RESUMO: O empreendedorismo em sala de aula constitui um momento pela qual, a educação na atualidade vem perpassando, visto que, os avanços da sociedade implicam em transformações importantes para o processo de aprendizagem do educando.
PALAVRAS-CHAVES: Empreendedorismo; Educação; Desenvolvimento social.
1. INTRODUÇÃO
Essa nova temática toma evidencia pelo fato do mundo capitalista em que a sociedade civil e, consequentemente, educacional, vem trazendo ao seu contexto histórico-cultural. O processo educativo deve ser estimulado ao desenvolvimento do estudante, ao passo que, busquem mudanças, formas de agir, e até mesmo incitar a estruturação de um negócio, pois é por meio da construção cotidiana da cultura e da educação.
Assim estamos: cegos de nós, cegos do mundo. Desde que nascemos, somos treinados para não ver mais que pedacinhos. A cultura dominante, cultura do desvinculo, quebra a história passada como quebra a realidade presente; e proíbe que o quebra-cabeças seja armado. (GALEANO, 1990)
A partir dessa concepção, faz-nos perceber os ensinamentos que propostos pelos próprios Parâmetros Curriculares Educacionais (PCN’s), quando afirma sobre a interdisciplinaridade:
Tal organização curricular enseja a interdisciplinaridade, evitando-se a segmentação, uma vez que o indivíduo atua integradamente no desempenho profissional. Assim, somente se justifica o desenvolvimento de um dado conteúdo quando este contribui diretamente para o desenvolvimento de uma competência profissional. Os conhecimentos não são mais apresentados como simples unidades isoladas de saberes, uma vez que estes se inter-relacionam, contrastam, complementam, ampliam e influem uns nos outros. Disciplinas são meros recortes do conhecimento, organizados de forma didática e que apresentam aspectos comuns em termos de bases científicas, tecnológicas e instrumentais. (BRASIL, 2002, p. 30).
O MEC estabelece como princípio fundamentador da construção do conhecimento o uso da interdisciplinaridade, ou seja, o emprego de práticas em sala de aula que tenham como finalidade a demonstração real dos conceitos a serem trabalhados em sala de aula.
2. O EMPREENDEDORISMO E APREENSÃO DO CONHECIMENTO EDUCATIVO
A estimulação da apropriação do empreendedorismo no processo educativo, fica compreensível como uma forma pedagógica de obtenção do conhecimento, sendo essa temática articulada. Por meio da realidade o educando vê as aulas ministradas pelo docente como algo importante na sua própria formação acadêmica.
Assim, o processo educativo que perpassa o educando frente ao uso do empreendedorismo nos referenciais pedagógicos, necessita de alguém comprometido com essa inovação, este deve ser o próprio professor. A docência deve estar embasada no emprego da concepção empreendedora assim como “o conjunto de entendimentos e de conhecimento entre participantes que guia seu comportamento naquele contexto específico, ou seja, a cultura daquele grupo” (WIELEWICKI, 2001).
Pensar a discussão da interdisciplinaridade significa pensar a educação a partir dos parâmentos do ensino de língua, visto que “o estudo da língua materna na escola aponta para uma reflexão sobre o uso da língua na vida e na sociedade” (PCNEM, 1999, p. 137). Isso quer dizer, que ao se tratar do ensino de língua, estamos concebendo a cultura da sociedade que se encontra envolta da maturação da linguagem proximal que possuímos. Assim é o Empreendedorismo. A sociedade contemporânea evidenciada encontra-se imergida no capitalismo e desse modo, faz surgir um novo elemento para a articulação da sociedade, promovendo assim, a constituição da cultura econômica.
No Ensino Médio, modalidade final da educação básica, a aplicação dos fundamentos do empreendedorismo como prática pedagógica em sala de aula, torna-se mais adequada, pelo fato, dos discentes em idade mais elevada, possuírem senso crítico para a percepção das finalidades da temática. Assim, como nas práticas pedagógicas das séries iniciais, o ensino a ser ministrado no Ensino Médio deve ser embasado na contextualização, como afirma o DCN’s:
Tínhamos um ensino descontextualizado, compartimentalizado e baseado no acúmulo de informações. Ao contrário disso, buscamos dar significado ao conhecimento escolar, mediante a contextualização; evitar a compartimentalização, mediante a interdisciplinaridade; e incentivar o raciocínio e a capacidade de aprender. (2002, p. 13)
A interdisciplinaridade que decorre do processo de ensino e aprendizagem cujo educando encontra-se inserido, é evidencia marcante para a inserção do empreendedorismo como forma mobilização pedagógica, a fim de que os estudantes sejam estimulados a buscar e trazer a realidade para a conjuntura da sala de aula.
3. CONCLUSÃO
Por fim, conclui-se, que por meio da interdisciplinaridade o processo educativo encontra-se inserido no âmbito empreendedor, visto que o discente forma-se educacionalmente em prol do futuro profissional.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais gerais para a educação profissional de nível tecnológico. Brasília: MEC, 2002.
GALEANO, Eduardo. Nós dizemos não. Rio de Janeiro: Revan, 1990.
WIELEWICKI, Vera H. G. A pesquisa etnográfica como construção discursiva. Acta Scientiarum (UEM), Maringá, v. 23, n. 1, p. 27-32, 2001.
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