RESUMO: O objetivo deste trabalho é percorrer a trajetória sociológica dos diferentes desenvolvimentos teóricos sobre a questão educação e sociedade. Trataremos de encontrar as articulações existentes entre as proposições sobre a Educação e os postulados teóricos globais dos quais emergem. Também delimitaremos o conceito de Educação e as funções do processo educacional no interior da sociedade, para então considerar as abordagens que dão conta da relação de desigualdade e Sociedade e ver quais os fatores sociais que intervêm nos processos educativos e como se integram nestes postulados com as estratégias analíticas. Na primeira parte, analisaremos os principais tópicos dos clássicos da Sociologia delimitando o exame a determinados postulados básico. Na segunda parte analisaremos as questões mais significativas e os tratamentos mais diversos sobre a relação do cidadão e sua classe-social.
PALAVRAS-CHAVE: Educação; injustiça; pobreza; fatores sociais; desigualdade.
INRODUÇÃO
No mundo em que vivemos percebemos que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros. Os aspectos mais simples para verificarmos que os homens são diferentes são: físicos ou sociais. Verificamos isso em nossa sociedade, pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeadas de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros nem sequer tem o que comer durante o dia. Por isso vemos que em cada sociedade existem essas desigualdades, elas assumem feições distintas porque são constituídas de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade.
O crescente estado de miséria, as diferenças sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, essas são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil. As desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mãos de poucos. E o que falar desses que sofrem com essa desigualdade que não tenho o que comer e precisam colocar seus filhos para trabalhar muito cedo chegando á deixar de estudar para ajudar na renda familiar o que será do futuro desses pequenos. Os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. A educação pública encontra vários problemas e dificuldades prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. Este quadro é resultado do baixo índice de investimentos públicos neste setor. O resultado é a deficiente formação dos alunos brasileiros. O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda de educação é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto. O equilíbrio é o fator fundamental do sistema social e para que este sobreviva é necessário que os indivíduos que nele ingressam assimilem e internalizem os valores e as normas que regem seu funcionamento.
Aqui encontramos uma primeira diferença com o pensamento de Durkheim, que destaca sempre o aspecto coercitivo da sociedade frente ao indivíduo. Parsons afirma que é necessária uma complementação do sistema social e do sistema de personalidade, ambos os sistemas tem necessidades-básicas-que-podem-ser-resolvidas-de-forma-complementar. O sistema social para Parsons funciona harmonicamente a partir do equilíbrio do sistema de personalidade. A criança aceita o marco normativo do sistema social em troca do amor e carinho-maternos.
Este processo se desenvolve através de mediações primarias: os próprios pais através da internalização de normas inicia o processo de socialização primaria. A criança não percebe que as necessidades do sistema social estão se tornando suas próprias necessidades. Desta maneira, para Parsons, o indivíduo é funcional para o sistema social. Tanto para Durkheim como para Parsons, os princípios básicos que fundamentam e regem ao sistema social são:
continuidade, - conservação, -ordem, - harmonia, -equilíbrio. Estes princípios regem tanto no sistema-social, - como-nos-subsistemas. De acordo com Durkheim bem como Parsons, a educação não é um elemento para a mudança social, e sim , pelo contrario, é um elemento fundamental-para-a-onservação-e-funcionamento-do-sistema-social.
CIDADÕES E SUAS CLASSES SOCIAIS.
As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos. As desigualdades são vistas como coisas absolutamente normais, como algo sem relação com produção no convívio na sociedade, mas analisando atentamente descobrimos que essas desigualdades para determinados indivíduos são adquiridos socialmente. As divisões em classes se da na forma que o indivíduo esta situado economicamente e sócio politicamente em sua sociedade. Como já vimos no capitalismo, quem tinham condições para a dominação e a apropriação, eram os ricos, quem trabalhava para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais denominadores de desigualdade social . Essas desigualdades não eram somente econômicas, mas também intelectuais, ou seja o operário não tinha direito de desenvolver sua capacidade de criação, o seu intelecto. A dominação da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, sobre a camada social que era a massa, os operários, os pobres, não era só econômica, mas também ela se sobrepõe a classe pobre, ou seja,-ela-não-domina-só-economicamente-como-politicamente-e-socialmente.
As classes sociais se inserem em um quadro desfavorável, elas estão em constante luta, que nos mostra o caráter antagônico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patrão é rico e dá ordens ao seu proletariado, que em uma reação normal não gosta de recebê-las, principalmente-quando-as-condições-de-trabalho-e-os-salários-sãoprecários. Prova disso, são as greves e reivindicações que exigem melhorias para as condições de trabalho, mostrando a impossibilidade-de-se-conciliar-os-interesses-de-classes. A predominância de uma classe sobre as demais se funda também no quadro das práticas sociais, pois as relações sociais capitalistas alicerçam a dominação econômica, cultural, ideológica, política, e entre outras. A luta de classes perpassa, não só na esfera econômica com greves, etc, mas em todos os momentos da vida social, a greve é apenas um dos aspectos que evidenciam a luta, a luta social também está presente em movimentos artísticos como telenovelas, literatura, cinema, etc. Tomemos a telenovela como exemplo. Ela pode ser considerada uma forma de expressar a luta de classes, uma vez que possa mostrar o que acontece no mundo, como um patrão, rico e feliz, e um trabalhador, sofrido e amargurado com a vida, sempre tentando ser independente e se livrar dos mandos e desmandos do patrão. Isso também é uma forma de expressar a luta das classes, mostrando essa contradição entre os indivíduos. Outro bom exemplo da luta das classes é a propaganda, as propagandas se dirigem ao público em geral, mesmo aos que não tem condição de comprar o produto anunciado. Mas por que isso? A propaganda é capaz de criar uma concepção do mundo, mostrando elementos que evidenciam uma situação de riqueza, iludindo os elementos de baixo poder econômico de sua real condição. A dominação ideológica é fundamental para encobrir o caráter contraditório do capitalismo, por isso vemos que em cada sociedade existem essas desigualdades, elas assumem feições distintas porque são constituídas de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade. O Brasil é um país de grande contraste social, a distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se que mais de 50% da população ativa brasileira ganha até dois salários mínimos. Os índices apontados visam chamar a atenção sobre os indivíduos miseráveis no Brasil. Mas não existem somente pobres no Brasil, pois cerca de 4% da população é muito rica. O que prova a concentração maciça da renda nas mãos de poucas pessoas. Além dos elementos já apontados, é importante destacar que a reprodução do capital, o desenvolvimento de alguns setores e a pouca organização dos sindicatos para tentar reivindicar melhores salários, são pontos esclarecedores da geração de desigualdades.
Quanto aos bens de consumo duráveis (carros, geladeiras, televisores, etc.), são destinados a uma pequena parcela da população. A sofisticação desses produtos prova o quanto o processo de industrialização beneficiou apenas uma pequena parcela da população. Com isso a concentração da renda tornou-se extremamente perceptível, bastando apenas conversar com as pessoas nas ruas para nota-la. Do ponto de vista político esse processo só favoreceu alguns setores, e não levaram em conta os reais problemas da população brasileira: moradia, educação, saúde. A pobreza do povo brasileiro aumentou assustadoramente, e a população pobre tornou-se mais miserável ainda, sendo que os mais prejudicados não tem opção de vida e chega a sacrificar seus filhos fisicamente colocando-os para trabalha logo cedo. Visto que a sociedade esta difícil de mudar, pois quem tem de mais não esta nem ai para quem não tem, e a desigualdade continuará, ate quando só Deus sabe.
REFERÊNCIAS
Dimenstein Gilberto. Cidadão de Papel: A infância a adolescência e os direitos humanos no Brasil. São Paulo, Ática, 2006.
DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo, Shapire. 2008
PARSONS, Talcott. A Sociologia de Talcott Parsons. São Paulo, EDUFF, 1998.
Graduando ao curso de Direito pela faculdade AGES.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: MACEDO, Deivid da Rocha. As questões sociais e seu impacto na vida dos pequenos brasileiros Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 18 jun 2015, 02:15. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/44621/as-questoes-sociais-e-seu-impacto-na-vida-dos-pequenos-brasileiros. Acesso em: 22 nov 2024.
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