No último exame PISA (Programa Internacional de Avaliação de Aluno, feito a cada 3 anos – o último é de 2015) o Brasil ficou na 66ª posição em matemática, 63ª em ciências e 59ª em leitura. Em um total de 70 países, o Brasil apresentou queda de pontuação nas três áreas.
No exame de 2015 (ver Monica de Bolle, Época):
(i) matemática: alunos de nível socioeconômico mais baixo: 86% não alcançaram o nível mínimo de proficiência (que é o patamar 2); a deficiência do nível médio foi de 83% e no nível mais alto foi de 72%; o ensino no Brasil dissemina ignorância em todas as classes sociais;
(ii) ciências: 72% do nível baixo não alcançaram o nível 2; 60% na classe média e 35% na classe alta (sem domínio da matemática e das ciências ninguém arrumará emprego de qualidade em toda a vida);
(iii) leitura: 65% do nível baixo são analfabetos funcionais (não entende o que lê ou não sabe fazer operações matemáticas mínimas); 53% no nível médio e 32% no nível alto (um terço dos filhos da classe proprietária e endinheirada são analfabetos funcionais).
Elites irracionais, monstruosidades sociais. Governos sucessivos têm sido muito irresponsáveis também na área da formação dos nossos estudantes. Nossas elites, desde 1500, contam com visão tosca sobre nossa (ainda) fracassada nação.
“O ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele” (Immanuel Kant). As elites do poder são perversas quando não transformam o humano em cidadão, regido pelo conhecimento e pela ética, pela disciplina, pelo respeito, pela consciência dos direitos e deveres, pela moralidade entendida como cooperação.
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