RESUMO: A ecologia integrada à cidadania mostra de forma consciente e ecológica, como pode tratar a ecologia como diferentes aspectos da vida cotidiana o pensamento ecológico e da inter-relação. O desafio é mudar as mentalidades, os comportamentos, e a base é a educação ambiental. Uma forma de compreender a amplitude da ecologia, assim sua relação com a cidadania é considerar o significado dessa palavra do ponto de vista etimológico do Grego OIKOS, podendo ser a ecologia definida como o estudo da relação dos organismos ou grupos de organismos. A cidadania, condição de um indivíduo no exercício dos seus direitos e deveres em relação a um Estado. A conjunção desses conceitos permite entender a Ecologia como a ciência que estuda as relações reciprocas entre o ser humano e seu meio social, político e econômico.
PALAVRAS-CHAVE: Cidadania; consciência; ecologia.
1- INTRODUÇÃO
A ecologia integrada à cidadania, ao dia-a-dia, mostrando como se forma a consciência ecológica e como esta pode transformar a economia, a saúde, as tecnologias, as cidades, enfim, o comportamento.
Nas salas de aula em um outro ambiente social, a ecologia é tratada como um conjunto de conhecimento científico e informações sobre ciclos biológicos e ecossistemas, incluindo fauna, flora e cadeias alimentares.
Um discurso que percebe' no meio ambiente, ligado à cidadania a ao cotidiano, que visam à transformação social. Especial destaque deve ser dado aos cenários educacionais, públicos ou privados, compreendendo todos os níveis de formação.
Partindo desse pressuposto, a ecologia pode ser pensada, repensado criando e recriando, tendo em vista a responsabilidade presente e futura. A ecologia convida a pensar nas relações entre os diferentes seres que compõem o planeta. Deve igualmente ser ressaltada a potencial idade do desenvolvimento do pensamento critico.
O cidadão em geral jamais se poderá admitir da sua responsabilidade ecológica, com responsabilidade redobrada: com as utopias do presente, terá que reunir a mistura de saber - fazer o saber - ser homens do amanhã.
A dinâmica e o equilíbrio dos ecossistemas dependem de sua biodiversidade, da quantidade e da qualidade das espécies neles existentes e das interações que elas estabelecem entre si e com o meio físico. Quando os ecossistemas são empobrecidos ou simplificados pela ação humana, grande número de espécies vegetais e animais são suprimidos e o equilíbrio é fragilizado constituindo assim desequilíbrio ecológico.
2- ASPECTOS HISTÓRICOS
Em meados do século XIX, as pesquisas na área da ecologia natural ganharam consistência com os estudos do sistema florestais e marinhos. Através dos estudos e pesquisas realizados pelo biólogo alemão Ernest Haeckel aprofundou as relações que se estabelecem entre fauna e flora e o seu ambiente físico, fazendo um paralelo dos estudos coma disciplinas geografia, a química e a física ecologia natural desenvolveu os princípios do equilíbrio dos ecossistemas, os quais estão fundados na interdependência dos seus diferentes elementos constitutivos.
A partir da década de 1980, problemas como as poluições do ar sonoro começaram a ser tratados em conjunto, pelas associações de moradores, técnicos das áreas de transportes taxistas, ferroviários e metroviários. A despoluição das empresas começou a ser implementada por ecologistas, médicos, metalúrgicos e petroleiros por meio de redução de
emissões tóxicas do tratamento adequado do lixo químico e do uso de tecnologias limpas. A substituição dos agrotóxicos avançou quando pesquisadores e técnicos uniram-se aos agrônomos, ambientalistas, agricultores e cooperativados, lançando as bases da agricultura integrada, orgânica e alternativa.
Os ecologistas, que na década de 1960 protestavam contra o modelo econômico que destruía a natureza, intoxicavam as cidades e ameaçava o planeta, traziam em seu brado a marca da recusa. Eles transmitiam a recusa ao progresso armamentista à insatisfação como o consumismo veiculado pela mídia, a rejeição ao automóvel, visto como símbolo sexual e de status os comerciais de televisão insinuam que o proprietário do último modelo pode conquistar quantas mulheres desejar, e a resistência em aceitar um trabalho alienado como prova de responsabilidade social.
Em meados do século XX, o sociólogo inglês Marshall analisou o percurso dos direitos e cidadania que, apesar da resistência dos grupos dominantes, foram sucessivamente conquistados e incorporados. Com a extensão do direito de voto e de participação no exercício do poder político.
De fato, nas últimas décadas com percebido a ecologia tem tomado um dos saberes com maior possibilidade de construção para debatê-lo social, éticos, políticos e econômicos.
Há um descuido e um descaso na salvaguarda da nossa casa comum, o planeta terra. Solos são envenenados, áreas são contaminadas, áreas são poluídas, florestas são dizimadas, espécies de seres vivos são externadas, um monte de injustiça e de violência pesa sobre dois terços da humanidade. Um princípio de autodestruição esta em ação capaz de liquidar o sutil equilíbrio físico e químico e ecológico do planeta e devastar a biosfera, pondo em risco a continuidade do experimento da espécie.( BOFF, pág. 20,1999).
3- ECOLOGIA URBANA
A grande cidade é um organismo VIVO, muito doente. Ela é a expressão de desequilíbrios econômicos, ecológicos e espaciais que fazem do país um ser disforme: um corpo atrofiado com macrocefalia. Usando a imaginação a grande metrópole pode ser comparada a um indivíduo doente que tem vários de seus órgãos atingidos por infecções,
lesões ou distúrbios graves.
A cidade do cidadão é o espaço do direito de vizinhança - o morador é consultado sobre as intervenções que modifiquem seu bairro. Na cidade do cidadão pratica-se a coleta seletiva de lixo e o tratamento do esgoto antes do seu lançamento nos corpos receptores. O direito a moradia digna é á base da articulação da família com o meio ambiente. As casas poderiam utilizar a ventilação, a energia solar, ter espaço para hortas comunitárias e para árvores frutíferas, constituída alternativa à fertilização e ao desmatamento das encostas.
Incorporaram princípios da Ecologia Política e desenvolveram teses originais sobre a base ambiental da saúde da população e acerca de desequilíbrios originados pela crescente intervenção da instituição médica no cotidiano dos indivíduos.
Existindo pesquisas que destaca a origem de algumas doenças relacionada os fatores ambientais, como poluição a falta de saneamento básico a má qualidade de água e da alimentação. Contudo a principais causas das doenças no Brasil são a pobreza, a fome e a deterioração.
A poluição afeta a todos, ricos e pobres, com o efeito estufa o buraco na camada de ozônio. Os trabalhadores são expostos aos impactos de processos de produção sobre os quais não detêm qualquer controle e cuja duração, cadência e intensidade são determinadas pela maximização dos lucros. O uso irracional de agrotóxicos agride os trabalhadores rurais, camponeses e boias-frias que morrem por contaminação de produtos proibidos nos países de origem das multinacionais que os comercializam no Brasil.
4- CONCLUSÃO
Analisando os principais avanços e as principais derrotas ecológicas nos últimos anos, conclui-se que a mudança de posturas, de prioridades nos investimentos e nas tecnologias é lenta e se propaga em ondas com base em experiências bem - sucedidas. As leis ecológicas continuarão com reduzida eficácia, caso os órgãos ambientais sigam desequipados e com pouco poder político e a Justiça permaneça insensível às consequências dos crimes ambientais, alimentando a impunidade. Nos países desenvolvidos, os governos destinaram parcelas maiores dos orçamentos aos órgãos ambientais por causa das cobranças persistentes da sociedade.
Ecologia não é caso de polícia. Nunca haverá um fiscal para cada empresa que deixe vazar lixo químico irregularmente ou para cada pessoa que jogue lixo na praia. O desafio é mudar as mentalidades, os comportamentos. A base é educação ambiental em toda a sua, plenitude. Limitado resultado terá a educação ambiental, caso ela seja somente teórico e formal e não consiga desvendar os mistérios do bairro, do cotidiano e da economia e apontar para mudanças reais de práticas e de comportamento humano.
O desafio imposto é de dimensão filosófica, política e civilizatória. Pensar global e localmente implica alimentar grandes utopias, ampliar e utilizar conhecimentos científicos e estabelecer uma ampla frente de atuação, capaz de transformar desigualdades agressões e desperdícios em práticas e atividades integradas por outros princípios, tendo a natureza como aliada e autonomia e as liberdades como oxigênio.
O tema proposto baseia-se na ecologia ser integrada a cidadania, ou seja, os cidadãos precisam repensar nas suas atitudes com relação ao meio ambiente como também viabilizar meios educacionais para que o cidadão tenha conhecimento do seu papel no dia-a-dia, e tome consciência da importância dele enquanto cidadão que dele depende o desenvolvimento a preservação da fauna e da flora.
Destarte, aos longos dos séculos estudiosos pesquisas diversos tipos de situações que possa cada vez mais equilibrar a ecologia, contudo ficou provado que todos os atos em pró do ambiente só dependem exclusivamente das atitudes do homem como ser social e pensante que é. Um ser humano consciente não só estará cuidando do meio ambiente mais da sua própria vida, na qual depende de um ecossistema equilibrado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
MINC, Carlos. Ecologia e Cidadania. 2a ed. São Paulo: Moderna. 2005.
BOFF, L. Saber Cuidar. Ética do Humano: Compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes 1999.
Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade AGES.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: FILHO, Antonio Luiz Ferreira. Ecologia integrada à cidadania Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 05 dez 2012, 03:00. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/32842/ecologia-integrada-a-cidadania. Acesso em: 23 dez 2024.
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