“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela
RESUMO: Esta pesquisa busca apresentar o perfil de um educador que proporcionou por meio de seus exemplos em relação à educação e ao aprendizado alunos preparados para enfrentar o desafio do mercado de trabalho e adquirir suas conquistas tendo como exemplo seu educador. Nesse sentido, ressaltamos que Francisco Moura dedicou sua vida a educação, preparando e orientando para um futuro promissor, como afirma a Lei maior brasileira, onde com o preparo, ter acesso à cidadania apresenta um viés facilitador. Com seu conhecimento e respeito sobre o ser humano, desempenhou com facilidade sua premissa na área da educação e formou personagens que hoje fazem parte de sua história. O objetivo geral da pesquisa foi: apresentar Francisco Moura, na moldura de um cavalheiro. A metodologia aplicada foi qualitativa, documental, de campo, com um questionário semi estruturado e bibliográfica, pesquisando em livros, sites, revistas e leis, assuntos sobre a educação e o educador, para se chegar à conclusão da pesquisa.
Palavras chave: Educador; Educação; Cidadania.
ABSTRAT: This research seeks to present the profile of an educator who has provided, through his examples in relation to education and learning, students prepared to face the challenge of the labor market and to acquire their achievements, taking as an example their educator. In this sense, we emphasize that Francisco Moura dedicated his life to education, preparing and orienting for a promising future, as stated in the Brazilian Law, where, with the preparation, having access to citizenship presents a facilitating bias. With his knowledge and respect for the human being, he easily played his premise in the area of education and formed characters that are now part of his history. The general objective of the research was to present Francisco Moura, in the frame of a gentleman. The applied methodology was qualitative, documental, field, with a semi structured questionnaire and bibliographical, researching in books, websites, magazines and laws, subjects on education and educator, to reach the conclusion of the research.
Keywords: Educator; Education; Citizenship.
SUMÁRIO: INTRODUÇÃO. 2. O CONHECIMENTO E OFERTA DA EDUCAÇÃO COMO DIREITO SOCIAL. 2.1 O bullyng na escola. 2.3 A família e a escola. 3. UM PASSEIO NA HISTÓRIA DE FRANCISCO MOURA EM 1988 POR LUCIA PARENTE. 4 METODOLOGIA. 4.1 Tipo de pesquisa. 4.2 Sujeitos. 4.3 Local. 4.4 Coletas de dados.
4.5 Procedimentos éticos. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS.
A educação é um direito social amparado pela Constituição Brasileira de 1988 e pode ofertar conhecimentos em ambientes públicos e particulares. Através da absorção de conteúdos transmitidos pela escola, o ser humano começa a crescer, adquirir cidadania e destacar-se profissionalmente.
Podemos ponderar que a escola é um ambiente onde o ser humano inicia sua absorção de disciplina e educação desde a infância, passando por fases da vida que acompanham o seu desenvolvimento escolar até concluir sua formação profissional.
A educação direcionada as crianças quando seguem a trajetória escolar, permite que ao tornarem-se adultas, tenham conhecimentos das formas de comportar-se na sociedade para tornarem-se um indivíduo social e alcançar a elevação profissional através da aprendizagem.
A educação é a primeira mediação entre o homem, a realidade material e social, que leva ao trabalho. A compreensão desta relação esclarece a importância do trabalho como princípio educativo, evidenciando que o ser humano é produto de sua realidade, e assim, pode transformá-la como sujeito de sua própria história.
Por ser a educação um direito pautado na Constituição Federal de 1988, é necessário um preparo para executar de forma qualitativa e quantitativa com exemplos moldados em seus educadores que possam ser refletidos em seus alunos.
Para tanto, quem oferta por meio de instituições o desempenho do aprendizado, deve seguir como reflexo positivo para aqueles que necessitam de formação:
Assim esclarece o Artigo 205 da Constituição Federal de 1988:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988).
Formar um cidadão faz parte da organização da sociedade que destaca a educação como forma de ascender socialmente e podemos inferir com o pensamento de Cury (2002) que hoje, praticamente, não há país no mundo que não garanta, em seus textos legais, o acesso de seus cidadãos à educação básica. Afinal, a educação escolar é uma dimensão fundante da cidadania, e tal princípio são indispensáveis para políticas que visam à participação de todos nos espaços sociais e políticos e, mesmo, para reinserção no mundo profissional.
O Plano Nacional de Educação – PNE, Brasil, (2001), tem como objetivos a elevação global do nível de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública e democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Por ter acompanhado o crescimento da humanidade, a forma de educar vem mudando e seguindo gerações e apresentando a forma de educação formal e informal. Biesdorf (2011) salienta que a educação informal sempre ocupou um papel fundamental na sociedade, é ela que norteia o bom relacionamento entre os indivíduos. Já a educação formal possui a função de preparar o educando para atuar efetivamente junto á sociedade, para tanto oferece o conhecimento cientifico.
A educação é um direito de todos e dever do estado pra o desenvolvimento do ser humano na sociedade de acordo com as Diretrizes e Bases da Educação Nacional o Artigo 3º afirma que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (BRASIL, 1996).
É importante ressaltar que a escola é um universo, onde se deve exercer o respeito à liberdade, mas existem momentos em que o exercício desse respeito, gera um conflito escolar. “A escola é palco de umas diversidades de conflitos, entre os quais os de relacionamento, pois nela convivem pessoas de várias idades, origens, sexo, etnias e condições socioeconômicas e culturais.” (NUNES, 2011, p.14).
O controle e capacitação profissional são viés que devem ser executado na escola para evitar conflitos. Uma equipe preparada atinge a qualidade da oferta do aprendizado. Para Moura (2015, p. 108) “O professor aguardava os alunos na sala. Ao adentrarem a sala, os alunos deveriam cumprimenta-lo de acordo com o turno”. Os professores do Educandário 4 de outubro, fundado pelo professor Francisco Moura, conforme o mesmo, tinham o preparo de atender as demandas apresentadas por seus alunos.
O bullyng é uma forma de conflito que não deixa de fora alunos das escolas, tendo os mesmos grupos formados para desenvolvê-los, gerando um conflito, desta forma Nunes (2011) explica que:
Dentre os papeis representados pelos alunos, temos aqueles que só sofrem o bullyng (alvos), aqueles que ora sofrem e ora praticam o bullyng (alvos/autores), aqueles que somente praticam o bullyng (autores) e aqueles que não sofrem nem praticam o bullyng, mas convivem no ambiente no qual o fenômeno ocorre (testemunhas). (NUNES, 2011, p. 26).
Moura (2015) apresenta em seu livro: a evolução no tempo, uma passagem sobre bullyng na escola, sendo o mesmo a sofrer por conta de uma “tosse” o desafio: “Se irritava com a brincadeira de mau gosto amplificada pelas risadas dos outros alunos. Sentia-me humilhado e marcado para sempre”. (MOURA, 2015, p. 64).
Ainda em relação ao bullyng: “A escola é palco de umas diversidades de conflitos, entre os quais os de relacionamento, pois nela convivem pessoas de várias idades, origens, sexo, etnias e condições socioeconômicas e culturais.” (NUNES, 2011, p.14).
De acordo com depoimento de Francisco Moura, em escolas fundadas e administradas por ele, o bullyng seguia um processo controlado. Para Moura (2015) Disciplina era o que se via no Educandário 4 de outubro e a metodologia aplicada não se focava apenas na educação, no aprendizado, mas na formação do cidadão, seus valores e respeito pelo próximo.
A família tem a atribuição de formar o caráter do individuo, mesmo antes de ingressar no ambiente escolar, dessa forma é possível evitar conflitos e assegurar uma qualidade do aprendizado na educação.
Biesdorf (2011) a família é a principal instituição responsável pela educação informal, na qual são ensinados os costumes humanos, como falar, andar, comer, religião, cultura... Já a escola seria a instituição responsável pela educação formal, local em que seriam construídos os conhecimentos científicos, e esta ainda tem a função de oferecer uma formação onde o ser torne-se capaz de fazer análises cientificas, críticas e reflexivas a respeito dos temas.
Vale ressaltar que a relação família e escola devem ser mantidas no sentido do desempenho de qualidade de ensino e troca de realizações. Moura (2015) relata que a família é à base de tudo e a figura de educador está refletida na imagem da família.
Para Biesdorf (2011) a educação possui um papel fundamental perante a sociedade. Na atualidade, vive-se uma crise: por um lado, a nova estrutura familiar não mais está educando os filhos, repassando este papel à escola; já a escola não assume este papel, e nem está preparada para esta função.
“Vamos Mouralizar!” “Sete horas são sete horas, não sete e cinco e nem cinco pras sete”. Essas frases citadas por Francisco Moura, em 1988, ficou marcada em minha mente, como um desafio proposto pela figura de um conceituado educador.
Consta na Constituição de 1988 que a educação é um direito de todos e um dever do Estado, através dela temos o preparo para exercermos a cidadania e uma qualificação profissional.
Conheci Francisco Moura em Maracanaú, na década de 1980, mais precisamente 1988, onde o mesmo pleiteava uma candidatura a prefeito daquele município recém-emancipado e com uma história trágica de seu primeiro mandatário lavada com sangue.
Fui candidata à vereadora em apoio a sua legenda. Na época, Moura sabia dos desafios que se apresentariam se fosse sufragado prefeito daquele município. Com o assassinato de Almir Dutra, primeiro prefeito do município em 1985, Maracanaú sofreu lentidão na oferta de direitos sociais a população.
A Fundação Francisco Moura, tinha uma estrutura de qualidade em termos de educação e cultura e a mesma ofertava além da educação, lazer, às crianças e jovens que viviam vulneráveis e em desigualdade social. O espaço foi criado para educação, cultura e lazer, daqueles que não tinham condições de acesso a tal qualidade de vida.
Maracanaú, não tão diferente da atualidade, recebeu um volume significante de habitantes, dos conjuntos residenciais que nasciam no seio e aos redores daquele município, entre eles os conjuntos: Acaracuzinho (No qual residi de 1984 a 1992), Novo Oriente, Timbó, Novo Maracanaú e Jereissati I,II e III.
Com o aumento populacional, surgem as demandas e a carência em um município que surgiu recentemente, emancipado de Maranguape e teve o sangue de seu primeiro prefeito derramado. Essas questões sociais foram refletidas na população.
A saúde e a educação se tornaram gritante e Moura, presente frente a esses desafios, ofertando solidariedade e gerando emprego e renda, através da educação, com suas escolas no Município de Maracanaú e em Pajuçara.
Rousseau (1995) afirma que nascemos fracos, precisamos de força; nascemos desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; nascemos estupido, precisamos de juízo. Tudo que temos ao nascer e que precisamos adulto é dado pela educação.
O avanço do desejo de contribuir para a formação de um povo, estava trilhando o caminho de Moura, que não desistiu de seu legado, promovendo direitos sociais aos menos favorecidos, diante de um cenário de atrasos, que na época Maracanaú vivenciava.
Tais contribuições são destacadas na aplicação de um ensino baseado na construção de cidadãos questionadores da sociedade a qual estão inseridos. Na busca por respostas aos conflitos impostos a eles, os alunos formados pelos exemplos de Moura terão poder de decisão, sendo capazes de sintetizar concepções e de estabelecer diálogos entre educandos, educadores, família e comunidade.
Aliando a estrutura física da Fundação, junto a estrutura pedagógica, todo o trabalho desenvolvido por Moura foi desempenhado a fim de promover cidadãos capazes de lidar com questões sociais, formando opiniões e sabendo como inserir suas concepções a nível global e, dessa forma, atendendo às demandas político-sociais da atualidade.
Considero Moura, pautado num ideal de construção de cidadãos, buscando a igualdade social, uma vez que seus primórdios favorecem a formação de uma população capaz de lidar de forma clara, pacífica e convincente, assim como seu educador, com os demais integrantes da nossa sociedade.
As situações desafiadoras criadas pela evolução da sociedade necessitam de um profissional gabaritado como Moura a encorajar cidadãos a enfrentar tais desafios, tendo como exemplo um passado marcado por lutas e conquistas, situações essas presentes na biografia de Francisco Moura.
A vulnerabilidade e risco social permeiam na contemporaneidade. A desigualdade gera questões sociais como a negação de direitos a uma população que é ampara por Lei. Moura, não separa classes! Com sua visão de progresso e solidariedade, contribuindo por meio da arma mais poderosa que um ser humano pode ter para o social, que chamamos de educação, ficou registrada sua marca.
A amplitude de seu sucesso está presente em seu livro: “Evolução no tempo: uma história de vida”. Onde é contada sua biografia de forma clara e objetiva, deixando um relato de uma figura que contribui e contribui para a criação de novos saberes.
Moura superou desafios, quebrou barreiras e ensinou, por meio de suas escolas, seus alunos a encontrar meios de enfrentar desafios semelhantes aos seus. Pacheco (2010) afirma que o Brasil de hoje participa do ciclo de revolução tecnológica com conhecimentos suficientes para que haja um processo de transformação no contexto científico e tecnológico, o que é essencial para o crescimento do país.
Assim, entendemos que Moura é um educador que marcou a história com seus ideais, projetos, objetivos e feitos, onde posso comprovar os fatos aqui relatados, por ter vivenciado uma parte dessa sua trajetória. É importante ressaltar que a reprodução da vida moral e profissional de Francisco Ribeiro de Moura envolve a reprodução de religião, política, cultura, educação, por meio das quais o ser humano necessita para tomar consciência de sua condição de vida na sociedade. MOURA, um educador que marcou. Após ter compreendido sua história de vida, em sua obra publicada em 2015, percebo que sua história não se detém apenas na literatura, mas um cavalheiro na moldura.
A metodologia da pesquisa desenvolveu-se de forma qualitativa, documental, bibliográfica e de campo. A metodologia explica o percurso a ser desenvolvido pela pesquisa cientifica, de acordo com Gil (2008) a pesquisa qualitativa tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.
Em relação à pesquisa bibliográfica, Gil (2008), salienta que a mesma é desenvolvida com base em material já elaborado, que se apresentam em livros e artigos científicos.
Em relação à pesquisa documental Lakatus e Marcondes (2003) salientam que a característica dela é ser a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primária.
Foi entrevistado o educador professor Francisco Moura
A pesquisa foi realizada na residência do entrevistado, localizada em Maracanaú/Ce.
Foi utilizado um questionário semiestruturado, contendo oito perguntas e que constam nos apêndices.
Foram respeitadas questões éticas e todos foram e informados sobre as entrevistas e foram realizadas com os devidos consentimentos. Foram seguidas as Normas de pesquisa da Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, que cita normas para o desenvolvimento da ética com pesquisa envolvendo seres humanos.
Os resultados da entrevista com o professor Francisco Moura serão elencados a seguir:
Foi perguntada sobre qual sua visão sobre educação
{...}A minha visão sobre educação, é bem sucinta, levando-se em consideração que, a educação é a base fundamental do ser humano, a partir da educação formal, se não houver uma base sólida na família, a educação informal torna-se mais difícil o aprendizado, na formação social, intelectual e profissional.
Podemos compreender que para Moura, a educação informal terá seu desempenho com qualidade, se a educação formal estiver atuando de forma a ensinar o aluno a portar-se no ambiente escolar. Dessa forma Biesdorf (2011) explica que a educação informal prepara o ser para o conhecimento científico, estando presente como atribuição da escola e a formal, prepara o ser para um bom relacionamento entre si e sendo atribuição da família e da escola.
Procuramos saber como considera a educação nos dias atuais
{...} Tenho analisado muito bem a Educação na atualidade, com certa preocupação, principalmente no que se refere ao aprendizado. Temos uma educação voltada simplesmente para o resultado. O aluno aprende apenas o necessário para prestar um exame, ou a preocupação de passar de série. Existem muitos meios para recuperação do aluno, com a visão de que o aluno não pode ser reprovação, diminuiu a preocupação do aluno cada vez estudando menos, levando-se em consideração mais os alunos da classe menos favorecida.
Na visão do entrevistado, podemos perceber sua preocupação com a questão da educação e do aprendizado. Podemos perceber em sua expressão que o aluno presta seus exames com a finalidade de “passar” de ano e não com o aprendizado. Devemos lembrar que o mercado de trabalho na contemporaneidade é bastante competitivo e exigente. A Constituição Federal de 1988 já mostra em seu texto no Artigo 205 que: a educação deverá ser incentivada visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Indagamos sobre o conceito sobre família
{...} A família, considero a base de sustentação da vida, da moral, é o equilíbrio do comportamento humano, uma família desequilibrada gera um grande transtorno na sociedade.
Podemos refletir com a resposta a pergunta que o entrevistado tem uma visão de família ser um alicerce de tudo e seu desequilíbrio poderá refletir no desenvolvimento positivo da sociedade. Moura (2015) já relata em seu livro Evolução no tempo que a família é à base de tudo e a figura de educador está refletida na imagem da família.
Em sua opinião, qual a relação família e escola?
{...} A família tem um papel de grande relevância na sociedade, na escola, sua parceria é indispensável, levando-se em consideração que a educação formal e a base do aprendizado do aluno pela família, daí facilitando o desempenho da aprendizagem do aluno e uma educação continuada.
Vale ressaltar com a resposta do entrevistado que a relação educação formal e informal poderá resultar na qualidade do aprendizado. Biesdorf (2011) explica que a família não mais está educando seus filhos e delegando essa atribuição à escola.
Qual sua visão do sentido: educação e sociedade?
{...} Vejo que a educação na sociedade leva-se a um equilíbrio, uma sociedade formada por pessoas com um baixo nível de educação, o seu próprio comportamento é percebido, tomando-se como parâmetro de uma com a educação elevada, daí pode-se perceber que a relação entre ambas é muito importante.
Levando em conta a resposta do entrevistado, percebemos que ele quis repassar o sentido e diferença de uma sociedade instruída e com conhecimentos, para uma sociedade desprovida de tais benefícios. Essa visão vem de encontro ao estudo de Cury (2002) afirmando que hoje, praticamente, não há país no mundo que não garanta, em seus textos legais, o acesso de seus cidadãos à educação básica.
Como se sente em ter contribuído com a educação?
{...} Por muitas vezes tenho parado para pensar fazendo uma análise dos resultados, aos quais vejo quando encontro-me com pessoas que passaram por nossos colégios, e expressam suas satisfações em ter estudado e o quanto foi importante, o que aprenderam para a vida, daí vem o prazer à satisfação em ter contribuído para o engrandecimento de parte do nosso povo, vejo o reconhecimento por todos e a felicidade do dever cumprido.
Podemos perceber com a resposta do entrevistado, sua satisfação por ter contribuído e investido na educação. Em seu livro a Evolução no tempo, Moura descreve o sucesso das fundações de seus educandários e o progresso de seus alunos. Vale a pena ressaltar que mesmo a rede sendo privada, disponibilizava bolsas de estudos e essa satisfação vem de encontro aos objetivos do Plano Nacional de Educação – PNE, Brasil, (2001), onde entre seus objetivos estão a elevação global do nível de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais.
Qual sua opinião em relação aos conflitos escolares?
{...} Levando em conta o que acontece nas escolas, vejo que os conflitos existem por culpa do próprio sistema educacional.
O entrevistado em seu livro a Evolução no Tempo, relata um caso de quando criança foi vítima de bullyng escolar. Para Nunes (2011) a escola é palco de diversidade e conflitos.
Qual o maior desafio encontrado para consolidar seu projeto de educador?
{...} Quando decidi abraçar o ramo da educação, tive que fazer uma análise da situação Educacional da época, com muita vontade de vencer, a situação econômica precária, sem condições de fazer investimentos, em instalações, equipamentos e outros. Tive que pensar em um diferencial na educação que chamasse atenção e que fosse um atrativo. Daí pensei na disciplina implantei o sistema denominado de LINHA DURA seria uma forma tipo militar, então criei as normas e as coloquei em prática, logo as famílias tomaram conhecimento a partir do primeiro ano já lotavam as salas de aulas sucesso total, me orgulho de tudo que fiz como educador. Só tenho que agradecer a Deus, São Francisco e as comunidades que atuei com todos meus Colégio.
Dessa perspectiva, podemos ressaltar que o sucesso do entrevistado na área da educação surgiu após implementar em seu plano pedagógico uma técnica de inovação que contribui para a formação de seus alunos e cooperou com a parceria educação formal e informal. Esse pensamento vem de encontro ao de Cury (2002) quando diz que afinal, a educação escolar é uma dimensão fundante da cidadania, e tal princípio são indispensáveis para políticas que visam à participação de todos nos espaços sociais e políticos e, mesmo, para reinserção no mundo profissional.
Concluímos com esta pesquisa que a educação é uma arma poderosa para o progresso de uma nação e que pessoas comprometidas com esse cenário poderão mudar o País. Atingimos o objetivo geral da pesquisa com o arcabouço literário e a pesquisa de campo, onde em contato com o entrevistado e a apropriação do conteúdo de seu livro, podemos conhecer sua trajetória e finalizar a pesquisa com o objetivo geral alcançado de ter apresentado Francisco Moura: na moldura de um cavalheiro.
BIESDORF, Rosane Kloh. O papel da educação formal e informal: educação na escola e na sociedade. 2011. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/20432/0. Acesso em 16 out. 2018.
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_____, Presidência da República, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.
_____, Presidência da República, LEI Nº 10.172 DE 9 DE JANEIRO DE 2001.
Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. Acesso em 14 out. de 2018.
Conselho Nacional de Saúde. (2016). Resolução nº 510/2016. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em 15 out 2018.
CURY, Carlos Roberto Jamil, Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cad. Pesquisa. Nº. 116 São Paulo July 2002.
GIL, Antônio Carlos, Métodos e técnicas da pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008
LACKATUS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia cientifica. São Paulo: ATLAS, 2003.
MOURA, Francisco Ribeiro de, Evolução no tempo: uma história de vida. Fortaleza: RDS Editora, 2015.
NUNES, Antônio Ozorio, Como restaurar a paz nas escolas. Um Guia para educadores. São Paulo: Editora Contexto, 2011.
PACHECO, Eliezer Moreira. Os Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. Natal: IFRN, 2010.
ROUSSEAU, Jean-Jacques, Emilio ou da Educação. 3ºed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1995.
Bacharel em Serviço Social pela Faculdade Terra Nordeste - FATENE. <br>Especialista em Gestão de Políticas Públicas<br>
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: PARENTE, Lucia de Fatima da Silva. Francisco Moura: na moldura de um cavalheiro Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 15 nov 2018, 04:30. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/52404/francisco-moura-na-moldura-de-um-cavalheiro. Acesso em: 23 nov 2024.
Por: Walisson Cristyan De Oliveira Silva
Por: Angela Cristina Florentino da Silva
Por: FRANCISCO CRISTIANO FEIJÃO JÚNIOR
Por: VAGNER LUCIANO COELHO DE LIMA ANDRADE
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