Resumo: O texto aborda como são tratados os cônjuges que vivem em relacionamento abusivo onde o outro deseja o manipular conforme suas vontades. A vítima se sente sufocada e muitas vezes não entende o porque está sendo oprimida pelo parceiro. Como esse comportamento, geralmente, inicia de modo sutil e aos poucos ultrapassa os limites causando sofrimento e mal estar ele é dificilmente identificado. Ao perceber que está sofrendo um abuso ou que está sendo abusivo é fundamental que esse sujeito busque apoio especializado (psicológico e em determinados casos jurídico).
Este artigo objetiva definir relacionamentos abusivos, mostrar seus principais fatores causais e soluções para o cônjuge oprimido e ou casal. A autora acredita que, é necessário o intermédio de um terceiro permitindo o pertinente manejo terapêutico desempenhado por um time de especialistas.
Palavras Chaves: Cônjuge opressor, Vítima, Relacionamento Abusivo, Relacionamento Doentio.
Resumen: En este trabajo se analiza cómo los cónyuges que viven en relación abusiva se tratan en el que el otro quiere manipular según la voluntad. La víctima se siente sofocado y, a menudo no entienden por qué está siendo oprimido por el socio. Debido a este comportamiento por lo general comienza sutilmente y poco a poco supera los límites que causan sufrimiento y malestar general. Difícilmente se identifica. Al darse cuenta de que están sufriendo abuso o ser abusivo es esencial que este tema tiene por objeto el apoyo de expertos (psicológica y legal en ciertos casos). Este artículo tiene por objeto definir las relaciones abusivas, mostrando sus principales causas y soluciones para el cónyuge o la pareja oprimidos y. El autor cree que es necesario a través de un tercero, lo que permite el manejo terapéutico apropiado realizado por un equipo de expertos.
Palabras Clave: La víctima de opresión cónyuge abusivo, Relación repugnante.
INTRODUÇÃO
Não venho aqui defender as mulheres e muito menos os homens, o objetivo deste texto é demonstrar que ambos os sexos podem sofrer situações de manipulação dentro de um relacionamento. Um relacionamento abusivo é uma violência psicológica doméstica e silenciosa que não deixa marcas, onde um dos parceiros usa seu poder físico, psicológico ou emocional impondo ao outro situações constrangedoras, que são dificilmente reconhecidas, apenas quando se chega ao limite da agressão: A violência física causada por um dos cônjuges, daí nota-se que existe algo fora do normal.
DA MANIPULAÇÃO DO RELACIONAMENTO
Na maioria das vezes o agressor apenas se preocupa com a vida do parceiro e se esquece de cuidar dele mesmo, fazendo com que o seu companheiro se torne refém de seu egoísmo, por meio de monitoramentos constates e brigas causadas pelas seguintes situações: Ele (a) tem ciúmes dos amigos do parceiro (a), de pessoas do trabalho, até de familiares, controla com quem seu parceiro (a) pode falar ou com quem pode sair, vigia as mensagens no celular, exige senha do seu e-mail e redes sociais, desconfia constantemente do outro, acusa de traição sem motivos, controla as roupas que seu parceiro (a) usa, tentando isolar só para ele (a) seu parceiro (a) oprimindo (a). Humor volátil é outro fator que machuca o cônjuge oprimido fisicamente e emocionalmente, manipular situações e pressionar ou forçar ao parceiro (a) a fazer sexo sem consentimo com o uso da força é caracterizado como estupro, são outras característica deste relacionamento doentio. Essa possessividade indica que o cônjuge que comete tais atos acredita que seu parceiro é uma coisa, e não um ser humano autônomo e independente, essas situações que o agressor cria serve para que o cônjuge oprimido faça o que lhe foi pedido.
O cônjuge mais atacado de início acredita que este tipo de relacionamento está ligado ao cuidado, mas com o tempo percebe que está sendo oprimido e não conseguindo sem a permissão do outro fazer coisas simples como ir até uma padaria comprar pão e leite sem se sentir culpado por não ter pedido permissão ao seu parceiro (a) opressor, algumas pessoas que vivem este tipo de relacionamento chegam a acreditar que são as principais culpadas pelo comportamento agressivo de seu cônjuge, essa é a maior mentira que com o tempo o parceiro (a) que está tendo sua liberdade violada acaba aceitando como verdade. Ruim com ele, pior sem ele. Esse dito popular quando encaixado nesta relação débil acaba tornando-se utópico. Relacionamentos são para que se tenha crescimento e divisão dos prazeres que a vida proporciona. E não para que um dos cônjuges seja sequestrado de seus sonhos e desejos.
PRESSÕES PSICOLÓGICAS
Comparo os relacionamentos abusivos a uma disputa: Onde um alfineta o outro e apenas quando um dos cônjuges se sente satisfeito após ferir psicologicamente ou fisicamente seu companheiro volta-se a normalidade para que se inicie um novo ciclo vicioso de alfinetadas, onde o maior vilão deste convívio chama-se dependência.
Um dos companheiros acredita que sem seu parceiro (a) não consegue fazer nada no seu dia a dia por isso aceita essa situação facilmente e acaba-se tornando refém dentro de um relacionamento doentio e opressor; chegando admitir que seu cônjuge esteja sempre com a razão e que ele que é a vítima está louco (a) caso tente sair deste relacionamento, pois a base deste de convívio são as chantagens emocionais e pressões psicológico contíguo às manipulações, onde o cônjuge que é o dono da situação alega que a vítima não conseguirá jamais outra pessoa tão “boa” quanto ele (a).
Outro vilão do relacionamento abusivo é a insegurança, ciúmes e o espírito controlador que faz com que um dos parceiros sempre seja o dono da situação, acarretando a despersonalização de um dos cônjuges tornando-o vítima e este passa a ser a extensão só do outro. Não consegue pensar por si e vive apenas a sombra do seu agressor.
Quem nunca sofreu abuso não compreende porque uma pessoa se coloca a mercê do outro, e simplesmente não sai deste relacionamento. O cônjuge que é o refém deste relacionamento concorda em conviver com este tipo de situação por alguns motivos: Acredita que o abuso é normal onde a vítima talvez tenha crescido em um ambiente em que o abuso era comum, ou tem medo de ficar sozinho (a) acreditando na falsa ideia de que não encontrará outro parceiro (a), a baixa estima em sua conduta, sente o setor financeiro ameaçado e isso tem importância na tomada de decisão, onde um dos cônjuges é dependente do outro já com uma vida estabilizada com bens móveis e imóveis adquiridos no decorrer do relacionamento tem medo de ter que abrir mão dos bens ou até mesmo não conseguir se mantiver financeiramente, os filhos que são usados pelo cônjuge manipulador este faz com que todas as vezes que o outro começa a ter forças para sair deste relacionamento são utilizados nas chantagens emocionais, existe também a esperança de que o cônjuge oprimido possa “salvar” o seu namoro ou casamento, também há a vergonha de admitir que seu relacionamento fracassou conciliado com o medo do julgamento de familiares e amigos e da sociedade em ser uma pessoa divorciado(a),e por fim a falta de um lugar para ir: o cônjuge que é refém pode pensar que não tem para onde ir ou que ninguém irá ajudá-lo(a) depois de sair do relacionamento. Esse sentimento de impotência pode ser especialmente forte se a pessoa morar com o parceiro abusivo. Estas situações faz com que o cônjuge imolado continue sendo refém deste relacionamento.
A vítima deste convívio acata instruções de que não se deve comentar da vida particular com outras pessoas no momento em que se deve buscar ajuda, daí vem à baixa estima e muitas vezes acreditando que tudo de ruim que está ocorrendo neste relacionamento doentio é responsabilidade dela.
Para continuar sendo donos da situação os agressores sempre mimam suas vítimas com presentes, roupas, flores e jantares românticos acompanhados de um simples pedido de desculpas, com a ideia de minimizar a situação e evitar um novo conflito o cônjuge que está sendo oprimido se engana dizendo para si mesmo que foi a primeira vez que ocorreu aquela situação aceitando a culpa e a responsabilidade de mais um abuso, ou a desculpa de que apesar de tudo ele (a) nunca me bateu.E por meio de manipulações o agressor faz com que a vítima acredite no seu falso pedido de desculpas ou alega que ele (a) estava muito cansado (a) por isso perdeu o controle, ou que ele (a) está desempregado (a) no final convence a vítima que a culpa sempre será dela, e esta mais uma vez tem seu psicológico abalado. Daí vem à perda de pertença, pois o opressor vai sugando e se perde a capacidade de alegria e liberdade de um dos cônjuges pois, esta depende da satisfação do outro. No lugar da alegria e liberdade são colocados grilhões pelo cônjuge opressor para que ele (a) tenha sempre o controle das ações do cônjuge oprimido.
È importante sempre falar com um amigo (a), ou familiar sobre o assunto e assumir que o casal tem um problema no seu relacionamento este é o primeiro passo para iniciar um relacionamento sadio. Assim não existirá mais a figura de sequestradores e reféns.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
È fundamental pedir ajuda envolvendo terceiros, o casal precisa ter uma conversa franca a respeito da situação e ter um psicólogo como intermediário para que os ajude ou ajude a vítima a dizer NÃO, e o agressor entenda que dentro de um relacionamento existem limites. Porque a culpa nunca é da vítima. NUNCA. Mesmo quando a vítima é você. O cônjuge oprimido pode achar que é o culpado (a) por ter se “deixado” abusar. Mas isso não é verdade. Pois o cônjuge manipulador do relacionamento usava do vitimismo,com juras de amor ou o mais famoso deles: “Sem você não sou nada.” Essa é uma forma muito básica, mas ainda assim eficiente, de fazer o outro se sentir culpado.
Após tentar ajuda de terceiros e ou o cônjuge opressor se negar a receber ajuda para melhorar as condições no relacionamento ou mesmo com a ajuda de terceiros nada melhorou na relação o melhor é colocar um BASTA, para que as feridas da alma sejam curadas, pois quem é refém deste relacionamento deve conhecer seus direitos e ter a certeza que existem pessoas prontas a ajudar. Viver sob o mesmo teto com o cônjuge agressor pode trazer várias preocupações, especialmente quando se está considerando sair de casa ou permanecer nela, surgem questionamentos como: E os filhos? Como vou recomeçar? Será que é o certo a ser feito? Ele (a) é “bom” para mim do jeito dele (a).Dentre outras perguntas se a vítima não estiver forte o suficiente acaba voltando para sua posição inicial: A de refém por ter protelado.
Terminar este tipo de relacionamento é muito difícil, e assustador para algumas pessoas, mas não impossível, é preciso ter coragem para que o cônjuge oprimido enfrente de forma madura os seus medos. A pessoa abusiva é imprevisível, e pode insistir por um tempo; seja firme na tomada de decisão, reavaliando seu relacionamento. Relações assim chego a comparar a uma montanha russa com altos e baixos e emoções fortes e conflitantes, estas não valem a pena por conta do desgaste emocional.
Recomeçar uma nova vida parece abrolhoso, dá um frio na barriga, um tremor, o medo de encontrar um novo parceiro e depender dele (a) se tornar refém, o medo de sofrer, de escolher errado novamente, são sentimentos que incomodam, mas o ideal é que se entre em um relacionamento tendo a certeza de que cada ser em si carrega o dom de ser capaz em realizar grandes feitos e ser feliz, mas essa é uma decisão que só quem vive neste relacionamento doente pode tomar. A vida oferece todas as manhãs uma nova oportunidade de poder ser feliz. È preciso ter amor próprio e apoio da família e amigos, para um novo recomeço. Procure grupos de apoio na igreja, ou organizações especializadas no assunto.
Se valorize!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOS Mulher-Google Disponível em: <http:www.sosmulherefamilia.org.br/sinais-de-relaçaoabusiva>-Acessado em 12 de Dezembro de 2016
Livre de Abuso Disponível em: <http://www.livredeabuso.com.br>Acessado em 12 de Dezembro de 2016
PAIVA, Carla & Bárbara -Abuso no contexto do relacionamento íntimo com o companheiro: Definição, prevalência, causas e efeitos- departamento de psicologia da universidade do minho.
Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete-FDCL; Assistente Administrativo no Hospital São Vicente de Paulo-Conselheiro Lafaiete; Formada em Segurança e Saúde do Trabalho pelo Colégio Potência -Conselheiro Lafaiete;<br>
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: SILVA, Mary Luisa dos Santos. Ruim com ele, pior sem ele. Será? Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 29 dez 2016, 04:30. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/48502/ruim-com-ele-pior-sem-ele-sera. Acesso em: 23 dez 2024.
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