam como foi escrito a obra o que traz uma análise crucial das emoções e o sentido que vida proporciona ao autor. Escrito na época da primeira guerra mundial denota que esta novela traz aspectos configurantes dos momentos vividos pelo autor neste período de 1914 a 1915, assim pode-se aferir que a personalidade e a forma de escrever demonstram traços fiéis de sua intenção e emoções que autor passou durante todo o período final de sua vida quando estava doente ao escrever a obra o processo.
Introdução
O presente trabalho tenta analisar a obra, o processo, e a personalidade psicológica marcante do autor incorporada na leitura do texto, pois o tempo todo o livro resalta o caráter forte e consciente do autor, embutidos dentro das opiniões e ideias sobremaneiras na obra. Nesta obra, por se tratar de uma análise surreal e metafísica da realidade vivida pelo personagem da obra sua linguagem é rodeada de aspectos temerosos em que o medo, através do jogo de palavras, é o tempo todo influenciado durante a leitura. Pode- se aferir que o sentido que o autor tramite durante a obra, é perceptível, principalmente dentro dos aspectos intrínsecos da personalidade do próprio autor, revelado e atingido o tempo todo, assim a consciência e personalidades do autor da obra é contagiada pela revelação de suas ideias e formas de pensar.
O presente artigo analisa a história de Josef K. um bancário que trabalhava numa empresa, onde era um bom funcionário, onde foi acusado injustamente no processo, levado para depor e achava que iria escapar dessa, ileso quando ele falasse que era inocente no processo.
Percebe-se que o poder judiciário e sua arbitrariedade, mostra que existe injustiças na sociedade. E na obra, a vontade de justiça era grande e achava que partes das pessoas iriam ser justas com Josef K.
Esta obra conta a história de um funcionário de um banco que foi processado injustamente e inocente, quando dois guardas o chantagearam afirmando que ele cometeu suborno. Na empresa que ele trabalhava era um ótimo funcionário com responsabilidade, desempenhando sua função com dedicação e entusiasmo. Logo após, ser levado a depor ele achava que iria escapar dessa, sem sofrer dano algum, quando falasse que era inocente no processo, e que não tinha cometido nenhum delito. Muitas pessoas não sabiam o motivo da sua detenção. Neste livro, o personagem não sabe o motivo porque é condenado e as razões de uma detenção, com o desenrolar da trama a beira da metafísica, surreal, mistério e loucura.
Ele é julgado e condenado por um tribunal misterioso em que muitos ficam em dúvida sobre a real história acontecida. Em uma manhã, no dia do seu aniversário, o jovem procurador do banco foi surpreendido, e acusado injustamente nesse processo, ele acreditou que foi mais uma brincadeira dos seus colegas de trabalho do banco, que teriam feito contra ele, e por isso não levou a sério. Neste caso, fica a dúvida por que processar alguém assim, injustamente e como reparar o erro causado a alguém sem culpa?
Ele pensava que ao ser interrogado, resolveria logo o seu problema. Ao completar 31 anos foi morto na de frente a sua casa, desconhecendo o porquê do processo, o romance, faz uma crítica feroz ao poder judiciário e sua arbitrariedade, mostrando também, porque existe um sistema judiciário falho e vulnerável.
A justiça questionada na obra revela a obscuridade do processo realizado contra um inocente e quão vago ele se transforma e são usadas provas absurdas contra ele durante todo o romance. O absurdo e obscurantismo do romance se declaram omisso e negligente ao processar suas falhas e erros contra uma situação irreal e metafísica.
A razão nesses casos, a fragilidade do homem diante da racionalidade e o desenrolar dos processos sociais em que é submetido. Neste caso, os valores e a vida do ser humano são relegados a um plano inferior. Assim, a alienação toma conta da razão e da sensibilidade humana, pois a consciência nesses casos é dominada pelas fragilidades da sociedade que impõe ao homem o poder de mando e obrigação.
O homem é visto como alienador e esta submetido aos ditames da sociedade que é subjugada pelas organizações sociais, que lhe impõe poder e domínio. A liberdade é tolhida e o indivíduo, pois julgado pelos ditames da lei, que tem um sistema judiciário inoperante e falho, que comete injustiça e domina a consciência de todos.
Os conflitos vivenciados pelo personagem revelam uma linguagem cuja ideologia e a relação de poder de um homem sobre o outro, denotam irracionalidade o tempo inteiro, durante a obra.
A alienação é resultado da racionalização, pois o romance é dominado por um mal-estar o tempo inteiro, durante a narrativa, cuja lógica e a razão são frutos da instabilidade do personagem no trama. A relação entre os personagens do romance é de subordinação em que um está subjugado a outro. Está claro no romance, à relação que um está sendo totalmente dominado pelo outro.
Essa relação constitui uma unidade que é evidenciada pela estrutura de poder e comando das organizações na sociedade. A coação também é presente no romance, de forma a revelar que o lado coagido, passa por instabilidades emocionais e tenta-se fazer uma autoanálise das reflexões desse personagem.
O medo está totalmente presente no decorrer da narração dos fatos. A perda de sua autonomia revela a fragilidade do personagem acusado na trama. O sentimento de ser acusado e culpado no processo revelam a instabilidade e o sofrimento do personagem que evidenciado durante a narrativa.
Surpresas surreais e insólitas criam um clima de desorientação e metafísica geradas e dessa maneira, o personagem se sente meio incomodado. Situações de absurdo também é presente na obra o que denota certa irrealidade que beira da loucura.
O livro pode se considerado sempre como um tema atual e que revela as falhas do sistema judiciário e variações inconscientes da incapacidade do personagem de declarar culpa do fato apresentados.
O tempo inteiro na narrativa, o medo, a instabilidade emocional, sentimento de inocência e a não revelação do sentimento de culpa são questões discutidas no romance, pois indicam que as causas do processo e o crime são irreais e não revelados.
O autoritarismo de mandar na justiça detém todo o domínio e tem nas mãos o poder de condenar quem quer, sem revelar as razões dos acontecimentos, indicam as falhas do sistema inoperante do poder judiciário.
O personagem na trama luta contra as injustiças e tenta provar que não tem culpa pensando ser um abusado ser culpado de algo que não cometeu. Após todas essas conjecturas escritas, ao final de um ano ele é morto injustamente. O romance tem como característica principal, a negação do estado democrático de direito, mesmo sendo vivenciado pela democracia, o seu direito é tolhido.
O processo judicial ao qual foi subjugado o personagem, não foi conhecido às causas do crime, como também, não teve acesso. A acusação que lhe imposta, não soube qual foi. Ele se subserviente aos ditames das organizações sociais e assim, se sente envolvido emocionalmente em fatos ilógicos e irreais.
A narrativa envolve-se num clima de confusão e pesadelos. O Estado, nesta obra é considerado arbitrário e autoritário. Demonstram que os direitos sociais do homem são tolhidos e revelam as falhas e erros o sistema judiciário. Pode-se dizer que a liberdade que é um direito de todos os direitos de ser ouvido e de defesa, nesta obra, é negada, e a aplicação o poder democrático também é alienado e impedido.
Assim, em muitos casos em que há injustas prisões, em que a arbitrariedade do poder de modo de membros da justiça muitas vezes comete erros, o direito subjetivo e individual do homem são quebrados e negados considerados dessa forma, com algo cerceado e tolhidos, pois numa sociedade que prima pela liberdade de ir e vir, que busca a igualdade e preservação do direito social de cada cidadão, não deveria existir esses procedimentos.
REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Processo Acesso em 09/06/2012.
http://visaoliteraria.blogspot.com.br/2009/03/o-processo.html Acesso em 09/06/2012.
http://www.creatiblogs.pt/post/download-livro-o-processo-franz-kafka-fid-90382 Acesso em 09/06/2012.
[1] Graduada em Letras Português- UNIT –SE. Graduada em Serviço Social - Faculdade Dom Pedro- BA. Pós–graduada em Metodologia do ensino de Língua Espanhola; Metodologia do Ensino de Linguagens; Metodologia do Ensino de Língua Inglesa- Instituto pró-saber- Feira de Santana –BA. Metodologia e Didática do Ensino Superior pela Faculdade São Luis de França Aracaju –SE.
[2] Graduada em Direito – UFS – SE. Graduada em Serviço Social – UNITINS- TO. Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica Faculdade São Luis de França Aracaju- SE. Libras ( concluindo) pela Faculdade São Luis de França.
Por: Juliana Melissa Lucas Vilela e Melo
Por: Isnar Amaral
Por: LEONARDO RODRIGUES ARRUDA COELHO
Por: REBECCA DA SILVA PELLEGRINO PAZ
Precisa estar logado para fazer comentários.