GUILHERME FEDERISSI DOS SANTOS

JOÃO VICTOR MENDES VOLPI

(coautores) [1]

DANIELA BORELI[2]

(orientadora)

ROGERIO DE JESUS RIBEIRO[3]

(coorientador)

RESUMO: A contabilidade de custos surgiu da necessidade de avaliar os estoques em uma indústria que se desenvolveu na era do mercantilismo como uma importante base estrutural para as empresas empresariais. Para gerenciar custos e preços, é necessário entender alguns conceitos relacionados. À medida que isso progrediu e o custeio melhorou, a contabilidade de custos começou a desempenhar um papel importante dentro de uma organização, informando a contabilidade gerencial e os processos de tomada de decisão. Diante da atual conjuntura global volátil e competitiva, tem-se observado que os métodos de custeio devem auxiliar os gestores a controlar e gerenciar o custo de seus produtos. Apesar de sua importância e pouco conhecido no mundo, esses métodos são utilizados na prática corporativa. Existem muitas formas de custeio que podem ser aplicadas, métodos que podem ser usados para calcular o custo de um determinado produto ou serviço. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica que é a exploração ou revisão de trabalhos editados relacionados à teoria que rege o trabalho científico, que exige empenho, estudo e análise do pesquisador que realiza o trabalho científico, e visa coletar e analisar textos editados para subsidiar o trabalho científico, com o tema analise de custos e a importância de sua utilização nas organizações e suas vantagens. Conclui-se que a análise de custos mostra como está o desempenho da produção e auxilia os gestores da empresa a montar novos planos de melhoria.

Palavras-chaves: custo, preço, produto, estoque, lucro

ABSTRACT: Cost accounting arose from the need to value inventories in an industry that developed in the era of mercantilism as an important structural basis for entrepreneurial firms. To manage costs and prices, you need to understand related concepts. As this progressed and costing improved, cost accounting began to play an important role within an organization, informing management accounting and decision-making processes. Given the current volatile and competitive global situation, it has been observed that costing methods should help managers to control and manage the cost of their products. Despite their importance and little known in the world, these methods are used in corporate practice. There are many forms of costing that can be applied, methods that can be used to calculate the cost of a particular product or service. A bibliographic research was carried out, which is the exploration or review of edited works related to the theory that governs scientific work, which requires commitment, study and analysis from the researcher who performs the scientific work, and aims to collect and analyze edited texts to support scientific work. with the theme cost analysis and the importance of its use in organizations and its advantages. It is concluded that the cost analysis shows how the production performance is and helps the company's managers to assemble new improvement plans.

Keywords: cost, price, product, stock, profit.

INTRODUÇÃO

Após a revolução industrial, com a criação de indústrias, a contabilidade de custos teve como principal função a avaliação dos estoques, que é um procedimento mais complexo do que em relação às empresas comerciais. Segundo OLIVEIRA (2008), os profissionais notam que a contabilidade de custos não é uma ferramenta simples para avaliação de estoque.

O surgimento da contabilidade de custos surgiu pela necessidade de avaliar estoques nas indústrias, por volta do século XVIII, quando acontecera a revolução industrial e teve como base a contabilidade financeira ou contabilidade geral, que foi sendo desenvolvida na era mercantilista para servir de grande base estrutural para as empresas comerciais. (JOSÉ, 2009).

Portanto, é concebível que o método utilizado aprova ao usuário da contabilidade, analisar seus custos a fim de designa-los a seus determinados processos. De acordo com ASSAF NETO (2008), a análise de custos é imprescindível para a determinação de lucro da organização, no controle de suas operações, pois se tem a necessidade de saber o que de fato se está fazendo e na tomada de decisões, para que a partir de então, as ações de produção e prestação de serviços sejam realizadas.

Desta forma, Leone (2009), afirma que a contabilidade de custos promove administração dos gastos, despesas e custos dentro de uma empresa. Análise de custos é uma medida muito eficaz, pois auxilia de maneira significativa a saúde financeira da instituição. E por ser tão essencial, ela deve ser feita com muito cuidado, pois pode interferir diretamente nos resultados almejados.

Segundo Wernke (2005), para gerenciar custos e preços, é necessário compreender conceitos relacionados. A classificação inadequada pode levar a decisões erradas, perdas possíveis e perdas irreparáveis. À medida que isso progrediu e o custeio melhorou, a contabilidade de custos começou a desempenhar um papel importante dentro de uma organização, informando a contabilidade gerencial e os processos de tomada de decisão.

2- OBJETIVOS

2.1- OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é demonstrar os tipos de custeio e sua importância para o processo de tomada de decisão, operações contábeis e formação de preços.

2.2- OBJETIVO ESPECÍFICO

Os objetivos específicos deste trabalho são:

Identificar na literatura especializada e descrever os tipos de custeios que podem ser utilizadas na gestão empresarial.

Comparar os diferentes tipos de sistemas de custeio existentes.

3-METODOLOGIA

A pesquisa realizada é classificada como bibliográfica descritiva e os dados analisados e as etapas compreendem: pesquisa em livros, revistas científicas e sites. Corroborando com a ideia de TURRIONI e MELLO (2012), MARCONI e LAKATOS (2003) diz que a pesquisa descritiva busca observar e descrever os fatos sem afeta-los. Busca obter informações para gerar análises mais precisas. Todos esses dados coletados foram fundamentais para auxiliar na construção do trabalho, e fez com que o desenvolvimento fosse executado de maneira objetiva e correto.

4- MÉTODOS DE CUSTEIO E SUAS FINALIDADES

Diante da atual conjuntura mundial volátil e competitiva, observou-se que, os métodos de custeio devem ajudar os gerentes a controlar e gerenciar os custos de seus produtos A contabilidade de custos decorre da necessidade de abordar questões e resultados de medição de estoque. Com o crescimento das empresas e a complexidade de suas atividades, a contabilidade de custos tornou-se também uma importante ferramenta na contabilidade gerencial. O mercado em constante mudança torna o processo de tomada de decisão muito mais complexo do que costumava ser. A modernização leva a um desenvolvimento cada vez mais rápido de produtos. As empresas devem melhorar seus processos para garantir maior eficiência. Eles criam uma vantagem competitiva por meio de planejamento e controle. (BERBEL, 2003)

Segundo MARTINS (2010), por mais completos e complexos que sejam os sistemas de custos, não basta ter a certeza de que uma empresa tem total controle sobre eles. No entanto, pode ser muito importante alcançar o controle, não em condições suficientes, mas em condições necessárias. Várias formas de custeio podem ser aplicadas, e esses métodos podem ser usados para calcular o custo de um produto ou serviço específico.

4.1 – MÉTODOS DE CUSTEIO

4.1.1 - CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Segundo Martins (2010), esse método é utilizado para os registros contábeis de custos apresentados na demonstração do resultado anual (DRE) por estar de acordo com a regulamentação tributária.

Como o nome sugere, um produto ou serviço “absorve” todas as despesas classificadas como custos na determinação do seu valor. A legislação brasileira exige seu uso, e por lei devem ser incluídos no custo dos bens ou serviços vendidos (WERNKE, 2005).

 Entretanto, segundo COGAN (2013), os custos e despesas indiretos são absorvidos na forma de rateio, e seu uso desordenado de acordo com os critérios adotados pode distorcer os resultados.

4.1.2 – RKW

Este método aloca o custo dos centros de custo de produção com base na mão de obra ou tempo de máquina de acordo com as taxas horárias estabelecidas. O trabalho total acumulado pelo qual o sistema divide o custo para determinar o custo unitário do centro de custo.

Segundo Vartanian (2000), a principal vantagem do método de custeio por centro de custo ou RKW é que todas as despesas incorridas na organização podem ser utilizadas sem exceção. Isso fornece informações de custo completas e conservadoras.

Segundo Martins (2010), o modelo original da RKW levava em consideração os custos de oportunidade, referentes ao retorno sobre o patrimônio líquido. Os autores supracitados destacam a utilidade do método em considerar o custo total e o compartilhamento de despesas, afirmando que este atinge um valor de “produzir e vender”, simplesmente somando os lucros necessários para obter o preço final de venda.

4.1.3 – ABC

ABC é um método de custeio desenvolvido para avaliar com precisão as atividades realizadas por uma empresa, auxiliando os gestores a entender e definir o valor exato de quanto gastar na fabricação e distribuição de um produto, ou em outros casos, no fornecimento de um serviço. Portanto, o foco da ABC está nos gastos indiretos. Esta abordagem caracteriza-se por uma atribuição mais rigorosa destes às metas de custos, o que permite um controlo mais eficaz dos mesmos e um melhor suporte às decisões de gestão (LEONE, 2000).

4.2 – CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS

4.2.1 - CUSTOS FIXOS

Martins (2003) diz que, custo fixo é o custo com o qual uma organização deve lidar em constância de períodos. São valores independentes que são cobrados, sem levar em consideração o que se está sendo produzido. Ainda vale lembrar, segundo o autor que, esses custos, mesmo que repetidos, não são eternamente o mesmo valor, ou seja, eles sofrem modificações.

Complementando a ideia, Santos (2006) classifica custos fixos como gastos independentes de produtividade, ou seja, não está ligado ao quanto a empresa gera em vendas, independente do quanto for criado, a empresa tem que arcar com esse valor.  São custos que necessários para a produção, mas que não variam de acordo com a quantidade em que se produz. Ou seja, são quantias fixas que devem ser pagas todos os meses para dar continuidade ao processo produtivo. Exemplos: Aluguel e Salários.

4.2.2 - CUSTOS VARIÁVEIS

Segundo Neves e Viceconti (2003), os custos variáveis são aqueles cujos seus valores se alteram em função do volume produzido como, por exemplo, a matéria prima consumida; se não houver produção o custo variável será nulo, os custos aumentam na medida em que se aumenta a produção. São aqueles que variam de acordo com a quantidade de seu produto/serviço produzido. Ou seja, quanto mais se produzir maiores vão ser os meus custos atribuídos a essa categoria.

4.3- PONTOS DE EQUILÍBRIO

Além disso, de acordo com Leone (2000), a análise do ponto de equilíbrio é uma valiosa ferramenta de gestão que pode utilizar relações custo-volume-lucro variáveis ​​para visualizar a economia das operações.

Segundo Viceconti (2003), esse tipo de análise é uma ferramenta para prever os lucros obtidos em diferentes níveis de produção e vendas, podendo analisar o efeito de mudanças nos preços de venda sobre os lucros. Segundo Leone (2001), a análise do ponto de equilíbrio apresenta algumas limitações, pois entende que os custos não se comportam de maneira uniforme ao longo da atividade.

O ponto de equilíbrio de uma empresa é o valor que ela precisa atingir para cobrir seus custos mensais. Neste ponto, a empresa não terá lucro ou prejuízo. Crepaldi (1999) afirma que, o ponto de equilíbrio contábil pode ser calculado dividindo-se custos e despesas totais pela margem de contribuição de cada produto. É muito importante que a empresa saiba seu ponto de equilíbrio e esse valor é encontrado a partir dos dados de margem de lucro, representação de vendas de cada produto, custos fixos e variáveis.

Em uma análise de ponto de equilíbrio, segundo Leone (2001), é necessário dividir os custos de uma empresa em custos fixos e variáveis, gerando informações úteis que, ao serem analisadas, responderão a diversas questões e contribuirão para a tomada de decisão - a processo de fazer, planejar e controlar.

Portanto, a análise de custos em sentido amplo visa demonstrar o caminho que deve ser seguido na prática profissional de gestão nas empresas (Santos, 2011). É necessário compreender a terminologia utilizada na classificação de custos, pois, para Wernke (2005), é necessário compreender conceitos relacionados para gerenciar custos e preços. A classificação insuficiente pode levar a decisões erradas, perdas possíveis e perdas irreparáveis.

As divergências de pensamentos não se limitam a este ponto de vista, já que alguns autores defendem o custeio por absorção até como ferramenta para tomada de decisão. Outros preferem sistemas simples para apuração dos custos, não deixando de utilizar ferramentas de controle de qualidade. Segundo Martins (2003), o sucesso de um sistema de informações depende do pessoal que alimenta e o faz funcionar.

5-CUSTOS E PREÇOS

Para gerir os preços de venda é, sem dúvida, necessário conhecer o custo de um produto, mas esta informação, embora necessária, por si só não é suficiente. Além do custo, você também precisa entender a elasticidade da demanda, o preço dos produtos concorrentes, o preço dos produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa e assim por diante. E tudo depende do tipo de mercado em que a empresa atua, do monopólio ou monopólio à concorrência perfeita, mercados de commodities e muito mais. (MARTINS, 2010).

Para uma boa gestão e planejamento, o planejamento é essencial. Você pode criar um plano de vendas, tentar organizar seu estoque, sua produção, definir as melhores promoções para sua empresa.

Segundo Cogan (2013), desde o início da Revolução Industrial até os dias atuais, considerando custos e, em última instância, preços, esta é uma estratégia competitiva fundamental que não invalida a necessidade de entender os custos. Mas você também precisa fazer uma análise de custos. Isso porque as estimativas de custos podem influenciar suas previsões de vendas ou outras decisões de gestão, como suspender a produção de produtos, investir em promoções para eliminar estoques.

Eles ressaltam que, a partir do momento em que a análise de custos monitora os dados da empresa, fica mais simples fazer o check-in e checkout das mercadorias. Gere informações para um processo definido, gerencie qualquer negócio, pois a partir de então, as decisões corretas do dia a dia podem ser tomadas sem comprometer a posição financeira da empresa, caso em que o sucesso ou fracasso dependerá do custo de gerenciamento do A capacidade cria e sustenta a vantagem competitiva. (WERNKE,2005).

6- IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE CUSTEIO

Segundo OLIVEIRA e PEREZ JUNIOR (2000), a contabilidade de custos atual já não executa apenas funções de avaliação de estoque, tem novas funções básicas de gestão empresarial e Informações de natureza administrativa. através do relatório Produzido pela contabilidade de custos, podemos comparar produtividade e qualidade, eles mostram aos administradores resultados consistentes, é usado para análise de desempenho e tem impacto no comportamento empresarial das empresas.

Vale ressaltar que a análise de custos não parece ser a única solução, mas como a melhor solução, existem muitas estratégias para o crescimento e lucratividade de uma empresa, porém a análise de custos é considerada essencial.

Percebe-se que a complexidade do assunto análise de custos e formação de preços não é considerada como um conjunto inestimável de ferramentas de controle e tomada de decisão, pois o maior fator considerado é a qualidade.

7-CONCLUSÃO

Uma boa análise de custos pode gerar um melhor lucro no longo prazo porque dá aos gestores confiança para entender a margem de entrada e rentabilidade dos produtos vendidos ou fabricados nas empresas. Isso porque com o auxílio da análise de custos é possível fazer uma boa comparação entre o preço de venda no mercado e os custos de produção necessários.

 Dessa forma, muda a visão dos gestores sobre os negócios, pois possibilita as mudanças necessárias para garantir o aumento da competitividade e participação da empresa no mercado em que atua. Hoje em dia, face à realidade económica do país, as empresas são obrigadas a encontrar formas de tornar o seu negócio mais rentável do que antes. Porém, para atingir esse objetivo, é preciso estar atento a todos os detalhes, e só uma boa análise de custos pode proporcionar isso.

 Como custos variáveis, eles são cada vez mais fáceis de identificar. Em geral, essa análise de custos é feita de forma mais rigorosa para os custos indiretos, pois é necessário mensurá-los com alguns critérios de alocação. Você pode executar a análise de custos usando vários métodos de custeio, como custeio por absorção, RKW e ABC.

Em suma, pode-se afirmar que a análise de custos deve estar sempre relacionada ao planejamento e controle das atividades para saber se o objetivo é alcançado com a atividade pactuada e um bom lucro. Toda essa análise ajuda a orientar e definir a decisão principalmente relacionada a investimentos e financiamentos

Aparentemente existe algumas empresas que não possuem um departamento de análise de custos e formação de preços, enquanto na maioria das empresas utilizam algum tipo de método para calcular os custos, tais como: método de absorção, método variável, método padrão.

Logo, pode se afirmar que a aplicação dos métodos de análise de custos, é tão recomendada para o uso administrativo, quanto para atendimento às exigências legais da empresa, frente ao fisco. Uma atividade consiste em uma combinação de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros para que se possa produzir bens ou serviços, ou seja, o que é necessário fundamentalmente para que o processo se concretize.

Saber administrar e distribuir custos de forma estratégica mostra a convergência de muitos fatores dentro de uma organização. Uma boa gestão permite que as organizações gerenciem melhor seus gastos.

Ao concluir, pode-se dizer que o estudo atingiu plenamente seu objetivo que era de demonstrar os tipos de custeio e a sua importância para o processo decisório e as operações contábeis, e a formação de preço.

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