É necessário pontuar a aberração do novo Código Penal, tendo em vista que propõe a liberação das drogas, dentre outras coisas. Entretanto, iremos nos ater a questão da descriminalização das drogas.
Olhando o panorama de vulnerabilidade social, sobretudo, no Brasil compreendemos quem é a população que sofrerá (e sofre) com a liberalização do consumo de drogas. Está se perguntando qual é? Concerteza não são os “filhos de papai” que por sorte terão suas mesadinhas garantidas para consumir a droga, mas sim os estratos sociais mais pobres, o que por consequência aumentará as mazelas sociais. Ah! Não podemos esquecer-nos de ao abordar essa temática fazer uma análise macrossociológica das condições de existência posta aos indivíduos, ou seja, suas implicações para todos os setores da vida social como, por exemplo, saúde, educação, violência, etc.
De tal modo, as demandas nos setores públicos de saúde (tão precarizados) tenderão ao aumento, o que aumentará a despesa. E se analisado a questão da violência domestica, essa também pode vir a aumentar, visto que homens “drogados” acabam por lançar o efeito de suas “transcendências” em mulheres. Outra questão é o poder dado aos traficantes (os quais a justiça argumenta querer combater!), tendo em vista que drogas pesadas ficarão sobre seu poderio; sem contar no número de dependentes o qual quantitativamente poderá aumentar e, os usuários que faziam consumo de drogas mais “leves” propendem a “subir” na escala de periculosidade no que se refere às drogas (talvez não só as drogas!), ou seja, passarão usar drogas mais “pesadas”.
O código propõe que se descriminalize o consumo e cultivo individual das drogas, mas como as autoridades irão controlar se o cidadão estará plantando para si ou para outros (também)? . Não há parâmetros, sinceramente, é uma estupidez das maiores. A liberalização das drogas aumentará o consumo, ou melhor, vamos estratificar?! Aumentará o consumo das drogas por parte das classes baixas. E agora lhe pergunto: Qual será a perspectiva de vida dos trabalhadores agora dominados pelo suposto efeito “transcendente” (ilusório)? Porque não se busca de fato ampliar políticas públicas universais, qualificar (e não somente quantificar) a educação? Porque não empoderar os sujeitos, instrumentaliza-los politicamente? Ah, não... Temos que ter a massa de manobra, não é?
Protesto veemente contra essa questão!
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