RESUMO: A demanda de fatores externos, bem como, da aplicação dos hipertextos em sala de aula, fazendo com que, esse gênero textual, contribua consideravelmente para o desenvolvimento da qualidade do ensino. Essa interação entre o uso da rede social e o ambiente escolar, demonstra que a clientela vem se renovando à medida que o tempo decorre, sendo para isso, necessária a adaptação do corpo administrativo e pedagógico afim da resolução dessas novas aptidões estudantis. Esse interesse pelas redes sociais é perceptível na juventude atual, pelo fato, de proporcionar a interação entre pessoas de locais distintos em tempo real. Desse modo, a comunicação entre estes mesmos indivíduos torna-se evidente, possibilitando a construção de variadas línguas, dentro de um mesmo idioma, isso porque, as variedades linguísticas são marcas importantes entre as pessoas e seus dialetos.
PALAVRAS–CHAVE: redes sociais em sala de aula; transformação social; mudança escolar.
1. INTRODUÇÃO
As redes sociais surgem como uma ferramenta que possui por finalidade a interação virtual entre os indivíduos. Haja vista que, o processo global que se vivencia na atualidade, necessita de um instrumento que possibilite a relação mais próxima entre as pessoas.
Assim, inclusão das redes sociais no âmbito escolar é importante, pois, une as transformações da sociedade ao processo que perpassa o sistema da educação. É preciso, porém, que se analise a prática do docente em sala, haja vista, que muitos dos professores de Língua Portuguesa que atuam na rede estadual ou municipal de ensino, aplicam métodos já ultrapassados na finalidade de transmitir o “conteúdo” estabelecido nos planos de curso, mas que de nada valem a pena se a prática não for condizente com os fatores da aprendizagem. Desse modo, os alunos, a partir do uso da rede social como método educacional, são encaminhados por um processo de criticidade permeado pela comunicação na internet, tornando-se perceptível a partir do meio virtual.
2. A RELAÇÃO COMUNICATIVA E AS TRANSFORMAÇÕES VIRTUAIS
A escrita e a linguagem são algumas das artes mais belas que expressam naturalidade e emoção. Não há homem, nem povo que possa viver sem comunicação, pois ela faz uma conexão com toda a história e a essência do ser humano em sua trajetória durante seu processo da escrita, fala e expressão entre a linguagem. Numa variação que atropela o modo habitual da comunicação, surge um processo de virtualização, mostrando que a arte, não conseguiria viver sem comunica-se, provavelmente, chegaria à loucura por não interagir com o seu meio. Pierre Levy corrobora com esse pensamento ao afirmar: “a comunicação só se distingue da ação porque visa mais diretamente ao plano de representações” (LEVY, 1996, p. 21).
O uso da comunicação se manifesta nas Redes Sociais a partir do momento em que o dos hipertextos postos à disposição nas mídias possibilitando a inter-relação entre as pessoas, através das redes. “Ao entrar em um espaço interativo e reticular de manipulação, de associação e de leitura, a imagem e o som adquirem um estatuto de quase textos” (LEVY, 1996, p. 32). Manuel Castells (2003, 19), afirma que a comunicação é um ato biológico e com a interação a partir da internet essa comunicação transforma-se em uma forma social perante a interação comunicativa.
A linguagem virtual surgiu para que as pessoas pudessem se comunicar desenvolvendo a interação social. Os sinais dos problemas no que tange o ensino de língua começam a surgir a partir do ensino fundamental, onde a comunicação transforma-se em escrita e então, instrumento de ensino.
As mudanças educacionais acontecem à medida que a sociedade se transforma porque precisam atender às necessidades da nova demanda de alunos. Seria desastroso se a escola parasse no tempo e aplicasse somente uma metodologia.
A mudança mais evidente no que tange os processos educacionais corresponde ao uso das mídias sociais no sistema de ensino aprendizagem. Valente (1993), utilizar o computador na educação de maneira inteligente implica num processo de entender a tarefa na qual o computador será empregado. Não somente de utilizar um mecanismo que facilite o processo do ensino tradicional, onde o professor administra essas informações e avalia o aluno, mas sim, com o intuito de transformar o sistema atual de ensino, a fim de levar o aluno a construir o seu próprio conhecimento, a raciocinar sobre o processo dos acontecimentos e a manipular a informação.
Esse processo se verifica, principalmente, pelo frequente uso das redes sociais, entre os adolescentes, estudantes do ensino fundamental II. No argumento de Pierre Levy é evidente a afirmativa, haja vista, o qual, mensura, “o hipertexto retoma e transforma interfaces da escrita”. (LEVY, 1996, p. 34)
Assim pode-se perceber que o indivíduo que usa a linguagem como ferramenta comunicativa e compreende o processo evolutivo da linguagem, consegue transformar seu modo de pensar e agir, pelo fato de ter acesso a informações e, consequentemente elementos argumentativos.
3. CONCLUSÃO
Fica estabelecido, portanto, que o contexto sociocultural do discente é de profunda importância para a formação como agente crítico e motivador de transformação na sociedade. Isso porque, a partir do momento que é estimulado pelo uso de textos globais para a construção de seu próprio conhecimento, o discente vê o mundo como um horizonte a ser descoberto por ele, pois percebe que o meio que cerca está em convívio encontra-se interligado às percepções que o sistema educacional busca transmitir, quebrando então o velho paradigma correspondente ao aspecto que a educação se faz na escola.
Por fim, fica caraterizado que as redes sociais são grande aliado do corpo docente em prol do processo educativo, havendo, porém, um sério entrave, quanto seu uso em sala de aula, pela falta de formação do professor o que acomete a função da atividade, influenciando negativamente o seu uso e a “abertura” no ambiente educacional.
4. REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. Trad. Rosineide Venancio Majer; atualizada 6ª ed.: Jussara Simões. – São Paulo: Paz e Terra, 1999.
________________. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges; rev. Paulo Vaz. – Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
LEVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Ed. 34, 1996.
___________. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.
VALENTE, José Armando. Por Quê o Computador na Educação? In: Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação, 1993.
VIEGAS, Lilian Mara; OSÓRIO, Alda Maria Dela Cruz. A transformação da educação escolar e sua influência na sociedade. Disponível em: http://www.intermeio.ufms.br/revistas/26/Intermeio_v13_n26_Lilian%20Mara.pdf
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