O Brasil é a sétima maior economia mundial, com PIB estimado de 2.190 trilhões em 2013, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido e na frente de Rússia, Itália e Canadá. Circunstâncias de cada momento (câmbio, desvalorização da moeda etc.) pode alterar a posição do Brasil, para baixo ou para cima. De qualquer modo, estamos entre a 6ª e a 8ª economia do planeta.
Mas isso não significa um país de capitalismo evoluído e distributivo. Não temos as instituições inclusivas e igualitárias destes países (Dinamarca, Noruega, Finlândia, Canadá, Japão, Coreia do Sul etc.). Ainda não conseguimos nos livrar da nossa herança colonialista maldita, que aqui implantou o capitalismo selvagem (extrativista e patrimonialista).
No nosso país, 6,1% da população ainda vive com menos de 1,25 dólares por dia (PNUD-2012). Abaixo da linha de pobreza vivem 21,4%; a renda per capita do brasileiro (conforme o Banco Mundial) é de 12.118 dólares (em 2012). Renda muito abaixo da média dos primeiros 47 colocados no IDH. Somos, de outro lado, um dos países de maior desigualdade: Gini (CIA): 51,9 em 2012 (quanto mais próximo do zero menor é desigualdade na distribuição de renda do país). Em 2001 o índice era de 55,3. Os primeiros países no IDH estão entre 20 e 30 pontos (são os menos desiguais - Islândia, Suécia, Suíça, Nova Zelândia, Austrália etc.).
Ainda é muito baixa nossa média de escolaridade (7,2, em 2010) (veja PNUD-2012). Nossa taxa de alfabetização básica dos adultos (acima de 15 anos de idade) é de 90,3% (eles sabem ler e escrever). Ainda é grande, de qualquer modo, o analfabetismo (total ou funcional). Quanto ao funcional, pesquisa de 2012 do Inaf, informa que ¾ da população brasileira não sabe ler ou não sabe escrever ou não entende o que lê ou não sabe fazer operações matemáticas mínimas. Quanto ao analfabetismo total, somos o 8º país com maior número de Analfabetos no Mundo, de acordo com a UNESCO. Segundo o PNAD de 2012, o Brasil tem 13,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais.
Outros dados educacionais (PNUD-2012): população com pelo menos o ensino secundário (25 anos ou mais): 49,5%; satisfação com qualidade da educação: 53,7% se disseram satisfeitos com a qualidade da educação; taxa de abandono escolar: 24,3%.
Alcançamos bons progressos na educação, mas a sua qualidade é deplorável, o que fica demonstrado nos rankings internacionais. De acordo com o PISA (2012, 65 países participaram) temos o seguinte: em matemática, o Brasil ficou em 58º lugar no ranking, com 391 pontos; na prova de leitura, a média do país foi de 410 pontos, o que levou à 55ª posição; em ciência, o país ocupa a 59ª posição no ranking, com 405 pontos. Ou seja: é ridículo o nosso desemprenho no PISA (e isso comprova a baixa qualidade do nosso ensino). O caminho da nossa emancipação passa pela revolução pró educação de qualidade, em período integral, para todos. Sem vencer esse desafio, fica sempre comprometida nossa prosperidade sustentável.
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