RESUMO: O presente trabalho aborda o tema “A ética e a responsabilidade social nas empresas”. A ética é importante e necessária para a vida, esse trabalho buscou analisar e tecer reflexões acerca da importância na vida empresarial, informando como é um fator primordial em uma organização. Já a responsabilidade social aliada com a ética, traz mais benefícios e nesse caso para a coletividade. A metodologia foi a pesquisa exploratória e bibliográfica. A conclusão tratou da aplicação da ética, no contexto empresarial e revela que sua prática é relevante. Os resultados contribuíram com muita pertinência para que a ética deva ser praticada no setor empresarial.
ABSTRACT: Ethics is important and necessary for life, this work sought to analyze and weave reflections about the importance in business life, informing how it is a primary factor in an organization Already social responsibility allied with ethics, brings more benefits and in this case to the community. The methodology was exploratory and bibliographical research. The conclusion dealt with the application of ethics in the business context and reveals that its practice is relevant. The results contributed very pertinently that ethics should be practiced in the business sector.
Keywords: Ethics. Moral. Values. Social responsability. Company. Benefits.
Palavras-chave: Ética. Moral. Valores. Responsabilidade Social. Empresa. Benefícios.
SUMÁRIO: 1 Introdução. 2 Material e Métodos. 2.1 Conceitos e diferenças entre a ética e a moral. 2.2 Descrevendo a empresa. 2.3 A empresa ética – Características. 2.3.1 Vantagens da prática ética obtidas por empresas éticas. 2.4 A importância da ética individual. 2.5 A ética e a lei nas empresas. 2.6 A empresa: ética e direitos humanos. 2.7 Cidadania ética. 2.8 Responsabilidade social. 2.9 As teorias deontológica e teleológica. 2.10 Igualdade de gênero. 2.11 Código de Ética nas empresas. 2.12 Código de Ética na prática empresarial. 2.13 Metodologia – Ênfases. 2.14 Análise dos resultados. 3 Considerações Finais. Abstract. Referências
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho será apresentado a importância da ética e a responsabilidade civil nas empresas. A ética é primordial em todas as situações, traz benefícios e está ligado ao caráter, assuntos morais. Moral e ética se relacionam, porém, são diferentes. A moral é atribuída a obedecer a costumes, normas e a ética a fundamentação do modo de viver através do pensamento humano. É sabido dizer que a ética e moral nas empresas está longe de ser concretizado, de ser um padrão, mas este trabalho informa o lado positivo da utilização da ética e moral nas empresas. Em um primeiro momento analisa-se a diferenciação entre estas, para que possa ser compreendido os significados.
A conceituação de empresa não está positivada no ordenamento jurídico brasileiro, mas foi conceituada por filósofos e autores, sendo considerada atividade econômica exploradora que visa a obtenção de lucros, produção, organização e circulação de bens e serviços. E desta forma no decorrer do trabalho será mostrado o favorecimento que as empresas têm ao adotar uma postura ética frente a sociedade.
A seguir, será abordado também a relação da ética com os direitos humanos, que todas as pessoas devem ter a garantia de vida digna, assim como a lei na aplicação do código de ética, conceituando e mostrando a sua atuação. E quais seriam as vantagens da ética nas empresas?
Pretende-se mostrar cada fato essencial relacionado a ética. Levando em consideração a ética nas empresas, tem a discursão sobre as teorias deontológica e teológica, e além disso sobre a igualdade de gênero, ou seja, a abordagem e importância da ética em cada fator.
A responsabilidade social é a forma que as empresas adotam para promover o bem-estar como um todo, da coletividade, e dessa maneira é citado no trabalho. A pesquisa tem, também, como objetivo esclarecer a importância de ser ético e de aplicar o código de ética nas empresas.
O objetivo dessa pesquisa é mostrar que é fato primordial a utilização da ética e da responsabilidade civil nas organizações empresariais, as melhorias e os benefícios que irão ter a partir disso. Tendo como justificativa deste artigo descrever, explicar, comunicar a sociedade a relevância desse assunto.
A metodologia utilizada para realizar o presente trabalho foi através de pesquisas bibliográficas e em sites, abordando de forma conceituada o posicionamento dos autores citados e com apresentação do seu conteúdo de caráter teórico e interpretativo.
Com aplicação do conhecimento construído neste trabalho entende-se o valor da aplicação de princípios éticos a atividade empresarial.
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Conceitos e diferenças entre a ética e a moral
Inicialmente, neste trabalho, procura-se compreender o significado da ética e da moral que no senso comum considera-se como adjetivos na prática da conduta humana. Assim, viver com ética é a busca da justiça e do bem como forma de dar sentido e significado à existência. E nesse sentido, viver eticamente e moralmente traduz-se num contínuo esforço de vida e esse esforço torna-se variável de indivíduo a indivíduo. Ser moral é adotar um modelo estético de comportamento perante si mesmo e o social tendo sempre como referência os valores postos pela sociedade. O estudo procura ver a diferença entre a moral e a ética. A ética considerada por alguns filósofos como ciência, refere-se a conduta humana com pauta no bem e no mal, no certo e no errado. Enquanto a moral é analisada como objeto de estudo da ética.
No entendimento de Leisinger e Schmitt (2001),
na linguagem coloquial, os conceitos de “moral” e “ética” são em larga escala empregados como sinônimos, apesar de não o serem. Por moral entendemos determinadas normas que orientam o comportamento prático (sobretudo para com o próximo, mas também para com a natureza e para consigo mesmo). A ética como ciência, ocupa-se com o tema de uma maneira descritiva e comparativa, mas também como uma avaliação crítica da moral. (LEISINGER e SCHMITT, 2001, p. 18).
Por um lado, toda ação humana é um ato moral que permite ser qualificado por seus efeitos no outro e que pode ser avaliado como uma conduta “boa” ou “má”. Ou seja, demostra um valor ou desvalor e consecutivamente a moral referencia-se pela axiologia.
Para explicar especificamente a
moral não é um mero desejo dos fracos de se protegerem dos fortes, nem um recurso dos fortes para dominarem os fracos, mas sim um fator de extrema importância que beneficia o público em geral e o bem-estar de todos. Se na história da humanidade não se houvesse pecado tanto contra a moral – muitos sofrimentos lhe teriam sido poupados. (KRAFT, 2001, p. 17).
Na visão de Carlos Bernardo González Pecotche (1901-1963), “a formação ética de uma pessoa depende de certos fatores e muito, especialmente, do cultivo que faça de suas qualidades morais e sensíveis”.
2.2 Descrevendo a empresa
Cabe aqui analisar o papel e a importância da empresa no social. A empresa é uma instituição tipicamente social, tendo como objetivo gerar lucros para seus acionistas ou proprietários. Sua função social é atender os desejos e as necessidades existentes no mercado.
De acordo com Crepaldi (1998), “uma empresa é uma associação de pessoas para a exploração de um negócio que produz e/ou oferece bens e serviços, com vistas, em geral, à obtenção de lucros”.
Conforme, Alberto Asquini (1889-1972), existem três perfis que descrevem uma empresa – o perfil objetivo, o subjetivo e o funcional. O perfil objetivo é o que relaciona bens com uma atividade específica, o exercício da atividade econômica. Sendo assim, empresa é sinônima da expressão estabelecimento comercial. No perfil subjetivo, a empresa pode ser tanto uma pessoa jurídica, quanto uma pessoa física, pois ela é titular de direitos e obrigações. E o perfil funcional refere que empresa é uma atividade, que desempenha a produção e circulação de bens e serviços, por meio de organização de fatores de produção.
Para Franco (1991), “empresa é toda entidade constituída sob qualquer forma jurídica para exploração de uma atividade econômica, seja mercantil, industrial, agrícola ou de prestação de serviços”.
A contribuição da empresa para o desenvolvimento econômico é através do fornecimento de empregos e o pagamento de impostos. E como instituição social, pode ter condutas, valores e posturas que definem o seu posicionamento perante a sociedade juntamente com a responsabilidade pelo desenvolvimento social, econômico e político.
O objetivo de uma empresa poder ser a prestação de serviços e produção de bens, como por exemplo, o cultivo da terra, criação de animais, extração de minerais do subsolo, construção de prédios, prestação de serviços na área da educação, finanças, saúde, etc.
2.3 A empresa ética – Características
Considerada uma instituição econômica a empresa cumpre por essa via uma função social e, portanto, deve ser ética ao cumprir e aplicar respectivamente as normas de acordo com a lei. Em concórdia com os direitos humanos como missão institucional, a empresa sintoniza-se ainda com uma proposta política, social, jurídica e ética. Pode-se afirmar que os Direitos Humanos sendo um desdobramento da ética, relaciona-se diretamente e axiologicamente ao cuidado da dignidade humana, da manutenção da paz, da busca de justiça social e sobretudo do desenvolvimento igualitário da sociedade. Nesse sentido as empresas propõem seus desafios na forma de missão, que de acordo com Leisinger e Schimitt (2001, p. 22), a missão moral das empresas:
é o conjunto daqueles valores e normas que, dentro de uma determinada empresa, são reconhecidos como vinculantes. A ética empresarial reflete sobre as normas e valores efetivamente dominantes em uma empresa interrogam-se pelos fatores qualitativos que fazem com que determinado agir seja um agir “bom”. (LEISINGER E SCHIMITT, 2001, p. 22).
Portanto, a empresa com uma reputação favorável terá mais vendas e por consequência um sucesso duradouro. Se o comportamento for ético a sua reputação sobe devido à confiança e a credibilidade transmitidas. Mas com o comportamento antiético poderá sofrer graves consequências, com impactos à sua imagem.
A evidência cultural da prática da ética numa empresa é visível e ao mesmo tempo material e imaterial pelos valores professados e pelo sistema normativo. Desse modo os valores econômicos se subordinam aos valores morais.
De acordo com Rego et al (apud Thomas Mulligan 2007, p. 106), sugere que as empresas têm obrigações morais afirmativas com a sociedade. Não lhe é apenas requerido que atuem para evitar e prevenir danos, é necessário que “faça o bem”. O ponto em traços mais específicos é a seguinte:
Todos nós, enquanto seres humanos, temos o poder de acrescentar e de retirar valor ao mundo que nos rodeia.
A nossa missão moral, individual ou coletivamente, é cultivar a sabedoria e fazer aquilo que, dentro dos limites das nossas criatividade e capacidade, nos permite tornar o mundo melhor.
As empresas têm uma missão moral – a de exercer toda imaginação e toda iniciativa de que dispõem para produzir bens, serviços e ocasiões de realização humana que tornem o mundo melhor.
Esta missão é a mais importante do que qualquer outra função que a empresa possa levar a cabo.
Os gestores, assim como os colaboradores das empresas em geral, têm suficiente discernimento moral para avaliar os bens e serviços que são capazes de proporcionar, e decidir os que são moralmente valiosos – isto é, que podem tornar o mundo melhor.
Cabe-lhes criar e vender bens e serviços moralmente valiosos, e evitar os que não o são – mesmo que não haja restrições ou imposições legais, e mesmo que isso possa não servir os lucros da empresa. (MULLIGAN, 1993).
2.3.1 Vantagens da prática ética obtidas por empresas éticas
Na perspectiva do site Portal da Educação (2018) que aponta, as seguintes vantagens:
Contribuição para sua legitimidade perante o Estado e a sociedade;
As experiências de compra e venda nas transações comerciais tornam-se positivas;
Faz com que aumente a confiança e a reciprocidade relacionado a empresa, e sendo assim melhore a sua imagem, tornando sua marca mais sólida;
Aumenta a lealdade o comprometimento dos empregados, que por consequência se identificam mais com a empresa;
A disposição para o trabalho de equipe é melhorada, assim como o crescimento e o amadurecimento dos colaboradores, tornando-se mais fácil o diálogo, valores compartilhados, a integridade e a sensação de comunidade;
Desenvolve e fortalece as relações de confiança, transformando-as em mais estáveis, com mais lucros e produções para seus clientes e colaboradores, trazendo grandes parcerias comerciais;
Reduz problemas de sabotagens, riscos de escândalos, furtos, discriminações e depredações de instalações;
Torna um ambiente de trabalho saudável, mais produtivo;
A empresa fica menos sujeita a multas e processos. (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2018).
Desta forma, afirma-se a necessidade que as empresas têm de utilizar a ética para ser beneficiada de todas as formas. Tornando um ambiente de trabalho harmonioso, com a boa relação entre o empregador e os colaboradores. Aumentando a valorização da empresa, assim como a demanda, por ser um ambiente correto que passe credibilidade a todos.
2.4 A importância da ética individual
A ética individual precisa ser constituída em valores fundamentais da sociedade. Temos que ter responsabilidade pelas nossas condutas, nossos atos, empenhando-se a usar os valores morais, para que seja utilizada a honestidade, a educação, lealdade, os valores que beneficiam a sociedade como um todo.
Ser ético beneficia a si e a todos ao mesmo tempo, ou seja, a ética individual é bastante necessária para todos. Quando é praticada, gera o bem. E dessa maneira, teremos o cumprimento do princípio da igualdade entre todos os cidadãos.
Como também, ainda na questão individual deve ser utilizada para viver de maneira correta, para que não passe por cima dos outros para atingir o que almeja, para que não exista injustiça. E desse modo, o pensamento de Gandhi, quanto a ética individual afirma que “hei de ficar com a verdade. Não me curvarei a nenhuma injustiça. Quero libertar-me do medo. Não hei de usar violência. Hei de mostrar boa vontade para com todos”. (GANDHI,1869 - 1948).
2.5 A ética e a lei nas empresas
A ética é um fator primordial para que uma empresa seja bem vista e tenha credibilidade junto ao mercado. Ultimamente a vem sendo redescoberta, pois, em todas as instâncias sociais há exigência de valores morais.
De certa maneira a lei e a ética são comparadas com frequência, de acordo com Rego et al (2007, p. 68),
advoga-se que ser ético é cumprir a lei, e que as empresas que atuam à luz da lei são éticas. Importa, todavia, compreender que os dois conceitos não devem ser confundidos. A lei é o instituto público que traduz a moralidade em linhas explícitas de orientação social e práticas, e que estabelece punições para infrações. Mas nada garante que a lei seja ética. Ademais, a pessoa ou empresa que cumprem a lei podem não ser éticas. (REGO et al, 2007, p. 68).
Nas relações empresariais tem sido uma essência de sucesso para as organizações modernas, e agindo de forma ética, significa que está indo de acordo com determinadas regras e preceitos.
Sabemos que toda empresa tem seu código de ética, suas normas e que na maioria dos casos não são cumpridas. Para Gouvêa (2002, p. 13),
se desobedecer aos preceitos e não conseguir seguir os padrões de conduta, a pessoa vive na imoralidade. Se os preceitos e padrões do grupo social a que a pessoa pertence tornam-se irrelevantes para ela, então pode ser chamada de “amoral”. Se também confundir a moral de sua cultura ou a de seu grupo social com ética, torna-se um moralista. O moralismo é absolutização e universalização de sua própria moral. (GOUVÊA, 2002, p. 13).
Alguns valores como confiabilidade, respeito e segurança estão intimamente ligados à ética e têm como objetivo induzir e orientar as relações humanas, assim como pode construir ou destruir a imagem da organização.
Ipsis litteris Vasquez (1975, p. 12) confirma que “a ética é a ciência que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade”, como ciência procura esclarecer o que é a moral, fundamentar a moralidade e aplicar as diversas dimensões da vida social os efeitos obtidos nas propostas anteriores da ética, de forma crítica e racional sem dogmatizar. (CORTINA e MATÍNEZ, 2005).
Ainda, explicar o que ser moral – na perspectiva de Cortina e Matínez (2005, p. 31), é o seguinte, “aplicar o intelecto à tarefa de descobrir e escolher em cada momento os meios mais oportunos para alcançar uma vida plena, feliz, globalmente satisfatória. Nesse sentido, a base para conduzir-se moralmente é uma correta deliberação, (...)”.
Oportuno salientar que quanto ao que se refere a lei a empresa, Rego et al (2007, p. 68) compreendendo que “o máximo que a lei consegue ser é o limite inferior do comportamento ético”.
2.6 A empresa: ética e direitos humanos
Nos limites de tolerância existem usos e costumes com os quais não é possível se admitir a intolerância: são os que infringem os direitos humanos. A preservação dos direitos humanos constitui o mínimo de norma ética ao qual jamais se pode renunciar.
Direitos Humanos está intimamente relacionado ao conceito da dignidade do ser humano. Para Kant, a importância de se respeitar o ser humano, como um fim em si mesmo. E afirma que: “age de tal modo que considera a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de todos os outros, sempre como fim e nunca como simples meio”. (KANT, 1724- 1804).
Ainda assim, Kant (1724- 1804) afirma que o ser humano não deve ser alienado, pois, dessa maneira o ser humano não poderia ter sua dignidade reprimida à troca de um "custo", ou seja, como por exemplo, ter a vida em troca de bens materiais. Compreende-se a perda de liberdade dos indivíduos, e a integridade física.
De acordo com a teoria de John Rawls (1921-2002), nenhuma pessoa pode ser violada, ainda que seja pelo o bem-estar do conjunto da sociedade, pois, tem sua a inviolabilidade fundada na justiça. Nesse sentido, foi elencado por Rawls (1921-2002) dois princípios da sociedade bem ordenada que diz:
1) Igualdade. Todos devem ter direito ao sistema mais largo de liberdades, com base igual e compatível com um sistema similar, devendo vigorar os direitos humanos fundamentais.
2) A desigualdade social e econômica precisa garantir maior vantagem possível ao menos favorecidos nos limites de um princípio de poupança. Como também, ser unidos a cargos e posições acessíveis a todos em função de oportunidades e igualdade. Ou seja, será aceitável se beneficiar em primeiro lugar os mais desfavorecidos da escala social.
Quando se é aplicado a ética nas suas organizações, a empresa desenvolve potencial para crescer de maneira sustentável, assim sendo conceituada pelos clientes como uma empresa de responsabilidade e séria.
Para o sucesso dessas organizações é necessário respeito aos colaboradores e consumidores, sem maus tratos, ofertas falsas e propagandas enganosas. A ética empresarial é motivada pelo relacionamento com os colaboradores e a relação aos clientes, fazendo com que se torne bom em todos os seus níveis.
Hoje em dia, no mundo corporativo, a ética empresarial é considerada como meta necessária a ser atingida. E a partir disso está sendo tratada com importância, seja em seu sucesso financeiro, resultados e inovação.
A empresa é obrigada a cooperação ou à solidariedade para com as pessoas, isto é, além do seu próprio interesse, ela deve buscar também o bem comum.
2.7 Cidadania ética
Nem a arte nem a literatura têm de nos dar lições de moral. Somos nós que temos de nos salvar, e isso só é possível com uma postura de cidadania ética, ainda que isto possa soar antigo e anacrônico. (SARAMAGO, 1922-2010).
2.8 Responsabilidade social
É o método de agir e pensar eticamente na relação com o outro. No mundo empresarial é quando as empresas adotam ações, comportamentos e posturas de forma voluntária que promovam o bem-estar dos seus públicos, tanto interno quanto externo. Ou seja, envolve o benefício da coletividade. A definição de responsabilidade social pode ser assimilada dessas duas formas: externa e interna. O nível externo é a consequência das ações de uma organização sobre o meio ambiente. Já o nível interno são os trabalhadores e as partes afetadas pela empresa. E por fim, também quando as empresas estabelecem de forma voluntária, a contribuição para um ambiente limpo, digno e uma sociedade mais justa.
Responsabilidade social é o resultado da obrigação de uma empresa de prestar conta aos seus envolvidos, sobre todas as suas atividades e operações com o objetivo de alcançar um desenvolvimento sustentável, não apenas em sua dimensão econômica, mas também nas dimensões social e ambiental. (ALVES M, 2006).
Alguns conceitos são utilizados para definir a Responsabilidade social: a responsabilidade coorporativa (RSC), a responsabilidade empresarial (RSE) e a responsabilidade ambiental (RSA). RSC é utilizado pelas empresas relacionadas as preocupações sociais destinadas ao quadro de funcionários ou ao ambiente de negócios, é investimento na melhoria do nível de desenvolvimento humano. RSE é sinônimo de RSC, que é o bem-estar do quadro interno da empresa e também a redução de impactos negativos ao meio ambiente. A RSA é a sustentabilidade, compromisso com todos e preocupação genuínas com o meio ambiente.
De acordo com o Instituto Ethos (2004), a definição de Responsabilidade Social Empresarial é,
a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. (INSTITUTO ETHOS, 2004).
A responsabilidade social pode ser descrita como um princípio ético e o conceito de Responsabilidade Social Empresarial envolve um espectro extenso de beneficiários, os “stakeholders”, abrangendo a redução de impactos negativos de sua atividade na comunidade e meio ambiente, como também o bem-estar e a qualidade de vida do público interno da empresa.
As empresas possuem influência e meios, e como partes da sociedade global também a responsabilidade, de apoiar as forças de reforma voltadas para a realização dos direitos humanos. Têm ainda o dever de, em todos os níveis possíveis, assumir um papel de percursoras na proteção e na melhoria do mundo ambiente em escala global. (LEISINGER e SCHMITT, 2001, p. 196).
Quando falamos de responsabilidade social, falamos também de impacto social que pode ser gerado por uma empresa. A ética empresarial pode ser aplicada em qualquer área da organização. A partir do momento em que é dado oportunidades de trabalho e desenvolvimento a pessoas de baixa renda, é melhorado a comunidade, o lugar que estão inseridas. Conjuntamente com o cuidado do meio ambiente, usando material reciclado, evita o desperdício e beneficia a sociedade como um todo, sendo assim, as ações positivas sempre gera resultados positivos.
A não-violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens... (THOMAS EDISON, 1847- 1931).
Conforme Schweitzer (1875 – 1965), a ética de vida “não existe nenhum outro destino para humanidade a não ser aquele que ela própria preparou por suas convicções”.
Em síntese, o que ocorre é justamente o reflexo de nossos atos, ou seja, devemos agir com responsabilidade social, para que haja sempre o cuidado para com todos.
2.9 As teorias deontológica e teleológica
Em discursão a ética deontológica, deriva de origem grega e compete a ciência dos deveres e obrigações.
Critério: intenção ou motivo.
Kant (1724-1804), “Há deveres absolutos que não podem em circunstância alguma ser violados”. E ainda o mesmo autor refere que “uma ação é boa quando é realizada com a intenção de cumprir absolutamente o dever”.
Essa teoria assegura que o correto é algo moralmente bom em si mesmo desconsiderando o resultado. Pois, acredita-se que só é possível cumprir o bem se antes estabelecer o que é correto a partir das legislações firmadas num pacto social ou do bem que emana da natureza humana.
Assim sendo, a ética deontológica importa-se coma essência do ser, estudando os deveres para que o homem torne-se um ser melhor no ponto de vista ético.
Quanto a ética teleológica, diferentemente do viés deontológico, diz que uma boa ação é medida pelas suas consequências, sendo que o fim do homem é a felicidade.
Critério: consequências das ações.
Refere-se a uma ética concreta, por demonstrar como se atinge a felicidade. Importando saber de que maneira o indivíduo age de acordo com o imperativo categórico, e se sua ação foi hábil de fornecer a maior soma possível de prazer.
Stuart-Mill (1806-1873), “o valor moral de uma ação depende das suas consequências ou resultados”. Ainda confirma o autor “se as consequências são boas, a ação é boa; se as consequências são más, a ação é moralmente errada”.
Ainda que as duas teorias, deontológica e teleológica, tenham visões diferentes, não significa que são totalmente contrárias. Em uma determinada ação, possuem a mesma opinião e o que diferencia são os argumentos que as duas encontram para divergir a esta ação.
2.10 Igualdade de gênero
Igualdade equivale a não apresentar diferença, seja quantitativa ou qualitativa. Gênero é a expressão utilizada para apontar a criação social do sexo biológico. Igualdade está ligado a imparcialidade e à justiça, ou seja, significa que todas as pessoas devem ter os mesmos privilégios, direitos e deveres. Já o gênero é uma divisão que agrega os indivíduos que tem características em comum.
Igualdade de gênero corresponde a proteção da igualdade entre homem e mulher diante da sociedade. Busca extinguir a discriminação em ambos sexos e igualar de forma justa a distribuição de oportunidades existentes.
Conforme o site Exame, para que haja a igualdade nas empresas é indispensável ter combinações de ações positivas, afim de ter uma organização de igualdade a todos os funcionários. Camila Pati (2018), dividiu em três blocos os fatores que promovem a mudança. São eles, a liderança ousada, as ações abrangentes e o ambiente empoderador. A liderança ousada tendo como requisitos, diversidade de gênero, a comunicação clara das metas para a diminuição da diferença e o compartilhamento externo de sua meta relacionado à diversidade. Igualdade de gênero deve ser prioridade nesse quesito. Em relação as ações abrangentes, as mulheres têm que ser participativas para que o progresso ocorra, acontecendo por meio de retenção, atração e promoção de mulheres. Restando o ambiente empoderador, que é necessário para os empregados terem a liberdade de criar e inovar, poder se expressarem e serem estimulados a se encaixar na cultura da organização.
2.11 Código de Ética nas empresas
O Código de Ética surgiu para unir regras e normas que são correspondentes para determinados grupo de pessoas. É democrático e determina direitos e deveres. E também é um documento que tem como finalidade expor a missão e os princípios de determinada profissão ou empresa e sua ideia deve ser pensada de forma que atenda às necessidades. Esse código é criado para ressaltar os valores que devem ser realizados pelas instituições e profissionais.
De acordo com Alves (2006, p. 29),
o código de conduta pode ser interpretado atualmente como um meio das empresas manterem os padrões de conduta julgados necessários à continuidade de sua boa reputação junto a sociedade, sendo estabelecidos padrões normativos, que possam ser levados em conta quando do processo de tomada de decisões éticas e de seus funcionários, seja como guia de conduta, como de coerção. (ALVES, 2006, p. 29).
O código de ética através de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Ética (2006), dispõe que tem três funções básicas. São a função de legitimação moral, função cognitiva e a função de incentivo. A Função de legitimação moral disponibiliza que as legítimas expectativas serão abordadas equitativamente, podendo assim os interessados reconhecerem. Ou seja, o equilíbrio é a base para ser mutuamente vantajosa tanto para um acordo e um cooperação. Já a função cognitiva, permite identificar comportamentos não éticos e explanar o exercício apropriado da arbitrariedade, da delegação, da autoridade e da autonomia decisória de cada membro da empresa. E por fim, a função de incentivo como próprio nome já diz, constitui incentivar a observância dos princípios e dos valores coorporativos, como também das normas de condutas que contém.
Segundo Schwartz (2002), as empresas devem ser regidas por seis princípios básicos conforme o código de conduta ética. Esses princípios são: a cidadania que é a obediência a lei, o respeito como base nos direitos humanos, a confiabilidade para que seja de forma honesta e leal, a responsabilidade que é assumir os fatos e atos decorrentes das atividades, a justiça pra ser justo e imparcial e por fim ser cuidadoso para que possa ser evitado prejuízos desnecessários.
2.12 Código de Ética na prática empresarial
Dispõe os princípios, a visão e a missão de uma empresa. Por meio dele é possível compreender a postura social da instituição diante do público com quem interage. As empresas já adotam internamente a implementação de um código de ética, para que possa auxiliar em suas ações diante do mercado, como também na relação com o seu público-alvo. No conteúdo do código de ética, é necessário que seja claro, objetivo e de fácil compreensão para os colaboradores da empresa.
Conforme MARINHO (1999),
A ética empresarial vem a ser a tentativa de buscar o maior grau de realização possível dentro da empresa dos valores nos quais os seus membros creem, por convicção, gerando responsabilidade, externa e interna, por parte da alta administração e de toda comunidade empresarial pelas consequências possíveis de cada ação. (MARINHO, 1999).
Em uma organização empresarial, é necessário está de acordo com a lei, regras e condutas. Independentemente do tamanho da empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, é preciso expandir uma política de ética empresarial. O diferencial em uma empresa é a implementação de políticas internas, principalmente no mercado para as empresas que as possuem. Quando os funcionários têm determinadas políticas, as operações internas evitam os riscos de fraude e tendem a funcionar melhor, além dos profissionais saberem onde podem ir e quais são as condutas que a organização espera deles. Somando saldo positivo, empregador e colaborador, com base numa postura ética para ambos os lados a perspectiva de Dilthey (1994, p.107), confirma que “O critério de uma ação de valor moral é a ausência de toda motivação egoística”.
O que estimula as empresas implantarem o código de ética?
A faculdade que esse documento possui, dentre eles podemos destacar alguns:
Sustentabilidade da Empresa;
Fortalecimento do valor e imagem da empresa;
O aumento da integração dos funcionários da empresa;
Consolidação da lealdade e fidelidade do cliente;
Fornecimento de diretrizes e critérios para estabelecer confiança as pessoas que adotarem as formas éticas de conduzir;
Fazer com que o desenvolvimento a competitividade entre os concorrentes seja saudável e fácil;
A proteção dos interesses públicos e de profissionais que contribuem para organização;
A atração de fornecedores, clientes e colaboradores que se conduzem em elevados padrões éticos.
2.13 Metodologia – Ênfases
Visando dar cientificidade aos fenômenos éticos e morais no âmbito empresarial este estudo trilha por caminhos metodológicos previamente definidos. Inicialmente pela via da pesquisa exploratória com vistas a familiaridade com o assunto. Ainda, após levantamento bibliográfico segue-se a leitura dos autores que tratam sobre o tema.
valia-se que a pesquisa ao dar uma consistência científica aos problemas empíricos humanos e sociais se configura como uma reflexão sistemática que caminha através de procedimentos metodológicos rigorosos e que ora se adequam perfeitamente ao assunto em estudo – com o propósito de otimizar os recursos para a organização, exatidão, sistematização, validação e comunicação do conhecimento que se constrói pela pesquisa e com possibilidades ainda de acesso as mais diversas áreas do saber cientifico em que se aplique os referidos meios técnicos e metodológicos na pesquisa.
É nesta busca de definição entre a escolha do tema e a opção de procedimentos científicos adequados, observados “neste estudo” que se verifica o quanto o caminho é absorvedor e exigente para a construção da formação do espirito científico, visando à transformação do empírico em científico.
Em função da complexidade do assunto estudado nesta pesquisa –, a escolha do caminho metodológico ocorreu, pela via da pesquisa exploratória e da pesquisa bibliográfica. Quanto ao método, utiliza-se primeiramente uma análise rigorosa do objeto de estudo proposto, ressaltando que a dedução/indução, respondem adequadamente como meio de articulação entre os conceitos, fatos e dificuldades legais e sociais do problema, visando à aquisição de uma compreensão geral sobre o tema em estudo.
Delineado os procedimentos acima, a pesquisa aproveita-se ainda da abordagem qualitativa que Marly Oliveira (2005, p. 39) assim evidencia:
As abordagens qualitativas facilitam descrever a complexidade de problemas e hipóteses, bem como analisar a interação entre variáveis, compreender e classificar determinados processos sociais, oferecer contribuições no processo de mudanças, criação ou formação de opiniões de determinados grupos e interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. (OLIVEIRA, 2005, p. 39).
Nesse sentido, para o aprofundamento do tema em foco, as abordagens qualitativa/quantitativa contribui sempre para caracterizar e dar significado ao conhecimento levantado, enquanto proposta investigativa, demonstrando sua importância e relevância social.
2.14 Análise dos Resultados
Pelo exposto no decorrer deste trabalho de pesquisa, que inicialmente buscou compreender as bases conceituais e as diferenças entre ética e moral bem como a aplicabilidade dos referidos conceitos à prática no setor empresarial. A seguir, confirma-se a devida necessidade de as organizações empresariais pautarem seu comportamento perante o social com base em princípios éticos e morais e, ao mesmo tempo utilizar o Código de Ética construído democraticamente no ambiente da empresa. Aplicando ainda, um pacto de responsabilidade interna e social, visando valores que assegurem a vivência do bem. Pois, traz benefícios tanto para empresa e os colaboradores, como também para o meio social todo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho tem por meta a construção de uma visão positiva relacionada a ética. Pois, a ética é essencial e traz muitos benefícios como foi tratado acima. Ser ético é construir bases que guiarão a conduta humana, o comportamento perante a sociedade.
Utilizar a ética faz com que as pessoas tenham uma excelente visão sobre a empresa, favorecendo-a, sendo assim, atingirá o público-alvo que almeja, como também tornará uma organização melhor, benefício para ambas as partes. Portanto, é fundamental que as empresas trabalhem com ética.
O código de ética é criado justamente para facilitar e orientar a relação do empregador com o colaborador, e além disso tornar uma empresa valorizada, com princípios e valores. Dentre essas, inúmeras vantagens ao adotar esse código nas organizações. E é por isso que deve ressaltar essa questão.
A responsabilidade social, não menos importante que a ética também é necessária diante uma organização, é um modo ético de agir diante a coletividade, público interno e externo, seja com suas ações, políticas, práticas e relações. E também deve ser adotada pelas vantagens que proporciona a todos. E por consequência, verá que essa ação só traz resultados positivos.
Portanto, é possível afirmar que como referido neste trabalho que a ética é fator primordial, tanto pra organização e pra vida, juntamente com a responsabilidade social que beneficia o meio como um todo.
REFERÊNCIAS
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Bacharelanda do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina-PE.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: SOUZA, Raisa Rodrigues de. A ética e a responsabilidade social nas empresas Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 28 nov 2018, 04:30. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52453/a-etica-e-a-responsabilidade-social-nas-empresas. Acesso em: 23 dez 2024.
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