RESUMO: O desenvolvimento humano, durante séculos, preservou uma cultura de exploração sem limites da natureza. Hoje, o que parecia ser infinito não é mais, e agora se buscam meios para evitar a total degradação ambiental planetária e é sobre uma dessas saídas encontradas pelo homem que o presente trabalho tratará. Baseado em fontes doutrinárias e em fatos, mostra a real possibilidade de mudança para o futuro.
PALAVRAS-CHAVE: desenvolvimento; exploração; natureza; degradação ambiental.
1 – INTRODUÇÃO
O homem sempre guiou a sociedade e a desenvolveu da maneira que entendia como “correta”. Através do poder de se relacionar e de formar pensamentos, criou ideologias que aos poucos, de maneira perversa e intrínseca, desenvolveram o desejo pelo consumo. O consumismo aliado à tecnologia e à Globalização tornou o homem, um ser destruidor que com o passar dos anos escravizou a natureza, transformando-a em um bem finito, com conseqüências absurdamente negativas para o meio.
Diante desse cenário que aparece cada vez mais forte e perigoso, as pessoas preocupadas com o planeta começaram a desenvolver idéias para evitar a total degradação ambiental. Os primeiros estudos na seara ambiental foram realizados em meados do século XIX, fazendo-se relação dos seres com o meio e chegando a conclusão ou a definição de ecologia. Com estudos fundados nas necessidades humanas e no preservacionismo natural, cientistas desenvolveram o ecodesenvolvimento em 1973, cujo um de seus princípios norteadores era o da solidariedade com as gerações futuras. Isso se transformou no que se chama, hoje, de desenvolvimento sustentável, que é uma resposta à necessidade de mudança do homem contemporâneo.
2 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O primeiro conceito de desenvolvimento sustentável surgiu em 1987 através de Gro Harlem Brundtland, presidindo a Comissão Mundial da ONU sobre Meio Ambiente. O documento chamado Our Common Future ou Relatório Brundtland, disse que: “Desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”.
O desenvolvimento sustentável surge para preservar os recursos naturais e até o próprio meio ambiente visando prolongar a sua finitude sem prejudicar, além do presente, as gerações futuras que nada tem haver com o desrespeito do homem atual para com seu meio. Trata-se de uma boa saída para a preservação natural, porém, não encontra facilidade de desenvolver-se pelo fato de a sociedade estar enraizada no consumismo e dominada pela mídia que é influenciada pelo elitismo capitalista. Durante anos a mídia faz propagandas de produtos incentivando o consumo cada vez mais descontrolado e mesmo quando ambientalistas e defensores do meio conseguem “mudar” essas ações, a sociedade se depara com uma banalização da proteção ecológica.
A ecologia foi banalizada pela mídia. Fosse para entrar nos programas infantis da televisão, fosse para neutralizar a força transformadora das idéias ecológicas, ela foi reduzida à idéia de amor aos animais e a conselhos como ‘não jogue papel no chão’, ‘apague as luzes de casa ao sair’ ou ‘cuidado com o buraco na camada de ozônio – proteja sua pele’ (MINC. p. 8. 2005).
As grandes críticas ao desenvolvimento sustentável surgem pelo fato desse processo gerar uma restrição na ação das grandes empresas produtoras e até nas ações do próprio Estado. Isso acontece porque, é necessário para esse processo, um sistema político com efetiva participação dos cidadãos no processo de decisão; um aumento de produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas; um limite do crescimento populacional; a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; a diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso fontes energéticas renováveis; o atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia), entre outros.
A sociedade já está acostumada com o capitalismo exacerbado e para mudar é preciso alterar a base, visando, pois, consequências positivas nas relações sociais movidas pela economia, sem afetar os recursos naturais e a cidadania de cada um. “O desenvolvimento sustentável não trata somente da redução do impacto da atividade econômica no meio ambiente, mas principalmente das conseqüências dessa relação na qualidade de vida e no bem estar da sociedade, tanto presente quanto futura” (Caderno digital de informação sobre energia, ambiente & desenvolvimento).
Diante disso, importante ressaltar que, “a luta ecológica por qualidade de vida, saúde, lazer, ambiente de trabalho despoluído, direito ao sol, à água limpa, ganha dimensão de direito à cidadania” (MINC. p. 25. 2005), e que a melhor forma de mudar o futuro do planeta é mudando a forma de pensar da população mundial e não há outro jeito se não pela educação, que também é direito do cidadão.
A partir do momento em que as escolas trabalharem o pensamento dos estudantes visando o respeito e amor ao meio ambiente com práticas reais, do dia-a-dia em que eles sintam e vejam as conseqüências da degradação e mostrem as alternativas ecológicas, elas (escolas) funcionarão como pólos irradiadores de consciência ecológica, envolvendo todo o meio e poderão, sim, prevenir resultados catastróficos consequentes do uso inadequado do meio ambiente. “Educação ambiental é mudança de comportamento. Exige a combinação de elementos científicos e teóricos com experimentação, práticas e conhecimentos externos à escola” (MINC. p. 74. 2005).
Com a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, ficou claro que muitos países se interessam na mudança de seus hábitos para preservar o planeta e é preservando desde já essas ideologias e ações positivas, aliados à instrução escolar que poderá o desenvolvimento sustentável, garantir os recursos ambientais para as gerações futuras.
3 – CONCLUSÃO
A degradação ambiental está a todo vapor, cada vez mais forte e a destruição dos recursos naturais do planeta que parecia ser impossível há tempos atrás, agora é real. Porém, com a mesma inteligência que usa para criar mecanismos de destruição como a tecnologia, por exemplo, o homem desenvolveu e ainda desenvolve saídas para evitar as devastadoras conseqüências do impacto ambiental, inclusive pelo uso da própria tecnologia, e dentre elas está o desenvolvimento sustentável. Através da educação, da força de vontade e do sentimento humano, abre-se uma porta para a salvação das gerações futuras e o que a população mundial deve fazer agora é abraçar essa oportunidade e começar a mudar hoje.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINC, Carlos. Ecologia e Cidadania. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005.
SANTOS, Antônio Silveira Ribeiro dos. Desenvolvimento Sustentável: considerações. Disponível em: <http://www.aultimaarcadenoe.com/artigo2.htm>. Acesso em: 30 de maio de 2012.
Caderno Digital de Informação sobre Energia, Ambiente & Desenvolvimento. Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: <http://www.pescasemfronteiras.com.br/Artigos/desenv_sustentável.htm>. Acesso em: 28 de maio 2012.
BARONI, Margaret [et al]. Ambigüidades e deficiências do conceito de desenvolvimento sustentável. Disponível em: <http://www.rae.com.br/artigos/835.pdf>. Acesso em: 28 de maio 2012.
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