Se não mudarem seus rumos imediatamente, tanto o Brasil corrupto de Temer como a Venezuela violenta de Maduro caminham para o desastre total. Das crises nasce o caos, do caos provém o colapso e do colapso emergem as convulsões sociais (com mortes e violência difusa).
Como se vê, qualquer que seja a ideologia, quando as governanças são irresponsáveis e não inclusivas, agravando as desigualdades sob o império de instituições precárias, é absolutamente certo o fracasso dessas nações, como explicam Acemoglu e Robinson.
É um absurdo, em pleno século XXI, ver esses tipos de governos arcaicos, ignorantes. Com um pouco menos de ignorância, das classes dirigentes, poderíamos estar vivendo sem Maduros e Temeres.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial (Suíça), a Venezuela é o país mais corrupto do mundo. O Brasil ocupa a 4ª posição (empatado com o Paraguai). No meio deles estão Bolívia e Chade.
Os ladrões das classes dirigentes, sobretudo, estão esfarelando as nossas sociedades. Temer e Maduro, que chefiam suas respectivas quadrilhas, estão disputando quem vai cair primeiro. Ambos os dois, na verdade, deveriam ir embora (ou para a cadeia, depois do devido processo legal).
Dois países na desordem e sem progressos sustentáveis, governados por lunáticos e erráticos. Maduro se mantém no poder por meio da força. Temer se mantém no poder por meio da desenfreada corrupção, sobretudo do aberrante Parlamento (ressalvadas as exceções). Findas suas respectivas fidelizações, ambos virarão pó.
As sofridas populações latino-americanas não suportam mais nem ditaduras nem cleptocracias (governos de ladrões). O mundo está discutindo a inteligência artificial, a robotização, a 4ª Revolução Industrial, e nós continuamos padecendo com nossos males de 1500.
Os governantes ladrões (no Brasil) que não compraram o Parlamento sofreram impeachment (Collor e Dilma). Os ladrões mais escolados (com mais tempo de rapinagem), que seguem a política do “é dando que se recebe”, se deram melhor.
Sarney comprou um ano a mais de mandato, o grupo de FHC comprou a emenda da reeleição (e ganhou mais 4 anos), Lula, no ano do mensalão (2005), comprou o Parlamento e foi reeleito (governou mais 4 anos) e Temer, em lugar de ser processado e, eventualmente, preso, negociou mais um ano e sete meses de mandato com 263 deputados. Pagou, levou.
Temer e sua quadrilha, depois de 32 anos de venda do apoio parlamentar do PMDB, conquistaram muita expertise nessa área. Nada mais é novidade para eles.
Isso é o que explica a reação fria e calculista do Temer, quando o “bandido” Joesley (Temer o chamou de bandido por causa daquelas gravações reveladas em 17/5/17) disse que teria comprado dois juízes e um procurador. Temer afirmou sem nenhuma perturbação de espírito: “Ótimo, ótimo”. A perícia constatou a veracidade da sua voz e da gravação.
A compra e venda do Parlamento assim como de juízes, procuradores e outros tantos faz parte do estilo mafioso parasitário de governar o Brasil. Em 2018 temos que faxinar todos esses corruptos, se queremos realmente um Brasil melhor.
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