Orientador: Marcelo P. Longo.
Resumo
Muito se tem discutido sobre a necessidade de recomposição das matas ciliares que outrora protegiam as margens dos corpos d'água, evitando o assoreamento, regularizando a vazão dos rios e fornecendo abrigo e alimentação para a fauna. No entanto, apesar da conscientização de proprietários e governantes, os trabalhos de recomposição têm esbarrado, freqüentemente, na inexistência de informações técnicas sobre o que e como plantar nas margens dos rios. É importante lembrar que a preservação dos ecossistemas depende a vida sobre a terra. Por isso é fundamental que cada cidadão assuma o compromisso de cuidar do ambiente que lhe pertence, pois através do somatório de todos estes cuidados estaremos garantindo a sobrevivência das gerações futuras.
Palavras-chaves: Mata Ciliar, Preservação Ambiental.
Introdução
Atualmente nas áreas urbanas parece que a população e os políticos já esqueceram o que é mata ciliar e qual sua importância, pois ao lado dos córregos, reservatórios e lagos urbanos em geral temos avenidas e ruas, e não florestas conservadas. Na zona rural, o uso das áreas naturais do solo para a agricultura e pecuária, loteamentos e construção de hidrelétricas contribuíram para a redução da vegetação original nas margens dos corpos d’água, chegando em muitos casos a ausência total da mata ciliar. Atualmente a área ambiental está em avanço, isso principalmente devido ao surgimento de legislação, profissionais técnicos especializados no assunto. As áreas de influência são as áreas em que podem ser observados os efeitos da rodovia. Estes impactos estão relacionados com os conflitos potenciais resultantes da ocupação e/ou apropriações inadequadas do espaço rural ou urbano, ou com a perturbação de usos consolidados da área.
Da Qualidade à Escassez da Água
A mata tem grande influência na manutenção de boa qualidade da água, pois reduz a erosão das margens e consequentemente o assoreamento dos rios, que geram sólidos em suspensão e prejudicam a vida aquática e a qualidade da água para uso e consumo humano. A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, isso faz com que se aumente o escoamento superficial e diminui a infiltração, diminuindo assim o armazenamento no lençol freático. Com isso, reduze-se o volume de água disponível no subsolo e acarreta em enchentes nos córregos, rios e os riachos durante as chuvas.
A Necessidade da Mata para a Proteção Natural do Solo e Combate às Pragas na Lavoura.
A mata ciliar é uma proteção contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, e os sólidos em suspensão trazem prejuízos ecológicos, dificuldade no tratamento de água para abastecimento, entupimento de tubulações de captação e assoreamento, mudando o curso do corpo d’água. A ausência ou a redução dela pode provocar o aparecimento e pragas e doenças na lavoura, deixando inertes às doenças aqueles que residem perto das lavouras.
Conclusão
Observa-se constantemente a interferência do homem sobre a natureza, sendo que esta nem sempre é apropriada, acarretando muitas vezes em desequilíbrios na organização desse ecossistema, gerando como conseqüência à poluição das águas, do ar, do solo. Dessa forma, tornam-se necessários estudos para que haja planejamento, ordenamento e gestão da ocupação de tais áreas. Por isso é fundamental que cada cidadão assuma o compromisso de cuidar do ambiente que lhe pertence, pois através do somatório de todos estes cuidados estaremos garantindo a sobrevivência das gerações futuras. E assim poderemos ter certeza de que estas passarão de fato a ser permanentes.
Referência Bibliográfica
KAGEYAMA, P. Y., GANDARA, F. B. Recuperação de Áreas Ciliares. In: RODRIGUES, R, R., LEITÃO FILHO, H. F. 2004. Matas Ciliares - Conservação e Recuperação. São Paulo: EDUSP/FPESP, p. 249-250, 2004.
POTT, A., POTT, V. J. Espécies de fragmentos florestais em Mato Grosso do Sul. In:COSTA, R. B. Fragmentação Florestal e Alternativas de Desenvolvimento Rural na Região Centro Oeste.
SALVADOR, J. G. L.Considerações sobre matas ciliares e a implantação de reflorestamentos mistos nas margens de rios e reservatórios. São Paulo: CESP. 29 p. (Série Divulgação e Informação, 105). 1987.
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