Resumo: O texto faz uma análise sobre o relatório disponibilizado pela Organização das Nações Unidas e o Departamento Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas acerca do debate de igualdade de gênero e o longo caminho a ser delineado pelos países para a equiparação das questões sociais e atuais das mulheres e meninas.
Palavras-chave: ONU. Mulheres. Igualdade. Gênero.
Abstract: The text analyzes the report made available by the United Nations and the United Nations Department of Economic and Social Affairs on the gender equality debate and the long path to be outlined by countries to equate social and current issues of women and girls.
Discussão sobre as conclusões do relatório “The Gender Snapshot”.
A Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU) e o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (DESA) produziram um relatório que descreve a conjuntura social da luta por igualdade de gênero entre homens e mulheres.
O resultado da pesquisa, denominado como “The Gender Snapshot”, não se mostra promissor para os próximos anos, onde foi descrito que, para que seja atingido o equilibro entre homens e mulheres seria necessário um investimento aproximado de US$360 bilhões (R$ 1,8 trilhão) por ano até 2030.
O referido valor seria voltado para a execução de planos de ações globais previstos na Agenda 2030, que reúne uma série de objetivos para o desenvolvimento sustentável. Um dos objetivos se caracteriza na ODS 5, da igualdade de gênero, que basicamente tem o papel de implementar iniciativas para alcançar a paridade entre os gêneros, bem como garantir a ampla participação feminina em todos os níveis e cenários sociais.
Os dados divulgados trazem uma análise mundial da situação social feminina e pontua que na América Latina e Caribe, aproximadamente 13 milhões de mulheres podem estar sujeitas a pobreza até o ano de 2050, além da falta de recursos alimentícios, que podem impactar em mais de 20 milhões delas, caso o cenário atual seja mantido.
Os dados mostram que, as mulheres saem atrás dos homens em várias conjuntas, como, cerca de 28,2% das mulheres exercem funções de comando nos postos de trabalho, 35,5% integram parte do governo local e 26,7% ocupam cadeiras nos Parlamentos.
O relatório conclui que nenhum país está totalmente ordenado para erradicar a violência doméstica, e em apenas 27 países há um sistema que garanta recursos para políticas públicas voltadas para a igualdade de gênero.
Faz-se um paralelo ao princípio da dignidade da pessoa humana, que constitui no princípio máximo do estado democrático de direito e que deve pertencer a todos na mesma proporção. Segundo Fábio Comparato, todos os seres humanos, apesar das inúmeras diferenças biológicas e culturais que os distinguem entre si, merecem igual respeito, como únicos entes no mundo capazes de amar, descobrir a verdade e criar a beleza (COMPARATO, 2003, p.1). Portanto, o que se busca, na luta feminina por igualdade, é apenas respeito e equiparação em todos os níveis sociais.
A perpetração da violência, tradicionalismos, nível cultural de um determinado local e ausência de amparo, se mostram como as principais questões que levam uma sociedade a perpetrar a desigualdade entre homens e mulheres.
O relatório divulgado pela ONU apenas reafirma a dificuldade na equiparação das mulheres, em detrimento aos homens, na sociedade hodierna, e por isso a implementação de programas que visam a igualdade de gênero, a exemplo as ODS, em português, “objetivos de desenvolvimento sustentável” são fundamentais para apaziguar os efeitos de uma sociedade multiforme.
Conclusão
O momento atual é delicado e requer esforços de todos os países para minorar os efeitos da desigualdade de gênero mundial, como a criação de soluções inovadoras para tornar mulheres e meninas protagonistas da sociedade e igualar as oportunidades de liderança em todos os níveis públicos.
Bibliografia
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
CHIARETTI. Daniela. Relatório da ONU aponta que mundo está falhando com mulheres e meninas. Disponível em: https://valor.globo.com/mundo/noticia/2023/09/07/relatorio-da-onu-aponta-que-o-mundo-esta-falhando-com-mulheres-e-meninas.ghtml. Acesso em: 19 set. 2023.
UNFPA. 8 bilhões de vidas, infinitas possibilidades: em defesa de direitos e escolhas. Disponível em: https://brasil.un.org/sites/default/files/2023-09/UNFPA_Estado_Populacao_Mundial_2023-web.pdf. Acesso em: 20 set. 2023.
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