RESUMO: Este estudo sucinto objetivou compreender que atualmente não há nenhum medicamento específico para tratar ou prevenir o coronavírus (COVID-19) na maior parte dos casos, o tratamento é feito apenas com algumas medidas e medicamentos capazes de aliviar os sintomas, os remédios que se encontram aprovados para o tratamento do coronavírus, pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, são aqueles capazes de aliviar os sintomas da infecção. Não há medicamento ou terapia comprovados contra coronavírus no momento.
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19. Ausência. Medicamento. Eficaz.
ABSTRACT: This succinct study aimed to understand that currently there is no specific medication to treat or prevent the coronavirus (COVID-19) in most cases, the treatment is done only with some measures and medications capable of alleviating the symptoms, the remedies that are found. approved for the treatment of coronavirus, by Anvisa and the Ministry of Health, are those capable of relieving the symptoms of the infection. There is currently no proven medication or therapy against coronavirus.
KEYWORDS: COVID-19. Absence. Medication. Effective.
1.INTRODUÇÃO
No mundo, são estudados cerca de 200 medicamentos contra a covid-19, como o Remdevisir, a cloroqina, o Annita e o Avigan. Apesar de alguns serem promissores, ainda nenhum possui aprovação clínica global ou eficácia totalmente comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Segundo a Organização Mundial de Saúde não há nenhum medicamento específico para tratar ou prevenir o coronavírus (COVID-19). Atualmente não são conhecidos remédios capazes de eliminar, de forma eficaz, o novo coronavírus do organismo e, por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é feito apenas com algumas medidas e medicamentos capazes de aliviar os sintomas da COVID-19.
2.DESENVOLVIMENTO
Os remédios que se encontram aprovados para o tratamento do coronavírus, pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, são aqueles capazes de aliviar os sintomas da infecção, como:
Antipiréticos: para diminuir a temperatura e combater a febre;
Analgésicos: para aliviar as dores musculares por todo o corpo;
Antibióticos: para tratar possíveis infecções bacterianas que possam surgir junto com a COVID-19.
Estes remédios só devem ser utilizados sob orientação de um médico e, embora estejam aprovados para o tratamento do novo coronavírus, não são capazes de eliminar o vírus do organismo, sendo apenas usados para aliviar os sintomas e melhorar o conforto da pessoa infectada.
Ainda é cedo para saber se teremos de fato um remédio que possa tratar a covid-19. Após visitar a China no auge da pandemia no país asiático, Bruce Aylward, da OMS, afirmou que o antiviral remdesivir foi o único medicamento que deu sinais de eficácia contra o coronavírus. Esse antiviral foi originalmente desenvolvido para tratar o ebola, mas alternativas acabaram se mostrando mais eficazes. Ainda assim, ela deu sinais promissores no tratamento de outros coronavírus, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), em estudos com animais.
O Ministério da Saúde acompanha o desenvolvimento de nove ensaios clínicos realizados no país para testar a eficácia e segurança do uso de alternativas no tratamento de pacientes com coronavírus (Covid-19). Participam destes estudos mais de 100 centros de pesquisas, como universidades e hospitais, reunindo 5 mil pacientes com quadros leves, graves e moderados.
Os principais medicamentos utilizados nos estudos são a Cloroquina e a Hidroxicloroquina associadas ao antibiótico Azitromicina, já usadas contra a malária e doenças autoimunes; a combinação de remédios contra HIV, formada por Lopinavir e Ritonavir; a combinação de Lopinavir e Ritonavir em conjunto com a substância Interferon beta-1b, usada no tratamento de esclerose múltipla; e o Antiviral Remdesivir, desenvolvido para casos de ebola.
O medicamento dexametasona é um corticoide e já demonstrou anteriormente ajudar a reduzir a duração do uso de ventilação mecânica em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo causada por outras doenças, com o inibidor de interleucina-6 - tocilizumabe, e com plasma convalescente, que em outros países têm sugerido resultados promissores para combater a infecção viral por meio de seus anticorpos. O chamado plasma convalescente é a parte líquida do sangue que pode ser coletada de pacientes que já se recuperaram da infecção por coronavírus.
Os efeitos colaterais dos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno ou aqueles à base de corticosteroides (cortisona, prednisona e dexametasona, por exemplo), ainda não é possível detalhar, estudos preliminares e relatos de pessoas infectadas mostraram que, quem toma estas medicações, apresenta um quadro mais agressivo de Covid-19. Além de agravar quadros da doença, algumas pesquisas estão sendo feitas na Europa e mostram que esses remédios podem facilitar a entrada do coronavírus no organismo. Esse vírus tem uma característica de se conectar a superfícies de várias células, levando a quadros de infecção generalizada.
Os 4 tratamentos que a OMS está estudando para combater a covid-19:
1. Remdesivir. A droga foi concebida para tratar o ebola, mas não se mostrou eficaz contra esta doença. No entanto, parece ter potencial contra os coronavírus com base em testes de células cultivadas em laboratórios. Também há relatos de que foi benéfico para pacientes com covid-19, mas isso não é suficiente para afirmar que o medicamento é eficaz.
2. Cloroquina/hidroxicloroquina. A cloroquina foi utilizada por muitos anos no tratamento da malária, até que o parasita que produz essa doença gerou resistência ao medicamento. Este medicamento tem a vantagem de ser administrado por via oral e é barato, mas também produz efeitos colaterais como dor de cabeça, tonturas, perda de apetite, dor de estômago, diarreia, vômitos e erupções cutâneas, dizem autoridades americanas. Por outro lado, por ser relativamente fácil de obter, sua citação no noticiário como possível cura para covid-19 levou a casos de envenenamento pelo mundo.
3. Ritonavir e lopinavir. A combinação desses dois medicamentos tem sido usada para o tratamento do HIV. Especialistas consultados pela BBC Mundo concordam que esta mistura não mostrou resultados encorajadores contra o coronavírus.
4. Ritonavir/lopinavir e interferon-beta. A quarta opção de terapia a ser testada pelo estudo Solidarity é a mistura de ritonavir e lopinavir junto com interferon-beta, uma molécula que ajuda a controlar a inflamação e demonstrou ser eficaz em animais infectados pela síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês). Os especialistas alertam que é essencial ter cuidado quando administrados, pois, se aplicados em estágios muito avançados, podem ser ineficazes ou até causar mais mal do que benefícios ao paciente.
Estudo com coquetel de remédios tem bons resultados contra a Covid-19, os resultados mostram que a combinação tripla das substâncias interferon beta 1-b, lopinavir-ritonavir e ribavirin conseguiu eliminar o SARS-CoV-2.
Um estudo clínico liderado por um professor da Universidade de Hong Kong desenvolveu um coquetel de remédios que mostrou resultados positivos no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19. O composto foi testado em 127 pacientes de hospitais públicos da cidade chinesa. Os resultados mostram que a combinação tripla das substâncias interferon beta 1-b, lopinavir-ritonavir e ribavirin conseguiu eliminar o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Os resultados positivos do tratamento feito com o coquetel triplo apareceram, em média, sete dias após o início do uso. O desaparecimento dos sintomas ocorreu após quatro dias, e a alta hospitalar, com nove dias. Os pacientes que passaram pelo teste tinham casos leves e moderados. Efeitos colaterais do uso do remédio, como diarreia, náuseas e febre, foram registrados.
Os testes com a combinação das três substâncias foram feitos em um grupo de 86 pessoas. O restante, 14 pessoas, foram consideradas o grupo de controle e receberam apenas parte dos elementos. Ambos tiveram efeitos colaterais semelhantes, mas resultados positivos diferentes, já que o grupo de controle precisou de mais dias para receber o tratamento e se livrar dos sintomas da doença.
Esses resultados correspondem à fase 2 dos estudos clínicos, que vão passar para doentes em estado mais grave na fase 3.
3 CONCLUSÃO
Não há medicamento ou terapia comprovados contra coronavírus (covid-19). A OMS defendeu a importância de que esses estudos continuem, mas lembrou que não há ainda uma resposta padronizada para a covid-19 já avalizada.
Em suma, pode se afirmar que existem alguns tratamentos que parecem estar em estudos muito precoces que limitam a gravidade ou a duração da doença, nesse momento não se tem nada que possa matar ou interromper o vírus.
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Pós-doutor em direitos humanos, sociais e difusos pela Universidad de Salamanca, Espanha, doutor em direito internacional pela Universidad Autónoma de Asunción, com o título de doutorado reconhecido pela Universidade de Marília (SP), mestre em ciências da educação pela Universidad Autónoma de Asunción, especialista em educação: área de concentração: ensino pela Faculdade Piauiense, especialista em direitos humanos pelo EDUCAMUNDO, especialista em tutoria em educação à distância pelo EDUCAMUNDO, especialista em auditoria governamental pelo EDUCAMUNDO, especialista em controle da administração pública pelo EDUCAMUNDO e bacharel em direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Assessor de gabinete de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Piauí.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: NOVO, Benigno Núñez. Não há nenhum medicamento específico para tratar ou prevenir o coronavírus (COVID-19) Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 05 jun 2020, 04:33. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/coluna/3084/no-h-nenhum-medicamento-especfico-para-tratar-ou-prevenir-o-coronavrus-covid-19. Acesso em: 23 nov 2024.
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