RESUMO: Trata dos diversos assuntos relacionados com o desemprego trabalho e/ou emprego, na realidade nacional, vislumbrando as novas tendências trabalhistas bem como o avanço tecnológico das empresas. Vale ressaltar também nesse breve comentário que o presente trabalho perpassa pelos fatos sociais delineados na sociedade, como a baixa qualidade dos profissionais, bem como na contratação que as referidas empresas condicionam, e não mais aos discursos mencionados por uma face falsa das entidades empresariais.
Palavras-Chave: Empresas, desemprego, emprego, trabalho, discursos, tecnologias.
1 INTRODUÇÃO
Nos ditames da atualidade é visto que as pessoas correm numa velocidade constante em busca de empregos estáveis e de altos rendimentos, mas a verdade é que a cada dia com o avanço da tecnologia e a diminuição da mão-de-obra as vagas nas grandes empresas estão cada vez mais escassas.
Será que existe alguma saída para ás populações dos grandes centros? Qual é o nível em que a maioria das pessoas se encontra? O trabalho informal será uma alternativa? Há alguma possibilidade de novas perspectivas? O emprego ou podemos dizer os trabalhos temporários seria uma alternativa?
Diante dessas argumentações inquietantes podemos vislumbrar não somente a defasagem de empregados nas empresas, mas na qualidade de trabalho das empresas, bem como aos tipos empregados nelas inseridas. A cada dia que passa as empresas estão abruptamente com concorrências em massa, pessoas querendo trabalhar, mas com pouquíssimas vagas e a mão-de-obra cada vez mais sendo trocada por tecnologias de ultima geração.
2 AS EMPRESAS E OS SEUS FALSOS DISCURSOS
É fato observar com o advento das tecnologias as empresas se modificam para estarem com parâmetros de ampla concorrência com outras empresas, caso a negligência de não conseguirem acompanhar a evolução das tecnologias as empresas vão ser consideradas ultrapassadas perdendo assim mercado e consequentemente vindo a falir. É o que podemos de chamar de Capitalismo-Globalizado.
Se as empresas precisão de se reinventar é necessário que alguém saia perdendo, porque o que se tem visto atualmente é que cada vez mais as empresas usam tecnologias avançadas e pouca mão-de-obra, visando somente o lucro.
Nas sábias palavras de Viviane Forrester:
Assim - e esse é o maior exemplo -, os textos, os discursos que analisam esses problemas, do trabalho e do desemprego, só tratam na verdade, do lucro que é sua base, que é sua matriz, mas que jamais mencionam. Permanecendo nessas zonas calcinadas como o grande ordenador, o lucro, entretanto, é mantido em segredo. (FORRESTER, p.19)
No sopesar desses discursos vemos que as grandes cidades estão com altos índices de desemprego, pelo fato de que as empresas visarem somente o lucro. Porém o conceito de empresa vem se alterando com as próprias mudanças nas relações trabalhistas, por causa de fatores como, espaço no ambiente de trabalho, a velocidade na produção de massa nas grandes indústrias, a utilização maquinários de alta tecnologia e a economia no tempo para a produção.
Com esses relatos fica fácil mais uma vez observar que o ser humano ou bem melhor o trabalhador é somente uma peça de composição que pode ser descartada a qualquer momento nessa infra-estrutura dita como Capitalista. O que é importante se discutir aqui é que o trabalhador pensa ou imagina que ele faz parte da empresa, mas a verdade é que ele é uma peça descartável.
Com precisa lição assevera Viviane Forrester:
E nesse império – parece sonho! -, trabalhadores pobres coitados ainda imaginam poder encaixar seu “mercado do emprego”! É de chorar de rir. Antes, bastava-lhes manter-se em seu lugar. Eles precisam aprender a não ter nenhum: essa é a mensagem que, ainda discretamente, lhes é insinuada. (FORRESTER, p.27)
Ou seja, os trabalhadores são enganados a todo o momento pensando que ainda existe algum lugar ao sol, e como elucida mais uma vez Viviane Forrester, “a tendência, entretanto, é exatamente essa. Uma quantidade importante de seres humanos já não é mais necessária ao pequeno número que mola a economia e detém o poder” (FORRESTER, p.27). Ainda a grande parte da economia e dos LUCROS está moldada na pequena parcela da população.
3 NOVAS TENDÊNCIAS DO EMPREGO
Com ausência de emprego a saída mais segura nas metrópoles e em qualquer lugar do país é tentar se inserir no mercado de trabalho seja no informal como no formal. Sabemos que as empresas no primeiro ano de existência possuem alto índice de falir, consequentemente pelo fato da inexperiência de muitos ou falta até de conhecimento prévio para instaurar uma empresa.
Na questão do informalismo é crescente e preponderante, isso quer dizer que a melhor forma e mais eficaz saída hoje, é ser camelô, vendedor de porta, carrinhos de cachorros-quentes entre muitas outras espécies de trabalhos informais. Seria uma saída propriamente dita sim, mas sabemos também que muitos desses trabalhos, vendem e comercializam produtos falsos, roubados, sem notas fiscais inviabilizando assim o negócio, por ser ilegal.
É importante salientar também que a Constituição Federal de 1988, salienta sobre a livre iniciativa e na argumentação valiosa de Humberto Theodoro Júnior:
O Estado democrático de direito, em seus moldes atuais, evita participar diretamente na produção e circulação de riquezas, valorizando, como já se expôs o trabalho e a iniciativa privada. É, com efeito, a livre iniciativa que a Constituição apóia o projeto de desenvolvimento econômico que interessa a toda sociedade. (THEODORO JÙNIOR, p.33)
Assim podemos dizer que existe outras perspectivas de trabalho, desde que não seja ilícita, já que a Carta Magna faz menção que não vai interferir nas relações comerciais. Nas palavras de Humberto Theodoro Júnior, “A livre iniciativa e o desenvolvimento econômico são, outrossim, abraçados como princípios fundamentais da república brasileira (arts. 1º, IV e 3º, II)”. (THEODORO JÚNIOR, p.82).
Vale mencionar também uma nova realidade conhecida de muitos brasileiros que chamada de empregos temporários. Isto quer dizer que a épocas que as indústrias, e o comércio em geral contrata um grande contingente de pessoas para trabalharem em determinadas épocas do ano.
Mas a verdade é que poderia ser uma saída para muitos desempregados que estão há meses sem emprego, contudo eles sabem o dia que esse sonho vai acabar. É verdade que muitas vezes aqueles contratados temporariamente conseguem se estabilizar na empresa permanecendo empregado durante algum tempo.
4 EMPREGADOS SEM QUALIFICAÇÃO IDEAL PRA O TRABALHO
Diante de tanta procura por emprego e pela rapidez que as empresas exigem para poderem resultar em produção-lucrativa, os empregados estão cada vez menos se especializando, transformando os futuros empregados sem preparo algum ou com pouca experiência para assumir uma função, em verdadeiros escravos da sistematização do trabalho.
Os empregos nos dias de hoje principalmente nas indústrias são muitos sistematizados, por causa da alta tecnologia inserida nelas. Pouco o empregado faz além de aperta um botão aqui ou ali. Diante dessa situação o profissional fica somente vinculado a somente aquela atividade, o que torna ele substituível a qualquer momento.
Nesse aspecto fica inconfundível se notar que os empregados estão cada vez menos preparados para lidar com o desemprego, sendo totalmente desamparado pelo Estado que não possuem políticas publicas viáveis para reinserir esse profissional novamente a atividade. É por um desses fatores que existe um grande numero desempregados formando assim uma nova classe trabalhadora, aqueles conhecidos como trabalhadores informais, como já exposto.
Na lição de Lourival José de OLIVEIRA:
Na seqüencia, o enfoque do trabalho informal ganhou outros parâmetros, classificados como o tipo de trabalho reservado àqueles trabalhadores que não conseguiam ingressar no mercado competitivo seja pela baixa qualidade técnica-profissional, seja pelo crescimento demográfico, que torna a economia incapaz de absorver toda a mão- de - obra excedente, sendo o setor informal o único meio de esses trabalhadores buscarem a sobrevivência. (OLIVEIRA, p. 150)
Portanto fica evidente que a desqualificação profissional e a baixa qualidade dos trabalhadores resultam numa perspectiva nada animadora, e que muitos vão parar nas ruas como ambulantes, camelôs e etc.
5 CONCLUSÃO
Portanto ficam evidentes que a grande parte da população são marionetes, jogadas no mar para afundarem a qualquer momento, com baixas expectativas de trabalho e/ou emprego estão a mercê da pequena parcela da população que detêm o grande poder econômico.
Em virtude desse mercado esmagador de sonhos, podemos vislumbrar que as forças de trabalho não estão somente aos detentores do fator econômico, mas que para a subsistência de qualquer empresa será necessário capital para evoluir e assim ganhar mercado, e ainda aqui vale ressaltar que muitas empresas no seu primeiro ano de vida vem a falir pela falta de conhecimento e gestão do próprio do negocio.
Existem saídas diversas para o trabalho, como abrir o seu próprio negócio atualmente mais fácil constituir, porém com dificuldades ainda para subsistir, como também ser um trabalhador na informalidade, porém em atividade que não seja ilícita, podendo posteriormente ser regulamentada, bem como aos trabalhos temporários que muitos são inseridos e contratados por exigir baixo nível técnico-profissional.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
THEODORO JÚNIOR, Humberto. O contrato social e sua função. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
FORRESTER, Viviane. O horror econômico; tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997.
OLIVEIRA, Lourival José de. Direito Empresarial, Globalização e o Desafio das Novas Relações de Trabalho. In: Direito empresarial contemporâneo. Ferreira, Jussara S.A. Borges Nasser; Ribeiro, Maria de Fátima, (orgs) Marília: UNIMAR, São Paulo: Arte & Ciência, 2007.
Acadêmico de Direito da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - AGES.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: SANTOS, Iorrison SIlva dos. Trabalho e desemprego nas empresas brasileiras Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 06 abr 2013, 05:15. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/34491/trabalho-e-desemprego-nas-empresas-brasileiras. Acesso em: 23 dez 2024.
Por: KLEBER PEREIRA DE ARAÚJO E SILVA
Por: KLEBER PEREIRA DE ARAÚJO E SILVA
Por: KLEBER PEREIRA DE ARAÚJO E SILVA
Por: PATRICIA GONZAGA DE SIQUEIRA
Precisa estar logado para fazer comentários.