RESUMO: O presente artigo tem como objetivo demonstrar o desenvolvimento do ser pensante através de um ensino onde o educando pesquisa, transformando-se em um ser crítico e observador. O homem não deve ser um mero expectador do mundo, ele precisa ser conhecedor da realidade globalizada. A pedagogia moderna possibilita a construção de uma analise crítica por parte do individuo, dando a liberdade de escolher seus próprio caminhos, promover debates no qual as discursões sejam a cerca da realidade.
PALAVRAS – CHAVE: globalização, realidade, pesquisa, pedagogia, ser pensante.
1 INTRODUÇÃO
A aprendizagem faz parte da vivencia do ser humano, é através dela que a pessoa consegue afastar a cegueira de cultura e de desenvolvimento. Sempre existiu a cultura da aprendizagem autoritária, onde o educador exerce o papel de chefe e o educando apenas absorve todos os conteúdos passados, é a tão citada educação bancária referida por Paulo Freire em sua obra intitulada como Pedagogia da Autonomia, mas que como ele mesmo diz, não forma um ser pensante. Em outra obra intitulada Educação como Prática de Liberdade o autor se refere a aprendizagem onde educador e aluno dialoga, interage conhecimentos, incentivando o educando a buscar informação, a transgredir e enfrentar a realidade, lutando por melhorias sociais, não mais se sentindo oprimido e excluído. Pensar certo exige humildade e reflexão. Ensinar exige determinação e humildade, o educador é o formador de pensamentos, que podem influenciar a favor de mudanças, transformando uma pessoa oprimida em um ser consciente, sabedor de seus princípios éticos. Praticar é vivenciar as técnicas que estão descritas nos livros pedagógicos e no dia a dia das comunidades, não apenas adquirir conceitos formais sem pesquisar e formar opiniões diversas.
2 DESENVOLVER O PENSAR DE FORMA CRÍTICA
Criar possibilidades para a produção do saber é hoje a nova meta de aprendizagem, e que sempre foi defendida por Paulo Freire. Os novos educadores instigam seus alunos a se tornarem criadores, curiosos, críticos e persistentes dentro de uma base humilde e critica, inserindo o homem oprimido e excluído, à nova realidade como ser pensante. A liberdade é uma característica natural, porém, regrada pela sociedade, onde paradigmas anarquistas de educação defendem que a educação deve forte orientação social.
O autoritarismo na educação deve ser gradualmente diminuído para que se obtenha a liberdade de educar através da pesquisa, do dialogo e do conhecimento holístico, quebrando paradigmas arcaicos.
O diálogo é o encontro dos homens para dizerem a sua palavra. Encontro mediatizado pelo mundo e que tem por objetivo a sua pronuncia. É através da palavra e do diálogo que o educando desoculta, percebe uma compreensão mais exata de si e de seu meio social e, assim, faz as suas relações com os outros eventos sociais, políticos e culturais. (FREIRE, 2004, p. 95)
O homem não deve ser um mero expectador do mundo, ele precisa ser conhecedor da realidade globalizada. A pedagogia libertária sempre confrontou com os ideais tradicionais, pois procurava se libertar de qualquer tipo de opressão, preconizava o desenvolvimento pessoal, para a erradicação das mazelas sociais, buscando princípios educacionais que promovam a construção de uma nova realidade, de uma nova racionalidade.
As ideia possuem a capacidade de anular muralhas, mas isso é possível através da educação crítica e libertária onde o educador instiga ao educando a procura de novas informações, é um ato ativo do homem frente ao mundo, é antes de tudo a conscientização, a intercomunicação. A pedagogia moderna possibilita a construção de uma analise crítica por parte do individuo, dando a liberdade de escolher seus próprio caminhos, promover debates np qual as discursões sejam a cerca da realidade, formando homens que interagem no processo democrático.
A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo destas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desfiando e respondendo ao desafio, alterando, criando, que não permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades nem das culturas. (FREIRE, 2009, p. 51)
Na educação problematizadora, se compartilha experiências, construindo seres críticos através do dialogo com o educador. A pedagogia ainda dominante e fundada na concepção bancária, em que o sujeito da educação é o educador e o educando, serve apenas de depósito de conceitos, onde recebem, memorizam e depois apenas repetem os conceitos. Mesmo com os direitos garantidos pela Constituição Federal, como nos artigos 6º e 205, ainda há uma grande parcela da população que são analfabetos ou alfabetos funcionais. Mas tudo isso é devido a falta de políticas públicas que leve essa parcela as escolas, tanto crianças como adultos, pessoas sem estudo são facilmente manipuladas e sendo assim, os políticos não veem vantagem em expandir o ensino e em especial uma pedagogia onde transforma o ser humanos em um ser crítico e ciente de suas ações.
3 CONCLUSÃO
Diante do exposto é percebido que uma pedagogia onde leva o ser humanos a ter uma visão de mundo, é de grande importância para um país que pretende ser de primeiro mundo. A educação deve satisfazer as necessidades físicas, intelectuais e morais, não apenas impor ideias que servem para a manutenção da ordem social. Se faz necessário alcançar a liberdade coletiva, respeitando a autonomia individual. Uma sociedade de pensadores, constrói um país livre e desenvolvido.
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. ed. Rio de Janeiro. Terra e Paz, 2002.
ARAÚJO, Odair José Moura de. http://www.webartigos.com, acesso em 07/06/2011.
VADE MECUM / Obra coletiva da autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos W indt e Livraria Céspedes. 9. ed. Atual. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2010.
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