ALANA CARLECH CORREIA
(orientadora) [1]
RESUMO: A mídia brasileira passou por algumas evoluções desde a criação do primeiro jornal até os dias atuais com o surgimento da internet; mas a televisão ainda é o maior meio de comunicação no Brasil, dada a presença nas casas, bem como o hábito de acompanhar a programação. Por isso mesmo, a televisão é um meio de formação cultural relevante e sua influência em relação as escolhas políticas da sociedade são discutidas, tanto por cientistas políticos, quanto pela própria sociedade que vive isso, quando precisa escolher uma determinada ideologia e percebem estarem sendo bombardeados por informações com intuito de esclarecer, mas também influenciar nessa escolha. O direito da imprensa é expresso em lei, havendo a liberdade para publicarem as informações, sem direcionamento, sem posicionamento. A realidade do Brasil é diferente do código de ética do jornalismo, em que existem jornalistas que não mantêm posicionamento neutro em suas colocações.
Palavras-chave: Mídia; Influência; Informação; Televisão.
1 INTRODUÇÃO
A mídia brasileira é um meio presente e amplo para propagar qualquer tipo de informação, seja ela de alta relevância, seja ela de baixa importância. Por estar diariamente na vida das pessoas, a sociedade acaba sendo facilmente manipulada por aquilo que vê e ouve, acredita naquilo que considerou interessante e acaba não indo mais a fundo da informação para confiar no que viu preliminarmente. Há uma crença do senso comum de que se foi publicado é verdade.
O meio de comunicação que o cidadão da sociedade brasileira tem o acesso mais alcançável, sendo ele de baixo poder econômico como alto poder econômico é o aparelho de televisão, o qual transmite informações a todo momento, assim atingindo a maior parte da população do país por ser o meio mais utilizado ainda existente, tornando alguns telespectadores dependentes de um só tipo de informação transmitida, sendo que por vezes essa informação é comprometida com algum interesse não evidenciado.
Segundo o site Agência Brasil (2002), o meio que a sociedade brasileira mais tem acesso a informação é pelo meio televisivo. Segundo pesquisas feitas em 2016, existem no país cerca de 68 milhões domicílios com TV instaladas, algumas casas contendo ate mais de uma totalizando 103 milhões televisores no Brasil. A porcentagem de pessoas que não têm televisão em casa é muito baixa, um numeral de 2,8% que não chega a ser 1,9 milhões de brasileiros sem acesso as informações transmitidas pela mídia televisiva.
Ainda segundo o site Agência Brasil (2002), no território brasileiro temos redes de televisão que transmitem a programação que é guiada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), sendo elas mais de 545 redes geradoras que são as que geram as programações e programas, havendo mais de 13.630 redes retransmissoras as quais transmitem a programação das redes geradoras. Das redes de televisão se destacam 3 geradoras que atingem a maior parte do público do Brasil, sendo elas a Rede Globo, Rede Record e Rede Bandeirantes atingindo mais que 90% da sociedade todas elas.
Em meio ao aclive da internet no mundo pode-se dizer que as informações chegam em uma velocidade surpreendente ao telespectador, de uma forma que o transforma em transmissor de notícias instantaneamente sem ao menos uma intervenção do criador da notícia. Muitas vezes criada intencionalmente, mas outras vezes sem intenção alguma, o que torna o efeito mais alcançável e fácil de transmitir, pois uma pessoa confiável a outra pode encaminhar notícias falsas sem saber que assim são.
Assim torna-se muito plausível a discussão sobre o tema citado, a notícia falsa é muito abrangente a influenciar a sociedade em período eleitoral ou mesmo fora destes períodos, levando e trazendo informações que no caso não seria certo, tratando-se de envolvimento partidário ou de concorrentes pode haver muitas injustiças criadas para destruir moralmente outro candidato ou outro grupo.
Sendo muito importante para a comunidade acadêmica o estudo sobre este caso para a não informação parar de ser gerada. Tornando cada vez mais difícil entender o que é verdadeiro ou falso, cada dia mais difícil identificar o golpe da notícia fresca, assim a influência da mídia se torna eficaz e atinge a maior parte da população.
Também sendo muito importante este trabalho para a sociedade, transformar o objetivo como acadêmico em movimentação para que a mídia interesseira e desnecessária para de transformar notícias inverídicas em uma informação que a sociedade inteira adota e confia.
No Brasil vê-se muito a relação da sociedade com a mídia que lhe é de alcance, a proximidade e facilidade com o meio televisivo e da internet torna cada vez mais fácil a transmissão de notícias montadas ou falsas, com a facilidade e alcance da sociedade com a informação se espalha rapidamente e em pouco tempo chega a um público muito grande sem chance da informação ser cortada e corrigida a tempo de não influenciar quem viu a notícia falsa. Muitas vezes a mídia televisiva por ser apoiada por determinado grupo político, influencia em seus noticiários ao telespectador pensar de igual forma que eles pensam.
A não imparcialidade das notícias são claras e torna o publico refém de notícia e informação, não havendo chance de formar seu próprio conceito sobre quaisquer outros pensamentos que não seja o transmitido pela mídia. No entanto como a mídia televisiva influencia nas escolhas políticas da sociedade brasileira?
Ao analisar as pesquisas feitas e os assuntos abordados neste trabalho, se desvenda a precariedade da sociedade ao que diz respeito a informação e meios para comprovações de noticiários.
A mídia televisiva influencia a sociedade a partir do momento em que transmite uma reportagem, notícia ou propaganda de um determinado produto, no caso do tema deste trabalho o produto ao qual se utiliza é o candidato político, a coligação ou o partido, desenvolvem informações as quais muitas vezes podem ser burladas e alteradas, levando para o erro a escolha da sociedade, por serem influenciadas a fazer o que acredita que seja verdade, sem saber que pode estar sendo enganada.
Assim, este artigo tem como finalidade apresentar o impacto que a mídia tem ao se tratar de influência na política, em observação aos telejornais e noticiários, transmissões de informações e direcionamento a alguma forma de pensar dos telespectadores.
Como obtenção de resultados e aprendizado para este projeto e de conhecimento geral sobre o tema abordado, foram abordados quatro tipos de pesquisa: a bibliográfica, a descritiva, a exploratória e o estudo de caso.
Adotando estes quatro métodos de pesquisa possuirá resultados efetivos aos problemas e objetivos propostos nesta pesquisa
2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MÍDIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA
A partir do telégrafo de Morse a mídia vem evoluindo constantemente, foi o código de Morse que trouxe a imprensa para a idade moderna. Nesta época as notícias chegavam à sociedade com dias ou até semanas de atraso, deixando mais fácil a circulação de notícias, mas ainda em uma velocidade que não tinham como temos atualmente.
A evolução foi se dando com o decorrer das descobertas na sociedade, começando pela mídia impressa com a forma utilizada de comunicação sendo a escrita que era utilizada pelos antepassados baseada na oralidade das gerações que os sucederam juntamente com símbolos. Para Milanesi (2002) desde os tempos pré-históricos, a natureza dava aos homens possíveis materiais para assim criarem registros, como a pedra, barro, folhas, areia, madeira, dentre tantos outros.
Logo após a criação do modo de mídia ser inovado, tiveram mais evoluções com a imprensa pré-industrial com os chamados “jornais pré-tipográficos”, os quais eram vendidos por gorjetas a cada edição impressa. Sousa (2004) acredita que os gregos com Efemérides e os antigos romanos que moldaram uma espécie de jornalismo pré-tipográfico. A idade média foi marcada pela tradição das crônicas históricas e relatos sobre o presente como viagens e aventuras.
A informação chegava cada vez mais fácil à sociedade que foram deixando a preservação histórica em memórias de lado, sendo substituídas pelas memórias escritas. Havendo também o aumento no número de pessoas alfabetizadas tendo as informações disponíveis e o acesso a informações mais facilmente, conseguindo abranger o ensino uma quantidade maior de pessoas.
Em 1892 o Padre Landell de Moura foi o primeiro a patentear o instrumento em experimento de transmissão de voz humana sem fio, Sampaio (1984) diz que Brasil e Estados Unidos simultaneamente foram os primeiros a concretizarem este experimento, sendo no Brasil tendo a publicação na Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão ABERT em dezembro de 1982.
Na cidade do Rio de Janeiro foi relatado que chegou ao território brasileiro a Radiodifusão no ano de 1922 durante as comemorações do Centenário da Independência. Diversos alto-falantes montados na Grande Exposição do Centenário, logo após já estavam à disposição da sociedade e diversas publicações que ensinavam a montagem dos receptores (SITE GUIA DA CARREIRA, 2019).
Já na Alemanha o primeiro equipamento de televisão estava sendo patenteado pelo alemão Paul Nipkow (1885), um aparelho capaz de transmitir além da voz humana também transmitir imagens em movimento por meio de fio condutor. Após alguns anos começou a se espalhar pelo mundo, sendo primeiramente sendo publicadas somente informações esportivas, entrevistas com políticos e líderes militares.
Somente no final da década de 1940 que o empresário Francisco Assis Chateaubriand Bandeira de Melo providenciou o aparelhamento para a instalação de uma emissora de televisão no Brasil, na cidade de São Paulo. Em setembro de 1950 inaugurava-se a Tupi Difusora, sendo o primeiro país da América Latina a ter uma televisão em caráter regular instalada. Apesar da rádio ter uma boa audiência a televisão foi uma forte concorrente (SITE GUIA DA CARREIRA, 2019).
A televisão foi evoluindo com o passar dos anos, tendo a chegada da televisão a cabo, fitas de vídeos e a resolução da imagem cada vez melhor tornava compatível com os sistemas de informação.
Logo após houve a chegada da internet, com o primeiro sistema civil compartilhado em 1962 e era o maior e mais resistente exemplo de um sistema de tempo compartilhado, tendo agentes de viagens a um computador central via modens e linhas de telefone, fazendo assim um controle central de reservas e emissão de passagens aéreas. Os cientistas de computadores deixavam a fazer a comunicação de dados ficar cada vez mais rápida (SITE GUIA DA CARREIRA, 2019).
A internet representa a evolução que reúne o rádio, a televisão e o jornal em um só ambiente. Sendo um meio que pode transmitir a imagem, áudio, notícias e informações.
A evolução da mídia se deu com o passar dos anos da forma que apresenta o Quadro 1, a seguir:
Quadro 1: Evolução da mídia
MÍDIA IMPRESSA |
13 DE MAIO DE 1808 |
TELÉGRAFO DE MORSE |
11 DE MAIO DE 1852 |
RÁDIO |
7 DE SETEMBRO DE 1922 |
TELEVISÃO |
18 DE SETEMBRO DE 1950 |
EMISSORA DE TV |
20 DE JANEIRO DE 1951 |
COMPUTADOR |
1957 |
INTERNET |
SETEMBRO DE 1988 |
Fonte: Site Kantar Ibope Mídia (2016).
A modernidade demorou cada vez menos a se adaptar e abranger mais usuários, no Quadro 2 abaixo irá apresentar em quantos anos cada módulo de imprensa atingiu o número de 50 milhões de usuários:
QUADRO 2: Tempo médio para alcançar 50 milhões de usuários.
RÁDIO |
38 ANOS |
TELEVISÃO |
13 ANOS |
INTERNET |
4 ANOS |
|
3,5 ANOS |
|
9 MESES |
|
6 MESES |
Fonte: Tracto (2012).
A cada vez que a tecnologia avança atinge mais rápido um número de pessoas mais alto, tornando o sucesso do meio de transmissão de notícia muito mais veloz em sua criação e adaptação.
2.2 EVOLUÇÃO NA TELEVISÃO
A televisão vem de vários âmbitos se tornado uma potência em relação aos outros meios de comunicação existentes, em pouco tempo pôde se tornar a principal transmissora da mídia no país e no mundo (FROTA, 2017).
Após passados seis anos de sua inauguração no Brasil, houve uma evolução em diferentes aspectos, foram criados mais canais, tiveram mais telespectadores, houveram mais receptores e recebeu o maior volume de verbas publicitárias.
Frota (2017), no ano de 1956, garante que seis anos após a inauguração da TV, já existia cerca de um milhão e meio de telespectadores, um número maior que todas as treze estações de rádio no país. As mudanças que houveram na televisão não foram somente em suas programações, mas também sua resolução de imagem e com os sistemas de informação.
Os japoneses propuseram em 1981 um novo padrão da resolução original para uma imagem mais clara e detalhada, a conhecida HDTV (high-definition television), permitindo assim o aspecto televisivo mais retangular como o de cinema, o que anteriormente era quadrada (FROTA, 2017).
A televisão nos seus treze primeiros anos lutou com a aceitação de seus telespectadores, alcançando uma marca de 50 milhões de usuários. No ano de 2020 um programa de TV onde tem participação dos telespectadores, em um de seus episódios atingiu uma marca maior de um bilhão e meio de acessos em participação na escolha de quem continuaria e quem sairia do programa televisivo (SITE GUIA DA CARREIRA, 2019).
Queiroz (2012), com o passar do tempo a facilidade que a sociedade tem com o meio televisivo é grandioso, assim se tornando muito mais ágil a movimentação de informações. Quanto mais pessoas acessam a informação, mais pessoas repassam, tornando o “telefone sem fio” imenso, tornando quase impossível de ser quebrado o repasse da tal informação.
Abaixo existe o quadro da evolução da televisão e o aumento de emissoras existentes no país. Quadro 3, a seguir:
QUADRO 3: Evolução de emissoras na TV
1 EMISSORA |
ANO DE 1950 |
72 EMISSORAS |
ANO DE 2020 |
Fonte: Kantar Ibope Mídia (2019).
Tornando mais amplo a rede de transmissão para a população do país, havendo mais emissoras a sociedade consegue ter acesso a maiores informações e mais amplo campo de notícias.
2.3 EVOLUÇÃO DO JORNALISMO
A origem exata do jornalismo não se sabe, nem mesmo qual foi o primeiro jornal do mundo, mas de acordo com alguns historiadores vangloriam o lendário Imperador Romano Júlio César a invenção desta mídia. Além de Júlio César ser um ótimo general e comandante, se destacava por ser um excelente profissional de marketing.
O Imperador Romano criou a chamada Acta Diurna, o primeiro jornal de que se tem notícia no mundo, para obter divulgação de suas eximias conquistas militares e informar também a expansão do Império ao povo. Com a criação do seu próprio jornal suas conquistas eram vistas por todos que ele queria atingir, que ficassem sabendo de suas conquistas e vitórias (FROTA, 2017).
Frota (2017), para que o jornal Acta Diurna fosse escrito, surgiram profissionais para serem os primeiros jornalistas do mundo, os chamados então Correspondentes Imperiais, sendo enviados à todas províncias e regiões Romanas para assim escrever as noticias do que acompanhavam durante as idas e vindas das viagens aos redores, a mando do Imperador Júlio César.
Site Guia da Carreira (2019), no decorrer da Idade Média o jornalismo juntamente com os jornais tiveram uma evolução grandiosa, criando a nova tecnologia, a prensa de papel inventada pelo Alemão Johannes Gutenberg, assim facilitando o trabalho dos que anteriormente realizavam manualmente as escritas, passando a publicação de livros e jornais serem mais ágeis e mais barato sendo feitos em máquinas.
A invenção foi tão inovadora e revolucionária que tirou o mundo da idade média levando para a Era da Renascença, despertando definitivamente a ciência e o jornalismo profissional. Ouve o primeiro livro lançado por Gutenberg, a Bíblia de Gutenberg, sendo considerada a obra prima do Alemão (SITE GIUA DA CARREIRA, 2019).
A medida que a tecnologia da prensa de papel ia sendo disseminada e copiada pela concorrência, a população ia vendo publicações de livros e jornais mais facilmente, isto no início do século XVII. Se tornando popular a publicação e lançamentos para assim serem conhecidos por todos.
Logo após a atividade conhecida como jornalismo começou a se tornar mais profissional com o surgimento de alguns cursos nas Universidades da Europa. Com a profissionalização do jornalismo começou a ser regulamentada a profissão e a atividade, sendo criada na época o conceito de Liberdade de Imprensa na Suécia, através de uma lei criada no ano de 1766 (LADEIRA, 2015).
Ladeira (2015), foi garantindo mais espaço com essa lei, para que os profissionais pudessem publicar mais qualquer tipo de notícia, desde que fosse real e não houvesse difamação nas matérias.
Em 1844 o jornalismo deu um salto tecnológico, com a criação do Telégrafo, que é um aparelho considerado o pai de toda a comunicação moderna, tornando as redações que levavam horas e dias para serem transportados mais rápidas sendo repassados pelos jornalistas em questão de minutos, podendo uma notícia do que aconteceu pela manhã ser publicada à tarde em um jornal do mesmo dia.
Chegando ao século XX foi o auge da popularidade dos jornais e jornalismo, pesquisas da época afirmam que 1 em cada 2 norte-americanos adultos lia os jornais pelo menos uma vez ao dia. Os anos entre 1890 e 1920 ficaram conhecidos como a Era de Ouro dos Jornais (SITE GUIA DA CARREIRA, 2019).
Site Guia da Carreira (2019), começando em 1920 a decadência dos jornais tradicionais com a chegada do rádio, se tornando a mídia concorrente, atacando de maneiras diferentes os jornais, roubando anunciantes e a preferência do público e também os próprios profissionais de jornalismo, passando a trabalharem nas rádios, sendo o primeiro concorrente de peso dos jornais tradicionais.
Os jornais não querendo perder para a concorrência lançam algumas medidas se tornando mais modernas e populares, adotaram a publicação em grande escala de fotos grandes e coloridas, usando também a linguagem mais popular em seus artigos, criando mais espaços para o esporte e humor, apesar de ficar mais caro foi o que levou aos jornais tradicionais até os dias atuais.
Mesmo com a modernidade criada pelos jornais, apareceu mais um concorrente de peso: a televisão. A TV logo se tornou o principal canal de mídia do mundo inteiro, ultrapassando os jornais e a rádio, a posição que ocupa durante muito tempo (KANTAR IBOPE MÍDIA, 2016).
Havendo cada vem mais evoluções na mídia, surge a popularização dos computadores em 1980, juntamente com a internet, reinventando mais uma vez o jornalismo clássico, surgindo então o chamado Web Jornalismo, sendo praticado pela internet, sendo ágil, veloz e de atualização constante, sendo também de baixíssimo custo de produção.
Kantar Ibope Mídia (2016), apesar do Web Jornalismo ser inovador, não ultrapassa a TV como principal mídia, mas a internet vem crescendo bastante podendo um dia alcançar ou ultrapassar a televisão em seu meio de mídia. A WAN que é a associação que cuida da atividade de jornalismo no mundo informa que aproximadamente 900 milhões de pessoas leem jornais não importa de onde vincula a mídia, 7 entre os 10 jornais mais lidos do mundo são orientais.
Confira abaixo uma tabela com os 10 jornais mais antigos do mundo ainda em circulação. Alguns deles tem quase 360 anos de tradição. Quadro 4, a seguir:
QUADRO 4: Jornais mais antigos do mundo
Nome do Jornal |
País |
Ano de Fundação |
Idade* |
Post och Inrikes Tidningar |
Suécia |
1645 |
366 anos |
Haarlems Dagblad |
Holanda |
1656 |
364 anos |
La Gazzetta di Mantova |
Itália |
1664 |
356 anos |
The London Gazette |
Inglaterra |
1665 |
355 anos |
Wiener Zeitung |
Áustria |
1703 |
317 anos |
Hildesheimer Allgemeiner Zeitung |
Alemanha |
1705 |
315 anos |
Worcester Journal |
Inglaterra |
1709 |
311 anos |
The Newcastle Journal |
Inglaterra |
1711 |
309 anos |
The Stamford Mercury |
Inglaterra |
1712 |
308 anos |
Hanauer Anzeiger |
Alemanha |
1725 |
295 anos |
*idade calculada com base no ano de 2020.
Fonte: WAN – World Association of Newspapers (2016).
O jornalismo evoluiu desde seu início e não para de evoluir cada vez mais, cada dia mais rápido, cada dia mais amplo e cada dia mais forte. Atingindo um público muito grande em comparação aos outros recursos utilizados para a transmissão de noticias e informações, recebem a informação rápido da mesma forma que as transmitem.
2.4 DIREITO À LIBERDADE DE IMPRENSA
A liberdade de imprensa cria um ambiente que, sem censura ou medo, as opiniões e ideologias são manifestadas abertamente e contrapostas, assim elaborando um processo de formação do pensamento, levando a sociedade a opinião e informação da forma que o receptor e transmissor pode absorver.
O direito à liberdade de imprensa somente poderá se tornar uma luta por isto se a sociedade assim conhecê-la. Por isso, como diz Rui Barbosa, “a palavra aborrece tanto os Estados arbitrários, porque a palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade. Deixai-a livre, onde quer que seja, e o despotismo está morto”. A população tendo palavras e direito de expressar é o conjunto ideal para quem que uma luta contra o estado (QUEIROZ, 2017).
Feliz é o povo que pode usufruir deste direito fundamental, pois durante bastante tempo e gerações, em troca de suas vidas, eram obrigados a se submeter ao poder dos mais abastados, que os impediam de revelar a verdade. A Constituição Federal ao garantir expressamente os direitos fundamentais pressupõe certo controle dos órgãos estatais, assim podendo afirmar que estes direitos são mais democráticos sem que o estado constitucional não interfira (TAVARES, 2017).
Queiroz (2017), houve momentos na história em que ocorreram momentos ruins, quando as comunicações e a publicidade dos atos eram vigiadas bem rigorosamente e não permitindo o acompanhamento público. Um dos casos mais históricos foi do pensador Sócrates, que foi condenado judicialmente por defender seus pensamentos, sendo acusado de irreverência e imoralidade. Irreverência por ter negado deuses reconhecidos pelo estado e imoralidade por ter suas doutrinas e pensamentos eu segundo o estado corrompiam a juventude.
Ladeira (2015), um dos aspectos que distingue os regimes democráticos dos regimes autoritários e totalitários é a noção de liberdade de expressão e de imprensa. Um filósofo influente do Direito na atualidade, Ronald Dworkin defende que todos os direitos fundamentais devem ser respeitados, por serem essenciais para a proteção da dignidade da pessoa humana. A sociedade não devendo intervir na liberdade de expressão para que não viole a dignidade da pessoa humana.
O homem não vive concentrado só em seu espírito, não vive isolado, por isso mesmo, que sua natureza é a de um ente social. Ele tem a tendência e necessidade de expressar e trocar suas ideias e opiniões com os outros homens, de cultivar mútuas relações. Seria impossível vedar esta conduta, porque para isso seria necessário dissolver e proibir a sociedade (BUENO, 2010).
A consideração de que ninguém é dono da verdade absoluta tem que ser levada em conta, pois nenhum pensamento é perfeito que não haja necessidade de aparos e opiniões para ser magnifico, não existe pensamento que não admita questionamento, assim tornando a relação de expressão fundamental para que qualquer consenso veja o lado em comum entre pensamentos diversos (LADEIRA, 2015).
Goethe disse que o pintor só pinta com êxito aquelas belezas femininas cujo tipo ele tenha amado como indivíduos vivos, alguma vez. A liberdade da imprensa também é uma beleza embora não seja precisamente feminina que o indivíduo deve ter amado para assim poder defendê-la. Amado verdadeiramente, isto é, um ser cuja existência sinta como uma necessidade, como um ser sem o qual seu próprio ser não pode ter uma existência completa, satisfatória e realizada (KARL MARK).
A liberdade de imprensa é um instrumento de democracia, podendo com ele conter abusos de autoridades públicas, a muito tempo vem sendo o principal motivo que a sociedade cobrava em seus direitos fundamentais para então conseguirem se defender contra eles. As opiniões se divergiam muitas vezes e a imprensa precisa sempre se informar, quando é publicado uma corrente única de opinião se torna vazio o conteúdo.
Mas atualmente percebe-se facilmente que a situação se inverteu, a imprensa está formada por opiniões únicas para alavancar assim tanto progressos para si, quanto instabilidade em um país. Deve sempre tratar-se com muita diligência quais são as responsabilidades e obrigações que a imprensa deve ter.
Rui Barbosa, em brilhante passagem, afirmou que: “A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça. (…) Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é, portanto, um país cego e um país miasmado, um país de ideias falsas e sentimentos pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não poderá lutar com os vícios, que lhe exploram as instituições” (LADEIRA, 2015).
Havendo a medida que se protege o direito individual de livremente se expressar, também existe os deveres que são expressos em leis que devem ser tomadas e seguidas, segundo:
Lei nº 2.083/1953 que regula a liberdade de imprensa:
Artigo 1º - É livre a publicação e a circulação no território nacional de jornais e outros periódicos.
Dos abusos e penalidade: Artigo 8º A liberdade de imprensa não exclui a punição dos que praticarem abusos no seu exercício.
Do direito de resposta: Artigo 17 - É assegurado o direito de resposta a quem for acusado em jornal ou periódico.
De acordo com a lei da liberdade de imprensa não poderão ser impressos, nem expostos à venda ou importados, jornais ou quaisquer publicações periódicas de caráter obsceno, como tal declarados pelo Juiz de Menores, ou, na falta deste, por qualquer outro magistrado. Assim os jornais e os periódicos já existentes, como as oficinas impressoras em funcionamento, serão obrigados a atender às exigências contidas nesta lei, dentro no prazo de noventa (90) dias da sua publicação, salvo se previamente o tiverem satisfeito.
Conforme José Afonso da Silva, acredita na liberdade de informação jornalística concentrado na liberdade de informar, é nela que realiza o direito coletivo à informação. A liberdade de imprensa se difere da liberdade de expressão, sendo a de expressão o objetivo de manifestar o pensamento e ideias, já a de imprensa tem o objetivo a difusão de fatos e notícias (SILVA, 2016).
A liberdade de expressão subdivide-se em direito de informar, direito de se informar e direito de ser informado. Por direito fundamental de informar entende-se que é assegurado ao seu titular a prerrogativa de poder divulgar fatos ou notícias que sejam de interesse coletivo (SILVA, 2016).
Tavares (2017), no Brasil foi necessária uma luta enorme para que a imprensa se tornasse livre e fosse exercida, portanto deveria ser honrada a conquista, mas um exemplo de falta de responsabilidade foi um caso que aconteceu em 1994, quando uma mídia paulistana denunciou seis pessoas por envolvimento no abuso sexual de crianças. Basearam em fontes de pessoas próximas às crianças, posteriormente foi provado que o fato simplesmente não existiu.
A Carta Magna estabelece a regra e ao mesmo tempo dita as exceções, isso porque a liberdade demanda responsabilidade, e a Constituição confirma essa dinâmica chamando determinados veículos da comunicação social a assumir plenamente o seu efetivo papel na sociedade na qual se inserem e da qual participam (TAVARES, 2017).
O sistema de restrições constitucionais aos direitos fundamentais é baseado na premissa de que nenhum direito fundamental é absoluto. Por este motivo, a Constituição Federal prevê a possibilidade de minorar o conteúdo material de um direito fundamental para salvaguardar outro. toda manifestação do pensamento que agrida outrem deve ser contida, pois não faz parte da liberdade de expressão, ao contrário torna-se uma ameaça a este direito constitucional (LADEIRA, 2015).
O art. 5º, IX da Constituição Federal: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. De acordo com a Carta Magna, a regra é a liberdade para o exercício do direito à expressão, sendo que a restrição é exceção. Deve-se atentar independentemente da fundamentação, a restrição sempre deverá apoiar-se na Constituição para que seja legítima (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).
2.5 NOMEAÇÃO DO QUARTO E QUINTO PODERES
Em destaque por estar sempre de forma atuante tentando ser de forma invisível, a mídia de imprensa torna-se um importante meio para a sociedade, permanentemente influenciando no governo e também ao povo brasileiro. A matéria prima para o político é a sua credibilidade, sendo a mídia o meio de produção deste capital, podendo tanto quanto construir como também destruir, o nome dado à mídia de Quarto Poder pode também ser um poder usurpado, por não ser um poder escolhido pelo povo, como se é dado em um país democrático (CIOTOLA, 2015).
O também tido como um dos poderes foi o meio de comunicação das redes sociais, tendo adquirido o novo jargão em São Petersburgo, na Flórida. Tendo como a imprensa tradicional como o quarto poder, vieram os meios sociais da internet trazendo o quinto poder, ao contrário dos outros quatro poderes este não é uma instituição formal e que provavelmente nunca será. Este meio foi criado com o intuito de ser informado de forma totalmente informal e influenciar outras pessoas através de posts e twits (CASTILHO, 2010).
O Quarto Poder é formado por indústrias e empresas ligadas a produção jornalística, já o Quinto Poder vem de uma forma meio difusa de aglomerado de informações e opiniões expostas. Diferenciando um meio de comunicação do outro é a forma com que é exposta a opinião e o material, no Quinto poder não existe a imparcialidade, divulgando assim a opinião e o pensamento diretamente da pessoa que quer mostrar o que pensa e a informação que pode ser verídica ou não ser verídica, o que é chamada de Fake News (CASTILHO, 2010).
Sendo praticamente impossível peneirar a seriedade do quinto poder, ele não é levado muito em consideração para comprovações de carreiras políticas ou de determinados políticos, isso não exclui a influencia que este meio de comunicação traz nas escolhas da sociedade. Ambos ainda são possibilidades, o que deixa aberta a conversa sobre o quarto e o quinto “poderes” (CASTILHO, 2010).
2.6 INFLUÊNCIA MIDIÁTICA PARA FERNANDO COLLOR DE MELLO
A primeira eleição presidencial pelo voto direto no Brasil foi no ano de 1989, após um longo período ditatorial. Com esse modo de votar nas eleições veio a modernidade para se conseguir o tão almejado voto, a utilização dos meios de mídia começou a serem vistos e reconhecidos como uma forma muito forte para se utilizar em campanhas eleitorais.
O então candidato à presidência do país, Fernando Collor de Mello utilizou a mídia para se eleger, com seus planejamentos e projetos para se tornar o chefe do estado federal conseguiu um apoio da imprensa, tornando-o eleito, mostrando a força e influência que a mídia tem nas escolhas políticas da sociedade. Passando-se tempos a mesma mídia que elegeu Collor vinha a fazer o oposto, desta vez inverteu-se o lado e começaram a ter como objetivo que o presidente não ocupasse mais o cargo (LUZ, 2004).
Uma grande força influente para que o processo de Impeachment fosse levado a diante foi de uma grande revista que se dedicou para conseguir que fosse efetiva a saída de Collor do poder, quando se aproximou do julgamento para o resultado do afastamento, Collor renunciou seu cargo, antes mesmo de ter sofrido o impeachment, mostrando que a influencia de marketing faz um movimento grandioso no país e no mundo.
3 INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA FORMAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA
A sociedade em sua maioria absoluta acompanha pelo menos uma rede de mídia, sendo a mais assistida o meio de comunicação televisivo. A população brasileira escuta todos os dias em pelo menos um programa na televisão, opiniões, pensamentos, algumas acusações a determinados poderes ou poderosos, causando assim influencia em pensamentos e escolhas da sociedade.
Sim, a mídia é um poderoso instrumento de manipulação, influentes como Adorno e Horkheimer, concluem que os meios de comunicação em larga escala moldam e direcionam as opiniões dos telespectadores. O cidadão é frágil frente aos grandes conglomerados da comunicação, ficando muito atrativa a informação transmitida pela poderosa mídia (LADEIRA, 2015).
Ladeira (2015), no livro Televisão e Consciência de Classe, Sarah Chucid Da Viá afirma que o vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é momentânea, de forma a persuadir rápida e transitoriamente o grande público. O psicólogo Gustav Le Bom diz que o indivíduo deixa de ser ele mesmo quando passa a ser um autômato mesmo sem perceber, com os juízos aceitos pelas multidões sendo sempre impostos e nunca discutidos.
Mas as relações entre o público e a mídia são complexas, não sendo somente uma simples análise de estímulo, as mensagens passadas pelos veículos de comunicação não são recebidas da mesma forma por todos os ouvintes e telespectadores. Cada pessoa está em um tipo de bolha ideológica, o que leva a cada um interpretar de sua própria maneira sobre cada assunto (LADEIRA, 2015).
Cada cidadão tem uma forma de ver a respeito dos vários âmbitos do que é real, seus acontecimentos, personagens, assim consequentemente acreditam e correspondem conforme a sua verdade do que acredita. Dificilmente alguém que é de esquerda deixará seu posicionamento político após ler a revista Veja, ou alguém de direita mudará de opinião ao ler publicações da CartaCapital e Caros Amigos (QUEIROZ, 2017).
A mídia não manipula quem já tem opiniões formadas, mas sugere pautas para que aqueles em dúvidas ou ainda não têm opiniões, como o estudo The Attention Factor in Recalling Network Television News revelou, que um grupo composto por pessoas de bom nível educacional (às quais se pediu que prestassem atenção especial ao noticiário de uma noite específica na televisão) não foram capazes de recordar 25% das matérias assistidas, apenas alguns minutos depois de encerrada a emissão, o que nos leva a considerar que a maioria das informações transmitidas por um telejornal não fica retida na mente dos telespectadores formados nem por uns poucos minutos (LADEIRA, 2015).
O que leva a sociedade a ser passiva ou não da informação são fatores subjetivos e, sendo alguns destes, história familiar, predisposição intelectual, trajetória pessoal, ou até mesmo o contexto social: renda, grau de instrução, etnia, religião, idade e sexo, podendo também ser o ambiente informacional como no trabalho ou igreja.
Para ALDÉ (2015) “A construção da política: democracia, cidadania e meios de comunicação de massa”. Já para LINS (1985, p.87) “A síntese e as conclusões que um telespectador vai realizar depois de assistir a um telejornal não podem ser antecipadas por ninguém; nem por quem produziu o telejornal, nem por quem assistiu ao mesmo tempo que aquele telespectador”.
Como afirma SODRÉ (2002, p.172) “a mídia não manipula, mas sugere determinadas pautas e, em última instância, cabe aos seus receptores aceitarem ou não”. Muitos dizem que a imprensa manipula e outras dizem que não, ao certo não sabem se a influência sai da mídia ou só chega ao telespectador, decidindo por si só ser influenciado pela pauta exposta.
Se perguntarem então que as mídias não são influenciadoras por afirmar que os conteúdos presentes nos grandes veículos de comunicação são neutros, logo vem a resposta sem titubear que não, não são neutras as pautas expostas nas imprensas televisivas, assim como não existe discurso despretensioso. Bakhtin já nos alertava que todo emprego de signo é ideológico e todo recorte do real envolve julgamento (QUEIROZ, 2017).
Para Bourdieu (1980, p.327) “um bom cidadão crítico deve considerar os jogos de poder e interesse que estão por trás dos grandes veículos da imprensa. A mídia influencia e é influenciada por outros campos (política, economia, ciência, religião)”.
Os veículos comunicativos em grande proporção podem nortear as conversões cotidianas, como contribuir para criação de modismo e tendências ou até alterar a agenda política de uma nação, as mídias condicionadas são condicionadas por outras áreas. Em uma sociedade capitalista como a brasileira o conteúdo é condizente aos interesses das classes dominantes.
O Pensador esloveno Slavoj Zizek afirma que “a mediação ideológica atinge os fins colimados quando as pessoas não a percebem”. No Brasil os grandes veículos de comunicação estão concentrados nas mãos de apenas onze famílias, mesmo sem a força de escolha das informações de antes, continuam decidindo o que os brasileiros devem receber de notícias ou não devem receber (LADEIRA, 2015).
Sendo algumas dessas famílias importantes em nosso país e donos das emissoras a seguir explicitas no quadro:
QUADRO 5: Famílias donas das maiores emissoras do país
FAMÍLIA ROBERTO MARINHO |
REDE GLOBO |
FAMÍLIA ABRAVANEL |
SBT |
FAMILIAS MACEDO E BEZERRA |
RECORD TV |
FAMÍLIA SAAD |
TV BANDEIRANTES |
FAMÍLIAS DALLEVO E CARVALHO |
REDE TV |
Fonte: BBC news Brasil (2011).
É necessário que, questões como a democratização dos meios de comunicação, restrição de propriedades cruzadas de veículos midiáticos, regulamentação da programação e o incentivo ao surgimento de rádios comunitárias sejam colocadas em pauta.
Como diz Jorge Queiroz (2017) “Muitos cidadãos bem informados perceberam que estamos atualmente passando por uma guerra global de informação que está crescendo tanto aberta quanto secretamente muito além do que o público em geral está ciente”. Afirma também “a manipulação de informações pode ter vastas implicações para as pessoas que tentam dar sentido ao mundo”.
No Brasil é fácil observar declarações e notícias tendenciosas voltadas para a opinião pública, se estendem nas propagandas, telejornais, programas de entrevistas e até mesmo em telenovelas. Tendo a imprensa o total controle do que está sendo transmitido aos telespectadores.
Queiroz (2017), manipulação e propaganda através da mídia levaram a quase todas as guerras desde a segunda Guerra Mundial, como o incidente do Golfo de Tonkin/Guerra do Vietnã, Iraque e outros. Tornou-se uma questão importante uma vez mais durante as eleições dos EUA em 2016 que incluiu vazamentos dos arquivos Podesta e foram popularizados pela mídia convencional dos EUA como “fake news”, notícias falsas.
Há também notícias falsas para histórias, como afirma o premiado jornalista COCKBURN “Todas as guerras sempre produzem falsas histórias de atrocidade, juntamente com atrocidades reais". Como no caso do Iraque, a coalizão afirmou que apenas um em 157 de seus 14 mil ataques aéreos no Iraque desde 2014 causou uma morte civil, mas a evidência de campo mostra que a taxa real é uma em cada cinco (COCKBURN, 2016).
A rapidez da disseminação da informação aumentou dramaticamente; indecentes afirmações falsas podem ser espalhadas pelo mundo de forma muito rápida independente do fato da capacidade das pessoas em detectar notícias falsas haver também aumentado (QUEIROZ, 2017).
Queiroz (2017), no ano de 1997, o filme “o quarto poder” retratou bem o poder que a mídia exerce sobre a sociedade e até onde ela é capaz de chegar para aumentar a sua audiência. Sendo o quarto poder brasileiro a mídia, que consegue com a sua força e poder o que almeja, conseguindo levar ao público o que quer e ser recebido pelos telespectadores da forma exata que transmitem.
Em seu livro afirma Gallo (2003) “a criação e o desenvolvimento dos meios de comunicação cada vez mais potentes tem contribuído tanto para alienação quanto para dominação e perpetuação de seu poder”. Algumas novelas que mostram isso é as que existem a inversão de valores e banalização da moral, como querem ser apresentados pelo poder da imprensa.
Cortez (2000) “ignorância é o centro da miséria, e assim sendo, a população brasileira está quase toda formada por verdadeiros miseráveis”. Também dizia ROUSSEAU “são os soberanos que fazem os miseráveis, e infelizmente estes soberanos contam com este quarto poder para a efetivação de seus intentos”.
Portanto a mídia expõe seu conteúdo com o intuito de levar para a sociedade as pautas necessárias para que fiquem informados, mas não conseguindo ser neutro apresentam de formas que a opinião aparece levando sempre para um lado da balança. A sociedade não é completamente de receptores que aceitam de tudo, são difíceis de serem manipulados, mas de certa forma são induzidos a escolher o que a mídia poderosa oferece.
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[1] Doutora em Direito pela PUC-MG, Professora de Direito do Centro Universitário Católica do Tocantins. Advogada. E-mail: [email protected].
Bacharelando em Direito pelo Centro Universitário Católica do Tocantins
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: CAVALCANTE, Arthur Quintanilha de Oliveira. A influência da mídia televisiva nas escolhas políticas da sociedade brasileira Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 24 dez 2020, 04:12. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/55961/a-influncia-da-mdia-televisiva-nas-escolhas-polticas-da-sociedade-brasileira. Acesso em: 22 nov 2024.
Por: SABRINA GONÇALVES RODRIGUES
Por: DANIELA ALAÍNE SILVA NOGUEIRA
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