RESUMO
A investigação acerca do tratamento dado às normas de direitos fundamentais na Constituição Federal brasileira na Constitución de La Nación Argentina tem o escopo de contribuir para a construção de conhecimento sobre o sentido e alcance dados por esses países aos direitos e liberdades fundamentais e de descobrir a quem alcançam as proibições, ações ou omissões que esses direitos comportam concretamente, se somente constituem limites à ação dos poderes públicos, ou se, ao revés, funcionam como meios de imposição de restrições à ação de todos os membros de uma comunidade, inclusive nas relações entre particulares.
Palavras-chave: Direitos Humanos; Constituição 1988 Brasileira; Constituição de 1853 da Nação Argentina.
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Um dos problemas contemporâneos do direito, de maior relevo e difícil de ser resolvido, diz respeito às relações entre particulares, espaço onde sempre se aplicou o princípio da autonomia da vontade, sem limites, obstáculo ou qualquer intervenção por parte do Estado. Neste sentido, a questão que emerge é verificar e decidir em que medida os direitos fundamentais funcionam como limites à autonomia privada. Dito de outro modo, o Estado deve intervir para legitimar o resultado da atuação livre dos particulares ou para assegurar que as esferas individuais sejam protegidas pelos direitos fundamentais. Nesta última hipótese o Estado intervém na regulação dos direitos fundamentais com a intenção de protegê-los.
As respostas a este dilema hodierno vivido pelo Estado são dadas pelo direito constitucional e dependem da interpretação que se faz dos preceitos contidos nas Constituições.
Como decorrência da regra da supremacia constitucional, os princípios gerais do direito constitucional positivo têm aplicação sobre todos os demais ramos da ciência jurídica, inclusive o direito privado[1].
Destarte, além de se ocupar com os aspectos da estrutura do Estado, as Constituições contemporâneas passaram a estabelecer limites do exercício do poder e a tratar regulamentação das liberdades e dos direitos fundamentais das pessoas.
Com efeito, a Constituição representa para um país, hoje, a base normativa (regras e princípios[2]) de todas as relações que interessam ao direito, sejam elas públicas ou privadas, e é exatamente assim que acontece nas Constituições brasileira e argentina: os interesses públicos e os interesses privados compõem uma visível unificação e sistematização orgânica.
De fato, existe de um lado a tendência de progressiva invasão dos mais variados setores da vida privada pelo direito público, na igual medida em que acontece a ingerência do direito privado no direito público. Destarte, a idéia segundo a qual a repartição entre direito público e direito privado é paralela à distinção entre esfera pública e esfera privada está ultrapassada. Na verdade, a propósito da evolução histórica do Estado e da Administração Pública, é incontestável que menos do que nunca, Estado e sociedade formam compartimentos estanques, separados um do outro: a interpenetração ou participação mútua é cada vez mais intensa. Yves Madiot[3] vai mesmo ao ponto de perguntar se hoje em dia “não é tudo misto em direito público e em direito privado”, pois frequentemente as regras de direito público e de direito privado estão estreitamente ligadas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DA LITERATURA
A constitucionalização dos direitos não subtraiu a importância do direito privado, ao contrário, promoveu sua reconstrução para assegurar sua função social garantir a aplicação de direitos fundamentais também nas relações entre particulares. Roberto Enrique Rodríguez Meléndez[4] sintetiza esse fenômeno da constitucionalização do direito civil do seguinte modo:
Será la configuración del Estado como Social de Derecho, la que culmina en alguna forma con una evolución en la consecución de los fines de interés general, la que armoniza una acción mutua entre Estado y sociedad, y difuminará la dicotomía derecho público-derecho privado, lo cual no significa, que esta interacción y la consiguiente “difuminación” antes señalada, implique a su vez la desaparición de las respectivas categorías o ámbitos de público y privado: “Es decir, no puede interpretarse en el sentido de la completa confusión entre Estado y sociedad y la improcedencia de toda distinción funcional y técnica entre derecho público y privado” (grifo do original).
Esse processo de constitucionalização do direito privado promoveu uma mudança de paradigma. No passado os pressupostos teóricos do constitucionalismo se assentavam na tradição fundada na idealização de uma esfera de liberdade frente ao poder. Hoje, tende-se para o reconhecimento do efeito horizontal dos direitos fundamentais, ou pelo menos sua garantia constitucional frente a eventuais vulnerações desses direitos efetuadas por particulares. No entanto, é preciso reconhecer que o direito constitucional contemporâneo desse início de século é transitório, já que boa parte das Constituições em vigor ainda não reconhecem, por meio de pronunciamento expresso, a eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas.
As violações aos direitos fundamentais nas relações privadas não são incomuns e muito menos banais. A intimidade, a liberdade de expressão e a igualdade[5] são direitos fundamentais facilmente vulneráveis nas relações privadas, por isso da importância e, mais que isso, da necessidade de que sejam previstos, em todo ordenamento jurídico, mecanismos de proteção em caso de sua violação, mesmo quando nas relações jurídicas entre particulares.
Os direitos humanos fundamentais são indivisíveis[6], mas para melhor entendê-los na história[7] a doutrina classificou-os em três gerações ou dimensões[8]:
a) características da “primeira dimensão dos direitos fundamentais”: são individuais, civis, políticos e penais e divide-se em ramos, a exemplo do direito penal, do direito civil e do direito constitucional.
Via de regra os doutrinadores concebem que os direitos definidos como de “primeira dimensão” servem para fortalecer a sociedade civil e a liberdade dos indivíduos na relação com os poderes do Estado. Der acordo com a interpretação de Pietro de Jesús Lora Alarcón[9], “este processo de reconhecimento da liberdade do ser humano, plasmado em declarações ou constituições escritas, foi acompanhado, desde 1770, pelo raciocínio filosófico”, razão pela qual:
[...] é significativa a menção ao pensamento de Immanuel Kant [filósofo alemão 1724-1804] que, indubitavelmente, vai ter uma contribuição generosa ao entendimento do conceito de vida humana. É que, enquanto política, jurídica e economicamente trabalhava-se o campo das liberdades humanas, por outra parte, filosoficamente, Immanuel Kant abria o espaço ao entendimento do indivíduo como ser dotado de dignidade, o que gerou, quanto aos raciocínios sobre a liberdade, uma revolução no pensar sobre a razão da vida humana.
Essa evolução do conceito de direitos fundamentais é percebida pelo tratamento do indivíduo como sujeito qualificado como “digno”, afastando-o, destarte, das “coisas”, tendo em vista que “não deriva de uma especial dimensão (indivisibilidade, racionalidade e libero arbitrio) senão que se desprende de uma consideração ética”[10].
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES TEÓRICAS
A consagração dessas liberdades numa primeira dimensão inaugura o caráter de subjetividade desse tipo de direitos, atualmente definidos como “fundamentais”. São direitos do particular, já que indicam e asseguram à situação jurídica do indivíduo, um status jurídico material concretamente determinado ainda que não ilimitado. Na concepção de Pietro de Jesús Lora Alarcón[11]:
Assumidos como direitos subjetivos, os direitos fundamentais são direitos de defesa perante os poderes estatais. Como elemento da ordem coletiva, traduzem uma competência negativa dos poderes estatais perante o status do indivíduo, ainda que uma positiva de respaldo à concretização desse mesmo status.
Destarte, a primeira dimensão de direitos fundamentais, com destaque para os direitos do indivíduo, sinaliza a separação entre Estado e não-Estado, consagrando, assim, o combate ao absolutismo, a secularização do poder político e o capitalismo.
Os direitos fundamentais de primeira dimensão, segundo Alexandre de Moraes,[12] “são os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas), surgidos institucionalmente a partir da “Magna Charta”, de 1215”[13], mas que ganharam expressão moderna com John Locke (1632 - 1704), Adam Smith (1723-1790), e do francês Jean-Nicolas Pache (1746-1823), este último autor da frase “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité), proclamada pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, decorrente da Revolução Francesa que aconteceu entre 05 de maio de 1789 e 09 de novembro de 1799. Nas palavras de Marcono do Ó Catão[14] sobre o assunto:
A primeira geração de direitos fundamentais corresponde aos direitos individuais e políticos e à nacionalidade ou “direitos de liberdade”, típicos do Estado Liberal. Os direitos fundamentais dessa geração são caracterizados pelo estabelecimento, relativamente ao Estado, de um dever de abstenção, isto é, são direitos asseguradores de uma esfera de ação pessoal própria, inibidora da ação estatal, de forma que o Estado os satisfaz por um não atuar. A classificação doutrinária dos direitos fundamentais, quanto à prestação estatal, estabelece que tais direitos são negativos, pois determinam um não-fazer ou uma prestação negativa por parte do Estado[15].
Essencialmente, pode-se afirmar que as democracias representativas modernas só se tornaram possíveis e sólidas em razão da aceitação generalizada dos valores existentes na primeira dimensão dos direitos fundamentais do ser humano.
b) características da “segunda dimensão dos direitos fundamentais”: são coletivos, sociais e econômicos.
Os direitos humanos de segunda dimensão nascem do confronto entre o pensamento liberal e as idéias socialistas no século XIX. Emergem com a acepção do modelo de um novo modelo de Estado, identificado na doutrina como “Estado Social de Direito”, que teve início no começo do século XX em virtude de acontecimentos políticos impulsionados pena necessidade de superação do anterior Estado Liberal[16].
Themistocles Brandão Cavalcanti[17] (1899 - 1980), referindo-se aos denominados direitos fundamentais de segunda dimensão, surgidos no início do século passado, analisou que:
[...] o começo do nosso século [século XX] viu a inclusão de uma nova categoria de direitos nas declarações e, ainda mais recentemente, nos princípios garantidores da liberdade das nações e das normas da convivência internacional. Entre os direitos chamados sociais, incluem-se aqueles relacionados com o trabalho, o seguro social, a subsistência, o amparo à doença, à velhice etc.
Com efeito, a segunda dimensão de direitos fundamentais acontece no início do século XX:
Marcado por convulsões bélicas, crises econômicas, mudanças sociais e culturais e progresso técnico sem precedentes (mas não sem contradições), o século XX é, muito mais que o século anterior, a era das ideologias e das revoluções. [...] É, portanto, um século em que o direito público sofre poderosíssimos embates e em que à fase liberal do Estado constitucional vai seguir-se uma fase social[18].
Ainda de acordo com esta doutrina, frente à vida precária dos trabalhadores do início do século XX, a sociedade passou a exigir uma articulação na esfera estatal e no mundo jurídico constitucional, notadamente nos âmbitos dos direitos, liberdades e garantias, emanados dos períodos das revoluções burguesas e que proclamavam a autonomia das pessoas, e os novos direitos sociais, que preenchiam o vazio do Estado como construtor e condutor de condições materiais e culturais dignas para as pessoas. “Passou-se a articular a igualdade jurídica, a igualdade social e a segurança jurídica com segurança social”[19].
Conforme Pietro de Jesús Lora Alarcón[20], depois da terceira década do século XX, os Estados, que antes eram liberais, começaram o processo de consagração dos direitos sociais ou direitos fundamentais de segunda geração, que traduzem “uma franca evolução na proteção da dignidade humana”.
Assim sendo, de forma diversa do que aconteceu com os direitos de primeira dimensão, os novos direitos se apresentam como “direitos de ter parte”, no sentido de direitos individuais à participação em prestações estatais, subordinadas à reserva do que é possível ser cumprido pelo Por Público em determinadas condições socioeconômicas. Esta afirmação expressa uma natural dicotomia entre o direito declarado e o possível de ser realizado[21].
Na síntese de Marcono do Ó Catão[22], “a segunda geração ou dimensão de direitos fundamentais equivale aos direitos sociais ou direitos de igualdade, característicos do Estado Social”. Na opinião do referido autor, esses direitos são qualificados, pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, como um dever de prestação por parte do Estado, numa perspectiva de suprir carências da coletividade. Os direitos dessa dimensão, de acordo com a classificação dos direitos fundamentais quanto à prestação estatal, são positivos, ou seja, estabelecem um fazer ou prestação positiva por parte do Estado.
c) características dos direitos fundamentais de terceira dimensão: são trans-individuais e difusos, formados pelos ramos do direito ambiental, do direito do consumidor, do direito da criança e do adolescente, do direito do idoso, citando-se, como exemplo, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o direito a alimentos de qualidade, o direito à proteção em decorrência da idade etc.
Em síntese, diante da expansão do Estado como ente regulador das contradições sociais sobre a base de prestações positivas, características legadas da segunda dimensão de direitos fundamentais, o pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945) veio acompanhado do desenvolvimento da organização da comunidade internacional e o conseqüente agrupamento de Estados autônomos e soberanos entre si, dando origem às organizações internacionais. Dessa maneira, ligada à aparição de entidades como, por exemplo, a Organização Internacional do Trabalho (com raízes no início do século XIX), a Organização das Nações Unidas[23] (1945), o Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF (criado no dia 11 de dezembro de 1946) e a Organização Mundial da Saúde (fundada em 07 de abril de 1948), surge à proteção internacional dos direitos humanos, ou seja, “a promoção, por meios jurídico-internacionais, da garantia dos direitos fundamentais relativamente ao próprio Estado de que cada um é cidadão”[24].
Ainda nessa época (segunda metade do século XX), foram editadas várias declarações com o intuito de traduzir os direitos não mais para os “homens” (sentido genérico), mas sim fazendo referência a sujeitos específicos, como a mulher, a criança, o adolescente, o idoso, os portadores de necessidades especiais[25].
Conforme Paulo Bonavides[26], os direitos tidos como de terceira dimensão são destinados ao gênero humano, “em um momento expressivo de sua afirmação como valor supremo em termos de existencialidade concreta”. Na constatação do citado autor, Karel Vasak[27] identifica cinco direitos que chama de “fraternidade”, ou de “terceira geração”. São eles: o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, o direito ao meio ambiente, o direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade e o direito de comunicação.
Por sua vez, Etienne-Richard Mbaya[28], entende que os direitos de terceira dimensão se identificam como direitos de solidariedade, e em particular, referem-se ao direito ao desenvolvimento, o qual se traduz na esfera individual como o direito ao trabalho, à saúde e a uma alimentação adequada. De acordo com Marcono do Ó Catão[29]:
A terceira geração ou dimensão de direitos fundamentais corresponde aos direitos difusos, sendo também denominados de direitos de fraternidade ou solidariedade, característicos da proteção internacional dos direitos fundamentais. Com efeito, nessa geração de direitos concebem-se direitos cujo sujeito não é mais o indivíduo nem a coletividade, mas sim a humanidade. São exemplos de direitos de solidariedade o direito à paz, o direito ao desenvolvimento, o direito ao meio ambiente, o direito de co-participação do patrimônio comum da humanidade, o direito à autodeterminação dos povos e direito à comunicação.
Pietro de Jesús Lora Alarcón[30] assevera que a aparição dessa terceira dimensão dos direitos fundamentais evidencia uma tendência contemporânea:
[...] destinada a alargar a noção de sujeito de direitos e do conceito de dignidade humana, o que passa a reafirmar o caráter universal do indivíduo perante regimes políticos e ideologias que possam colocá-lo em risco, bem como perante toda uma gama de progressos tecnológicos que pautam hoje a qualidade de vida das pessoas, em termos de uso de informática, por exemplo, ou com ameaças concretas à cotidianidade da vida do ser em função de danos ao meio ambiente ou à vantagem das transnacionais e corporações que controlam a produção de bens de consumo, o que se desdobra na proteção aos consumidores na atual sociedade de massas. Com isso, novamente se modifica o status do ser humano diante do Estado, para o que é “mister” revigorar, então, a idéia de dignidade humana como valor global e eixo de condução da análise jurídica.
Para Alexandre de Moraes[31], são direitos de terceira dimensão aqueles denominados de direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam o direito a um meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, ao progresso, a paz, a autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos, que são os interesses de grupos menos determinados de pessoas, sendo que entre elas não há vínculo jurídico ou fático muito preciso.
Segundo Pietro de Jesús Lora Alarcón[32] “alguns documentos, à maneira de declarações, convertem-se em acicate para fundamentar no plano estatal a aplicabilidade de tais direitos”, como acontece, por exemplo, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma das maiores referências quanto a esse espaço de direitos constitui a imagem jurídica dos chamados “direitos trans-individuais”, ou seja, aqueles que transcendem o indivíduo. Compreendem-se, nesta definição, os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Informe-se que a par da tradicional tríade das “gerações de direitos”, novas dimensões vão sendo acrescidas, destacando-se a teoria da quarta dimensão dos direitos fundamentais desenvolvida pelo constitucionalista brasileiro Paulo Bonavides. Na sua opinião a quarta dimensão dos direitos fundamentais é composta pelo direito à informação, à democracia direta e ao pluralismo, direitos esses que levariam a uma legítima globalização política[33]. Já Pietro de Jesús Lora Alarcón[34], depois de profunda análise sobre a existência ou não de uma nova dimensão de direitos humanos, chamada de “quarta dimensão dos direitos fundamentais”, conclui que:
Tudo indica que nos encontramos perante uma quarta dimensão de direitos fundamentais, e é a função do direito, e primordialmente do direito constitucional, amparar a vida, novamente e como sempre, nesta seqüência sem fim pela dignidade do ser humano. [...]. Assim sendo, se nas décadas do pós-guerra, as principais modificações de sistemas éticos e jurídicos se deram por influência das mudanças de comportamento, neste novo século essa fonte de novidades parece deslocada para o campo da pesquisa e da tecnologia, como resultado da transformação vertiginosa da genética. Estamos, sim, então, perante uma quarta geração de direitos fundamentais[35].
Essa amplitude do conceito de direitos fundamentais e sua constante transformação provocaram uma concepção de universalidade dos direitos humanos, razão pela qual não é mais possível conceber um Estado Constitucional sem a existência de direitos fundamentais. Por esse motivo, também, as Constituições estão em constante mutação, eis que funcionam como instrumento jurídico que rege determinada sociedade, em determinado espaço-tempo. Conforme Pietro de Jesús Lora Alarcón[36]:
Os direitos individuais passaram a ter cunho social, sem deixar de ser individuais, ou seja, de retirar-se essa possibilidade de exigir-se individualmente; os direitos passaram também a uma dimensão grupal, como direitos difusos ou coletivos. Por isso, quiçá o maior mérito de toda esta evolução seja o caráter da própria evolução que, de uma conceituação de direitos compreendidos em um catálogo fechado, transformou-se, dando lugar a uma concepção aberta e progressiva dos direitos. Nesse sentido, o ser humano procura uma adequação de sua concepção jurídica, da incorporação de novos direitos, que se agregam ao rol dos já existentes, às novas necessidades criadas.
Destarte, hoje o tema dos direitos fundamentais deixou de ser assunto de exclusiva aspiração liberal. Como decorrência, a sociedade contemporânea assiste a um fenômeno de universalização desses direitos em paralelo à universalização do direito constitucional e à constitucionalização do direito privado. Tudo isso tem por objetivo a elevação dos direitos fundamentais para que sua eficácia atinja também as relações privadas.
De fato, as violações aos direitos fundamentais nas relações interprivadas podem ser tanto ou mais perniciosas que aquelas efetuadas por agentes estatais. A própria discriminação da palavra “privada” pode causar e perpetuar desigualdades sociais que não mais encontram justificativas razoáveis no sistema jurídico contemporâneo, cujas conseqüências são tão danosas como aquelas causadas pela atividade Estatal.
Destaca-se que se os indivíduos podem precisar da proteção do Estado porque os próprios agentes estatais podem transgredir alguns de seus direitos fundamentais no exercício do poder do Estado, também podem necessitar, naturalmente, de proteção do Estado contra as violações de seus direitos fundamentais pelo poder privado.
Neste momento da pesquisa, dada à delimitação do tema, passa-se a descrever sobre as construções constitucionais acerca da validez e a eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre particulares até então realizadas na Argentina e no Brasil.
A opção pelo estudo comparado do trato normativo sobre a eficácia dos direitos fundamentais na Argentina e no Brasil, para além do intercâmbio acadêmico que já justificaria, de per si, o conhecimento sobre como os textos constitucionais desses países tutelam os direitos humanos nas relações privadas, está na verificação de que se trata de Estados-membros do Mercado Comum do Sul - Mercosul, cuja meta é promover a integração econômica, política e social, sendo que quanto mais estreitas as relações jurídicas maiores tendem a ser os conflitos decorrentes. A dificuldade de destaque no desejo de integração é justamente a harmonização entre o direito interno de cada país com o direito criado no âmbito do Mercado Comum do Sul - Mercosul e o direito internacional dos direitos humanos.
Ademais, a discussão em torno das relações entre os direitos fundamentais e o direito privado exige a transposição dos limites do debate interno e se elucide o dilema por meio da aplicação do método e dos procedimentos contínuos de investigação comparada, tanto no panorama histórico, quanto teórico, no caso, entre a Argentina e o Brasil.
REFERÊNCIAS
ACCIOLY, Hildebrando. SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e. Manual de direito internacional público. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
AGUIAR JÚNIOR, Ruy Rosado (org). IV Jornada de Direito Civil. V. II. Brasília: Conselho da Justiça Federal, 2007.
ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Patrimônio genético humano: e sua proteção na Constituição Federal de 1988. São Paulo: Método, 2004.
ALEMANHA, Legislação. Constitución del Imperio (reich) alemán, de 11 de agosto de 1919. Constituição de Weimar. Disponível em: <http://www.der.uva.es/constitucional/verdugo/Constitucion_Weimar.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.
ALTAVILA, Jayme de. Origem dos direitos dos povos. 9 ed. São Paulo: Icone, 2001.
ALVES, Cleber Francisco. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana: o enfoque da doutrina e da Igreja. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985.
AQUINO, Santo Tomás de. Suma de Teología II: Parte I-II (a). 2. ed., dirigida por los Regentes de Estudios de las Provincias Dominicanas en España. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1993.
AQUINO, Santo Tomás de. Suma de Teología V. Edición dirigida por los Regentes de Estudios de las Provincias Dominicanas en España. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1990.
ARRUDA, José Jobson de A. História antiga e medieval. 13. ed. São Paulo: Ática, 1995.
BANDERA, Armando. Tratado de los estados de vida cristiana: introducción a las cuestiones. In: AQUINO, Santo Tomás de. Suma de Teología IV: Edição dirigida por los Regentes de Estudios de las Provincias Dominicanas en España. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1993.
BARSA, Enciclopédia. Estado. V. 5. São Paulo/Rio de Janeiro: Enciclopaedia Britannica Editores, Ltda., 1969.
BARSA, Enciclopédia. Idade média. V. 7. São Paulo/Rio de Janeiro: Enciclopaedia Britannica Editores, Ltda., 1969.
BARSA, Enciclopédia. Revolução. V. 12. São Paulo/Rio de Janeiro: Enciclopaedia Britannica Editores, Ltda., 1969.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. São Paulo: Celso Bastos Editora, 2002.
BÉLGICA, Legislação. La Constitution Belge, de 07 de fevereiro de 1831. Disponível em: <http://www.senate.be/doc/const_fr.html>. Acesso em; 02 out. 2010.
BERNARDO, Wesley de Oliveira Louzada. Princípio da dignidade da pessoa humana e o novo direito civil: breves reflexões. In: Revista da Faculdade de Direito de Campos, ano VII, nº 8, p. 229-267. Campos dos Goytacazes/RJ, jun., 2006.
BÍBLIA. A. C. Bíblia sagrada. Tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo. Rio de Janeiro: Edição Barsa, 1969.
BÍBLIA. A. C. Op. cit., Marcos, Capítulo 12, vesículo 17.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. 7. tir. , tradução de Carlos Nelson Coutinho .Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2004.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 7. ed. São Paulo: Malheiros, 1997. FRANÇA, Legislação. Constituição Francesa de 03 de setembro de 1791. Disponível em: <http://www.der.uva.es/constitucional/verdugo/constitucion_fr_1791.html>. Acesso em: 02 out. 2010.
BOUZON, Emanuel. As Leis de Eshnunna. Tradução e comentários de Emanuel Bouzon. Petrópolis: Vozes, 1981.
BRASIL, Legislação. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 02 out. 2010.
BURNS, Edward McNall, LERNER, Robert, MEACHAM, Standish. História da civilização ocidental: do homem das cavernas às naves espaciais. 34. ed., v. 1. São Paulo: Globo, 1993.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003.
CANTU, Césare. História universal. V. 1. São Paulo: Américas, [s.d.].
CLARKE, Lindsay. Guerra de Tróia. Tradução de Laura Alves e Aurélio Barroso Rebello. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
COELHO, Atahualpa Fidel Pérez Blanchet. Confluência axiológica do princípio da dignidade da pessoa humana por meio do direito constitucional internacional. PUCRS, Grupo de Pesquisa Prismas do Direito Civil-Constitucional. In: Biblioteca digital jurídica do Superior Tribunal de Justiça - BDJur, publicado em 2005. Disponível em: <http://bdjur.stj.gov.br>. Acesso em 02 out. 2010.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 6. ed., rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2008.
COMPARATO, Fábio Konder. A humanidade no século XXI: a grande opção. In: Revista do Instituto dos Advogados Brasileiros, nº 94, set. 2000. Disponível em: <www.iabnacional.org.br> Acessado em: 16 set. 2010.
COULANGES, Numa-Denys Fustel de. A cidade antiga. Tradução de Frederico Ozanam Pessoa de Barros. São Paulo: EDAMERIS, 2006.
D’SOUZA, Dinesh. Um fundamento cristão. Tradução de Marcelo Herberts. In: USAToday.com, 22 de outubro de 2007. Disponpivel em: <http://www.monergismo.com/textos/apologetica/Um_Fundamento_Cristao_Dinesh.pdf>. Acesso em: 12 set. 2010.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 1993.
DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia, de 16 de junho de 1776. Disponível em: <http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/0611.pdf>. Acesso em: 25 set. 2010.
DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, de julho de 1776. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados>. Acesso em: 22 set. 2010.
DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1789. Colocada posteriormente no início da Constituição francesa de 1791. Disponível em: <http://www.geocities.com/marceloeva/Declaracao_Direitos_do_Homem.doc>. Acesso em: 01 out. 2010.
DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. Feito em Roma, aos 17 dias do mês de julho de 1998. Disponível em: <http://www.fd.uc.pt/CI/CEE/OI/TPI/Estatuto_Tribunal_Penal_Internacional.htm>. Acesso em: 02 out. 2010.
DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, de 16 de dezembro de 1966. Adotado pela Resolução nº 2.200 A (XXI) da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 16 de dezembro de 1966, vigente desde 23 de março de 1976 e ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992. Disponível em: <http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/067.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.
DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1976. Adotado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas para Ratificação e Adesão pela Resolução 2.200 (XXI), em 16 de dezembro de 1966, em vigor, de acordo com o artigo 27, a partir de 03 de janeiro de 1976 e promulgado no Brasil por meio do Decreto n° 591, de 06 de julho de 1992. Disponível em: <http://www2.mre.gov.br/dai/m_591_1992.htm>. Acesso em: 01 out. 2010.
DODDS, Eric Robertson. Os gregos e o irracional. Tradução de Paulo Domenech Oneto. São Paulo: Escuta, 2002.
ELDERS, Leo J. A ética de Santo Tomás de Aquino. Tradução de Daniel Nunes Pêcego. In: Aquinate, Instituto de Pesquisa e Ensino Santo Tomás de Aquino, n° 6, p. 61-80. Rio de Janeiro: Aquinate, 2008.
ESPANHA, Legislação. Constitución política de la Monarquía española, promulgada en Cádiz a 19 de marzo de 1812. Disponível em: <http://www.congreso.es/constitucion/ficheros/historicas/cons_1812.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.
ÉSQUILO. Argamenon. Estudo e tradução de José Antonio Alves Torrano. São Paulo: Iluminuras/FAPESP, 2004.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, Constituição (1787). Constituição dos Estados Unidos da América, assinada em 17 de setembro de 1787 e efetivada em 21 de junho de 1788. Disponível em: <http://braziliantranslated.com/euacon01.html>. Acesso em: 22 set. 2010.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, Legislação. Las diez primeras enmiendas à Constituição norte-americana (“Bill of Rights”), de 15 de diciembre de 1791. Disponível em: <http://www.der.uva.es/constitucional/verdugo/diez_enmiendas_1791.html>. Acesso em: 03 out. 2010.
FALKENSTEIN, Adam. The sumerians: their history, culture, and character. Chicago: University of Chicago Press, 1971.
FARIA, Anacleto de Oliveira. Instituições de direito. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1980.
FRANÇA, Legislação. Constituição da França de 24 de junho de 1793. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/2/804/9.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.
GARCIA, Edinês Maria Sormani; CARDOSO, Carla Roberta Fontes. A proteção da pessoa portadora de deficiência e seu fundamento no princípio da dignidade humana. p.151-172. In: ARAUJO, Luiz Alberto David (Coord). Direito da pessoa portadora de deficiência: uma tarefa a ser completada. Baury: EDITE, 2003.
GARCIA, Maria. Mas, quais são os direitos fundamentais? In: Revista de Direito Constitucional e Internacional. São Paulo, ano 10, nº 39, abr./jun. 2002.
GAVAZZONI, Aluisio. História do direito: dos sumérios até a nossa era. 2. ed., atual. e aum. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2002.
GUERRA, Bernardo Pereira de Lucena Rodrigues. Direito internacional dos direitos humanos: nova mentalidade emergente pós-1945. Apresentação de Flávia Piovesan. 1ª ed, 2006, 2ª tiragem. Curitiba: Juruá, 2007.
GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. Dicionário técnico-jurídico. 2. ed. São Paulo: Rideel, 1999.
INGLATERRA, Legislação. “Habeas Corpus Amendment Act”. Ley de Modificación del “Habeas Corpus”, de 28 de mayo de 1679. Disponível em: <http://www.unav.es/departamento/constitucional/materiales>. Acesso em: 02 out. 2010.
INGLATERRA, Legislação. Act of settlement: Ley de Instauración, de 12 de junio de 1701. Disponível em: <http://www.der.uva.es/constitucional/verdugo/act_settlement.html>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção Internacional sobre a eliminação de todas as formas de Discriminação Racial, de 21 de dezembro de 1965. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/convDiscrimina.pdf>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção para a Redução dos Casos de Apatrídia, de 30 de agosto de 1961. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/sileg/integras/111370.pdf>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, de 1951. Adotada em 28 de julho de 1951 pela Conferência das Nações Unidas de Plenipotenciários sobre o Estatuto dos Refugiados e Apátridas, convocada pela Resolução nº 429 (V) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 14 de dezembro de 1950. Entrou em vigor em 22 de abril de 1954, de acordo com o artigo 43. Disponível em: http://www.acnur.org/t3/fileadmin/Documentos/portugues/BD_Legal/Instrumentos%20Internacionais/Convencao_de_1951_Relativa_ao_Estatuto_dos_Refugiados.pdf>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as Mulheres - CEDAW. Disponível em: <http://portal.mj.gov.br/sedh/11cndh/site/pndh/sis_int/onu/convencoes/Convencao%20sobre%20a%20Eliminacao%20de%20Todas%20as%
20Formas%20de%20Discriminacao%20contra%20a%20Mulher.pdf>. Acesso em 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção sobre o Consentimento para o Matrimônio, a Idade mínima para Casamento e Registros de Casamentos. Aberta a assinatura e ratificação pela Assembleia Geral em sua resolução 1763 A (XVII), de 07 de novembro de 1962. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/matrimonio/conv62.htm>. Acesso em: 02 out. 2011.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954. Aprovada em Nova Iorque, em 28 de setembro de 1954. Entrada em vigor em 06 de junho de 1960, em conformidade com o artigo 39. Disponível em: http://www.cidadevirtual.pt/acnur/refworld/refworld/legal/instrume/stateles/conv-ni.htm>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Convenção Suplementar sobre Abolição da Escravatura, do Tráfico de Escravos e das Instituições e Práticas Análogas à Escravatura, de 1956. Disponível em: <http://www.tjmt.jus.br/INTRANET.ARQ/CMS/GrupoPaginas/59/459/file/tratadosinternacionais/tratados_ONU/Conv_Supl_Sobre_Abolicao_da_Escravatura.doc>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Declaração e Programa de Ação de Viena, de 1993. Resulatado da Conferência Mundial sobre os Direitos Humanos realizada em Viena, entre 14 a 25 de junho de 1993. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/viena/viena.html>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 10 de dezembro de 1948. Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php>. Acesso em: 02 out. 2010.
INTERNACIONAL, Legislação. Protocolo Facultativo referente ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. Adoptado e aberto à assinatura, ratificação e adesão pela resolução 2200A (XXI) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 16 de dezembro de 1966. Entrada em vigor na ordem internacional no dia 23 de março de 1976. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/doc/pacto3.htm>. Acesso em: 01 out. 2010.
ITÁLIA, Legislação. “Carta Del Lavoro”, de 21 de abril de 1927. Disponível em: <http://www.arquivos.fir.br/disciplinas/001TRA8_cartalavoro.pdf>. Acesso em: 02 out. 2010.
JELLINEK, Georg. La delaración de los derechos del hombre y de lo ciudadano. Trad. de Adolfo Posada. México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2000.
KANT, Emmanuel. Fundamentos da metafísica dos costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70. 1986.
KRAMER, Samuel Noah. La historia empieza en Sumer. Traducción del inglés: Jaime Elías. Barcelona: ediciones ORBIS, S.A., 1985.
KRAMER, Samuel Noah. Mesopotâmia: o berço da civilização. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora. 1969.
LEAL, Rogério Gesta. Direitos humanos no Brasil: desafios à democracia. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora; Santa Cruz do Sul; EDUNISC, 1997.
MARX, Karl. A questão judaica. Tradução de Artur Morão. Covilhã: Lusosofia, 1989.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 19 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994.
MELLA, Federico A Arborio. Dos sumérios a Babel - Mesopotâmia: História, Civilização e Cultura. Tradução de Norberto de Paula Lima. São Paulo: Hemus, 2000.
MÉXICO, Legislação. Constitución Política de los Estados Unidos Mexicanos, promulgada em 31 de janeiro de 1917. Disponível em: <http://www.der.uva.es/constitucional/verdugo/Constitucion_Weimar.pdf>. Acesso em: 01 out. 2010.
MIGUEL, Alexandre. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. In: Revista de Direito Constitucional e Internacional, ano 14, nº 55, abr./jun. de 2006, p. 286-326. Publicação Oficial do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional - IBDC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. 3. ed., v. 2. Coimbra: Coimbra, 2000.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 13. ed., atual. São Paulo: Atlas, 2003.
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais: teoria geral (comentários aos artigos 1º a 5º da Constituição da República Federativa do Brasil - doutrina e jurisprudência. Coleção Temas Jurídicos, v. 3, 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais: teoria geral. Comentários aos artigos 1º a 5º da Constituição Federal de 1988, doutrina e jurisprudência. 2. ed., v. 3. São Paulo: Atlas, 1998.
MORAES, Guilherme Braga Peña de. Dos direitos fundamentais: contribuição para uma teoria. São Paulo: LTR, 1997.
Ó CATÃO, Marcono do. Biodireito: transplante de órgãos humanos e direitos de personalidade. São Paulo: Madras, 2004.
ONU, Organização das Nações Unidas. Carta da ONU. In: Sítio eletrônico oficial da ONU no Brasil. Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/documentos_carta.php>. Acesso em: 02 out. 2010.
PARDO, Jesús Espeja. Tratado del Verbo Encarnado: introducción a las cuestiones. p. 01-59. In: AQUINO, Santo Tomás de. Suma de Teología III: Parte II-II (a). Edición dirigida por los Regentes de Estudios de las Provincias Dominicanas en España. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1990.
PES, João Hélio Ferreira. A constitucionalização de direitos humanos elencados em tratados. Relatório final apresentado no Curso de Formação Avançada para o Doutoramento em Ciências Jurídico-Políticas, na disciplina Direito Constitucional, sob a regência do Professor Doutor Jorge Miranda, ano letivo 2007/2008. Lisboa: Universidade de Lisboa, Faculdade de Direito, 2009.
PINILLA, Ignacio Ara. Las transformaciones de los derechos humanos. Madrid: Tecnos, 1994.
PIOVESAN, Flávia. Cidadania global é possível? p. 259-268. In: PINSKY, Jaime (org). Práticas de cidadania. São Paulo: Contexto, 2004.
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. São Paulo: Max Limonad, 1996.
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos: o princípio da dignidade humana e a Constituição brasileira de 1988. In: Revista dos Tribunais, ano 94. v. 833, p. 41-53. São Paulo: RT, mar. 2005.
PORTUGAL, Legislação. Constituição portuguesa, de 23 de setembro de 1822. Disponível em: <http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/02449496434811497754491/index.htm>. Acesso em 01 out. 2010.
REZEK, José Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
ROCHA, Zeferino. O desejo na Grécia Arcaica. In: Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. II, nº 04, p. 94-122. São Paulo, dez. 1999.
RODRIGUES, Eder Bomfim. Da igualdade na Antiguidade clássica à igualdade e as ações afirmativas no Estado Democrático de Direito. In: Jus Navigandi, Teresina, ano 10, nº 870, 20 nov. 2005. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7610>. Acesso em: 21 set. 2010.
[1] “Al situarse en la cúspide normativa las constituciones manifestarán una incidencia en todo el Ordenamiento jurídico, inclusive en el Derecho privado, como consecuencia del principio de supremacía constitucional. De esta forma, será la Constitución la que albergará una serie de principios básicos rectores de la sociedad . La Constitución aparece así como germen principal del Ordenamiento, ya que en ella se encuentra la primera y más inmediata derivación normativa de los valores inspiradores del modelo organizativo social que guiarán todo el Ordenamiento jurídico inclusive, en las relaciones inter-individuales” (RODRÍGUEZ MELÉNDEZ, Roberto Enrique. Op. cit., p. 05).
[2] O sistema jurídico do Estado de Direito Democrático é um sistema normativo aberto de regras e princípios. Este ponto de partida carece de “descodificação”: a) é um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de normas; b) é um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica, traduzida na disponibilidade e “capacidade de aprendizagem” das normas constitucionais para captarem a mudança da realidade e estarem abertas às concepções cambiantes da “verdade” e da “justiça”; c) é um sistema normativo, porque a estruturação das expectativas referentes a valores, programas, funções e pessoas, é feita através de normas; e c) é um sistema de regras e de princípios, pois as normas do sistema tanto podem revelar-se sob a forma de princípios como sob a sua forma de regras (CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Op. cit., p. 1.289).
[3] Yves Madiot apud ESTORNINHO, Maria João. Op. cit., p.156.
[4] RODRÍGUEZ MELÉNDEZ, Roberto Enrique. Op. cit., p. 06.
[5] Por exemplo: “un supermercado despide a una empleada, al enterarse de que esta no es de la misma religión que sus patronos, y ésta reclama ante los tribunales competentes una violación al derecho a la libertad de pensamiento y de religión; un centro comercial invoca, como facultad inherente a su propiedad, el exigir la salida de personas que han penetrado en ella para difundir verbalmente y por escrito ideas de carácter político, y estos ciudadanos a su vez señalan que su expulsión de esta propiedad sería una violación de su derecho a la libertad de expresión amparada por la Constitución; una mujer alega que en la selección y promoción de trabajadores dentro de una empresa privada, se sigue un proceso a través del cual se discrimina a las personas por razón de género, mientras que la empresa justifica su selección fundamentándose en la libertad de contratación; los miembros de una institución ecológica inician acciones por la contaminación medio ambiental efectuada por determinadas empresas privadas, mientras estas, a su vez alegan en los medios de comunicación la importancia de las fuentes de trabajo y la libertad de empresa; un menor de edad denuncia el maltrato psicológico a que es sometido por miembros de su familia y estos señalan su potestad para corregirlo y educarlo” (RODRÍGUEZ MELÉNDEZ, Roberto Enrique. Op. cit., p. 08).
[6] A indivisibilidade dos direitos fundamentais foi discutida, a princípio, na I Conferência Mundial de Direitos Humanos, proclamada pela Conferência de Direitos Humanos em Teerã a 13 de maio de 1968. Nas palavras de Antônio Augusto Cançado Trindade: “o divisor de águas, nesse sentido, foi a I Conferência Mundial de Direitos Humanos, realizada em Teerã em 1968, dois anos após a adoção dos dois Pactos Internacionais de Direitos Humanos das Nações Unidas. A Conferência proclamou a indivisibilidade dos direitos humanos, afirmando que a realização plena dos direitos civis e políticos será impossível sem o gozo dos direitos econômicos, sociais e culturais (TRINDADE, Antonio Augusto Cançado. Tratado de Direito Internacional dos Direitos Humanos. V. I. Porto Alegre: SAFE, 1997. p. 359). Proclamação de Teerã, 1968, item 13: “como os direitos humanos e as liberdades fundamentais são indivisíveis, a realização dos direitos civis e políticos sem o gozo dos direitos econômicos, sociais e culturais resulta impossível. A realização de um progresso duradouro na aplicação dos direitos humanos depende de boas e eficientes políticas internacionais de desenvolvimento econômico e social; [...]”. Consta no 10º parágrafo do preâmbulo da Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento, de 1986, o que segue: “preocupada com a existência de sérios obstáculos ao desenvolvimento, assim como à completa realização dos seres humanos e dos povos, constituídos, inter alia, pela negação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, e considerando que todos os direitos humanos e as liberdades fundamentais são indivisíveis e interdependentes, e que, para promover o desenvolvimento, devem ser dadas at4enção igual e consideração urgente à implementação, promoção e proteção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, e que, por conseguinte, a promoção, o respeito e o gozo de certos direitos humanos e liberdades fundamentais não podem justificar a negação de outros direitos humanos e liberdades fundamentais; Considerando que a paz e a segurança internacionais são elementos essenciais à realização do direito ao desenvolvimento” (DIREITO INTERNACIONAL, Legislação. Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento. Adotada pela Resolução nº 41/128 da Assembléia Geral das Nações Unidas, de 04 de dezembro de 1986. Disponível em: <http://www.cedin.com.br>. Acesso em: 29 dez. 2010).
[7] Esta classificação dos direitos fundamentais foi refutada por parte da doutrina, dentre eles Antônio Augusto Cançado Trindade: “[...] a analogia da sucessão geracional de direitos, do ponto de vista da evolução do direito internacional nesta área, sequer parece historicamente correta; tudo indica haver certo descompasso entre a evolução do direito interno e no direito internacional, evolução esta que não se deu pari passu. Assim, por exemplo, enquanto no direito interno o reconhecimento dos direitos sociais foi historicamente posterior ao dos direitos civis e políticos, no plano internacional ocorreu o contrário, conforme exemplificado pelas sucessivas e numerosas convenções internacionais do trabalho, a partir do estabelecimento da Organização Internacional do Trabalho - OIT”, em 1919 [a Organização Internacional do Trabalho foi criada pela Conferência de Paz após a Primeira Guerra Mundial. A sua Constituição converteu-se na Parte XIII do Tratado de Versalhes] (TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. A proteção internacional dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 1992. p. 41).
[8] Neste estudo, para fins didáticos, adota-se a expressão “dimensão dos direitos humanos” no lugar da clássica expressão “gerações de direitos”, porque o termo “geração” significa “sobreposição”, sendo que no caso em tela, não se trata da sobreposição de uma dimensão do direito sobre outra, mas de dimensões teórico-doutrinárias diferentes do mesmo conceito de direitos fundamentais.
[9] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Patrimônio genético humano: e sua proteção na Constituição Federal de 1988. São Paulo: Método, 2004. p. 72-73.
[10] A pessoa humana pode ser defnida como aquele ser que tem um fim em si mesmo, e que, por isso, possui dignidade, o que o diferencia das coisas, que têm um fim fora de si, que servem como simples meios para fins alheios e, portanto, têm preço (ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 73).
[11] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 77.
[12] MORAES, Alexandre de. 2003. Op. cit., p. 59.
[13] INGLATERRA, Constituição (1215). “Magna Charta”. Outorgada pelo então Rei João Sem Terra, em Runnymede, perto de Windsor, no ano de 1215. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/magna.htm>. Acesso em: 29 dez. 2010.
[14] Ó CATÃO, Marcono do. Biodireito: transplante de órgãos humanos e direitos de personalidade. São Paulo: Madras, 2004. p. 67.
[15] Ó CATÃO, Marcono do. Op. cit., p. 67.
[16] Esses acontecimentos do século XX são os grandes conflitos mundiais, o genocídio nazista e a destruição de cidades japonesas pela bomba atômica promovida pelos Estados Unidos da América, que representaram violações sistemáticas e desenfreadas dos direitos do homem e do cidadão, mobilizando governos, entidades e movimentos sociais, em diferentes países, na busca de padrões aceitáveis de convivência entre as nações e em seu interior. “O documento que sintetiza essas preocupações e que se constitui na grande referência até hoje é a ‘Declaração Universal de Direitos Humanos’, votada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas - ONU em 10 de dezembro de 1948. Essa declaração incorpora a primeira e a segunda geração dos direitos, isto é, os direitos civis e políticos formulados nas lutas contra o Absolutismo, nos séculos XVII e XVIII, e os direitos sociais, econômicos e culturais, propostos pelos movimentos sindicais e populares durante os séculos XIX e XX” (ÉRNICA, Maurício; ISAAC, Alexandre; MACHADO, Ronilde Rocha. O direito de ter direitos. In: Educarese, Caderno “Cidadania - A Conquista dos Direitos, 07 de outubro de 2003. Disponível em: <http://www.educarede.org.br/educa/oassuntoe/index.cfm?pagina=interna&id_tema=7&id_subtema=4&cd_area_atv=1&vTitulo=Para%20Entender#maquina1>. Acesso em: 05 jan. 2011. p. 1).
[17] Themistocles Brandão Cavalcanti apud MORAES, Alexandre de. 2003. Op. cit., p. 59.
[18] Jorge Miranda apud ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 77.
[19] Jorge Miranda apud ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 77.
[20] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 79.
[21] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 79.
[22] Ó CATÃO, Marcono do. Op. cit., p. 67.
[23] “A Organização das Nações Unidas, nasceu oficialmente em 24 de outubro de 1945, data de promulgação da Carta das Nações Unidas, que é uma espécie de Constituição da entidade, assinada na época por 51 países, entre eles o Brasil. É uma instituição internacional formada por 192 Estados soberanos, fundada após a Segunda Guerra Mundial para manter a paz e a segurança no mundo, fomentar relações cordiais entre as nações, promover progresso social, melhores padrões de vida e direitos humanos. Os membros são unidos em torno da Carta da Organização das Nações Unidas, um tratado internacional que enuncia os direitos e deveres dos membros da comunidade internacional. As Nações Unidas são constituídas por seis órgãos principais: a Assembléia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado. Todos eles estão situados na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, com exceção do Tribunal, que fica em Haia, na Holanda. Ligados à Organização das Nações Unidas há organismos especializados que trabalham em áreas tão diversas como saúde, agricultura, aviação civil, meteorologia e trabalho - por exemplo: a Organização Mundial da Saúde - OMS, Organização Internacional do Trabalho - OIT, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional - FMI. Estes organismos especializados, juntamente com as Nações Unidas e outros programas e fundos (tais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF), compõem o Sistema das Nações Unidas” (ONU, Organização das Nações Unidas. Conheça a ONU. In: Site Oficial das Nações Unidas do Brasil. [s.d]. Disponível em: http://www.onu-brasil.org.br/conheca_onu.php>. Acesso em: 05 jan. 2011).
[25] ÉRNICA, Maurício; ISAAC, Alexandre; MACHADO, Ronilde Rocha. Op. cit., p. 1.
[26] BONAVIDES, Paulo. Op. cit., p. 523.
[27] Karel Vasak apud BONAVIDES, Paulo. Op. cit., p. 523.
[28] Etienne-Richard Mbaya apud BONAVIDES, Paulo. Op. cit., p. 523.
[29] Ó CATÃO, Marcono do. Op. cit., p. 67.
[30] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 81.
[31] MORAES, Alexandre de. 2003. Op. cit., p. 59.
[32] A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, no dia 10 de dezembro de 1948, “consta de trinta artigos e constituiu mais um avanço histórico na busca de resguardar o direito à vida contando com um enfoque mais integral, condizente com a aparição, para a época, de problemas referentes à justiça social que aos poucos adquirem importância universal, de onde emana a necessidade de procurar uma nova forma de relacionamento entre os Estados, entre os indivíduos e entre estes e o Estado, com base na solidariedade e na fraternidade. Por isso, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclama os direitos fundamentais, e não simplesmente os declara” (ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 81).
[33] BONAVIDES, Paulo. Op. cit., p. 524-525.
[34] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 100.
[35] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 100.
[36] ALARCÓN, Pietro de Jesús Lora. Op. cit., p. 100.
Professora de Direitos Humanos. Professora de Antropologia Juríca. Professora de Economia Política. Dra Ciências Jurídicas e Sociais pela UMSA _Buenos Aires.<br>CV: http://lattes.cnpq.br/9213011450572493<br>
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: SILVA, Luzia Gomes da. Direitos transindividuais e humanos: um estudo comparativo da Constituição brasileira de 1988 do Brasil e a Constituição de 1853 da Argentina Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 19 abr 2013, 05:00. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/34734/direitos-transindividuais-e-humanos-um-estudo-comparativo-da-constituicao-brasileira-de-1988-do-brasil-e-a-constituicao-de-1853-da-argentina. Acesso em: 22 nov 2024.
Por: FELIPE GARDIN RECHE DE FARIAS
Por: LEONARDO RODRIGUES ARRUDA COELHO
Por: Andrea Kessler Gonçalves Volcov
Por: Lívia Batista Sales Carneiro
Precisa estar logado para fazer comentários.