Isabel Maria Amorim de Souza
Luciana Virgília Amorim de Souza
A linguagem é a expressão de tudo aquilo que pensamos e sentimos, é através do órgão língua, que nos comunicamos e falamos nossas ideias e desejos. O homem é o único ser social que usa a língua como expressão do que sente, todos os animais sejam racionais ou não, usa a linguagem para se comunicar, seja por gestos, instinto, código, idioma, fala, expressão verbal ou não verbal, oralidade e até me libras.
A primeira escrita começou na arte das cavernas e depois se criou o alfabeto dos sumérios que eram ícones que simbolizavam uma ideia é como se fossem os ideogramas dos japoneses e chineses, em que uma imagem diz quase uma frase inteira, mas os egípcios já utilizam de código escrito para se comunicar, mas quem detinha essa arte de escrever eram somente os escribas, que faziam parte do poder temporal, eles utilizam a escrita principalmente para escrever a cheias do Nilo e secas temporárias que aconteciam durante o ano. O calendário era diferente do de hoje, no ocidente e anotavam como se fazer a colheita os preparativos, e assim despertavam para uma escrita. No caso dos sumérios, a escrita era em forma de cunha, em argila, e por isso chamavam de escrita cuneiforme.
A ciência que estuda a linguagem é a linguística, surgiu em 1920 por Saussure um suíço que criou o curso de linguística geral em 1916. “Ferdinand de Saussure (Curso de Linguística geral, 1916) opôs nitidamente a língua (langue) e a fala (parole): a língua é um sistema inscrito na memória comum, que permite produzir e compreender a infinidade dos enunciados; a fala é o conjunto dos enunciados efetivamente produzidos.” (MARTIM, 2003, p.54). Uma nova ciência que se preocupava com a fala e a língua que são dois itens bem distintos, a língua é anterior à fala, ela é concreta e a língua é social e externa, ou seja, só existe entre os homens em sociedade. Na mesma época que surgiu linguística, surgiu á semiótica, com Pierce, da década de 20 com os estudos sobre o signo linguístico, em que deu dois conceitos para ao signo, ou seja, o significado que é o conceito e o significante que é a imagem acústica. O signo, segundo Saussure, é arbitrário, ou seja, ele existe para cada situação ele pode variar de acordo com seu conceito, por exemplo, a palavra casa ela tem seu conceito variando de acordo com cada idioma em inglês house, em italiano casa, em espanhol hogar, e assim por diante.
Quando falamos em linguística, lembramos das variações linguísticas que podem ser diatópicas, diastrática e diafásicas, ou seja, por nível, escolaridade ou região. Alguns teórico e linguistas afirmam que a linguística é ampla e a língua por ser social é mutável, variável e não fixa.
“Não há língua que seja, em toda a sua amplitude, um sistema uno, invariado, rígido. Ainda que frequentemente se defina cada língua como um sistema de comunicação e os métodos de análise e descrição linguística sejam delimitados em geral a partir do pressuposto de que se opera com uma estrutura bem determinada, sabemos que isso resulta de abstração feita conscientemente a fim de possibilitar um mais imediato domínio da estrutura linguística por parte do investigador. Na realidade, toda língua, quer sirva a uma grande nação consideravelmente extensa e muito diferenciada cultural e socialmente, quer pertença a uma pequena comunidade isolada de apenas poucas dezenas de indivíduos, é um complexo de variedades, um conglomerado de variantes.” (BAGNO, 2002, p. 11).
Á medida que varia sofrem mudanças que podem ser sincrônica ou diacrônica. A sincrônica varia no mesmo tempo e local e a diacrônica de acordo com o tempo, à medida que passa o tempo, ela varia ainda mais.
“As línguas mudam todos os dias, evoluem, mas a essa mudança diacrônica se acrescenta uma outra, sincrônica: pode-se perceber numa língua, continuamente, a coexistência de formas diferentes de um mesmo significado. Essas variáveis podem ser geográficas: a mesma língua pode ser pronunciada diferentemente, ou ter um léxico diferente em diferente pontos do território. Desse modo, um réptil comum em todo o Brasil é chamado de “osga” na região Norte, “briba” ou “víbora” no Nordeste, e “lagartixa” no Centro-Sul. Um atlas linguístico como o de Gilliéron e Edmont nos dá milhares de exemplos dessa variação regional”.(CALVET, 2007, p.89).
A linguística, segundo Lyons”, é o estudo científico da língua”. Ela se preocupa estritamente em analisar os fatores ligados à linguagem. A sociolinguística estuda a língua no meio social analisando suas variações linguísticas. A história da língua constroem fenômenos que envolvem a língua e a fala.
A linguística se apoia em algumas ciências como a neurolinguística a psicolinguística, a sociolinguística, a semiótica a linguística textual, a pragmática.
A linguística textual estuda a língua dentro de um texto escrito como um jornal, revista, artigo, livro. Estuda a coesão e coerência dentro de um texto e suas articulações. A análise do discurso discute a ideologia de um discurso que pode ser jurídico, religioso, político, social, e ideológico. Analisa o texto e a linguagem empregada nele principalmente o poder de persuasão ou convencimento em que as ideologias estão embutidas dentro do campo discursivo.
A sociolinguística estuda o homem dentro do processo social em meio a sociedade, no sentido das relações em que a linguagem perpassa por variações linguística que podem ser de ordem social, nível, gral, geográfica, escolaridade.
A semiótica estuda os signos linguísticos no que se refere ao conceito e imagem acústica, liga a palavra ao seu significado dentro de cada língua, assim o signo é arbitrário e o sentido da palavra varia de acordo com cada idioma estudado.
A pragmática estuda a língua e suas particularidades dentro de um contexto escrito e oral pratico. O que se pode aferir sobre esse estudo linguístico ainda precisa ser desvendado, pois a ciência não é algo acabado.
REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem ACESSO EM 13/06/2012.
http://www.brasilescola.com/redacao/linguagem.htm ACESSO DIA 13/06/2012. ACESSO EM 13/06/2012.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_l%C3%ADngua_portuguesa. ACESSO EM 13/06/2012.
http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno04-06.html ACESSO EM 13/06/2012.
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2009/ju437pdf/Pag03.pdf ACESSO EM 13/06/2012.
BAGNO, MARCOS (ORG). Língua Materna Letramento, Variação e Ensino. São Paulo: Parábola. 2002.
CALVET, Louis-jean. Sociolinguística um Introdução Crítica. São Paulo: Parábola, 2002.
MARTIM, Robert. Para Entender a Linguística. São Paulo: Parábola, 2003.
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