RESUMO: Como despertar o gosto pela leitura nos alunos do ensino fundamental? Perguntas que serão respondidas no artigo, pois ele propõe mostrar as dificuldades que os alunos sentem pela falta de leitura em todos os ambientes, essa motivação pode vir da família, amigos e escola. Ler é imprescindível para gerar criatividade, desenvolver uma visão de mundo mais abrangente e criticidade. Trabalhar na sala de aula a leitura prepara o aluno para o aprendizado em geral em diversas disciplinas.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura; Dificuldade; Motivação; Criticidade.
RESUMEN: ¿Cómo despertar el gusto por la lectura en los estudiantes de primaria? Las preguntas serán contestadas en el artículo, porque se propone mostrarlas dificultades que los alumnos perciben una falta de lectura en todos los ambientes, esta motivación puede venir de familia, los amigos y la escuela. La lectura es esencial para generar creatividad, desarrollar una amplia visión del mundo y la criticidad. Trabajo en el aula de lectura prepara a los estudiantes para el aprendizaje en general en diversas disciplinas.
PALABRAS-CLAVE: Lectura; Dificultades; Motivación; Criticidad;
INTRODUÇÃO
O trabalho serve de base para mostrar a todos a importância da leitura principalmente para despertar a criatividade e a imaginação das crianças. Para aperfeiçoar a leitura na sala de aula é necessário que antes os alunos tenham a habilidade de ler, e assim desenvolver a aptidão pela prática e interação com a leitura. Para cada aluno há uma especificidade, aprende dentro do seu tempo e associação neurolinguística e assim, ao ler mais, interage socialmente com o mundo.
Pelo simples fato, dos alunos fazerem parte de uma sala diferenciada, a aprendizagem do aluno deve abranger todos os aspectos como a prática da leitura diária e ampliação, das vivências habituadas a ver, da interpretação do texto de forma a gerar a opinião e desenvolver autocrítica.
PROPOSTAS PARA MELHORAR A AULA DE LEITURA
A comunicação efetuada entre os alunos na sala de aula é feita através da utilização de gêneros discursivos e textuais. O gênero textual é a indicação de como a língua está sendo utilizada pelos interlocutores. Cada pessoa utiliza a língua de acordo com suas características linguísticas e a variações encontradas no discurso, segundo Maia, comenta:
“Podemos, então, conceber as unidades linguísticas como entidades de dupla face ou signos, que têm como propriedade fundamental o estabelecimento de uma relação entre um plano de expressão e um plano de conteúdo. O plano de expressão do signo linguístico costuma também ser denominado, segundo a tradição da linguística estruturalista de Ferdinand de Saussure, de significante. O plano de conteúdo do signo, segundo esta mesma tradição, é também denominado de significado.” (MAIA, 2006 p.5).
Para existir produção textual, entre os alunos na sala de aula, é necessário que o professor ofereça respaldo teórico consistente, no sentido de mostrar subsídios essências para que a produção seja objetiva, concisa, e sem a intromissão de uma linguagem do cotidiano, ou seja, a linguagem tem que ser imparcial, denotativa e de acordo com a norma culta, encontrada nos livros e documentos.
Para haver comunicação e absorção do conhecimento é necessário interação com o mundo diversificado da linguagem e que os professores de diversas matérias ofereceram oportunidades também para produzir ciência, ensinar a ler, e despertar o gosto pela busca do saber. Aprender a ler é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade (FREIRE, 2001) .
O Texto para ser melhor compreendido pelos alunos na sala de aula tem que passar pelas esferas sociais e ser estimulante, criando expectativas produzindo conhecimento para despertar interesse e o gosto pela leitura.
Durante o período de prática na sala de aula, pode-se perceber que o professor de Língua Portuguesa procura aproximar as aulas de interpretação de texto de forma a experimentar conteúdo que tivesse aparência e vivenciasse o cotidiano dos alunos, com temas mais aprazíveis, isso torna as aulas mais dinâmicas, interessantes e divertidas, fazendo com que o aluno se senta motivado e pratique mais a leitura gerando conhecimento e aprendizagem.
Trabalhar a linguística nas salas de aula é aproximar ao máximo a linguagem coloquial deles com a norma coloquial. A linguagem coloquial comparada à linguagem culta, requer do professor habilidade para esclarecer as diferenças e os usos corretos num discurso oral ou escrito.
“É realmente preciso conceber que todos os falantes, mesmo quando se acreditam monolíngues (que não conhecem “línguas estrangeiras”), são sempre mais ou menos plurilíngues, possuem um leque de competências que se estendem entre formas vernaculares e formas veiculares (CALVET, 2002, p. 114).”
A leitura como proposta para o conceito de uma boa educação é indispensável para o aluno não só mudar de série como mostrar o que aprendeu. Ler não é só decodificar as letras e palavras é construir ações, conhecimento, interpretação juízo de valor, criticidade e principalmente fazer da informação, a formação. Leitura não é um mero instrumento de ensino é um ato comunicativo é uma proposta de construção de saber, de conquista, de liberdade de cada pessoa.
Para Silva (2000, p.23):
“A leitura é pensada num processo total de percepção e interpretação dos sinais gráficos e das relações de sentido que os mesmos guardam entre si. Ler não é, então apenas decodificar palavras, mas converte-se num processo compreensivo que deve chegar às ideias centrais , às inferências, a descoberta dos pormenores, às conclusões.”
O texto e a leitura servem, na maioria das aplicações, para o professor, na sala de aula, ao usar a gramática correta interpretar melhor os textos, fazendo uso das entrelinhas e informações relevantes que o texto traz.
Grande parte dos alunos na escola, enquanto estudantes, são péssimos leitores, não tem habito de ler, não gostam de ler e não fazem nenhuma associação à leitura a sua prática diária. “ler não seve pra nada”, “para que ler?”. Assim, eles têm dificuldades de ler e não se interessam por nenhuma leitura, nem no ambiente escolar, nem com a família. Pois:
“Há uma interação do leitor com o texto, e este por não ser um sistema fechado e definido, é permeado de vazios, que são preenchidos e atualizados pelo leitor de acordo com o momento, as circunstâncias e suas experiências, ou seja, com aquilo que elas chamam de horizontes. O que determina o valor de uma obra literária é justamente a capacidade de alterar ou expandir o horizonte de expectativas do leitor. (AGUIAR; BORDINI, 1988, p.82)”.
Ao interpretar um texto na sala com o uso do livro didático, muitas vezes o professor dá resposta prontas encontradas nos livros, a mecanicidade da leitura, a desmotivação é grande, e nem mesmo os professores, querem raciocinar e fazerem seus alunos pensarem sozinhos e construir opiniões.
Trabalhar leitura na escola é necessário rever os atos da comunicação, a linguagem envolvida no texto, a informação e significação dos sentidos das ideias e a produção e interpretação do texto.
Formar cidadão é construir homem leitores com criticidade, e juízo de valor, para isso é preciso ler, perguntar e questionar o saber ou informação absorvida. No Brasil se ler mal e se questiona pouco, aceitam-se tudo pronto vindo da internet ou dos meios de comunicação como a televisão.
“O conhecimento atualmente disponível a respeito do processo de leitura indica que não se deve ensinar a ler por meio de práticas centradas na decodificação. Ao contrário, é preciso oferecer aos alunos inúmeras oportunidades de aprenderem a ler usando aos procedimentos que os bons leitores utilizam. È preciso que antecipem que façam inferências a partir do contexto ou do conhecimento prévio que possuem, que verifiquem sua suposição tanto em relação á escrita, propriamente, quanto ao significado. É disso que se está falando quando se diz que é preciso aprender a ler, lendo.” (PCN, 1997 p.53).
Os brasileiros segundo INAF (2009) 75% não têm habilidade de leitura e escrita, não sabem interpretar e entender textos médios e curtos, não decifram o que estão lendo e não compreendam a informação.
No dia a dia, esses alunos que não leem, não conseguem fazer uso da informação, e os que leem pouco, não conseguem interpretar o que estão lendo. A falta de desempenho comunicativo e interação social com compartilhamento de novos conhecimentos dentro da coletividade, favorece a uma leitura decadente, precária e deficitária.
A escola é a instituição que forma, é responsável pelos leitores, muitas vezes a leitura fica atrelada a gramática, ou seja, quem lê sabe bem se comunicar gramaticalmente correto.
“A concepção de leitura como pluralidade indefinida de significações desafia a escola contemporânea, já que nossa sociedade a escola ainda representa a via principal ou quase exclusiva de acesso aos bens culturais, precisando tomar, por um lado, a leitura, como uma atividade intelectual, que tem um papel fundamental na construção da subjetividade humana e por outro, não ignorar a dimensão política da leitura, o que exige levar em consideração o capital cultural dos alunos, isto é, suas experiências de vida, suas histórias, sua linguagem.” (BAGNO, 2007 p.127).
Essa associação é verdadeira, pois para se comunicar bem é preciso conhecer a funcionalidades da língua e os rigores impostos por ela, nos atos da fala. Conhecer as funções da gramática e da língua e conhecer as aplicabilidades nos níveis fonológico, sintático, semântico e morfológico.
Ler para compreender o mundo, ler para dar significação e interpretação. É preciso desenvolver leitores críticos, não só na sala de aula para os alunos, como também para toda sociedade e família. Só assim, as políticas educacionais encontradas dentro dos PCNs são importantes na medida em que forma leitores conscientes do papel de cidadão que desenvolvem atividades formadoras de opiniões e decisões.
Segundo os PCNs da Língua Portuguesa (1997, p.53):
“A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, dos seus conhecimentos sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que se saber sobre a língua: característica do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc.”
Para se chegar à compreensão absoluta do texto lido, o leitor passa por diversos processos de absorção e compreensão. As combinações de estruturas gramaticais de compreensão como ortografia, sintáticos e semânticos fazem parte dos itens relevantes no processo de interpretação, criticidade e entendimento.
A leitura é considerada um processo complexo efetuado entre leitor-sujeito. Esse processo de leitura está embasado na aplicabilidade da diversidade de gêneros que são empregados na sala, pelo professor, que coordena como deve ser construído à compreensão e interpretação do que está sendo lido. A leitura possibilita a construção de ideias e sentidos, além da habilidade de extrair do livro, informações suficientes para a efetivação do conhecimento.
A capacidade de extrair a expressão do texto é essencial para a articulação de novos conceitos e compreensão de informação, dessa forma com atividades interativas, aos poucos, possibilitam a habilidade de discussão e construção de novas ideias e sentido essenciais para a formação e novas maneiras de construção da reflexão, e juízo de valor, para aquele que busca na leitura aprendizagem como meio de informação.
Ao conviver com o mundo da leitura, o indivíduo constrói sua própria história, que reflete e critica. O ato social que o aluno embute em si mesmo, é o ato da liberdade, criatividade e capacidade de quebrar paradigmas já impostos como respostas prontas vindas da sociedade tradicional, pois a leitura liberta.
Por Macêdo (2010) entende-se que:
“No ambiente de trabalho, como você sabe, são poucas as pessoas com ideias interessantes, estimulantes e inovadoras. Portanto, se essa for a sua experiência, pegue um bom livro e vá para um lugar tranquilo e comece a lê-lo e a discuti-lo com o seu autor. Quanto mais tempo você permanecer em sua companhia, mais sábio você se tornará”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A leitura tem que está voltada para criação de leitores competentes e críticos de forma questionadora, pois a realidade vivida é apresentada, construindo um leitor ávido por uma comunicação necessária para a construção e formação da própria cidadania. Para que esse propósito esteja bem articulado e o resultado seja promissor é indispensável um clima peculiar que adequem e congreguem juntos, motivando o aluno a ler, ou seja, esse espaço físico seja agradável, confortável, proporcione satisfação, prazer e lazer, durante os processos de leitura.
Alguns ícones destacam na influência de um leitor assíduo como o professor, a família, amigos, comunidades e a escola. Esses hábitos de leitura são adquiridos ao longo da insistência em ler como diversão e prazer. Essa atividade proporciona reflexão, questionamento e construção de saber, ideias e sentido além de formar opinião.
A construção de novos conceitos, sentidos e ideias vêm de uma prática interativa da leitura crítica. Dentro da sala, o professor discute a proposta, e levanta questionamento e assim, à medida que expõe o texto discutido, junto com a experiência vivida pelo aluno, no ambiente interno, a escola proporciona dialogo, discussão interatividade e constroem informações relevantes e essenciais para a construção do saber.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Leitura a Formação do Leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado aberto, 1988.
BAGNO, Marcos; BRITTO, Luiz Percival Leme; JUNG Neiva Maria; SAVELI, Esméria de Lourdes; FURLANETTO, Maria Marta. Práticas de Letramento no Ensino, Leitura, Escrita e Discurso. São Paulo: parábola, 2007.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais e ética. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CALVET, Louis-jean. Sociolinguística um Introdução Crítica. São Paulo: Parábola, 2002.
MAIA, Marcus. Manual de Linguística: subsídios para a formação de professores indígenas na área de linguagem. Brasília: LACED/Museu Nacional, 2006.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. O Ato de Ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. 8. Ed. São Paulo; Cortez, 2000.
MARTINS, Maria Helena. O Que é Leitura? São Paulo: Brasiliense, 2006.
MACÊDO, Gutemberg B. de. O Poder Transformador da Leitura. 2010. Disponível em: <http://empregocerto.uol.com.br/info/dicas/2010/11/22/o-poder-transformador-da leitura.html#rmcl>. Acesso: 09/11/2011, às 01:06h.
PAOLINELLI, Honoralice de Araújo Matos; COSTA, Sérgio Roberto. Práticas de Leitura/Escrita em Sala de Aula. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/cardeno09-13.html>. Acesso: 01/10/2011, às 12:50h.
VIEIRA, Alice. O Prazer do Texto: perspectiva para o ensino de literatura. São Paulo: E.P.U.1989.
Graduada em Serviço Social pela Faculdade Dom Luiz de Orleans e Bragança/BA, Graduada em Letras Vernáculas pela UNIT- SE; Graduada em Espanhol pela UNISEB - COC/SE; Especialista em Metodologia do Ensino de Linguagens - Eadcon/Bahia; Especialista em Metodologia da Língua Espanhola pela Face/BA . Especialista em língua inglesa- Face/BA; Especialista em Mídias da Educação/ Uesb/BA; Especialista em Linguística e Literatura pela Universidade Cândido Mesndes/ RJ; Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luis de França/SE. Professora do Estado da Bahia na Educação Básica. E-mail: [email protected].
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: SOUZA, Luciana Virgília Amorim de. Leitura: imaginação e criatividade Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 02 nov 2012, 08:19. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/32263/leitura-imaginacao-e-criatividade. Acesso em: 23 nov 2024.
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