Sabe-se que o Brasil conta com baixo nível educacional. Nos últimos anos, entretanto, nossos números melhoraram bastante. Quanto à universalização do ensino fundamental (crianças de 6 a 14 anos): de acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2008, 97,5% estão freqüentando a escola; 2,5% está fora dela. Em 1992 tínhamos 15,6% fora da escola (hoje, 2,5%). Evolução significativa aconteceu.
Quanto ao ensino médio: 84,1% dos alunos de 15 a 17 anos estão cursando alguma escola; 15,9% deles estão fora da escola; em 1992, 40,3% deles achavam-se fora da escola (a evolução é de 40,3 fora da escola em 1992 para 15,9% fora da escola em 2008).
A taxa de conclusão do ensino fundamental alcançou, em 2007, 61%. Em relação ao ensino médio a taxa foi de 44% (em 2007). 32% da população brasileira já concluiu o ensino médio (ou seja, cerca de 65 milhões de pessoas já contam com ensino médio completo). Mas dessas não é grande a taxa de pessoas que conseguem o curso superior (somente cerca de 15% da faixa universitária freqüentam curso superior no Brasil).
Na fase da pré-escola (idade de 4 a 5 anos) a taxa saiu de 70,1% para 72,8%. Nos últimos anos essa taxa dobrou. A maior conscientização das pessoas, inclusive as que moram na zona rural, é a responsável pela melhora desses índices.
Analfabetos ainda são 9,2% da população brasileira (14,736 milhões de pessoas). Em 1992 tínhamos a taxa de 17,2%. Mas nos últimos anos a evolução tem sido mínima, mesmo porque o analfabetismo concentra-se majoritariamente nos adultos. O Brasil ainda apresenta uma das maiores taxas de analfabetismo entre os países em desenvolvimento. Ainda temos 14,2 milhões de brasileiros que não sabem ler ou escrever.
Cerca de 367 mil crianças deixaram de trabalhar: no ano de 2007 eram 4,819 milhões de crianças trabalhando; no ano de 2008 esse número caiu para 4,452 milhões. Em 1992 o trabalho infantil envolvia 19,6% da população respectiva. Esse número baixou agora para 10,2% (considerando a idade de 5 a 17 anos). O Brasil está melhorando no item “trabalho infantil”, mas ainda é muito grave a situação.
O acesso à internet já acontece com 23,8% da população; 31,2% dos domicílios já contam com computador.
O governo (e a sociedade civil) estabeleceu um plano de metas (Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação), com cinco desafios (para 2021): toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos de idade; todo aluno com aprendizado adequado à sua série; todo jovem com o ensino médio concluído até os 19 anos; investimento em educação ampliado e bem gerido (cf. Fernando Veloso, em Educação básica no Brasil, organizado por Veloso et alii, Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p. 21).
Oxalá tudo se concretize (e, se possível, antes de 2021), porém, não se pode deixar de registrar que o Brasil gasta menos de US$ 2 mil por aluno, enquanto os países desenvolvidos (Áustria, Bélgica, Canadá, Japão, Suíça, Finlândia, Reino Unido e Estados Unidos) gastam, em média, US$ 8,8 mil por aluno (cf. relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, divulgado em 08.09.09).
Sabe-se que todo investimento em educação está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico do país. Quanto maior o nível educacional, melhores são os salários, as condições de saúde e a consciência e participação política. Ou seja: quanto mais educação mais cidadania. Para cada pessoa com curso superior o retorno líquido médio para o seu país fica em quase US% 52 mil ao longo da vida – ou seja, quase o dobro do investimento. Educação é a chave do desenvolvimento (pessoal e nacional). Avante Brasil!
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