Dos doze países com melhor IDH do mundo (países mais civilizados em termos de educação, bem-estar etc.: Noruega, Austrália, EUA, Holanda, Alemanha, Nova Zelândia, Irlanda, Suécia, Suíça, Japão, Canadá e Coréia do Sul), o grandioso, pujante e extraordinário Estados Unidos são o país mais violento (4,8 homicídios para cada 100 mil habitantes; contra menos de um em relação aos demais países citados).
Coincidentemente, ou não, é o que conta com a maior pobreza dentre eles (números de 2012 apontam 46,5 milhões de americanos pobres; isso significa 15% do total). São considerados abaixo da linha de pobreza famílias de quatro membros que vivem com renda anual inferior a US$ 23.492 (Estadão 18/9/13, p. B9).
Não existe relação direta entre miséria e violência, mas é absolutamente certo que todos os países mais ricos, mais educados e mais iguais (mais iguais!) possuem baixíssimo índice de homicídios. Relação direta não existe, mas algum tipo de relação parece inegável.
A posição do Brasil no IDH é a 85ª e somos o 18º país mais violento do mundo (27,1 mortes para cada 100 habitantes). Economia forte (7ª do mundo), IDH horroroso e violência explosiva. No que deveríamos estar prestando atenção: na desigualdade. Ela parece ser o centro dos desequilíbrios. Apesar dela, continuamos otimistas: “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste. Criança! Jamais verás país nenhum como este” (Olavo Bilac). Será que Olavo Bilac escreveria isso hoje? Se você concluir que não, que pena!
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