A educação está expressa na Constituição Federal, como um direito de todo e qualquer brasileiro, que deve ser assegurado pelo Estado. Porém, as oligarquias, os latifundiários, os empresários e os políticos, pessoas que formam a classe mais rica do país, conseqüentemente a mais poderosa, impedem que as pessoas pertencentes a uma classe econômica mais baixa, desfrutem realmente desse direito.
Os detentores do poder utilizam tal instrumento, para tirar das pessoas à oportunidade que elas têm de melhor compreender, criticar e opinar sobre o cenário econômico, político e social de seu país.
Instauram uma “ditadura educacional” que, em suma, representa o fator de desigualdade intelectual existente entre as castas sociais. As escolas públicas, na maioria das vezes, apresentam uma péssima qualidade de ensino, provida de um desanimado corpo docente e de uma vergonhosa estrutura física, fatores que colocam em nossa esperança uma pitada de dúvida. Um medo pelas gerações futuras, delas também serem vítimas, assim como nós, do Poder.
Aquelas pessoas que não possuem condição financeira favorável estão condenadas a esse tipo de educação, proporcionada tão somente pela vontade dos que dominam. Daqueles que não querem um povo consciente, por outro lado, se satisfazem ao ver a mazela do analfabetismo, antes figura do interior, das pessoas que não tinham condições de estudar, mas que agora está presente entre os estudantes.
Transformados em seres não pensantes, produzidos para não pensar, são eles a única classe que poderia restaurar a verdade aos fatos, ou seja, neles está depositada a esperança de um futuro melhor, de uma vida mais digna.
É nessa mescla de ter e não ter, de ser e não ser, que nós brasileiros vamos passando pelo tempo, estudando em escolas sem o mínimo de apoio governamental, sendo educados por professores, indignamente reconhecidos, que sofrem como seus alunos.
Somos tratados pelo governo como diferentes, seres desprovidos de consciência pensante, como analfabetos e miseráveis. Utilizam-se da educação como cabresto, amarrando-nos uma viseira, que não permite transparecer, o verdadeiro objetivo do poder, tal seja, a aquisição de mais.
Portanto, além de deterem os poderes, econômico e político, eles querem, agora, o único poder que nos restou, a nossa dignidade, eles a retiram aos poucos de nós, nos fazendo de marionetes para seu simples divertimento.
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