A lei trabalhista (CLT) tem mais de 74 anos. O número de ações na justiça brasileira deverá atingir no primeiro semestre de 2016, o total de 100 milhões de ações (isso se for mantido os encalhes de processos nos tribunais), se aumentar o resíduo, este número poderá ser atingido ainda este ano. A Justiça do Trabalho tem custo um custo anual de 13 bilhões de reais (número de 2014), este ano poderá chegar a 20 bilhões. Onde tirar tanto dinheiro numa economia que precisa enxugar seus “custo país”, e desacelerar a máquina para arrefecer sua reserva? Na verdade o setor público federal (inclui a JT) foi o que mais aumentou salários e gratificações aos seus servidores. Em dez anos (números do Dieese) as perdas dos trabalhadores atingem 33%, enquanto isso o ganho dos servidores (incluído juízes) ganho de 150%. Recente o jornal “O Dia” publicou matéria apontando altos salários dos desembargadores do TJRJ, um deles de 170 mil/mês.
Os analistas econômicos falam do “Custo Brasil”, da ineficiência e corrupção do Estado Brasileiro, lembrando que o Custo Mundial, o da exclusão social que gera 1 bilhão de pessoas que passam fome e 1,2 bilhões (18% da população mundial) que não tem acesso à água tratada no mundo, compõe esse universo. Segundo analistas, dois aspectos se associam a esta deformação, a necessidade de mais empregos e melhor distribuição de renda, tendo como base que 10% dos mais ricos detêm 85% do capital global e metade dos habitantes detém apenas 1%, enquanto os países altamente industrializados do G8 venderam 87% das armas exportadas do mundo inteiro, fomentando e lucrando com as guerras locais e regionais. Aqui a fome é na exploração da mão de obra, e consequentemente as demandas trabalhistas onde a morosidade açoita sobre os que buscam seu direito.
O Brasil é hoje a 9ª potência mundial, possui no 95º lugar em analfabetismo; 73º em expectativa de vida; 98º em mortalidade infantil e com uma taxa de 31 homicídios a cada 100 mil habitantes. A corrupção custa R$ 100 bilhões por ano para o país, o que resulta em 3,7 bi de prejuízos por ano, para cada Estado da Federação. Só na Petrobras declarado por sua ex-presidente Graça Foster, a corrupção sangrou 88 bilhões.
Se quiserem falar de justiça, que falem. Mas não descartem a grande massa de trabalhadores formais, que a cada instante olha no retrovisor e avista o desemprego se aproximando em alta velocidade. Hoje se estima que 8 milhões de brasileiros estejam sem emprego formal. Isso tudo deriva de uma má gestão político administrativa, ou devemos olhar invejosos o governo americano que recuperou 6 milhões de empregos sob a presidência de Obama? Temos de fato sérios problemas, que se agravam a cada momento em que uma nova elite, soberba e vetusta cresce em alta escala com seus salários, fazendo com que o ramo do judiciário brasileiro seja o mais caro do planeta. Manter uma ação na justiça, para atender entre outros a folha salarial de 93%, significa que cada brasileiro desembolsa por ano a quantia de 1,9 mil reais, valor superior 15 vezes a renda de um brasileiro no pobre rincão maranhense.
Há dez anos iniciei a minha obra “Justiça Trabalhista do Brasil” (editada pela Topbooks), já em 2011 escrevia: (...) a realidade é a mesma, só que agora emergiu uma nova face na JT, a arrogância e acinte as partes, é uma constante conforme podemos verificar na notificação de audiência de n° 9128/2011, da 46ª Vara Trabalho do Rio de Janeiro: (…) 4) As partes deverão comparecer de modo adequado e compatível com o decoro, o respeito, a dignidade e a austeridade do poder Judiciário. 5) Conforme decisão do juízo é essas as instruções para a audiência inaugural: Integrantes deste judiciário fazem criticam pela severidade com que trato o tema, eu considero particularmente um elogio tal alusão, mas data venia dessa observação, austeridade precisa ser mais bem explicada.
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