A má avaliação do Judiciário como prestador de serviço vem de mal a pior ao longo dos anos. Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV), a confiança no Judiciário com outras instituições, mostra a frente, as Forças Armadas, Igreja Católica, Ministério Público, grandes empresas e a imprensa escrita.
De acordo com recente levantamento da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FVG), publicada no jornal “Valor Econômico”, 89% da população reclama do Judiciário moroso.
Os salários pagos aos servidores do judiciário brasileiro são os maiores do mundo, acumulam benefícios, gratificações, e outras rubricas, que engordam seu contra cheque, o resultado é de que 97% do total da sua folha são destinados ao pagamento dos seus servidores, inclusive o juiz.
Empresas públicas - O Brasil possui a maior máquina pública do planeta, é o judiciário mais caro entre todas as nações e o modelo mais tutelador. Isso significa que o judiciário controla a vida de toda sociedade.
Existia 108 milhões (números do CNJ de outubro de 2017) de pessoas com ação na justiça, e em cada caso, a maioria com duas pessoas no pólo ativo (sem contar testemunhas) e passivo da ação. Em suma: todos demandam de uma forma ou de outra.
Essa máquina de demandas movimenta bilhões e envolvem os atores da justiça, peritos, leiloeiros, isso sem contar os prestadores de serviços nos tribunais. O problema é que deste total 82% são de ações públicas, (União, Estado, Município, Estatais e empresas públicas).
Dos entrevistados, 88% disseram que os custos para acessar o Poder são altos e 70% dos entrevistados acreditam que o Judiciário é difícil para se utilizar. Duas em cada três pessoas consideram o Judiciário pouco ou nada honesto e sem independência. Mais da metade da população (55%) questiona a sua eficiência.
Soberba e discriminação - Em 2006, (ano que o CNJ entrou em funcionamento) ninguém sabia ao certo o total de processos existentes e os que tramitavam anualmente na Justiça do Trabalho. A sociedade sequer sabia que modelo de jurisdicionado se apresentava, já que não atende aos seus anseios da sociedade.
E que ao longo de décadas sequer sabia sua radiografia? Sem dúvida um judiciário, mudo, arrogante, e ainda extremamente discricionário, neste elenco estão seus juízes e serventuários.
Uma metamorfose de grosserias e soberba sempre marcou essa justiça. A JT sempre funcionou, isolada dos demais tribunais, e mesmo sendo uma justiça de cunho conciliador e humanista, o seu formato se desconfigurou, judicializou, e os processos abarrotam suas prateleiras.
O Art. 133 da CF - Ao servidor deveria existir melhor capacitação, condições ambientais, formação na educação para que melhore o trato com as partes, principalmente os advogados, que estão ali em nome do seu cliente, pelo direito, e (escudados no art. 133 da Carta da República).
O alicerce da justiça laboral é o trabalhador, e sem ele, sem demanda, este colossal complexo jurisdicional oneroso e belicoso sequer existiria no mundo jurídico. Piero Calamandrei ensina que: “não basta que os magistrados conheçam com perfeição as leis tais como são escritas, seria necessário que conhecessem igualmente a sociedade em que essas leis devem viver” (Eles, juízes, vistos por um advogado. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p.183).
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