FLAVIA HENRIQUES DE SOUZA
(Coautora)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo geral, perceber os impasses do campo turístico no município de Sabará propondo ferramentas para a melhoria e desenvolvimento do setor. Ao se investigar as propostas implantadas voltadas para o turismo no município de Sabará, analisou-se o envolvimento da comunidade sabarense com o turismo, refletindo sobre a importância do desenvolvimento do setor turístico para o município estudado. Assim ao se estudar ações que contribuam de modo eficiente para o desenvolvimento do turismo, criam-se e sugerem-se ações educativas para a sociedade, promovendo a mobilização sociocultural e econômica, resgatando os valores, as tradições, à memória e a identidade do espaço. O presente trabalho, desenvolveu-se a partir de análises bibliográficas, publicações avulsas, boletins, jornais, livros, pesquisas recentes, monografias e teses; fontes documentais a fim de se descrever e comparar usos e costumes, tendências e outras características e para maior esclarecimento do tema abordado, visitas a campo e um estudo descritivo das características da comunidade e sua realidade; pesquisas de opinião, onde procurou-se saber atitudes, pontos de vista e preferências da comunidade a respeito do setor turístico no município;
Palavras-chave: Impasses, Turismo, Educação Patrimonial, Infraestrutura, Superestrutura
ABSTRACT: The general objective of this work is to understand the impasses in the tourist field in the municipality of Sabará, proposing tools for the improvement and development of the sector. When investigating the implemented proposals aimed at tourism in the municipality of Sabará, the involvement of the Sabará community with tourism was analyzed, reflecting on the importance of developing the tourism sector for the municipality studied. Thus, when studying actions that efficiently contribute to the development of tourism, educational actions are created and suggested for society, promoting sociocultural and economic mobilization, rescuing the values, traditions, memory and identity of the space . The present work was developed from bibliographical analyses, separate publications, bulletins, newspapers, books, recent researches, monographs and theses; documentary sources in order to describe and compare uses and customs, trends and other characteristics and for further clarification of the topic addressed, field visits and a descriptive study of the characteristics of the community and its reality; opinion surveys, which sought to find out the community's attitudes, points of view and preferences regarding the tourism sector in the municipality;
Keywords: Impasses, Tourism, Heritage Education, Infrastructure, Superstructure
INTRODUÇÃO
Para nortear esta análise, foi elaborado um simples questionário que enfocou o turismo, bem como a infraestrutura do município de Sabará. O questionário contou com 10 perguntas, simples e abertas. Inicialmente identificou-se o perfil da atual prática turística no município, considerando a percepção do indivíduo através do tempo que reside no local, seus conhecimentos sobre a história de Sabará, seu rico patrimônio histórico, e pontos positivos e negativos que ressaltados. A posteriori, definu-se por meio dos questionários o subdesenvolvimento do setor turístico do município. Em seguida, encontrou-se na experiência dos moradores e comerciantes, opiniões, críticas e sugestões relacionadas aos recursos disponibilizados e custeados para o turismo no local. Neste contexto, investigar as condições de infraestrutura oferecidas pelo município, à satisfação da comunidade e educação patrimonial foram temas relevantes para a construção do questionário. Através de pesquisas bibliográficas e documentais, e no processo de análise deste conteúdo, interpretando as entrevistas e os questionários, verificou-se que os principais problemas e insatisfações, enfrentados pela comunidade, estão ligados à ineficiência da infraestrutura.
PESQUISA 100% |
COMUNIDADE % |
Gostam de morar em Sabará |
90% |
Têm orgulho da cidade |
90% |
Admiram o patrimônio histórico, arquitetônico, artístico e cultural |
60% |
Conhecem a história do município |
40% |
Conhecem bem a cidade e seu patrimônio |
70% |
Satisfeitos com o turismo |
20% |
Acham que o turismo se desenvolveu |
20% |
Acham que o setor turístico é mal explorado |
90% |
Elaboração Souza (2012)
Pode–se observar através da pesquisa que em média 60% da comunidade têm orgulho e gostam do município, mas, não compreendem bem sua história e seu patrimônio e estão insatisfeitos com o subdesenvolvimento do setor turístico. Portanto, para incentivar a atividade turística no município é preciso organizá-lo, abrangendo incentivo de políticos e governantes à estrutura para a atividade turística e planejamento aliados à educação. Com intuito de estreitar o distanciamento da comunidade sobre o espaço no qual ela se insere, observou-se alguns pontos interessantes que devem ser analisados, modificados e desenvolvidos de forma a ampliar o turismo no municipalidade de Sabará. Considero como ponto de partida, portanto, investimentos na infraestrutura, bem como na Educação Patrimonial, disponibilizando-os o exercício de entender seu espaço, possibilitando-os diagnosticar e sanar problemas, sem gerar transtornos a si mesmos, ao município e ao turismo, sendo encontrados em atitudes mínimas e através da busca, da parceria, da teoria e prática, apoiadas pelas escolas, pela comunidade, comerciantes, empresários e pelos governantes. Segundo Meneses (2004 p.30):
“Conhecer e interpretar heranças culturais de tempos passados tem, para a sociedade contemporânea, um valor que ultrapassa a simples curiosidade pelo diferente ou pelo exótico. Faz parte de nossa cultura a busca compreensiva de estruturas culturais que nos possibilitem entender nosso mundo. Esta busca é válida para atender aos prazeres intelectuais e às fruições de realidades distintas das nossas. Isso nos estimula, nos descansa, nos provoca abstrações que nos aliviam do cotidiano de trabalho. (...)”
Sabará pode se tornar uma cidade forte no setor de turismo, mas para tanto, é preponderante uma iniciativa dos setores públicos, federal, estadual, municipal para a recuperação da cidade em vários aspectos, de infraestrutura, saneamento, saúde, serviços, educação, entre outros. Com relação ao aquecimento do setor turístico em Sabará, há de fazer uma análise no que diz respeito à demanda. Como diria Boullón (2002, p. 55-57):
“(...) que deve ser entendida para um maior conhecimento dos consumidores, mediante estudos sobre as preferências motivacionais dos turistas que se espera receber e o nível de satisfação daqueles que já passaram por determinado centro turístico. Sem esses estudos, é muito difícil saber o que deve ser feito ou construído para aumentar a demanda de todos e de cada um dos serviços dos centros turísticos e por sua soma, de um país ou uma região.”
O turismo é um estimulador de atividades econômicas e de desenvolvimento, contudo, ainda tem deixado grandes parcelas da sociedade, à parte, não contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no município, perdendo a oportunidade de avançar turisticamente e preservar seu substrato maior que é a cultura, seu patrimônio cultural, suas tradições e sua oralidade. E ainda, de acordo com Rodrigues (2001, p. 17):
“A atividade turística é, portanto, produto de uma atividade capitalista industrial e se desenvolveu sob impulsos de motivações diversas, que incluem o consumo de bens culturais. O turismo cultural, tal qual o concebemos atualmente, implica não apenas a oferta de espetáculos ou eventos, mas também a existência e preservação de um patrimônio cultural representado por museus, monumentos e locais históricos.”
Neste sentido, para se operar o empreendimento turístico, deve-se valorizar sua matéria-prima, que neste caso, diferentemente da indústria, são os atrativos. No turismo, ao contrário da indústria, Boullón (2002 p.55 e 57) atesta que:
“os atrativos devem permanecer intactos ou, no caso sofram intervenções, essas ações ficam limitadas à restituição de alguma qualidade que possam ter perdido, seja pela ação destrutiva de outros setores, dos próprios turistas, ou pelo passar do tempo. (...)
Considerando que os atrativos turísticos são matéria-prima do turismo, sem a qual um país ou uma região não poderiam empreender o desenvolvimento (por que lhes faltaria o essencial e porque só a partir de sua presença pode-se pensar em construir empreendimento turístico que permita explora-lo comercialmente) (...) eles são incluídos como o primeiro elemento da estrutura de produção do setor ao qual fica agregado o empreendimento turístico e infraestrutura.”
IMPASSES DO PLANEJAMENTO PÚBLICO EM TURISMO
Além da pesquisa de demanda potencial, é imprescindível que o consumidor, ou seja, o turista, conheça o potencial turístico e os serviços oferecidos pelo município. Portanto, se existe como foco a tentativa de captar turistas, campanhas frequentes, mesmo quando o período não favorece ao município, na tentativa de apresentar os produtos ao consumidor, deverão ser feitas, até que o mesmo se concretize. Analisando o Município de Sabará, é possível fazer uma leitura reflexiva e interpretativa de manifestação cultural, de vivências, de arte a serem integradas ao turismo, levando o sabarense a perceber e assegurar o processo de crescimento econômico na cidade.
Na expectativa de atender às demandas crescentes de consumo das comunidades locais, o patrimônio cultural e natural do município sofre com o crescimento desordenado, desencadeando consequências desastrosas, com prejuízos irreparáveis ao patrimônio, à diversidade biológica e ao bem-estar dos indivíduos. Com o objetivo de modificar essa tendência de degradação ao patrimônio e construir uma conscientização de sustentabilidade turística e econômica, social e ambiental, há de se avaliar o comportamento dos atores-consumidores deste espaço e suas consequências reais para o município, “mostrar para conhecer, conhecer par entender, entender para gostar e gostar para preservar.” (NOGUEIRA, 2003)
No alcance desse objetivo, há uma preocupação em inserir de modo eficiente a “Educação Patrimonial” em todo o município, concebendo a aprendizagem como um processo ativo, ligado à vida das pessoas, visando à motivação e o estabelecimento de um vínculo afetivo destas com o patrimônio, multiplicando o alcance dessa experiência didática, fazendo-a chegar num desenvolvimento turístico e econômico viável harmonizado com a preservação do patrimônio e com a permanente busca de melhoria de infraestrutura e qualidade de vida. Contudo, apesar de grandes projetos, programas, ações e parcerias voltadas para a “Educação Patrimonial”, Sabará não possui uma atividade turística forte e consolidada. Para Tyler, Guerrier e Robertson (2001, p. 03):
“A atividade turística, entendida sob a ótica da indústria produtiva e geradora de renda, demonstra-se de grande importância e valia nos casos de requalificação de espaços físicos, como é possível averiguar nos inúmeros casos de revitalização de waterfronts e docklands (ou mesmo de antigos centros de comércio e serviços, onde há grande quantidade de imóveis e atividades de potencial interesse turístico.” [1]
Ou seja, além da requalificação de espaços físicos, e da implantação de programas que enfatizem a “Educação Patrimonial”, ampliando o conceito de patrimônio para a comunidade, compreendendo não somente o patrimônio edificado, mas, também costumes e saberes locais, como a culinária, a linguagem, os ritos, há de se prestar atenção na inversão de fluxos migratórios da capital rumo ao município, não só no sentido habitacional, mas principalmente na valorização dos espaços naturais, turísticos e históricos; a valorização da diversidade cultural, a história oral, que permitem o desvelar de culturas antes menosprezadas, como a dos escravizados. “O patrimônio e a diversidade cultural das diversas comunidades mineiras, preservados pela própria decadência econômica, se colocam hoje como matéria prima privilegiada para a estruturação do turismo.” [2]Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT, 1998, p. 10),
“O desenvolvimento do turismo sustentável atende às necessidades dos turistas de hoje e das regiões receptoras, ao mesmo tempo em que protege e amplia as oportunidades para o futuro. É visto como um condutor ao gerenciamento de todos os recursos, de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéticas possam ser satisfeitas sem desprezar a manutenção da integridade cultural, dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos sistemas que garantem a vida”
Desta forma, o turismo em Sabará tem como desafio o seu desenvolvimento, de forma a atender todos os tipos de turistas, inclusive aqueles portadores de deficiência física, não somente o público elitista, e consolidá-lo, sem que este traga efeitos negativos para o município e a comunidade; a perda da atratividade, declínio econômico, ocupação territorial desordenada, equipamentos abandonados, e uma população desenraizada culturalmente, que apesar de não ter mais empregos relacionados ao turismo, se insere pouco nas atividades econômicas tradicionais. Ambas as proposições apontam para a insustentabilidade da atividade turística efetivada sem cuidadoso planejamento. (HOLDER, apud RUSCHMANN, 1997) Há de se prestar atenção também nas tradições, permanências e suas mudanças a partir de planos e projetos de uma atividade turístico-econômica que pode ser extremamente transformadora e nociva à comunidade. “Não participamos da construção cotidiana que observamos e, em função disso, tanto podemos não entendê-la perfeitamente como ter certo distanciamento benfazejo para analisá-la e ser sensível aos valores construídos em suas relações sociais.” (MENESES, 2004)
Para o planejamento turístico, é preciso sensibilidade de forma a perceber peculiaridades deste cotidiano, suas permanências, tradições, pois, deste modo, há como transformar sem agredir, e ainda atrair e estabelecer a prática do turismo. Um exemplo de um péssimo planejamento, embora a iniciativa da prefeitura tenha sido excelente, se deu exatamente no município de Sabará, na execução do projeto de “Iluminação Especial com a eletrificação subterrânea e Iluminação Cênica”, pois, a comunidade não compreendeu do por que de toda transformação, segundo alguns entrevistados e conversas informais com moradores e comerciantes do município, a insatisfação e protestos foram inúmeros, ou seja, a falta de divulgação adequada, informação de qualidade, que chegue a todos, que tenham linguagens diferenciadas, uma vez que há de se perceber esta variedade cultural como construção coletiva, resultou em efeitos contrários aos esperados. Neste sentido, a melhor opção na elaboração de um produto turístico, seria aliar a educação patrimonial em busca de preservação, aos projetos e planos de infraestrutura, que podem ser um passo positivo para a consolidação do turismo, uma vez que este possa ser pensado também como instrumento de valorização patrimonial no município.
Segundo Zezinho, professor de história e personalidade bem popular no município, já aqui citado algumas vezes, “falta uma campanha (...) no rádio, jornais, dizendo como era antes e como ficará a cidade” antes da execução dos projetos de infraestrutura, alertando toda a comunidade para as futuras transformações e seus benefícios à mesma. Ainda segundo Zezinho, “o pessoal quase matou o prefeito”, na implantação deste projeto especial de eletrificação subterrânea; a incompreensão e a consequente insatisfação, foram grandes,“(...) aí veio essa iluminação, por exemplo, que tá sendo feita...eu acho que se conseguir já é um passo, porém, deveria ter tido uma preparação, ela agride (...), tem que convencer que o que falta na cidade é essa preparação (...)” Transformar as permanências e tradições em produto turístico e atrair visitantes, pode parecer fácil, pode nos parecer nada novo, contudo, concordando com Meneses (2004, p 30):
“Não nos parece, da mesma forma, algo de difícil execução, uma vez que há formas e instrumentos metodológicos estudados para fazê-lo. O que, sem dúvida, se apresenta como dificuldade suplementar é executar esse tipo de exercício intelectual e de planificação frente ao cotidiano, ao rotineiro e ao simples, mas extremamente belo, considerando a complexidade de uma intervenção externa nesse meio cultural.”
Esta é a realidade atual do município de Sabará, o planejamento inadequado, sem considerar sua complexidade e sua cultura, na busca pela infraestrutura e consolidação do turismo, acaba por tornar-se uma intervenção destrutiva. Nas palavras de Sérgio[3], “sabarense roxo”, é assim que ele se autodenomina, nota-se a tristeza de não serem levados em conta os costumes e tradições da comunidade, e ainda ressalta que para cuidar devidamente do município é necessário ter contato com os moradores, entender suas necessidades, ter paixão é o “ideal é fundamental”, conforme descrito, abaixo em seu depoimento:
“(...) sabe, acho que tem que ter vontade política, vontade política e conhecimento das coisas que estão a sua volta.
(...) é aquela coisa, você tem que ter nadado no poço escondido, e chegando em casa e ter apanhado demais da conta, você tem que ter visto o Siderúrgica Campeão, e em dia de jogo você mudar pra aquele time de futebol que é perto da sua casa, você tem que ter queimado o dedo com vela numa procissão. Sabe, você tem que ter vivido as coisas da cidade, e isso tem que estar muito dentro de você sabe, muito no sangue...é claro que podem ter outras pessoas que vão fazer muito pela cidade, o que é fundamental, mas, é só ter vontade, conhecimento (...) eu acho que uma grande coisa que as pessoas deveriam fazer ao chegar numa cidade, é conhecê-la! As pessoas que cuidam do destino dessa cidade, deveriam chegar nessa cidade e conhecer. (...) então, não existe uma fórmula mágica nisso, eu acho assim, sensibilidade e ouvir e ter espaço para que as pessoas possam falar com você”
Portanto, se considerados estes pontos cruciais para a atividade econômica motivada pela visitação turística e pela estrutura adequada que esta exige, deve-se planejar tendo como base fundamental a busca pelo entendimento, informações criteriosas e, aí sim, a construção de estruturas receptivas e de visitação, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento equilibrado do município. Segundo Neiman (2002, p.77):
“Não se pode modificar uma realidade que vai ao encontro dos anseios coletivos gerados pelos valores culturais de uma região. Por vezes, a única saída, nesses casos, é tentar educar a sociedade para que se consiga modificar alguns valores conflitantes como a causa da organização, tendo claro que isso é um processo lento e muito trabalhoso.”
Outro ponto de importante e de grande relevância para a comunidade sabarense são os projetos e sua descontinuidade. Os investimentos na infraestrutura de um município que tem um custo elevado, e sua amortização se produzem em longo prazo. Estes investimentos devem ser contínuos aos próximos mandatos e dar prioridade aos projetos que sirvam simultaneamente ao maior número de setores produtivos, como agricultura, mineração, indústria e turismo (BOULLÓN, 2002). Nota-se nitidamente em Sabará, o descontentamento da comunidade com relação à descontinuidade de planos, projetos e programas que beneficiam ao município. Assim, fica clara, a dificuldade de se desenvolver e estabelecer a prática do turismo em Sabará, pois, a desordem que predomina com a inconstância de uma ou outra gestão, frequentemente aumenta o nível de insatisfação da comunidade, dos usuários e dos visitantes. De acordo com alguns entrevistados, a insatisfação é grande com relação à ineficiência dos projetos voltados para o turismo e sua descontinuidade devido à troca de mandato. Num relato, verifica-se que:
“(...) por que não se faz um projeto político-cultural ou social para a cidade? Você faz o seu projeto político- cultural, eu faço o meu! Quando você for prefeito você vai implantar o seu projeto e eu vou chegar e falar com você que eu vou implantar o meu, e com 4 anos você não sabe de quem é mais nada. (...)” [4]
“(...) o grande problema é que se é esse o caminho e, aí vem à outra administração, faz tudo diferente, ou então não faz, ou não dá continuidade, (...). Porque esse é o grande erro de Sabará (...) ...isso é coisa do Brasil. Essa coisa de não dar continuidade (...)” [5]
Deve-se trabalhar o município como um todo, agrupar seus interesses e suas necessidades, desde o patrimônio edificado à sua infraestrutura. Segundo Beni (2002, p. 08), para se pensar na sustentabilidade do turismo, deve-se pautar em três subsistemas inter-relacionados:
“O primeiro descreve as relações ambientais – ou existentes no ambiente de destino, dadas pelos aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais; o segundo descreve a organização estrutural do local, compreendida pelos aspectos da superestrutura – ou governamentais, e da infraestrutura urbana e turística; o terceiro descreve as ações operacionais do turismo, governadas pelo mercado, onde oferta e demanda se dão simultaneamente mas em lugares diferentes, daí demandando a distribuição – ou intermédio de agentes e operadoras.”
Portanto, fica evidente a importância da relação entre gestão – aqui compreendida como governo e governança, com a sustentabilidade dos subsistemas, que são, por sua vez, indissociáveis. Vê-se a partir dessa compreensão que a sustentabilidade do município é uma questão de gestão e deve basear-se em quatro aspectos: o social, o econômico, o cultural e o ambiental. (CAMPOS e SANTOS, 2003) A sustentabilidade econômica de Sabará, ainda segundo “Campos e Santos”, poderia estar “calcada em sua própria viabilidade turística, ou seja, na relação entre receita e despesa que a atividade traz, considerando-se os custos sociais e ambientais”, a economia poderia ainda se pautar “na viabilidade empresarial – ou na rentabilidade das empresas ligadas aos serviços turísticos, para que os empresários não se esqueçam de seu compromisso com a sustentabilidade e alterem o equilíbrio; e na satisfação dos turista”. Ou seja, para que o sistema turístico funcione adequadamente e tenha sucesso no município de Sabará, necessita-se além da infraestrutura, do auxílio de um subsistema superior chamado superestrutura. Além da articulação de bens de serviços, educação, saúde, a moradia de qualidade, transporte, comunicação e energia, há uma grande necessidade de investimentos e iniciativas dos setores tanto públicos, responsáveis pela administração do setor turístico, quanto privados (associações de hoteleiros, donos de restaurantes, agentes de viagens, transportadores, guias turísticos), encarregados de aperfeiçoar e modificar, quando necessário, o funcionamento de cada uma das partes que integram o sistema, bem como harmonizar suas relações para facilitar a produção e a venda dos múltiplos e díspares serviços que compõem o produto turístico. Pois, de acordo com Boullón (2002), “para manter a sustentabilidade econômica do destino é preciso, renovar os setores tradicionais da economia concomitantemente à criação de novos setores, descentralizando e diversificando as instituições de crédito locais.”
Para que o sistema turístico em Sabará se desenvolva, é necessário uma superestrutura, e, sobretudo, eficiente, para render de forma a vincular os atrativos aos empreendimentos e resolver as necessidades internas. Quando se visita o município de Sabará, presume-se logo, a deficiência no empreendimento turístico com instalações inadequadas e má prestação de serviços, a começar pelo Centro de Referência ao Turista. Pouca opção de hospedagem, restaurantes com instalações precárias, mas que são os únicos disponíveis, ausência de lanchonetes e cafés, comércio atraente, transportes turísticos, estacionamentos, guias desqualificados, bancas de artigos falsificados, banheiro público imundo, falta de lixeiras, entre outros serviços que deixam a desejar. Isso é provado através de um testemunho:
“o sujeito vem aqui, todo dia, três, quatro lojas, não fica dinheiro; (...) aqui não tem uma lanchonete! sabe, como você tem que fazer um lanche? Sabe como? Não tem um restaurante que você possa sentar pra fazer um lanche rápido, o pessoal não abre os olhos pra isso! (...) Outra coisa que aqui não pegou ainda, várias cidades pega, tipo pensão, pousada, dois, três quartos pra alugar, não tem essa, não vale a pena, não tem que ser apartamento, não tem estrutura!” [6]
O próximo depoimento é de um Engenheiro Civil, Pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, funcionário da prefeitura de Sabará, atuante como Engenheiro Residente na obra de restauração da Igreja Pampulha (2004/2005), e morador no município, salienta sobre as dificuldades do turista que chega à Sabará:
“(...) Sabará ainda não tem um turismo tão forte; (...) Na realidade a nossa estrutura pra receber o turista não é boa por que precisamos ainda melhorar muito com relação às áreas de recebimento do turista. Na realidade o que acontece? ...Nós temos um posto de turismo na entrada da cidade que foi construído aproximadamente há 6 anos; esse posto, é um pouco distante da parte histórica, então o que acontece é o seguinte: quando o turista chega na cidade tem uma certa dificuldade, por que como é distante o ônibus não vai parar numa edificação de turismo e eles acabam andando 1 ou 2 quilômetros pra chegar no centro turístico!
(...) existe um monopólio aqui na cidade com 3 restaurantes que, realmente o preço que você paga pela alimentação, muitas vezes não justifica o atendimento que você tem (...)
(...) em épocas festivas a cidade fica muito cheia e na realidade, não comporta o número de pessoas que vem de fora. (...) a cidade precisa de um local pra estacionar os veículos pra ficar mais próximo, pro pessoal conseguir movimentar, áreas pro turista fazer um lanche, por que na realidade nós não temos!
Sabará, na realidade perdeu muito a característica, ela foi completamente descaracterizada, as pessoas não respeitaram os traços originais;”[7]
ATIVIDADE TURÍSTICA COMO ELEMENTO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
A superestrutura do município, em sua face operacional, enfrenta grandes dificuldades para cumprir seus objetivos em cada um dos campos de ação que teoricamente devem ficar sob sua responsabilidade, além dos problemas de falta de orçamento. A partir do conhecimento, é possível associar o sentimento de pertencimento, o envolvimento na construção de uma gestão comprometida com os verdadeiros valores patrimoniais, deste modo, a Educação Patrimonial, compreende um conjunto de etapas sucessivas e interdependentes, que desenvolvem e incorporam graduais conhecimentos, atitudes e valores que associados à infraestrutura, podem desenvolver o setor turístico do município. Segundo Leite (2006, p.15):
“Educação Patrimonial é um processo permanente e sistemático de trabalho educacional, centrado no Patrimônio Cultural, como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo.’ Ela objetiva envolver a comunidade na gestão do Patrimônio, pelo qual ela também é responsável, levando-a a apropriar-se e usufruir dos bens e valores que a constituem.” (
Portanto deve-se levar em consideração a educação como projeto contínuo e de grande importância para a infraestrutura, pois, é uma condição para a construção de uma nova racionalidade patrimonial e consequentemente, a uma melhora do nível de vida. Leite (2006) destaca que:
“’A Educação Patrimonial busca isso: trabalhar o desenvolvimento da História sempre ligado à atualidade, ressaltando pelo conhecimento e reflexão a possibilidade de alteração do presente e a criação de um futuro melhor para todos.”
Desta forma, toda a comunidade, através dos projetos de educação patrimonial, seria alfabetizada culturalmente e estaria inserida num processo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, e ainda gerando, produzindo e perpetuando cultura se não fosse a fragmentação no quadro administrativo e a descontinuidade dos projetos instituídos em cada gestão. Conhecer não é apenas vivenciar, ou refletir sobre como melhorar o mundo, é preciso traduzir ideias em ações concretas e através da educação, é possível uma promoção de mudanças, de práticas e mentalidades, incentivando-as e responsabilizando-as pela busca de soluções concretas para os problemas da comunidade local nas áreas de saúde, cidadania e desenvolvimento sustentável. Ainda, de acordo com Leite (2006):
“Qualquer evidência material ou manifestação da cultura resultante da relação entre os indivíduos e seu meio ambiente pode ser observada e trabalhada pela Metodologia da Educação Patrimonial. (...) cada objeto ou evidência de cultura traz em si uma gama de informações que devemos perceber, analisar e interpretar.”
“A metodologia da Educação Patrimonial pode ser aplicada a qualquer manifestação da cultura”, neste sentido, deve-se ter como foco o que se quer descobrir e ao que se deseja alcançar, para que seja aplicada a metodologia de forma correta. Desta forma, deve-SEsempre questionar os monumentos,
“- O que vamos questionar?
- Por que vamos observar?
- Como analisar e interpretar o que vemos?
- O que é possível concluir?”
De acordo com Rodrigues (2001, p. 17), Doutora em História pela UNICAMP, e integrante do corpo técnico do Conselho e Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo,
“A palavra patrimônio pode assumir sentidos diversos. Originalmente esteve relacionada à herança familiar, mais diretamente aos bens materiais. No século XVIII, quando na França o poder público começou a tomar as primeiras medidas de proteção aos monumentos de valor para a história das nações, o uso de “patrimônio” estendeu-se aos monumentos protegidos por lei e pela ação de órgãos especialmente constituídos, nomeando um conjunto de bens culturais de uma nação.”
Neste sentido, a falta de conhecimento sobre o patrimônio, incluem-se aqui objetos, documentos escritos, imagens, traçados urbanos, áreas naturais, paisagens ou edificações pode excluir uma boa parcela da comunidade de garantir boas oportunidades no quadro socioeconômico do processo turístico, caso esta não tenha conhecimento de sua importância para si e por que preservá-lo. O patrimônio é uma representação do passado histórico e cultural de uma sociedade. Rodrigues (2001 p.17), confabula que:
“e que além de servir ao conhecimento do passado, os remanescentes materiais de cultura são testemunhos de experiências vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos homens lembrar e ampliar o sentimento de pertencer ao mesmo espaço, de partilhar uma mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos comuns, que fornecem o sentido de grupo e compõem a identidade coletiva.”
É certo, ainda que “que a preservação resulta da negociação possível, entre os diversos setores sociais, envolvendo cidadãos e o poder público”. (RODRIGUES, 2001, p. 17) Portanto, se não houver parceria, entre a comunidade e os governantes, não haverá sucesso na prática do turismo e pela preservação do patrimônio de Sabará. As dificuldades em se manter a preservação do patrimônio, se encontra na própria história do país, haja vista que, as próprias concepções sobre o que vem a ser cultura e história, segundo Rodrigues (2001 p.17):
“País de herança escravista, no qual o trabalho não era visto como forma de criação de valores culturais, os objetos considerados dignos de proteção, estiveram até recentemente, relacionados à colonização e às classes proprietárias, cujo conceito de sociedade e privilégios excluíam, em geral, todos os não proprietários. (...)
Por sua vez a história que, no Brasil começou a ser escrita no século XIX, sob auspícios do próprio Imperador, reforçaria a exclusão e as diferenças sociais existentes, de fato na sociedade. Retratando o “passado da nação”, especialmente pelo ensino escolar, ela comporia a imagem de cada um fazia de si próprio e do lugar que lhe era dado na sociedade. Negros e brancos pobres eram vistos nos livros escolares como trabalhadores, mas não construtores de cultura, distinção que cabia a poucos, brancos e proprietários, com acesso aos bancos de faculdades e à cultura europeia, tida como modelo.”
Desta forma, torna-se bastante compreensível que poucos tenham a noção da importância da prática de preservação de um patrimônio, já que, educação é privilégio de poucos, Educação Patrimonial então, é privilégio de uma parcela ainda menor da população. Fica assim, claro a distância entre estas realidades, o patrimônio cultural e a maioria da população brasileira, sendo que esta não o reconhece como seu. As falhas estão no ensino escolar ou na falta dele, pois através da educação, aprende-se a valorização da democracia, a exercer os direitos de cidadania, tem-se o sentimento de responsabilidade na construção da sociedade, seu papel na história e de sua contribuição para a cultura. O conhecimento de uma comunidade sobre seu patrimônio, o que ele representa e sua história, suscita na valorização da memória e lembranças particulares. Rodrigues (2001 p.18) descrevem que:
“(...) alcançado pelo sentimento e sustentado pela sensação o passado é reconstruído plenamente. Feito de fantasias, parecendo sempre melhor que o presente, ele aflora idealizado, porque reconstruído por nós, que já não somos o que éramos e, movidos pela nostalgia, queremos que ele nos traga de volta sensações já vividas.”
Em função disto, da confluência da memória particular e coletiva, pode-se recompor a relação entre o passado e o presente, estreita-se os vínculos entre a comunidade e o patrimônio, atraindo o turismo para o município, sem que este mutile as tradições, a cultura e a identidade da população local. O ambiente não se apresenta de forma fragmentada, mas sim, como um espaço complexo tanto quanto o ser humano. A Educação Patrimonial oferece compreensão e interação com o espaço, desenvolvendo uma visão crítica que busca enxergar o mundo e suas relações existentes. Em São Luís do Maranhão e em São João Del Rei surgiu um projeto precursor que alia o turismo cultural à educação patrimonial, conforme relato do IPHAN (2006, p. 26):
“(...) uma reunião ocorrida nos dias 5 e 6 de dezembro de 2005, com membros dos ministérios da Cultura, do Turismo e da Educação, juntamente com representantes destas áreas no plano estadual e municipal, além das universidades federal e estadual do Maranhão.”
Atua na perspectiva de construção do conhecimento contextualizado e baseado na construção do indivíduo multiplicador. Segundo João Tadeu Gonçalves, Gerente de Educação e Educação Patrimonial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2006, p. 26),
“(...) o evento culminou com a constituição de um grupo de trabalho encarregado de elaborar um projeto para a atuação integrada destes parceiros em uma ação a ser desenvolvida junto ao ensino fundamental da rede escolar de São Luís do Maranhão, enfocando o patrimônio cultural, ambiental e seu potencial turístico. ‘Este projeto deverá estar concluído, inclusive com material didático e capacitação de multiplicadores, ainda em 2006, estando prevista a sua implementação junto aos alunos a partir do 1º semestre de 2007’, afirma. Ele ainda menciona que a intenção é que experiência sirva de referência para projetos futuros em outras regiões do país. ‘Pretende-se, com esse piloto, encontrar uma formatação a ser posteriormente implantada em outros pontos do país’, diz.
Através da aproximação mediada pela prática, do contato com o meio, que se pode transformá-lo. Para Carolina Juliani de Campos, consultora do Ministério do Turismo (Mtur), conforme descrito em manual do IPHAN (2006, p. 26):
“(...) a expectativa também é grande: “Esperamos que o projeto possa subsidiar uma futura política nacional de educação patrimonial”. (...) É importante mencionar que, em alguns municípios e estados, algumas iniciativas também já avançaram nesta aproximação entre educação patrimonial e turismo cultural.”
Compreender a complexidade deste espaço requer uma forma diferente de enxergar o mundo. Segundo Gabriela Nicolau dos Santos, (apud, IPHAN, 2006):
“a cidade de São João Del Rei é um bom exemplo. A cidade inseriu no seu plano diretor ações que contemplam o turismo e a valorização do patrimônio: ‘São ações voltadas para a sensibilização da comunidade local, que deve ser a primeira a saber de sua história, a importância de seus bens patrimoniais, tanto para valorização de sua identidade, quanto para seu possível uso comercial’, afirma.” [8]
Concluindo, os projetos de Educação Patrimonial, só se farão adequados, se for feita uma análise da realidade social da comunidade, suas peculiaridades, tradições e cultura. A educação patrimonial precisa estar atrelada à infraestrutura, pois, cujo consumo constitui base de sustentação para o turismo; não deve ser pensada de forma isolada no planejamento turístico, sim em conjunto. Posto as seguintes observações de Rodrigues (2001, p. 17) sobre a indústria turística e o patrimônio.
“(...) A partir de 1964, crescera a intervenção do Estado brasileiro na cultura e, três anos depois, em 1967, o Departamento de Assuntos Culturais da Organização dos Estados Americanos (OEA) promoveu um encontro no Equador, do qual resultou um documento, assinado pelos países participantes, inclusive o Brasil: A Carta de Quito.
Nela se recomendava que os projetos de valorização do patrimônio fizesse parte dos planos de desenvolvimento nacional e fossem realizados simultaneamente com o equipamento turístico das regiões envolvidas.”
Esta proposta de Educação Patrimonial também vem sendo desenvolvida em de Sabará, através de uma lei sancionada pelo prefeito do município, que institui a educação patrimonial na rede municipal de ensino sabarense.[9] Contudo, de nada adianta o melhor projeto de Educação Patrimonial se não houver o envolvimento, a participação e apoio das estruturas administrativas internas e externas da área de educação e de outros setores. É necessário, pois, que se faça um esforço para que se efetive esta prática, a construção de uma estrutura adequada que possibilite a inserção do turismo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A expansão da população no município está ligada a fatores diversos como o aumento da taxa de natalidade, a aproximação existente entre Sabará e Belo Horizonte e a migração de pessoas provenientes, sobretudo do meio rural, trouxeram consequências à cidade como a necessidade de atender às demandas de habitação de sua população, o abandono dos estudos por grande parte das crianças e dos jovens pela necessidade de trabalhar ou por morar em lugares muito afastados das escolas, e a inexistência de empregos para suprir toda população que acaba por causar migrações pendulares, tornando a cidade de Sabará uma cidade dormitório. O município precisa de superestrutura, depois oferecer bons serviços, porém serviços mais baratos que possibilitem captar clientela, conquistá-la, mostrar toda sua beleza, seu patrimônio, sua história, para depois efetivá-la.
É preciso que o sabarense tenha o exercício teórico e prático da Educação Patrimonial, que se dedique ao planejamento e desenvolvimento do local de forma a possibilitar um turismo cultural forte e de qualidade, e tendo esta base fundamental de conhecimento de seu espaço, conhecimento e interpretação profundos e da importância de suas manifestações, para transformar seu espaço num atrativo turístico respeitado e reconhecido e de inclusão social. Há de se ressaltar que pouco se faz no que diz respeito à educação neste país, e partindo deste pressuposto, deve-se investir na mesma incluindo projetos que conscientizem e possibilitem preservar um patrimônio cultural para que se possa explorar o potencial turístico do município sem destruí-lo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, Orly Zucatto Mantovani de. Uma nova metodologia da Educação Pré-Escolar. 6ª edição. São Paulo: Thomson Pioneira Editora Livraria, 1989.
ÁLVARES, Lucia Capanema, CARSALADE, Flávio de Lemos. Planejamento e Gestão de Políticas Públicas para o Turismo Sustentável: O Caso do Programa Estrada Real. PUC Minas – Revista de Turismo – Vol. 1 - N° 1 - Nov. 2005
AZEVEDO, Úrsula Ruchkys de. Et al. Serra da Piedade, Quadrilátero Ferrífero, MG: da lenda do Sabarabuçu ao patrimônio histórico, geológico, paisagístico e religioso. SIGEP129: Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. 2007
BOULLÓN, Roberto C. Planejamento do Espaço Turístico/ tradução Josely Vianna Baptista. – Bauru, SP: EDUSC, 2002.
CAMPOS, Adalgisa Arantes. Cultura Barroca e manifestações do Rococó nas Gerais/ Adalgisa Arantes Campos. Ouro Preto: FAOP/BID, 1998.
COOPER, C. et al. Turismo, Princípios e práticas. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
DENKER, Ada de Freitas Moneti. Método e Técnicas de Pesquisa em Turismo. 5ª ed. São Paulo. Editora Futura, 1998.
DUARTE, Vanúsia. Sabará: o charme do passado. Revista Minas Gerais, Ano 1, N° 5, Abril de 1988, Páginas 6-12. Editora Nova Fase.
FOLHA DE SABARÁ,. Projeto permite população conhecer melhor Sabará. Folha de Sabará. Sabará. p.4. Edição 676, Junho, 2008.
FUNARI, Pedro Paulo & PINSKY, Jaime (orgs.). Turismo e patrimônio cultural. São Paulo: Contexto, 2003.
KRIPPENDORF, J. Sociologia do Turismo. 3. ed. São Paulo: Aleph, 2003.
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: Memória-História.Vol.1.Enciclopédia Einaudi, Lisboa: Imprensa Nacional, 1997.
LICHORISH, L.: JENKINS, C. L. Introdução ao Turismo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
LEITE, Terezinha Lobo. Educação Patrimonial na Escola. Belo Horizonte: Mazza edições, 2006
LOUREIRO, Elizabeth Maria Araújo. Organização Social e Política do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Cia Ed. Nacional, 1977.
MARX, Murilo. Cidade Brasileira. São Paulo: Melhoramentos: EDUSP, 1980
MARX, Murilo. Cidade no Brasil, Terra de quem? São Paulo: Nobel: EDUSP, 1991.
MARX, Murilo. Arraiais Mineiros: Relendo Sylvio de Vasconcelos. Barroco, 15:389-393. Belo Horizonte, 1990-1992.
MATOS, Gregório de. Poemas/ Gregório de Matos; biografia, vocabulário, comentários, bibliografia por Letícia Malard. _ Belo Horizonte: Autêntica Ed., Leitura Literária, 1)
MENESES, José Newton Coelho. História & Turismo cultural/ Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MONTE-MOR, Roberto Luís de Melo. A Fisionomia das cidades Mineradoras. CEDEPLAR/FACE/UFMG. Belo Horizonte, 2001.
PASSOS, Zoroastro Vianna. Publicações do Serviço de Patrimônio histórico e artístico nacional, N° 05. Em torno da história do Sabará. Ministério da educação e saúde, Rio de Janeiro, 1940.
ROCHA, José Joaquim da. Geografia Histórica da Capitania de Minas Gerais. Descrição geográfica, topográfica, histórica e política da Capitania de Minas Gerais. Memória histórica da Capitania de Minas Gerais. Coleção Mineiriana, Fundação João Pinheiro. Belo Horizonte, 1995.
RODRIGUES, Marly. "Preservar e consumir: o patrimônio histórico e o turismo". In: FUNARI, Pedro Paulo & PINSKY, Jaime (orgs.). Turismo e patrimônio cultural. São Paulo: Contexto, 2001.
SABARÁ, MG. (Lei N° 067, de 1979). Lei N° 067/79: Institui o código de posturas da Prefeitura Municipal de Sabará, 1979.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa- ação. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
SAVIANI, Demerval. Saber escolar, currículo e didática. 3ª edição. Campinas: Autores Associados, 2000
VASCONCELLOS, Sylvio de. Arquitetura Colonial Mineira. In: PRIMEIRO SEMINÁRIO DE ESTUDOS MINEIROS. Belo Horizonte: UFMG, 1957, p.59-78. (I Seminário de Estudos Mineiros, Belo Horizonte, 3-12 abril de 1956)
SABARÁ, Prefeitura Municipal de. Plano de Educação Patrimonial de Sabará - Novos objetos, novos desafios, novas atividades. Projeto de Educação Patrimonial: Departamento de Programas Sócio- Educativos-culturais. Secretaria Municipal de Educação. Sabará, MG- Abril, 2008.
SABARÁ, Prefeitura Municipal de. Projeto: Roteiro “Cultura Negra em Sabará”. Secretaria Municipal de Turismo. Sabará- MG, 2008.
SANTOS, Cristiane e Carlos CAMPOS. Estratégias para o desenvolvimento sustentável do turismo. In CORIOLANO, Luzia Neide M. T. Turismo Comunitário e Responsabilidade Socioambiental. Fortaleza: Editora EDUECE, 2003.
[1] PUC Minas – Revista de Turismo – Vol. 1 - N° 1 - Nov. 2005
[2] Ibid., p.6
[3] Sérgio Alexandre Silva, Presidente do Conselho de Arte de Sabará, Produtor Executivo do Grupo de Teatro “Cena Aberta”, ator e roteirista.
[4] (Informação verbal) Sérgio Alexandre Silva, Presidente do Conselho de Arte de Sabará e Produtor executivo do Grupo de Teatro “Cena Aberta” além de ator e roteirista;
[5] (Informação Verbal) Zezinho, Professor de História e Chefe do Departamento Cultural da Faculdade de Sabará
[6] [6] (Informação Verbal) Zezinho, Professor de História e Chefe do Departamento Cultural da Faculdade de Sabará
[7] (Informação Verbal) Roberto Sanches, Engenheiro Civil Pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho
[8] Lei de Educação Patrimonial no Município de São João Del Rei, Anexo 1
[9] Lei de Educação Patrimonial no Município de Sabará, Anexo 2
Educador e Mobilizador socioambiental, Bacharel/Licenciado em Geografia e Análise Ambiental (UNI-BH) e graduado em Biologia/Licenciatura (Patrimônio Natural) e História/Licenciatura (Patrimônio Cultural) com oito especializações na área pedagógica. Monitordo XI Educação para o Risco Socioambiental (GEEDA/SMMA/PBH) em 2008/2º
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: ANDRADE, VAGNER LUCIANO COELHO DE LIMA. Impasses do planejamento público em turismo: a atividade turística como elemento de educação patrimonial no município de Sabará, MG Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 16 ago 2024, 04:56. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/ArtigOs/66172/impasses-do-planejamento-pblico-em-turismo-a-atividade-turstica-como-elemento-de-educao-patrimonial-no-municpio-de-sabar-mg. Acesso em: 23 dez 2024.
Por: Medge Naeli Ribeiro Schonholzer
Por: VAGNER LUCIANO COELHO DE LIMA ANDRADE
Por: VAGNER LUCIANO COELHO DE LIMA ANDRADE
Por: VAGNER LUCIANO COELHO DE LIMA ANDRADE
Por: VAGNER LUCIANO COELHO DE LIMA ANDRADE
Precisa estar logado para fazer comentários.