O trabalho mostra as variações linguísticas da língua portuguesa brasileira e porque alguns dialetos desaparecem e outros nascem. Nós necessitamos criar neologismos a cada dia, pois precisamos nos comunicar através de novas formas de linguagem assim, o artigo tem como finalidade apresentar os novos vocábulos destacados na nossa língua brasileira e também destacar por que algumas palavras deixaram de ser usadas no Brasil ao longo dos anos. Esse motivo é o aparecimento de outras palavras devem-se o ato comunicativo se modificar a cada momento por conta de que a língua é do falante e geram mudanças no sistema linguístico estruturante, transformando todo o código no sentido de criar novos vocábulos. A língua é viva, heterogênea e junto com a sociedade e os falantes da língua tornam-se inconstantes. O conceito de língua e sua diferença da linguagem, o objetivo o estudo da língua suas variações linguísticas dentro do Português Brasileiro, dando sua etimologia e sua mudança linguística e suas respectivas transformações. Mostrando a história da linguística comparativa seus principais doutrinadores e estudiosos numa visão mais abrangente dentro dos estudos e pesquisas de Saussure, Chomysky, Rask . O estudo da semiótica junto à linguística com autores como Bloomfield, Meillet e os neogramáticos também são aqui discutidos e embasados. E por fim, o estudo da origem e história da Língua Portuguesa, seu início no Brasil e o estudo da Língua Portuguesa Brasileira. O ensino da Língua Portuguesa (LP) dentro de uma perspectiva linguística destacando o conceito a abordagem comunicativa nos estudos apurados de Chomsky e Saussure em que estão embasados teorias do estruturalismo e funcionalismo histórico. O signo linguístico pode ser arbitrário convencional, facilitando assim a maneira apropriada de falar a língua de acordo com seus conceitos. Todos nós estamos inseridos em fazer da linguagem usada a nossa própria maneira de se comunicar, pois ninguém fala igual ao outro e, dessa forma, há uma pluralidade de comunicação social. Neste caso, a variação linguística está presente em todas as formas de interação social entre o homem e a língua e assim a mudança ocorre a todo instante, é por isso que somos poliglotas no próprio idioma, falamos cada língua a depender do ambiente e assim transformamos a linguagem. Assim diz: Como se supõe para os linguistas “tudo vale na língua” supõe-se também que eles são contrários ao ensino das variedades cultas. (FARACO, 2007, p.27).
O pensamento e a comunicação o que se pode dizer é que o principal objetivo da linguística é estudar as formas de pensar e produzir, sendo a sociedade o meio próprio para o aperfeiçoamento da língua e da linguagem. Portanto a linguagem nasceu da necessidade de comunicação entre os homens que precisa ser expressada por pensamentos e valores e transmiti-los aos seus semelhantes para uma melhor interação social.
E nesse momento se estuda o conhecimento teórico representado pela escrita, mas para isso não basta apenas, demonstrar seus pensamentos e valores, o homem se utiliza dos signos linguísticos e os símbolos linguísticos. Estes são considerados arbitrários e convencionais. São convencionais no sentido de que são estabelecidos como regra mediante acordo. E é a partir daí se estuda a variação linguística que seria uma forma de desvio da norma padrão da língua portuguesa. A semiologia estuda os signos por meio da vida social e sua interação entre o significado e a transmissão da comunicação através das mensagens, língua, códigos e sinais. A linguagem humana deu origem aos códigos convencionais para cada idioma representado. As regras foram estabelecidas para uma realidade social e cultural padrão, em que a língua possui seu objeto específico de estudo e pensamento expressando sua característica adequada e apropriada.
As variantes se submetem ao falante da língua ao emissor e está em função do ouvinte ou receptor de acordo com as circunstâncias em que se produz a fala. As variações podem ser de cunho social geográfico, de sexo, de gerações (diacrônicas) de idade de modalidade (escrita e falada).
Os estudos afirmam quando as sociedades são letradas a modalidade da escrita e da fala que se comportam de acordo com o formalismo, ou seja, com os princípios da linguagem coloquial ou formal como e pode ser descrita em termos de padrões reais e ideais, de acordo com os comportamentos, circunstâncias e situações espontâneas.
Com a linguagem expressamos as emoções através do pensamento. O não-pensar demonstra que o pensamento não foi expresso logicamente e para que haja o pensamento lógico, é necessário escrever corretamente, expressando assim, o pensamento. A linguagem traduz o que pensamento quer revelar e a escrita é a forma concreta do pensamento, dessa maneira quem escreve bem, domina as funções da gramática da língua de forma organizada e com lógica os pensamentos revelados.
A linguagem é algo individual que acontece coletivamente no meio social inserido no contexto, ou seja, cada um possui sua linguagem, mas ela é concretizada diariamente na sociedade. O fato da língua mudar ou adquirir neologismos é um processo natural, como o nascimento de uma pessoa e sua evolução. As línguas nascem, relacionam-se, transformam-se, desenvolvem-se e por fim morrem, deixando de existir.
Com a derivação do latim houve distanciamento entre as duas línguas. Cada uma seguiu suas variações. Por serem derivadas do latim as línguas passaram por enormes transformações, mudanças e assemelham-se rapidamente caracterizando dominância de uma sobre a outra em relação às diversidades das palavras, gerando uma forma dialetal nova para interação da comunicação.
A variação linguística é estudada de forma que consegue definir o porquê de diversos grupos sociais falam de forma diferente a mesma língua no que se refere às diferenças de sotaque, e variedade regional e geográfica. O Brasil foi povoado por diversos povos de várias origens, e isso tornou o povo brasileiro dono do modo de falar o português diferenciado dos outros povos que falam a mesma língua. A própria história político-social e a pluralidade dos falares do brasileiro demonstram o retrato vivo da miscigenação de diferentes costumes, região, sotaques, tradição e assim modificou profundamente o modo linguístico de falar o português.
No Brasil, existem vários padrões falados regionais e que se contrapõe ao nacional, ou seja, não há uma unidade fonológica de fatores da língua portuguesa o que há é uma variedade de pluralidade de falantes da língua. O preconceito da língua portuguesa consiste em afirmar que os falantes da língua culta, se encontram somente nas grandes cidades brasileiras como Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre e define os critérios de escolaridade e padrões da língua culta, a partir do que se diz da língua portuguesa nessas cidades, o que na realidade não pode ser considerado como única fonte, vê que se deve levar em conta além desses critérios a cultura urbana para formação da norma culta.
A mesma palavra dita por diferentes pessoas tem seu significado próprio, pois a depender da região geográfica em que o indivíduo vive, fatores sociais se manifestam diferenciados de acordo com o próprio idioma. Não existe língua pura e sem a interferência de outras línguas, pois ela possui sua própria linguagem já embutida no falante. Escrever e falar são formas distintas de serem comparadas, pois se escreve e se fala de maneira diferente e apropriada de acordo com o falante da língua.
Cada pessoa tem sua maneira própria de falar e se comunicar com os outros, o homem é um ser social e está intimamente ligado ao meio social. Na hora de escrever recorremos a norma culta padrão da língua portuguesa, mas nem sempre é assim, não escrevemos sempre como manda as regras do idioma português.
Com os acordos que entraram em vigor durante o estudo e história da língua portuguesa, neste caso, em de janeiro de 2009, facilitou a vida de quem não usava corretamente a língua portuguesa ou desconhecia sua gramática. Dessa maneira aliviou os usuários de internet acostumados a abreviar ou escrever a língua portuguesa da maneira que eram habituados, ou seja, sem se preocupar com os rigores da gramática normativa.
Não existe purismo na norma culta e nem na linguagem falada pelos brasileiros, pois ninguém consegue falar sem usar as variações linguísticas. A variação linguística é algo espontâneo e natural, pois em todas as línguas a sua existência é real.
As línguas mudam com o tempo, afirmam as expectativas, e continuam dizendo que a mudança linguística é universal, contínua e regular. Não há língua que seja una, invariada e rígida. De acordo com a comunicação social é preciso haver essas mudanças na língua, pois os métodos, o comportamento e análise linguística foram estabelecidos para propor e conduzir essas mudanças.
A linguagem é organizada num sistema de signos ou sinais que compõe a comunicação entre indivíduos. A língua é um conjunto de códigos e signos combinados através da função de regras que faz a transmissão de mensagens entre o emissor e receptor. A língua é um sistema abstrato, social e virtual. Ela também é própria. O seu estudo foi proposto no século XX por Saussure como ciência autônoma estudada pela linguística.
Para Chomsky, a língua tem uma estrutura dinâmica e que é constituída de um conjunto de regras que produzem em frases. O objeto da linguística tem um caráter homogêneo. O falante possui um conjunto de regras que faz criar infinitas sentenças e todos nós já nascemos com a capacidade de adquirir uma língua que é inata, de forma a compreender todas as frases da língua. Para ele, a faculdade da linguagem define a língua como um conjunto infinito de frases dinâmicas e criativas.
Para a sociolinguística, o objeto de análise da linguística é a visão da comunidade de fala e o estudo da variação envolve mudança linguística. Essas variações envolvem fatores externos e internos do sistema linguístico. Nesse caso, esses fatores são de ordem social que condicionam essas variações. Os fatores internos são de aspectos sintáticos, fonológico, morfológico, semântico, discursivo e lexical. Os fatores externos são: de gênero, a faixa etária, nível de escolaridade, estilo, nível socioeconômico, localidade, entre outros.
As línguas mudam a cada momento, o que se falava no século passado não são mais ditas, hoje em dia. As línguas nascem, crescem, reproduzem e morrem. Ao longo da história das línguas muitas já morreram e não existem mais, mas deixaram o seu legado, é o caso do latim.
O que se atribui o fato de escrever e falar incorretamente, segundo os estudiosos das variações linguísticas, é que as línguas sofrem, ao longo do uso e desenvolvimento, as influências de outras línguas e se desgastam ou perdem sua essência ao longo de sua história.
No Brasil existem variadas formas de se falar o mesmo vocábulo e essas variações geográficas, sociais de diferentes costumes tradições indicam a nossa riqueza histórica de diversas regiões de pluralidade linguística.
A forma rígida de escrever e falar o português de acordo com as normas, faz o brasileiro afirmar que “o idioma é difícil de ser aprendido e falado, assim a língua não pode ser taxada de pobre, feia, ou melhor, por que neste caso, não existe linguagem correta, bonita, ou melhor, que outra.
A linguagem, segundo Chomsky, é do falante e de está inserido no meio social, pois é nela que existe o falante da língua, mostrando as diferenças de caráter subjetivo, ou seja, cada um fala a seu modo.
As línguas são mutáveis, mudam a cada momento. Antes, falava-se diferente de hoje e daqui a alguns anos vai se falar diferente também. A língua tem seus neologismos e se utilizam de empréstimos linguísticos para representar o nosso pensamento, assim adaptamos a língua nova a nossa, da melhor forma possível, é o caso de “site, deletar, hot dog”, etc.
A língua padrão do Brasil é a língua escrita e não falada, é aquela encontrada nos jornais, nas revistas, nos noticiários. Exigir que se fale o português da norma culta no processo de comunicação é um preconceito. As pessoas aplicam esse vocábulo de forma inversa. A partir do momento que se inicia o processo de comunicação essa linguagem é livre e tem um único fim em si mesmo que é levar a mensagem para o interlocutor que está do lado de lá.
A questão da interação da língua falada com a língua escrita é muito discutida hoje nos cursos de Letras nas Universidades e a conclusão a que se tem chegado é que o ensino de língua portuguesa se prende às questões ligadas ao preconceito linguístico. Verifica-se que o ensino de língua se apoia somente na gramática normativa da língua portuguesa. As mudanças linguísticas são percebidas ao longo da vida, se contrapondo ao prestígio da norma-padrão estando presente em alguns grupos sociais e nesse caso, independente do ensino formal.
Para Labov (2002), as variações nos aspectos da comunidade da fala são estruturais, e uma mudança para o progresso ainda não está completa. Diz ainda que a Pragmática estuda as relações entre a estrutura da linguagem e seu uso e revelam que as expressões, muitas vezes, só adquirem sentido numa situação concreta da fala. Ela se preocupa em analisar as relação existente entre o usuário e a linguagem em função da situação comunicativa de interlocução de uma pessoa com a outra.
O ensino da Gramática, geralmente, faz-se de forma rígida, como se tudo que se fala ou se escreve no dia-a-dia é registrado como errado, fora dos padrões exigidos pela norma. O ensino da Gramática normalmente tenta banir essa língua dita empobrecida, e, muitas vezes, são consideradas formas de linguagem não aceitas na sociedade porque são usadas por uma classe desfavorecida socialmente. Isso não quer dizer que a classe prestigiada na sociedade não se utiliza dessas formas também indesejáveis da língua, só que, às vezes, em grau menor. E, neste caso, percebe-se que a classe dominante é quem dita normas de cima para baixo, esquece a riqueza da complexidade cultural do idioma falado.
Para os estudiosos da Linguística, a linguagem é uma atividade humana universal que se realiza individualmente, e ela pode ser universal, histórica e individual. Tratam-se dos assuntos relacionados à fala e à língua. A língua corresponde a um objeto unitário e homogêneo que abrange a língua culta ou norma padrão e a língua não-padrão. A norma padrão está ligada a um objeto privilegiado do ensino enquanto a não-padrão está ligada à características de pessoas de baixo índice de escolaridade.
A linguagem tem três pilares que servem para expressar o pensamento e instrumento de comunicação com o intuito de formar a interação social. Primeiro, revela quais são as funções do professor na sala de aula se é ensinar as regras da norma-padrão, já que elas fazem parte da língua usada pelo homem. Segundo, define os parâmetros de ensino das formas padronizadas da linguagem conservadora e a forma como surge a linguagem coloquial, não-padrão, atribuindo àquelas as características de “rica, certa e bonita” e as estas “feias, erradas e estropiadas”. O terceiro aponta que, para ampliar o conhecimento linguístico do aluno, não é preciso somente ensinar as regras gramaticais que dominam a comunicação, há necessidade de se aceitar e inserir essa linguagem no ensino da escola e que vai para melhorar o processo de interação social.
A língua falada, segundo estudos e reflexões, é relaxada e não tem compromisso com a Gramática, ela é preconceituosa e anticientífica. As regras da gramática nem sempre são seguidas fielmente, nem mesmo por falantes plenamente conhecedores da língua e escolarizados, ou seja, com grau de escolaridade superior.
A língua que é falada no Brasil é muito diferente da língua falada em Portugal. Não devemos fazer comparações do uso da gramática portuguesa com o português falado no Brasil porque o processo de formação cultural de cada um é diferente. Tentar introduzir, a todo custo, essa forma de ensino nas escolas brasileiras como única e unilateral, poderá causar um conflito linguístico sem precedentes, pois está provado que o nosso português brasileiro é diferente da gramática portuguesa.
Observa-se que a realidade linguística do Brasil é contraditória, pois a maioria da população do país não detém toda a aquisição da norma-padrão, nem todos tem acesso ao português culto, e um número muito reduzido tem esse domínio das regras da gramática normativa, e ainda assim, esse grupo utiliza-se da linguagem coloquial do dia-a-dia para se comunicar.
Essa classe que detém o conhecimento da norma culta acredita que fala a língua materna muito bem, no entanto, essa não é a verdade. Pois há uma grande distância entre a Língua Portuguesa falada em Portugal e a que é falada aqui no Brasil. Seja por questões da própria língua-padrão ou pela própria realidade linguística do brasileiro e, provavelmente, em ambos os casos deve-se levar em conta a realidade e formação da sociedade portuguesa e brasileira para em casa caso se chegar a conclusões próprias para saber que elementos influenciam o processo de formação da linguagem de cada país.
Para explicar melhor o assunto, existem duas correntes da linguagem que são: o funcionalismo e o formalismo. O funcionalismo aponta para uma visão de uma linguagem humana como interação social entre os homens, ou seja, os falantes se comunicam por meio de expressões linguísticas. O formalismo estuda as línguas naturais, enquanto linguagem que formam um conjunto linguístico que se inter-relacionam. Um ramo de funcionalismo buscou descrever a língua a partir de erros, inovações, gírias e usos populares, ou seja, demonstrar esses erros como desvios da língua decorrente da comunicação como invariabilidade, diferenciação, etc.
A escrita culta é conservadora, e está atrasada em relação às transformações gramaticais que vão acontecendo na língua. A língua falada tem regras e tem lógica de funcionamento. O brasileiro culto, ao falar, dá preferência às regras não-padrão da linguagem.
Existem ainda muitas variedades da língua escrita, por exemplo, uma carta escrita para alguém que é próximo, é diferente de um texto jornalístico. A mesma coisa acontece entre uma mensagem de e-mail mandada para uma pessoa, existem inúmeras variações a depender do destinatário.
As regras da norma-padrão são estrangeiras para o aluno que convive com a linguagem coloquial e vai à sala de aula aprender a gramática pura da Língua Portuguesa. O ensino tradicional quer impor uma única forma de comunicação, seja verbal ou não-verbal, para qualquer situação do uso da língua, esquecendo que o conteúdo da gramática não é o que se fala e escreve no dia-a-dia. Assim, pode-se dizer que o brasileiro possui a diglossia, ou seja, duas línguas que são utilizadas ao mesmo tempo por uma mesma comunidade de falantes. Quando se trata de analfabetos ou desprestigiados na escolaridade, existe um abismo entre norma-padrão e a língua falada. A diglossia evidencia à relação existente entre a língua escrita e falada , neste caso, a norma-padrão está ligada à língua escrita literária clássica.
Há diversas opiniões de estudiosos sobre o assunto. Segundo Bagno, a língua escrita e falada pelos brasileiros é considerada esquizofrenia linguística, pois não corresponde à realidade vivida. Uma parcela ínfima da população brasileira detém a aquisição da norma-padrão enquanto a maioria da população só conhece e utiliza o vernáculo materno diferente dos padrões e rigores da Língua Portuguesa. Quais as línguas que existem hoje? Porque elas se perpetuam, ou morrem? São questionamentos discutidos ao longo do artigo. As palavras mortas da língua portuguesa no Brasil, uma coletânea de palavras que deixaram de ser usadas no Brasil pelos falantes, de uma maneira ou outra, o desuso relega ao seu próprio uso que deixou de ser falado no dia-a-dia pelas pessoas.
No mundo existem mais de 6.000 línguas espalhadas e dessas línguas 50% morrem a cada duas semanas, segundo UNESCO. As línguas morrem devido ao pequeno número de falantes que desprezam o seu uso e aos pesquisadores que rejeitam o seu estudo.
As línguas são propagadas devido ao seu uso e a sua transmissão sejam em feitas através de músicas, filmes, TV, rádio, internet e até mesmo no cotidiano. O uso da língua é apropriado quando alguém se propõe a estudar e usar de maneira a utilizá-la em bate-papo e nos estudos nas escolas preparatórias.
Segundo Gramish, o estudo do grego e latim que são línguas mortas serviram de base para a compreensão sintático-morfológica-semântica da Língua Portuguesa. O que seria língua morta? É uma língua que não possui falante, mas existem gramática, regras e estão documentadas em ofícios escritos e que pode ser estudada por pesquisadores. Ela é uma língua existente, a exemplo o latim, grego antigo, sânscrito, algumas línguas indígenas.
A importância do estudo da língua morta é necessária para aprender a história e cultura de um povo. Conhecer a cultura, tradução, folclore, crenças e costumes são feitos através da língua e tradições orais, passadas de geração em geração.
Umas das línguas mortas mais estudadas no mundo foi o latim, de origem indo-europeia, trazido para a região do rio Tibre para o Lácio pelos latinos povos indo-europeus, sofreu influência dos etruscos, povo que habitava a península Itálica.
Segundo estimativas, existem mais de 3.000 línguas existentes no mundo atual, das mais de 6.000 línguas que existem no total. O grego e o latim influenciaram quase todos às línguas da América e da Europa, incluindo o inglês e o alemão, que em mais de 50% do seu vocabulário é de origem latina. As línguas morrem devido também à falta do seu uso no dia-a-dia e ao avanço de tecnologia e globalização. Aprender um idioma é importante para a preservação da língua viva e conhecer a história cultural do povo.
Segundo o dicionário de Alberto Villas, da editora Globo, destacam algumas palavras que caíram em desuso no Brasil, ou seja, palavras, como afirma ele, em suas pesquisas, sumiram do mapa e tiveram outro sentido:
Antes |
Hoje |
Abafar – curioso |
Abafar – arrasar |
Desolipar- relaxar |
Desolipar – dar uma relaxada |
Cocota – jovem metida |
Cocota – gata |
Balaio – cesta de vime |
Balaio – sacola |
Baranga – feia |
Baranga – mulher kitsch |
Batata – não falhar |
Batata – chegar em cima |
Espelunca – moradia mal feita |
Espelunca – caindo aos pedaços |
Fuleiro –produto de baixa qualidade |
Fuleiro – vagabundo |
Fuzaca – folia |
Fuzaca – farra |
Grudada – junta |
Grudada – ligada |
Jardineira – ônibus |
Jardineira – van |
Jururu - doente |
Jururu - down |
Labuta – trabalhar |
Labuta – trampo |
Mandar brasa – tocar adiante |
Mandar brasa – vamos nessa |
Massa – ótimo |
Massa – bacana |
Algumas palavras foram tiradas do dicionário Aurélio que foram incorporadas recentemente no século XXI como: arraiamento (adorno), astrevimento (atrevimento), pêssega (moça bonita). Outras palavras foram incorporadas e adicionadas ao dicionário como: blogar (digitar no blog), tubaína (marca de refrigerante), ferrar (sair-se mal), baixar (fazer download), ficar (trocar carinhos em compromisso), malhar (fazer ginástica). Outras palavras chegaram ao Aurélio como: “botox, chef, flex, enem, fotolog, e-book, pré-sal, ricardão, nerd, mochileiro, ,mix, hora-aula,” etc. Uma das palavras que está na moda e incorporou os dicionários é a palavra “mensalão e balada” que agora se encontram nos verbetes e é pronunciada por todos.
As mais recentes acepções do Aurélio foram: sugar (defecar), antenado (atento as novidades), baixar (fazer download de arquivos), ferrar (se dar mal), ficar (namorar sem compromisso), pintar (aparecer em algum lugar), rolar (trabalhar arduamente), tendinha (boteco modesto), morro (favela).
Não existe língua padrão, pois se torna difícil normatizar por escrito a linguagem padrão dentro das sociedades diferentes, regionalismo e coloquialismo. Num mesmo país em que a mesma palavra pode ter vários termos como: macaxeira, mandioca e aipim, em outros lugares isso também ocorre, por exemplo, tangerina, mexerica ou bergamota. Neste caso, torna-se impossível registrar expressões do discurso orais ou escritos de diferentes formas estruturantes de se falar, o mesmo vocábulo, em diferentes regiões do mesmo país.
A exemplo disso, são as palavras incorporadas no século XXI, como: Hora-aula, mochileiro, pop-up, pré-sal, ricardão, sex shop, tablete, tuitar, fotolog, chororô, chocólotra, botex, bullying, blogar, blue tooth, bandeide, bl ray , flex, enem, empreendedorismo.
Há quem diga, que as palavras que caíram em desuso não deveriam ser excluídas dos dicionários por que elas contam a história, época vivida pelo povo, um exemplo disso é vinil, fita cassete, datilografia, lampião, dentre outras. Esse estudo da perpetuação e inovação das línguas são estudados pela diacronia (evolução da língua) e sincronia (língua estática num determinado momento), ou seja, o estudo da língua ao longo dos anos e sua perpetuação e existência.
Antes a Língua era estudada individualmente sem significação, ou seja, uma construção de frases autônomas sem fazer correlação ou sentido. Hoje em dia, após década de 60, o estudo da língua Portuguesa ganhou espaço dentro da linguística no que se refere a fazer uma análise conjuntural apoiada no campo discursivo, analisando cada palavra ou frase discutindo as ideias embutidas e significativas dentro de uma abordagem comunicativa.
Ao inserir o ensino de L2 na sala de aula o professor deve usar estratégias para que os alunos não sintam medo de errar ao falar ou produzir um texto. O Estudo da gramática surge da necessidade do homem falar a língua e utilizá-la. O ensino da língua portuguesa começou a ser largamente falada com a vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808, mas oficialmente registrada em 1826.
O processo de gramatização da língua portuguesa se dá quando há uma variação linguística no que se refere a um distanciamento do português falado no Brasil e em Portugal.
A diversidade cultural linguística no Brasil acontece devido a grande extensão do território brasileiro, a heteregeneidade cultural, social e econômica do país. Quando o ensino da LP é ensinado com má qualidade, se aprende mal, e consequentemente aprende também mal a língua estrangeira nas escolas brasileiras.
A língua existe para haver comunicação com um conjunto de regras infinitas. A sala de aula é um lugar autônomo para gerar conhecimento e aprender, a aprendizagem na escola leva a interação e trata de saber social entre professor e aluno. É preciso que o professor passe a conhecer o momento de aquisição e aprendizagem de cada aluno e como ele realiza esse procedimento.
As línguas são formas de agir e pensar de uma mente. Elas são estudadas pela linguística, ciência que estuda a linguagem. A língua nunca morre por completo, há sempre registros delas em algum lugar ou documento, mas existem línguas mortas e que morrem a cada momento. A língua identifica um povo mostra a característica do pensamento, cultura e ideia de uma nação. Não existe língua fixa, pobre, ou rica, una e invariável, elas variam a cada momento.
A língua é a representação a identitária soberana de uma nação, é a identidade linguística-cultural de um povo. É através dela, que os discursos são escritos e proferidos e dela que conhecemos a universalidade, história e cultura de uma população.
A relação com outras crianças na escola, aluno que já possui o domínio da língua materna passa a adquirir outros conhecimentos na troca de informação e interação com outras crianças.
Para que a criança passe a ter a relação mútua entre o que ela já possui de conhecimento linguístico, dentro de seu mundo social, com o que vai absorver ou aprender na escola, é necessário que ao ser inserida na escola, para ser alfabetizada, aprenda a ler e escrever, seja envolvida em uma realidade escolar conjunta com a realidade, no seu ambiente prévio, já existente, seja esse ambiente a família, amigos, igreja, clube social, vizinhança, dentre outros.
Se a escola pretende elevar o nível da compreensão da criança à compreensão da realidade em que se encontra, nessa escola precisa basear a sua ação pedagógica na realidade dessa criança. (SILVA, n° 42, p. 55).
O conteúdo dessa criança que está em fase de absorção de novos conhecimentos tem que ser levado em conta o processo de construção e reconstrução de novos saberes e conteúdos linguísticos novos que sejam relevantes e despertem o interesse e a busca por novos conhecimentos.
Razão por que consideramos que o ensino de língua materna não pode se basear em conteúdo pré-fixado ou predeterminado, mas deve ser visto como um processo de construção e reconstrução de saber linguístico da criança. (SILVA, n° 42, p. 56).
O ensino de língua materna, dessa maneira deve está voltado para a construção de saberes que envolvem o que ele vê, ele ouve, ele lê, ele fala e fatos que fundamente o que esta ao seu redor, construindo assim, práticas relevantes para serem desenvolvidas pelo professor na sala de aula.
A falta de estudo engessa o aluno que não sabe produzir bem um texto, com suas regras gramaticais corretas assim, consequentemente fala mal e escreve mal, pois aprendeu a língua portuguesa de qualquer jeito. O aluno é deficiente na língua culta, como na linguagem padrão, e também em sua língua materna. Criou-se uma involução na língua Portuguesa. Ao invés de evoluir, escreve-se mal mesmo aquele que fez universidade e tem curso superior, também, assim, que redige contratos, certidões, projetos, relatórios sendo necessário melhorar a língua materna no que se refere à escrita é preciso ser proficiente na escrita formal e na maneira que ler, escreve, pois, a falha em um desses itens, leva ao erro nos demais.
Devido ao empobrecimento de nossa educação, temos cada vez mais pessoas de nível superior que não dominam a norma e, por isso, escrevem simplesmente mal. (FURHMAN, ANO 8, N° 84, p 27.).
A linguística nasceu no final do século XVIII por conta de se descobrir o estudo das civilizações antigas como das línguas clássicas, como o hindu e o sânscrito, mas se consolidou no século XX, com Saussure em 1916, com a introdução do Curso Geral de Linguística.
Com Fran Bopp (1791-1867), iniciou o estudo comparativo da língua, pesquisando sobre a história da linguística comparativa entre as línguas orientais. Os neogramáticos se voltaram para o estudo aprofundado na linguística histórica.
Através de anotações das aulas ministradas por Saussure, Bally e Sechehaye, seus alunos, produziram estudos que resultam no início sistemático e concreto da linguística, compilando materiais que produziam por fim, o curso de linguística geral.
A sincronia é o fenômeno estático da língua, já a diacronia é o fenômeno evolutivo a língua. A Língua é espontânea, não é lógica, nem intencional. O eixo paradigmático da língua ocorre linearidade, ou seja, não se podem pronunciar dois elementos ao mesmo tempo. Na relação sintagmática, o indivíduo pode fazer uma associação entre o que já falou, usando o tempo do verbo.
O professor ao analisar a língua falada ou escrita deve-se atentar para a lógica de cada situação que são diferenciados no que se refere ao erro gramatical das duas formas de se expressar, pois cada uma ao ser enunciada, é discrepante. Dessa maneira, a escola privilegia o ensino voltado para corrigir o erro gramatical dentro do código linguístico esquecendo-se do caráter emocional e psicológico que a criança se encontra ao proferir o ato comunicativo.
A língua pode ser expressa de várias formas, dentre elas, a oral e a escrita. A variação linguística como manifestação da língua pode ser condicionada por fatores como classe social, idade, sexo, escolaridade, situação da fala, nível financeiro, geográfica, social, dentre outros.
Para alguns teóricos o contexto de língua e linguagem servem para memorização, para auxiliar o aluno na hora de produzir textos significativos, escrever, além de interpretar e também na concepção de construir, reconstruir e ressignificar.
A Língua Portuguesa ensinada nas escolas em que desenvolve nos alunos a competência comunicativa de acordo com a realidade social do aluno, em que se percebem os variados tipos de linguagem que podem ser visualizada como: padrão, oral e culta, além das variações linguísticas do Português Brasileiro.
Sem a norma culta, não haveria intercomunicação e, consequentemente, relacionamento social entre os diversos grupos que compõem a sociedade, o que levaria a própria desintegração dessa sociedade. Portanto, para que seja possível a interação linguística entre esses grupos, é preciso que a norma culta seja uniforma, isto é, seja, a mesma para todos os grupos. Para tanto, ela precisa ser rigorosamente controlada, regulamentada, normatizada. É justamente essa a tarefa da gramática: normatizar a língua, exercer esse controlo que garante a uniformidade da norma culta. ( BIZZOCCHI, Artigos de divulgação Linguística e Gramática, p. 2).
No Brasil-colônia, a época da colonização trouxe 4 milhões de africanos falante era habitado por 1.200 povos que falavam mil línguas. Hoje esse número foi reduzido a 180 falantes do idioma nativo. A escrita no Brasil ganhou força a partir de 1808, com a transferência da família Portuguesa para o Rio de Janeiro, houve a inauguração de museus, bibliotecas, imprensa e jornais. A partir do século XX com a influência dos EUA, o Brasil sentiu a necessidade de combater e diminuir o analfabetismo e com isso veio aliado a tudo isso a internet em que iniciou politicas públicas voltadas para essa questão social.
A linguística dentre outras finalidade, estuda a variação da fala e da escrita. No Brasil, o modo como às pessoas falam as palavras do Português, identificam-se através da oralidade do povo, com facilidade, a diversidade cultural, linguística e a variação linguística em nosso país, devido à espontaneidade das falantes brasileiros.
A sociologia estuda a variações lexicais, fonológicas, fonéticas, morfológicas e sintáticas da língua e suas relações com o meio social. Segundo ela, as pessoas falam diferente umas das outras porque são diferentes e únicas.
As formas faladas por essas pessoas podem ser classificadas como adequadas ou inadequadas, dependendo do contexto em que estão inseridas. A função e o objetivo da linguística é estudar o que provoca a mudança dos sistemas linguísticos dentro de suas variações linguísticas.
Willian Labov foi o precursor nos estudos da sociolinguística na sociedade americana. Ele contrapôs aos estudos estruturalistas de Saussure em que contradiz que o sistema linguístico é homogêneo, linear, unitário e autônomo.
A língua como sistema vivo não é homogêneo, perfeito e acabado, se transforma de acordo com as mudanças da sociedade, está sempre se renovando porque é um sistema vivo. A língua e sociedade se correlacionam, uma interfere na outra causando mudanças e instabilidades no sistema linguístico.
As variações linguísticas também sofrem prestígio e desprestígio da língua pelos falantes, não é una, invariável e fixo. Algumas palavras tendem a aparecer no dicionário brasileiro, outras desaparecem, a durabilidade depende das mudanças ocorridas no idioma Português Brasileiro.
O trabalho se preocupou em analisar as estruturas da língua, mostrando as palavras mortas e a origem de outras, de maneira a fazer uma abrangência geral do estudo da linguística como ciência do século XX.
O ensino nas escolas públicas, no Brasil, precisa ainda se voltar para as teorias da abordagem comunicativa e linguística em que não se deve apenas ensinar a língua como gramática normativa, mas como linguagem coloquial e suas variações linguísticas, o que é importante para o falante da língua saiba usar as duas formas nos diversos ambientes sociais.
A linguagem coloquial como língua de desprestígio social sofre certo preconceito ao ser falada pelo usuário, alguns teóricos, que escrevem sobre esse assunto, tenta de alguma forma abolir esse preconceito. O aluno ao inserir no meio escolar já tem pronto seu conceito de língua e já utiliza no dia a dia, o que chamamos de gramática internalizada de Chomsky.
A língua não é algo pronto e acabado. Ela é contínua e ininterrupta, ou seja, para cada situação e momento há uma interação comunicativa com a sociedade ocorrendo mudanças e transformações, seja de qual modo for.
Os linguistas preocupam-se em preservar a língua materna em detrimento do reconhecimento da regra gramatical como uma e infalível, desse modo eleva-se a autoestima linguística dos brasileiros.
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Graduada em Serviço Social pela Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança/BA, Graduada em Letras Vernáculas pela UNIT- SE; Graduada em Espanhol pela UNISEB - COC/SE; Especialista em Metodologia do Ensino de Linguagens - Eadcon/Bahia; Especialista em Metodologia da Língua Espanhola pela Face/BA . Especialista em língua inglesa- Face/BA; Especialista em Mídias da Educação/ Uesb/BA; Especialista em Linguística e Literatura pela Universidade Cândido Mesndes/ RJ; Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luis de França/SE. Professora do Estado da Bahia na Educação Básica. E-mail: [email protected].
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: SOUZA, Luciana Virgília Amorim de. Objetivo da linguística: pensamento e comunicação Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 21 abr 2015, 04:15. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/44070/objetivo-da-linguistica-pensamento-e-comunicacao. Acesso em: 23 dez 2024.
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