“A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio destas”..., (Art.:144, caput, da CR/88).
O dever acima referido é um conceito muito utópico, na realidade o Estado, além de não cumprir a sua parcela de responsabilidade, fica a espera do “amanhã”, ao invés de começar pelo “agora”. Hoje, conceitos como o de respeito, justiça social, paz, eficácia e aplicabilidade dos Direitos, já não fazem mais parte do mundo real dos brasileiros, pois estão presentes apenas em nossos sonhos.
A violência, antes problema das grandes metrópoles, se transfere cada vez mais para o interior, que um dia já serviu de refúgio para as pessoas dos grandes centros, mais que agora se assola desesperadamente com o caos trazido pela criminalidade.
São inúmeras as propostas para mudarmos tal quadro desanimador, mais são poucas aquelas que realmente produzirão algum efeito social. Nossos parlamentares estão preocupadíssimos em diminuir a maioridade penal, sendo, não essa, a solução mais eficaz.
O crime agrava e ressalta as mazelas sociais. Não podemos tratá-lo como fonte direta da criminalidade, pois ele é o “fim”, devemo-nos preocupar com os meios desse fim, ou seja, o que leva as pessoas a cometerem tais delitos, e não o delito em si cometido.
Tais construções lógicas, vêm nos reforçar o entendimento, oxalá, absoluto, que às mudanças queridas frente a violência, estão intrínsecas a uma construção educacional forte, e não somente da repressão do crime. É com um povo mais educado que alçaremos vôos mais belos e tranqüilos no referente à segurança de nossa sociedade.
A educação é o início de uma grande caminhada rumo à vitória, rumo à igualdade de direito, rumo à paz. Só ela, e somente ela, é capaz de recuperar o mesmo brilho no olhar daquela criança que aprendeu a ler e a escrever seu nome, mas que se ofuscou devido à intensa luta por um lugar ao sol.
Portanto, a educação é a única fonte que poderíamos recorrer para tentar amenizar a discrepância social-econômica em que vivemos, e assim, diminuir preocupantes da violência pública presente no seio social de nossa sociedade.
Desta feita, será a educação o caminho para nossa redenção, não de jovens ou velhos, mais de toda uma sociedade, que padece por não se amar.
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