RESUMO: A surdez é uma incapacidade auditiva, a qual o indivíduo possui, ou seja, ele recebe as correntes sonoras, não tendo a possibilidade de compreender as expressões que são por essas correntes transmitidas. Desse modo, o indivíduo precisa ser inserido na sociedade e não ser excluído por ela.
PALAVRAS-CHAVES: Surdez; Inclusão; Exclusão.
1. INTRODUÇÃO
A surdez é a impossibilidade ou a pouca capacidade de ouvir.
O papel da família é de fundamental importância para a adaptação do surdo na sociedade, além do autoconhecimento de suas qualidades e talentos.
Nesse sentido, a exclusão social ocorrida em sala de aula para com surdos, pode ser acometida pela má formação de professores que demonstra o caos que reza a educação inclusiva, esta que deveria acolher e propiciar momentos comuns a todos os educandos, mas infelizmente nem sempre é assim.
O que na maioria das vezes ocorre, é o surdo ser deixado de lado, fazendo uma pintura sem nenhum cunho pedagógico, enquanto os demais discentes estão inseridos no processo de aprendizagem, contrariando o que determina o Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005, o qual prevê:
Art. 22. As instituições de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva. (HONORA, 2009, p. 37)
2. A SURDEZ E A APLICAÇÃO DAS LIBRAS, COMO INSTRUMENTO DE INCLUSÃO SOCIAL
Essa inclusão referida pelo decreto leva em consideração a inserção da Libras ao processo de ensino aprendizagem. Para que isso ocorra, faz-se necessária a formação dos docentes e a inclusão de um interprete à sala de aula.
A formação desses docentes na Língua de Sinais deve ser fundamental pois, ela é primeira língua do sujeito surdo, ou seja, sua língua materna. Além disso, pode ser considerada uma tecnologia para o processo de ensino aprendizagem, pois, utiliza de artifícios pedagógicos que contribuem para a construção do saber.
Afinal, ser surdo não significa, como muitos pensam, não existir processos cognitivos, por utilizarem sinais para a comunicação.
O surdo pode se desenvolver com habilidades cognitivas e linguísticas ao lhe ser assegurada o uso da língua de sinais em todos os âmbitos sociais em que transita. (Gesser, 2009, p. 79)
Assim, como o individuo ouvinte, o surdo precisa se comunicar em todos os ambientes, desde instituições escolares, hospitalares, bem como, locais onde trabalha ou de lazer. Pois, o surdo possui habilidades inerentes a sua especificidade auditiva.
3. CONCLUSÃO:
Por fim, é preciso que a família compreenda a surdez como uma manifestação comum, pois assim, a sociedade resignificará seus conceitos e consequentemente, a formação do professor para que esteja coerente com o individuo que nela habita e convive, não mais sendo a surdez motivo de exclusão escolar e social.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GESSER, Audrei. Libras?: Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
HONORA, Márcia. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009.
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