Co-autor: LUÍS FERNANDO RIBAS CECCON - Advogado. Pós graduado em Direito Civil e Processual Civil junto a Faculdade Damásio de Jesus.
De proêmio, deve-se iniciar o estudo empírico ditando que a palavra família deriva do verbete latino "famulus", ou seja, domésticos, servidores, escravos, séquito, comitiva, cortejo, casa.
É de suma relevância constar que a instituição jurídica constitucional da família representa um grupo social e ético primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições, na mesma vertente ainda, dita-se que é um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção.
Nessa mesma seara de pensamento o termo funde-se com um agrupamento de pessoas por laços puros de afetividade e amor.
Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos seus ascendentes diretos e acima de tudo compartilhar do afeto, da educação, do carinho, da lealdade, da verdade extrema, da assistência mútua, do amor incondicional, da humanidade, do respeito primordial pelo próximo. Assim que se constrói a tão almejada e respeitada instituição familiar.
Na mesma seara de pensamento, deve-se necessariamente constar que a família é um núcleo basilar, estruturado, nobre, unido por infindados laços de afetividade e amor capazes de manter os seus membros moral, material e reciprocamente unidos durante toda uma vida, dando suporte e assistência uns aos outros e assim o sendo perdurarem mediante inúmeras gerações.
Diante do exposto, clarividentemente, podemos definir família como sendo um conjunto invisível de exigências funcionais e fundamentais que organizam a interação dos membros da mesma, considerando-a, isonomicamente, como um sistema pleno, que opera através de padrões transacionais.
Com as vastas e até infindadas transformações de cunho eminentemente social, ficamos impressionados com a problemática do vasto numerário de pais equivocados em sua maneira de educarem sua prole. Muitos, acabam correndo atrás apenas e exclusivamente de seu sucesso pessoal e profissional, se esquecendo que as crianças não podem jamais ter seus valores sobre o conceito de família invertidos, sendo ludibriadas com presentes e adornos materiais, que tentam inocuamente substituir a presença, o afeto, o amor e a atenção dos pais.
Nesse sentido esses pais que acreditam estarem construindo um futuro brilhante para seus filhos, estão, na verdade, roubando-lhes a essência mais importante de seu presente, a sua companhia, o seu afeto e o seu amor incondicional.
Inexoravelmente, com o passar do tempo, esses filhos vão se distanciando de seus pais, que nunca lá estiveram, bem como da instituição familiar, a qual nunca lhes fora ensinado o conceito, desenvolvendo apenas um relacionamento de troca material: exemplificando, um presente por uma aprovação na vida escolar.
É bem por isso que nossa sociedade está colhendo cada vez mais adolescentes e jovens sem limites, sem respeito e sem direção.
Diante do exposto, adolescentes e jovens buscam nas coisas passageiras e materiais a razão de suas vidas. Gastam sua existência correndo atrás delas, porém são coisas que não satisfazem, pois a essência da vida está no companheirismo, na amizade, no amor pleno, na afetividade incondicional, na lealdade, no respeito mútuo, na verdade, na reciprocidade de sentimentos.
Nessa mesma esteira, acabam dando vazão para um buraco ainda mais extenso, que exigirá maior esforço para satisfazer. Alguns destes, jovens da sociedade atual, já encontraram caminhos extremamente árduos por causa das situações vivenciadas diuturnamente.
É clarividente que, relacionamentos afetivos de cunho familiar só logram êxito absoluto quando há de ambas as partes envolvidas investimento diário, comprometimento, respeito, verdade, empenho, amizade, afeto, lealdade e amor.
Em conclusão, devemos viver no sentido real, baseando-se sempre na honestidade, ética, moral, bons costumes, humanidade, respeito, urbanidade, afeto e amor incondicional, sabendo que estamos aqui para algo muito maior que apenas nascer, crescer, produzir, gerar recursos para adquirir bem materiais fadados ao perecimento pela ação inafastável do tempo. Este algo muito maior e sublime, devemos perceber, é a própria vida.
AUTORES COLABORADORES: MARINA VANESSA GOMES CAEIRO
LUÍS FERNANDO RIBAS CECCON
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