RESUMO: O presente artigo se propõe a analisar a influencia das chamadas Fake News divulgadas pela internet no contexto sócio político nacional. Para tanto se utilizará do método bibliográfico. Primeiramente se analisará a disseminação das notícias falsas em redes sociais no âmbito internacional e nacional. Por fim será analisado o provável impacto das Fake News em relação a corrida presidencial do Brasil no ano de 2018.
Palavras-chave: Fake News. Política. Intenções de voto.
SUMÁRIO: INTRODUÇÃO. 1. FAKE NEWS NA ERA DIGITAL 1.1 Contexto histórico e disseminação no âmbito político internacional. 1.2 Disseminação das Fake News no âmbito político nacional. 2. FAKE NEWS E SUA INFLUÊNCIA NA CORRIDA PRESIDENCIAL DO BRASIL PARA O ANO DE 2018. 2.1 Momento político atual no Brasil. 2.2 As eleições do ano de 2018, Brasil, Ordem e Progresso. CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
INTRODUÇÃO
Em um momento tanto quanto controverso na política brasileira, faz-se necessário uma abordagem coerente acerca dos recursos providos pelas redes sociais para os cidadãos.
Desse modo pretende-se analisar através de um estudo exclusivamente consultivo aos sites de notícias e blogs, a influência das chamadas Fake News na formação de opinião política do eleitor brasileiro, que são disseminadas em sua maioria pelas redes sociais oferecidas na internet.
Em um primeiro momento será analisado o contexto histórico de maneira breve tanto no âmbito político internacional quanto no âmbito político nacional. Como foram capazes de influenciar as eleições presidências nos Estados Unidos no ano de 2016 e como podem interferir nas eleições que se seguirão no Brasil no ano de 2018. Assim como também se poderá observar que a era digital pode formar opiniões acerca de temas complexos como a liberação do porte de armas entre outros.
Em um segundo momento será observado o momento atual político brasileiro e como sites de pesquisa podem de um modo quase que instantâneo posicionar determinado candidato a frente ou atrás das intenções de votos, por meio das Fake News.
1. FAKE NEWS NA ERA DIGITAL
1.1 Contexto histórico e disseminação no âmbito político internacional
Ao pé da letra a tradução para o idioma brasileiro, Fake News, nada mais significa que notícias falsas. Mas em uma melhor interpretação, poder-se-ia dizer que são aquelas notícias falsas com a intenção de se fazerem parecer verdadeiras em busca de um objetivo específico. “Não é uma piada, uma obra de ficção ou uma peça lúdica, mas sim uma mentira revestida de artifícios que lhe conferem aparência de verdade”. [1]
Diante do livre acesso às redes sociais e sites de notícias, além dos inúmeros blogs criados quase que diariamente, e por quem quiser sem nenhum tipo de fiscalização, é muito fácil “fabricar” notícias do tipo. Desse modo, imagine o que se poderia fazer quando o objetivo da notícia for elevar ou diminuir os índices de intenção de voto para este ou aquele candidato a um cargo político.
No geral não é tão fácil descobrir uma notícia falsa, pois há a criação de um novo “mercado” com as empresas que produzem e disseminam Fake News constituindo verdadeiras indústrias que "caçam" cliques a qualquer custo, se utilizando de todos os recursos disponíveis para envolver inúmeras pessoas que sequer sabem que estão sendo utilizadas como peça chave dessa difusão.[2]
A disseminação de notícias falsas pela internet em suas inúmeras redes sociais é tão estrondosa que manchetes absurdamente falsas são levadas em consideração por alguns leitores. Chegou-se ao ponto de afirmarem que um tubarão foi visto nadando em uma rua dos Estados Unidos.[3] Parece engraçado e inacreditável, mas muitos estão despreparados para digerir e absorver de maneira coerente notícias do tipo liberadas de maneira desordenada e descompromissada.
Além do objetivo claro e inequívoco de fomentar o sensacionalismo barato, tão comum no hodierno, existem aqueles que desejam aumentar seus lucros, elaborando pesquisas que através de um simples click direcionam o espectador a comprar esse ou aquele produto, ou por que não, incentivar o voto para esse ou aquele candidato?
Foi o que aconteceu nos Estados Unidos no ano passado, quando uma série de notícias falsas circularam pelas redes sociais, fazendo com que a popularidade da então candidata a presidência Hillary Clinton baixasse e do então eleito Donald Trump se elevassem.
Em 2016, 33 das 50 notícias falsas mais disseminadas no Facebook eram sobre a política nos Estados Unidos, muitas delas envolvendo as eleições e os candidatos à presidência. Durante a campanha presidencial, notícias falsas foram espalhadas sobre os dois candidatos: o republicano Donald Trump – depois eleito – e a democrata Hillary Clinton. No monitoramento de 115 notícias falsas pró-Trump e 41 pró-Hillary, os economistas Hunt Allcott e Matthew Gentzkow concluíram que as postagens pró-Trump foram compartilhadas 30 milhões de vezes, enquanto as pró-Hillary 8 milhões.[4]
Não se pode afirmar com certeza que as Fake News foram cruciais nas eleições no ano de 2016 nos Estados Unidos, no entanto não se pode também de maneira leviana deixar de considerar a possibilidade, uma vez que as opiniões se manifestam de modo inconsequente pelos usuários das redes sociais, e pior ainda, pelos próprios operadores do sistema como jornalistas inescrupulosos e sensacionalistas.
Sobre Trump, a “notícia” de que o Papa Francisco havia apoiado sua candidatura e lançado um memorando a respeito foi a segunda maior notícia falsa sobre política mais republicada, comentada e a qual as pessoas reagiram no Facebook em 2016. Outra notícia falsa, diretamente relacionada com Trump, afirmava que ele oferecia uma passagem de ida à África e ao México para quem queria sair dos Estados Unidos – a postagem obteve 802 mil interações no Facebook. Quanto à Hillary Clinton, uma notícia falsa com alta interação no Facebook – 567 mil – foi de que um agente do FBI (órgão de investigação federal) que trabalhava no caso do vazamento de e-mails da candidata foi supostamente achado morto por causa de um possível suicídio.[5]
As chamadas Fake News possuem sim uma importância ímpar na formação de opinião, por esse motivo devem ser estudadas com mais afinco por que àqueles que procuram firmar suas posições ante os conflitos sociais do tipo, tão comuns atualmente.
1.2 Disseminação das Fake News no âmbito político nacional
No Brasil tornou-se costume a disseminação de notícias falsas na internet, seja por redes sociais, seja por “jornalecos”, seja por profissionais sensacionalistas baratos, seja por “correntes” daquelas enviadas pelo aplicativo de comunicação mais utilizado atualmente, o whatsapp. Enfim, o que não falta é meio de comunicação para a distribuição de Fake News.
Ocorre que quando utilizadas no meio político, conduzem a sociedade para um caminho muitas vezes de difícil e árduo retorno. Políticos maus podem serem eleitos e resultados catastróficos serão de certa maneira constantes na dia a dia da sociedade.
No Brasil, o fenômeno sempre foi conhecido de quem acompanha o noticiário político. Notícias falsas, distribuídas por periódicos eleitorais, sempre tentaram minar a reputação dos candidatos. Com o passar dos anos, e as modernas ferramentas de comunicação digital, as Fake News tomaram proporções cada vez maiores. Li outro dia, no Estadão, que cerca de 12 milhões de pessoas difundem notícias falsas sobre política no Brasil, de acordo com levantamento do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai) da Universidade de São Paulo (USP). O dado é resultado de um monitoramento com 500 páginas digitais de conteúdo político falso ou distorcido no mês de junho.[6]
Sites disseminadores de Fake News são criados única e exclusivamente com a intenção de fomentar o conflito intermitente entre as classes de posicionamentos políticos, tornando o cidadão comum escravo dessa ou daquela corrente filosófica política sem ao menos ter noção do que elas representam.
Poder-se-á perceber principalmente a intencionalidade em desmoralizar determinadas figuras envolvidas com o meio político, como aconteceu com o cantor e compositor Gilberto Gil no ano de 2015. O site de notícias e formador de opinião Pensa Brasil, publicou uma manchete com uma declaração supostamente dada pelo cantor. Segundo o site, Gilberto Gil teria dito a seguinte frase: “Lula lutou muito pelo Brasil, não merecia esse juizinho fajuto” [7].
A frase veio seguida de uma foto do cantor, e o “juizinho fajuto”, dizia o texto, era Sérgio Moro.
Após uma ação impetrada pelo cantor perante o Superior Tribunal de Justiça, o site foi obrigado a retirar a seguinte manchete com a suposta alegação do cantor. Gilberto Gil atualmente, move uma ação com pedido de indenização por danos morais contra o site.
Por mais que a circulação de notícias falsas pela internet sejam uma constante, um estudo que se baseou em critérios de pesquisa adotados pela Universidade de São Paulo procurou demonstrar as características principais das publicações do tipo Fake News na internet.
Segundo Associação dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo (AEPPSP)[8], as características em comum são:
a) Foram registrados com domínio.com ou .org (sem o .br no final), o que dificulta a identificação de seus responsáveis com a mesma transparência que os domínios registados no Brasil;
b) Não possuem qualquer página identificando seus administradores, corpo editorial ou jornalistas. Quando existe, a página 'Quem Somos' não diz nada que permita identificar as pessoas responsáveis pelo site e seu conteúdo;
c) As "notícias" não são assinadas;
d) As "notícias" são cheias de opiniões — cujos autores também não são identificados — e discursos de ódio (haters);
e) Intensiva publicação de novas "notícias" a cada poucos minutos ou horas;
f) Possuem nomes parecidos com os de outros sites jornalísticos ou blogs autorais já bastante difundidos;
g) Seus layouts deliberadamente poluídos e confusos fazem-lhes parecer grandes sites de notícias, o que lhes confere credibilidade para usuários mais leigos;
h) São repletas de propagandas (ads do Google), o que significa que a cada nova visualização o dono do site recebe alguns centavos (estamos falando de páginas cujos conteúdos são compartilhados dezenas ou centenas de milhares de vezes por dia no Facebook).
É possível perceber que apesar de bem elaboradas, a detecção não é assim tão difícil. Basta que os leitores se mantenham atentos. No mais, existem alguns critérios éticos e morais próprios e individuais que cada cidadão deve adotar em seu convívio social diário. Dessa maneira poder-se-á manter certo grau de discernimento acerca de Fake News observadas na internet.
2. FAKE NEWS E SUA INFLUÊNCIA NA CORRIDA PRESIDENCIAL DO BRASIL PARA O ANO DE 2018
2.1 Momento político atual no Brasil
Desde que o escândalo do “Mensalão” estourou no País no ano de 2005, o povo brasileiro que sempre teve um pé atrás com o sistema político adotado pelo Brasil com o fim da Ditadura Militar no ano de 1985, passou a ser ainda mais desconfiado em relação aos políticos. Nos últimos doze anos, um escândalo atrás do outro foi sendo descoberto e atualmente contamos com a maior operação de combate a corrupção política já vista na história do País em pleno vigor, a Operação Lava Jato.
Essa operação foi capaz de desarticular diversos esquemas de lavagem e desvio de dinheiro público, colocando atrás das grades nomes importantes da política brasileira, como por exemplo José Dirceu e o ex govenador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, além de muitos outros, não necessariamente políticos, mas envolvidos com a política como o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa. É incontroversa a questão sobre a efetividade da operação, pois seus resultados são evidentes, bastando um simples acesso ao site oficial do Ministério Público Federal, para que se observe em números os resultados obtidos.
Ocorre que, com a situação política atual do Brasil, deturpada por políticos inescrupulosos, novos candidatos surgem com a bandeira do heroísmo içada e se aproveitam do caos para se colocarem na posição de salvadores da pátria.
Quem comanda o show ou sabe como dele se apropriar, contudo, organiza essa massa com o objetivo de promover sua imagem como ''guardião dos valores'' de um determinado naco da população e ser visto como sua ''consciência crítica''. Dessa forma, consegue aumentar sua capacidade de construir significados e sentidos coletivos. Mais do que isso, consegue trazer esse naco para dentro de sua área de influência e ter poder sobre ele. O que pode ser muito útil na tentativa de conquistar uma candidatura à Presidência da República.[9]
Com isso posicionamentos que antes seriam absurdos, hoje parecem de certa maneira até mesmo consideráveis, como por exemplo a liberação do porte de armas. Clara e inequívoca mensagem de intolerância de que a violência somente poderá ser vencida com mais violência.
Segundo uma matéria publicada pelo site Época no ano de 2015, o Estatuto do Desarmamento foi um sucesso. Em um trecho da matéria poder-se-á ler argumentos interessantes sobre a não liberação do porte de armas para os cidadãos.
Ter uma arma em casa intimida os assaltantes
Falso. Armas estão entre os bens mais valorizados por ladrões. São um motivo a mais para o assalto. “O roubo a residências tende a aumentar em bairros com predomínio de armas nas casas”, afirma o estudo Os efeitos da prevalência de armas sobre os assaltos, publicado em 2002 pelos pesquisadores Philip Cook, da Universidade Stanford, e Jens Ludwig, da Universidade Duke, dos Estados Unidos. A ilusão de segurança começa na crença de que o pai de família terá tempo de perceber um ataque. Isso acontece em filmes, raramente na vida real. O criminoso tem a seu favor o efeito surpresa. Mesmo se percebesse o ataque, a vítima teria de sacar a arma para se defender. Ou a arma fica em lugar de fácil acesso, ao alcance de crianças e estranhos, ou fica escondida, menos disponível. Se conseguir sacar a arma, a vítima precisará de habilidade para dominar um bandido que talvez não quisesse atirar, mas, agora, diante de alguém armado, certamente tentará. É possível reagir com sucesso? É. Mas improvável. Na pesquisa Também morre quem atira, o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim) estudou os casos de latrocínio – roubo seguido de morte – registrados em 1998, antes do Estatuto do Desarmamento. Concluiu que as pessoas armadas correm risco 56% maior de morrer num assalto. Quando a vítima está armada, há em média 2,2 mortes, 46% mais do que quando a vítima está desarmada. Ao adquirir uma arma, o cidadão compra segurança – mas acaba levando perigo para perto de sua família.[10]
No entanto, apesar de nas redes sociais circularem pesquisas que demonstram que boa parte da população é a favor dessa liberação, no dia a dia quando entramos em um debate honesto cara a cara, percebemos que a maioria ainda se posiciona contra o porte de armas.
O mesmo acontece quando questões levantadas acerca do aborto surgem nas redes sociais. Veja bem, não é que o posicionamento escolhido pelo pesquisador seja contra, mas a maioria da população quando questionada de perto em um debate honesto, se posiciona contra desde que não seja em alguns dos casos já previstos em lei.
Com isso poder-se-á formular o seguinte questionamento: como as Fake News, que possuem o poder de desarticular e moldar uma sociedade a sua maneira e de modo controverso em relação ao real desejo da população, ainda assim não serem criminalizadas com penas de restrição da liberdade pelas autoridades competentes?
Pelo fato de conferir certa legitimidade à censura, talvez, as autoridades responsáveis se mantenham inertes na maioria dos casos. Ou por haver certo interesse na propagação de notícias do tipo, afinal, os principais beneficiados por elas são os políticos que se posicionam de maneira a se tornarem os libertadores da nação. Pior ainda, são aqueles corruptos que com as diversas notícias falsas que circulam na internet, conseguem desviar o foco da sociedade para que possam assim aprovar certas medidas e leis na calada da noite no congresso. Ou seria apenas, para sair de foco em um momento em que estejam sendo alvo de investigações?
Independente do motivo que tornam as Fake News de certo modo interessante para os oportunistas de plantão, fato é que nós cidadãos devemos manter nossas atenções enquanto estivermos “conectados”. A responsabilidade para com a nação é recíproca, não bastando apenas o sufrágio universal e o voto direto e secreto previsto pelo art. 14 da Constituição Federal de 1988.
2.2 As eleições do ano de 2018, Brasil, Ordem e Progresso
Com as eleições presidenciais se aproximando diversos sites inundados com as Fake News já começaram a se posicionar a favor desse ou daquele candidato. Alguns candidatos são os mais perseguidos, como por exemplo o Deputado Federal Jair Bolsonaro. O candidato em questão, encontra-se em evidência por se colocar como aquele que irá livrar o povo da corrupção. Com a bandeira do patriotismo, o candidato em questão assume posicionamentos conservadores, como por exemplo a liberação do porte de armas e a negativa ao casamento entre homossexuais. Posicionamentos extremos de fato, no entanto, a esquerda e até mesmo alguns de direita, com temor do aumento de intenções de votos favoráveis ao candidato, disseminam inverdades sobre o mesmo nas redes sociais.
A mídia Fake News conhecida como Veja publicou a seguinte notícia no dia 22/09/2017,
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) convidou o primeiro delator da Lava-Jato a se candidatar pelo Patriotas, legenda que abrigará o presidenciável. Bolsonaro quer que Paulo Roberto Costa concorra a uma cadeira na Câmara. O ex-diretor da Petrobras estaria considerando seriamente o convite. Vale lembrar que Costa foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Graças ao seu acordo com a Justiça, vai cumpri-los em liberdade.
(ATUALIZAÇÃO: Bolsonaro nega ter feito o convite a Paulo Roberto Costa).[11]
Perceba que uma notícia desse teor se fosse divulgada em um veículo de comunicação com mais prestígio, poderia abalar a popularidade do candidato.
Por outro lado, algumas pesquisas de intenção de votos não tão sérias poderiam induzir o eleitorado ao erro, fazendo com que o povo acredite que o candidato em questão esteja mais a frente quando na verdade encontra-se em posição inferior.
No site de pesquisas do Datafolha, G1 Globo, o cenário aparece desfavorável em relação ao candidato Bolsonaro tanto ao 1º turno das Eleições quanto ao 2º turno, que no caso do site em questão, o candidato a presidência não chega a alcançar. As pesquisas foram realizadas em setembro desse ano em diversos cenários com a inclusão de candidatos como João Doria, Geraldo Alckmin e até mesmo Fernando Haddad. [12]
Por outro lado, o Ibope, aponta que Jair Bolsonaro irá para o 2º turno e somente não será eleito caso Lula seja impedido de se candidatar.[13] Pesquisa realizada no mês de outubro também desse ano.
Perceber-se-á que em um espaço de pouco mais de vinte dias, o candidato em questão que antes não chegaria sequer ao 2º turno em todos os cenários de pesquisa fornecidos pelo Data Folha, como que em um passe de mágica, se torna o favorito do povo.
Assim como o candidato em questão, outros também sofrerão com a atuação das Fake News, devendo o cidadão brasileiro estar em alerta com todo e qualquer conteúdo disponibilizado na internet, levando em consideração as dicas apresentadas no capitulo anterior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que apesar de serem extremamente perigosas no que se refere a interferir nos posicionamentos dos cidadãos uma vez que são levados a acreditar em notícias de teor falso, as Fake News por si só não possuem o condão de direcionar a sociedade. Isto, pois, compete ao indivíduo a responsabilidade de se colocar de maneira escorreita ante irregularidades observadas em sites e blogs maliciosos, de maneira que não contribuam de modo irresponsável para com a propagação das notícias que entenderem serem mentirosas.
Existe certa culpabilidade em cada um de nós acerca das mazelas sofridas pelos políticos corruptos que são eleitos, isso é fato e nada pode ser feito em relação aos que agem com culpa. Quanto aos que agem com dolo, esses sim devem ser responsabilizados, inclusive criminalmente pelas autoridades competentes. Essa é a única maneira de combater as Fake News no ambiente virtual e proporcionar ao cidadão de bem certa segurança em relação aos conteúdos disponibilizados na internet.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLOG DO SAKAMOTO. Como os políticos fomentam a intolerância e o moralismo em busca do poder. Disponível em: https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2017/10/01/como-politicos-fomentam-a-intolerancia-e-o-moralismo-em-busca-de-poder/ Acesso em: 24 nov 2017.
BLOG PORTA 23. Brasil é o País mais preocupado com fake News, diz GLOBESCAN. Disponível em: https://porta23.blogosfera.uol.com.br/2017/09/26/brasil-e-o-pais-mais-preocupado-com-fake-news-diz-globescan/ Acesso em: 23 nov 2017.
DATAFOLHA. Disponível em: < https://g1.globo.com/politica/noticia/lula-bolsonaro-marina-doria-alckmin-pesquisa-datafolha-para-2018.ghtml> Acesso em: 24 nov 2017.
ÉPOCA. Facilitar o acesso às armas de fogo é recuar na busca da paz. Disponível em: http://epoca.globo.com/ideias/choque-de-realidade/noticia/2015/05/facilitar-o-acesso-armas-de-fogo-e-recuar-na-busca-da-paz.html Acesso em: 24 nov 2017.
FOLHA UOL. Como funciona a engrenagem das notícias. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/02/1859808-como-funciona-a-engrenagem-das-noticias-falsas-no-brasil.shtml Acesso em: 23 nov 2017.
JORNAL LIVRE. Mídia lança fake News sobre Bolsonaro e ele rebate: “Que mídia é essa?”. Disponível em: https://jornalivre.com/2017/09/22/midia-lanca-fake-news-sobre-bolsonaro-e-ele-rebate-que-imprensa-e-essa/ Acesso em: 24 nov 2017.
JORNAL NACIONAL. Pesquisa mostra como leitores combatem as “fake news”. Disponível em: < http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/11/pesquisa-mostra-como-leitores-combatem-fake-news.html> Acesso em: 22 nov 2017.
RAIS, Diogo. O que é Fake News? Disponível em: http://portal.mackenzie.br/fakenews/noticias/arquivo/artigo/o-que-e-fake-news/ Acesso em: 22 nov 2017.
UOL Notícias. Ibope aponta Lula e Bolsonaro em 2º turno em 2018. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/10/29/primeira-pesquisa-do-ibope-aponta-segundo-turno-entre-lula-e-bolsonaro.htm Acesso em: 24 nov 2017.
[1]RAIS, Diogo. O que é Fake News? Disponível em: http://portal.mackenzie.br/fakenews/noticias/arquivo/artigo/o-que-e-fake-news/ Acesso em: 22 nov 2017.
[2]RAIS, Diogo. O que é Fake News? Disponível em: http://portal.mackenzie.br/fakenews/noticias/arquivo/artigo/o-que-e-fake-news/ Acesso em: 22 nov 2017.
[3]Disponível em: < http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/11/pesquisa-mostra-como-leitores-combatem-fake-news.html> Acesso em: 22 nov 2017.
[4]Disponível em: < http://www.politize.com.br/noticias-falsas-pos-verdade/> Acesso em: 22 nov 2017.
[5]Disponível em: http://www.politize.com.br/noticias-falsas-pos-verdade/ Acesso em: 22 nov 2017.
[6]Disponível em: https://porta23.blogosfera.uol.com.br/2017/09/26/brasil-e-o-pais-mais-preocupado-com-fake-news-diz-globescan/ Acesso em: 23 nov 2017.
[7]Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/02/1859808-como-funciona-a-engrenagem-das-noticias-falsas-no-brasil.shtml Acesso em: 23 nov 2017.
[8]Disponível em: https://www.issoenoticia.com.br/artigo/projeto-da-usp-lista-10-maiores-sites-de-falsas-noticias-no-brasil Acesso em: 24 nov 2017.
[9]Disponível em: https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2017/10/01/como-politicos-fomentam-a-intolerancia-e-o-moralismo-em-busca-de-poder/ Acesso em: 24 nov 2017.
[10]Disponível em: http://epoca.globo.com/ideias/choque-de-realidade/noticia/2015/05/facilitar-o-acesso-armas-de-fogo-e-recuar-na-busca-da-paz.html Acesso em: 24 nov 2017.
[11]Disponível em: https://jornalivre.com/2017/09/22/midia-lanca-fake-news-sobre-bolsonaro-e-ele-rebate-que-imprensa-e-essa/ Acesso em: 24 nov 2017.
[12]Disponível em: < https://g1.globo.com/politica/noticia/lula-bolsonaro-marina-doria-alckmin-pesquisa-datafolha-para-2018.ghtml> Acesso em: 24 nov 2017.
[13]Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/10/29/primeira-pesquisa-do-ibope-aponta-segundo-turno-entre-lula-e-bolsonaro.htm Acesso em: 24 nov 2017.
Bacharelando em Direito pela Universidade Adventista de Sao Paulo.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: FUNAYAMA, Waldeir Hamilton Azevedo. Fake news e sua influência na corrida presidencial de 2018 Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 06 set 2018, 04:45. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52210/fake-news-e-sua-influencia-na-corrida-presidencial-de-2018. Acesso em: 22 nov 2024.
Por: SABRINA GONÇALVES RODRIGUES
Por: DANIELA ALAÍNE SILVA NOGUEIRA
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