Co-autor: LUÍS FERNANDO RIBAS CECCON - Advogado. Pós graduado em Direito Civil e Processual Civil junto a Faculdade Damásio de Jesus.
De proêmio é valido salientar que a família é a célula mater de convivência, unida por laços puramente afetivos e repletos de amor, de pessoas que costumam compartilhar o mesmo lar conjugal.
Na mesma vertente de pensamento acima exposta, esta convivência de cunho familiar pode ser feliz ou tortuosa, visto que seus laços afetivos podem experimentar o encanto do amor e a tristeza do ódio.
Diante do exposto, questiona-se, e a moradia, sede do lar familiar? Dependendo dessas fases contrastantes, a família pode representar um centro emérito de referência, onde se objetiva, a vivência plena do afeto; ou apenas configurará um mero alojamento de pessoas desprovidas do essencial sentimento propulsor da máquina do mundo, o AMOR.
Nessa vertente, acredita-se que a família seja uma gloriosa semente que necessitará constantemente de nossos cuidados e atenção, prometendo-se, em contrapartida, crescer e desenvolver-se em nosso principal sustentáculo de humanidade.
Ainda na mesma seara de pensamento a entidade familiar parece estar à deriva, sem referência, impotente e desprotegida na sociedade atual, onde os princípios basilares encontram-se esquecidos e diluídos no caos do contexto atual das relações sociais.
A instituição familiar sub judice possui o escolpo de se conserva como um reduto afetivo, baseado no sustentáculo primordial do amor na sua forma mais sublime dos pais pelos filhos, evidenciando a isonomia entre o homem e a mulher.
Já de longa data em seus primórdios, a família sempre se mostrou como fundamento da sociedade. Instituição transcedental a qualquer outro agrupamento humano, mostra-se irrefutável que em sua origem e constituição a matéria prima são as relações de afeto. Na origem de tudo, há um amor conjugal que chama a vida a participar desse amor.
Em derradeiro, a instituição familiar deriva de uma opção que deve ser muito bem pensada e analisada, uma vez que ela existirá a partir do momento em que um homem e uma mulher decidirem viver juntos na forma da lei, criando um mundo novo e distinto: uma família.
Nesse mundo novo e distinto, nascerão os filhos, que se incorporarão ao projeto de vida idealizado por seus pais.
É na entidade conjugal familiar que os filhos desenvolverão sua personalidade. Nela crescerão, encontrarão o sentido de sua existência, humanidade, respeito pelo próximo, compaixão, afetuosidade, amorosidade, humildade, e assim amadurecerão na sua segurança, até o dia em que também partirão em busca da realização de seus sonhos e de seu próprio projeto familiar. É a lógica inconteste de uma vida sadia.
Destarte, alerta-se para os riscos aqueles que intentam em viver de modo aventureiro e despretensioso, apenas brincando com os sentimentos alheios. De nada serve estarmos repletos de boas intenções, se não planejarmos bem o caminho que percorreremos.
Outrossim, nosso mundo tem mudado muito e rapidamente, com princípios basilares muitas vezes por ora não aceitos, quebram-se paradigmas diuturnamente. Atualmente as relações de cunho afetivo não estão fixadas de antemão, nem há o devido comprometimento e respeito mútuos o que ocasiona crises de tristeza e inconformidade. Em nossa sociedade, os papéis tradicionais da mulher e do homem, antes assumidos como destino inexorável, não são mais simplesmente aceitos como verdades irrefutáveis.
Norteando-se à felicidade plena e recíproca, o casal deve dialogar sobre o que realmente almejam, para enfim elaborar, com bastante criatividade, um projeto novo e distinto que possibilite a realização de um amor pleno. É neste projeto, em constante realização, que os filhos devem poder ter a alegria de nascer, crescer e amadurecer até a plena maturidade.
Concluímos que ao definirmos a família como uma instituição, sendo a célula mãe de toda a sociedade, ao a analisarmos ou defendermos os seus direitos, queremos nos referir a uma realidade bem definida, que está presente em nosso cotidiano, e que desempenha um papel concreto na vida das pessoas e da sociedade que as circundam.
AUTORES COLABORADORES: MARINA VANESSA GOMES CAEIRO
LUÍS FERNANDO RIBAS CECCON
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