PEDRO MANOEL CALLADO MORAES
(Orientador).
RESUMO: Neste presente artigo venho tratar sobre os atuais problemas causados pelo Racismo. Com a objetividade de atrair os olhares de toda a sociedade ao se voltarem naqueles que são afetados até hoje por motivos de racismo, buscando uma melhora junto as instituições de ensino e dentro da própria comunidade. A maneira como a nova era da sociedade chega e os meios para lidarem com o racismo.
Palavras-chave: Racismo. Preconceito. Sociedade. Vítima
A presente pesquisa tem como objetivo analisar o racismo nas instituições educacionais e refletir sobre o papel das escolas e faculdades no combate a essa problemática.
O racismo é um fenômeno histórico e presente em diferentes sociedades, que se manifesta de diversas formas, desde a discriminação até a violência física e simbólica. Essa forma de preconceito tem influência direta na construção social e cultural das pessoas, reforçando estereótipos e restringindo o acesso a oportunidades e recursos.
A educação é um campo crucial para o combate ao racismo, sendo que as escolas e faculdades são espaços fundamentais para a formação de cidadãos críticos, engajados socialmente e comprometidos com a promoção da equidade. No entanto, é preciso reconhecer que as instituições educacionais também são permeadas por práticas e discursos discriminatórios, que afetam a experiência e o desempenho dos estudantes de grupos étnico-raciais minoritários.
Nesse sentido, esta pesquisa pretende analisar as diferentes formas de manifestação do racismo nas instituições educacionais, identificando as barreiras e desafios enfrentados pelos estudantes e profissionais que lutam contra essa problemática. Além disso, a pesquisa busca refletir sobre a atuação das escolas e faculdades no combate ao racismo, considerando as políticas públicas, a legislação e as práticas pedagógicas que promovem uma cultura antirracista.
A relevância deste estudo está relacionada com a necessidade de se compreender o papel das instituições educacionais na promoção da equidade étnico-racial, bem como os desafios e oportunidades dessa atuação. Além disso, a pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias pedagógicas mais eficazes no enfrentamento do racismo nas escolas e faculdades.
Nesse sentido, a presente pesquisa se propõe a analisar como as escolas e faculdades podem contribuir para a formação de profissionais engajados na luta contra o racismo, promovendo uma educação antirracista e valorizando a diversidade étnico-racial. Para tanto, serão abordados temas como a representatividade na educação, a promoção da igualdade de oportunidades, o enfrentamento do preconceito e a desconstrução de estereótipos.
Por fim, espera-se que esta pesquisa possa contribuir para a reflexão e o debate sobre o racismo nas instituições educacionais, bem como para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas e políticas públicas que valorizem a diversidade e promovam a inclusão étnico-racial.
2 RACISMO: CONCEITO E HISTÓRICO
A história do racismo remonta aos tempos antigos, onde a ideia de que existem diferenças entre as raças era uma crença amplamente aceita. Diferentes culturas e sociedades têm manifestado o racismo de maneira variada, incluindo discriminação, preconceito e violência. A teoria da superioridade racial, que afirmava que algumas raças eram superiores a outras, foi amplamente difundida no século XIX e serviu de base para a justificativa do colonialismo e da escravidão. (FREITAS, 2016)
O racismo é um conceito complexo que envolve não apenas a crença na superioridade ou inferioridade de uma raça, mas também a prática de discriminação sistemática contra grupos raciais específicos. Essa discriminação pode se manifestar em diferentes contextos, incluindo políticas governamentais, práticas empresariais, interações sociais e práticas educacionais. (ALMEIDA, 2019)
Ainda hoje, o racismo continua a ser uma força poderosa em muitas sociedades ao redor do mundo, resultando em desigualdades econômicas, sociais e políticas para grupos raciais específicos. O racismo é uma construção social e cultural que se baseia em uma série de suposições falsas sobre as diferenças entre os grupos raciais, o que leva a consequências prejudiciais para os indivíduos e para a sociedade como um todo. (BERTULIO, 1989)
A influência do racismo na construção social e cultural é profunda e duradoura. O racismo influencia a maneira como indivíduos e grupos de indivíduos são percebidos, bem como as oportunidades que eles têm em suas vidas. A discriminação racial sistemática pode limitar o acesso a recursos e oportunidades, afetando negativamente a qualidade de vida e o bem-estar de indivíduos e comunidades inteiras. (BERSANI, 2016)
O racismo pode assumir muitas formas, incluindo a discriminação baseada na cor da pele, na aparência, no idioma, na religião ou na cultura. Essas formas de racismo são frequentemente interconectadas e podem se reforçar mutuamente, criando barreiras significativas para a igualdade e a justiça. (DUARTE, 2017)
A luta contra o racismo é um desafio contínuo para as sociedades ao redor do mundo. Embora os avanços tenham sido feitos em algumas áreas, o racismo ainda é uma realidade presente em muitos aspectos da vida cotidiana. É importante reconhecer e abordar o racismo em todas as suas formas, a fim de criar uma sociedade mais justa e igualitária. (MACHADO, 2016)
A história do racismo é complexa e multifacetada, e envolve uma série de fatores, incluindo a política, a economia, a religião e a cultura. A superação do racismo requer uma abordagem integrada que inclua mudanças estruturais, culturais e individuais. Isso envolve a conscientização e a educação sobre o racismo, bem como políticas e programas que promovam a igualdade e a justiça para todos os indivíduos. (ALMEIDA, 2019)
A luta contra o racismo estrutural na América Latina exige mais do que apenas a aplicação do direito penal. É necessário reconhecer a biopolítica como uma ferramenta de controle social que opera de forma a perpetuar a opressão racial. O sistema jurídico precisa ir além da punição de indivíduos racistas e enfrentar as estruturas sociais e políticas que mantêm o racismo vivo. (BAGGIO, 2019)
O racismo é uma questão global que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A história do racismo é uma história de exclusão e opressão, mas também de resistência e resiliência. É importante reconhecer essa história e trabalhar para um futuro mais justo e igualitário para todos os grupos raciais. (BERTULIO, 1989)
O racismo continua a ser uma questão crítica em muitos países do mundo. A luta contra o racismo envolve o reconhecimento das diferenças culturais e a promoção da igualdade e da justiça para todas as pessoas. Isso envolve o engajamento de indivíduos e comunidades, bem como políticas e programas governamentais que promovam a inclusão e a diversidade. (FREITAS, 2016)
A história do racismo é uma história de exclusão e opressão, mas também de resistência e resiliência. É importante reconhecer essa história e trabalhar para um futuro mais justo e igualitário para todos os grupos raciais. Isso requer um esforço coletivo para combater o racismo em todas as suas formas e promover a igualdade e a justiça para todos. (ALMEIDA, 2019)
3 MANIFESTAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DE RACISMO
A sociedade contemporânea ainda padece com a presença do racismo, que se manifesta em diversas formas e contextos. Entre as manifestações mais visíveis, destacam-se as situações de discriminação racial, que ocorrem com frequência em espaços públicos, privados e virtuais. (FREITAS, 2016)
As situações de discriminação racial costumam ser baseadas em estereótipos e preconceitos que desvalorizam as pessoas negras e os demais grupos étnicos historicamente marginalizados. Essas práticas podem ser bem sutis e não são necessariamente acompanhadas de agressão física, mas são igualmente danosas e perpetuam a desigualdade social. (ALMEIDA, 2019)
O racismo também se manifesta nas formas estruturais de desigualdade, que prejudicam as pessoas negras em termos de acesso a serviços básicos e oportunidades de trabalho, educação e lazer. Essas desigualdades são produto de uma história de exclusão e opressão, que se reflete nas estruturas sociais e políticas da atualidade. (BERSANI, 2016)
Em muitos casos, o racismo se manifesta na forma de microagressões, que são comentários ou comportamentos que desvalorizam pessoas negras e outros grupos étnicos minoritários. Essas agressões podem parecer inofensivas, mas são altamente prejudiciais e contribuem para a perpetuação de um clima de hostilidade e exclusão. (DUARTE, 2017)
Além disso, o racismo também se manifesta na supressão da cultura e da arte negras, bem como na falta de representatividade nas mídias e nas instituições públicas e privadas. Essa falta de representatividade reforça a ideia de que as pessoas negras são inferiores e não têm contribuições valiosas a oferecer à sociedade. (MACHADO, 2016)
O racismo estrutural também pode ser visto nas práticas de vigilância e controle social que afetam de maneira desproporcional as pessoas negras. Isso se reflete em políticas de segurança pública e em práticas de segregação em espaços públicos e privados. (ALMEIDA, 2019)
A discriminação racial ainda é uma realidade presente na sociedade, inclusive no âmbito jurídico. É importante reconhecer que o racismo não é apenas um problema individual, mas sim uma questão estrutural que precisa ser combatida coletivamente. Para isso, é necessária uma abordagem crítica e reflexiva sobre as relações raciais no Direito. (BERTULIO, 1989)
A discriminação racial também é um problema que afeta as relações interpessoais e familiares, pois as atitudes e comportamentos racistas podem ser internalizados pelas pessoas desde a infância. É importante, portanto, que as famílias sejam incentivadas a dialogar sobre essas questões e a conscientizar-se sobre o papel que desempenham na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. (DUARTE, 2017)
O racismo institucional é um fenômeno complexo e sutil que se manifesta de maneira sistemática em diversas áreas da sociedade, inclusive no sistema jurídico. Esse tipo de racismo não se limita a atitudes individuais, mas está enraizado nas estruturas e políticas das instituições, perpetuando a desigualdade e a exclusão de grupos radicalizados. A compreensão desse conceito é fundamental para o enfrentamento e a superação do racismo na(o) Direito. (SOUZA, 2011)
O racismo também pode ser observado nas práticas de trabalho, nas quais as pessoas negras são muitas vezes subvalorizadas e sub-remuneradas. Isso é especialmente verdadeiro em ocupações de baixo status e remuneração, nas quais as pessoas negras são frequentemente empregadas. (ALMEIDA, 2019)
Além disso, o racismo também se manifesta nas práticas de saúde, pois as pessoas negras têm maior probabilidade de sofrer de doenças crônicas e de ter acesso limitado aos serviços de saúde. Isso se reflete em desfechos de saúde desfavoráveis e em uma expectativa de vida mais curta. (BERSANI, 2016)
4 O RACISMO NAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
O racismo é um fenômeno histórico que influenciou a construção social e cultural de diversas sociedades. Nas instituições educacionais, suas manifestações estão presentes de diversas formas, seja por meio da discriminação, do preconceito ou da desigualdade racial. Essas práticas afetam diretamente o desenvolvimento educacional, emocional e psicológico de estudantes negros, afetando sua autoestima e desmotivando sua permanência nas escolas. (FREITAS, 2016)
São diversos os casos de discriminação racial nas escolas e faculdades, envolvendo desde a prática de bullying até a exclusão de estudantes negros. A falta de representatividade étnico-racial é outro problema enfrentado pelas instituições educacionais, já que a cultura da exclusão muitas vezes é perpetuada pela ausência de professores e conteúdo que reflitam a diversidade étnica e cultural. (ALMEIDA, 2019)
Promover uma educação antirracista é uma das formas mais efetivas de combater o racismo nas instituições educacionais. Isso envolve estratégias pedagógicas que valorizem a diversidade e promovam a cultura do respeito e da inclusão. Além disso, é fundamental que as escolas e faculdades implementem políticas de inclusão e ações afirmativas para garantir a diversidade e a representatividade em seu corpo docente e discente. (FREITAS, 2016)
As escolas têm um papel fundamental na promoção de uma cultura antirracista. Para tanto, é preciso que haja uma abordagem pedagógica comprometida com a desconstrução de estereótipos e a promoção do diálogo intercultural. A criação de espaços de escuta e acolhimento também é importante, pois garante um ambiente seguro e acolhedor para estudantes negros que enfrentam situações de discriminação. (ALMEIDA, 2019)
As políticas públicas e legislação voltadas para o combate ao racismo nas escolas e faculdades são importantes para garantir a efetividade das ações afirmativas e promover a cultura do respeito e da inclusão. A criação de espaços e programas que promovam a reflexão e o diálogo sobre questões raciais também é importante, pois permite que estudantes e profissionais do ensino possam discutir e refletir sobre a importância da diversidade étnico-racial. (BERSANI, 2016)
Na formação de profissionais comprometidos com a luta contra o racismo, as faculdades têm um papel importante. É fundamental que essas instituições de ensino promovam a inclusão de disciplinas, projetos de extensão e atividades extracurriculares que abordem questões raciais. Isso permite que os futuros profissionais possam estar preparados para atuar de forma antirracista em suas áreas de atuação. (DUARTE, 2017)
A existência do racismo estrutural na sociedade é um obstáculo para o pleno exercício do direito à educação por pessoas negras. Esse sistema de opressão opera de forma silenciosa, mas constante, perpetuando desigualdades e limitando as oportunidades de acesso à educação de qualidade. É fundamental que se reconheça a existência desse fenômeno e se busque formas de combatê-lo, para que a educação se torne um espaço de inclusão e igualdade. (BERSANI, 2017)
O racismo ainda é um problema latente na sociedade brasileira, mesmo diante dos avanços na legislação e das políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade racial. As dinâmicas de reconhecimento e invisibilizarão do racismo revelam a complexidade desse fenômeno social, que se manifesta de maneiras diversas e nem sempre explícitas. A compreensão do papel do direito nesse contexto é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. (MACHADO, 2016)
A criminologia brasileira precisa urgentemente abordar o poder, o racismo e o direito como temas centrais de suas pesquisas. É necessário entender como esses fatores se interligam e perpetuam a desigualdade social e racial no país. Além disso, é preciso reconhecer que o Direito muitas vezes é utilizado como instrumento de opressão e exclusão, em vez de ser uma ferramenta de justiça e igualdade. (FREITAS, 2016)
A representatividade na educação é fundamental para garantir a valorização da diversidade étnico-racial. É importante que as instituições de ensino valorizem a presença de profissionais e conteúdo que reflitam a diversidade étnica e cultural. Isso permite que os estudantes possam se identificar e sentir representados, o que contribui para a promoção da autoestima e do sentimento de pertencimento. (BERSANI, 2016)
O enfrentamento do racismo na prática educacional envolve a adoção de práticas e estratégias que promovam a desconstrução de estereótipos e a valorização da diversidade étnico-racial. O diálogo intercultural é uma das formas mais efetivas de promover a cultura do respeito e da inclusão. É fundamental que as instituições de ensino criem espaços de escuta e acolhimento para estudantes negros que enfrentam situações de discriminação. (ALMEIDA, 2019)
5 O PAPEL DAS ESCOLAS NO COMBATE AO RACISMO
As escolas têm um papel fundamental na promoção de uma cultura antirracista. É por meio da educação que é possível formar cidadãos conscientes e críticos, capazes de reconhecer e combater o racismo em todas as suas formas. Nesse sentido, é importante que as escolas adotem estratégias pedagógicas que valorizem a diversidade étnico-racial e combatam o preconceito e a discriminação. (MACHADO, 2016)
Uma das estratégias pedagógicas que pode ser adotada pelas escolas é a inclusão de temas relacionados ao racismo nos currículos escolares. É preciso que os alunos aprendam sobre a história do racismo, sobre o impacto do racismo nas relações sociais e sobre a importância da luta contra o racismo. Além disso, é fundamental que os professores estejam preparados para lidar com questões relacionadas ao racismo em sala de aula. (ALMEIDA, 2019)
Outra estratégia importante é a promoção de políticas de inclusão. É preciso que as escolas sejam lugares acolhedores e seguros para alunos de todas as etnias. Isso pode ser feito por meio de ações como a contratação de professores negros e a adoção de políticas de inclusão de alunos de baixa renda. É fundamental que a escola esteja aberta para a diversidade e que valorize as diferentes culturas. (BERSANI, 2016)
Um aspecto importante na promoção de uma cultura antirracista é a valorização da diversidade étnico-racial. É preciso que as escolas reconheçam a importância da diversidade e que promovam a valorização das diferentes culturas. Isso pode ser feito por meio da inclusão de atividades culturais, da realização de eventos que promovam a diversidade e da adoção de políticas de inclusão que valorizem as diferenças. (FREITAS, 2016)
Um dos principais desafios na promoção de uma cultura antirracista é o combate aos estereótipos e preconceitos. É preciso que as escolas adotem políticas de combate ao preconceito e que valorizem a diversidade. É preciso que os alunos compreendam que o preconceito é uma forma de discriminação e que pode ser prejudicial para as relações sociais. (ALMEIDA, 2019)
Uma das formas de combater o racismo é por meio da conscientização. É importante que as escolas promovam a conscientização sobre a importância da luta contra o racismo. Isso pode ser feito por meio da realização de atividades que abordem o tema, da criação de espaços de diálogo e reflexão e da adoção de políticas de inclusão que valorizem a diversidade. (DUARTE, 2017)
O racismo institucional é uma violação dos direitos humanos e, no contexto da saúde, pode ter consequências graves para a vida e o bem-estar das pessoas. As desigualdades raciais na saúde são evidentes e persistentes, e a discriminação racial pode influenciar desde o acesso aos serviços de saúde até o tratamento recebido pelos pacientes. É importante reconhecer e enfrentar o racismo institucional como uma questão de justiça social e como uma forma de garantir que todos tenham acesso igualitário aos cuidados de saúde. (SILVA, 2021)
As escolas têm um papel importante na promoção da igualdade racial. É preciso que as escolas adotem políticas de inclusão que valorizem a diversidade e combatam o preconceito e a discriminação. É fundamental que os alunos sejam educados para serem cidadãos conscientes e críticos, capazes de reconhecer e combater o racismo em todas as suas formas. (BERSANI, 2016)
O racismo estrutural é uma realidade presente em diversas esferas sociais, inclusive no Direito. A discriminação racial é perpetuada por meio de normas e práticas que parecem neutras, mas que têm impactos desproporcionais sobre grupos minoritários. É importante reconhecer a existência desse problema e buscar soluções para combatê-lo de forma efetiva. (ALMEIDA, 2019)
Para combater o racismo nas escolas, é preciso que sejam adotadas medidas concretas que promovam a inclusão e a diversidade. Isso pode ser feito por meio da contratação de profissionais negros, da inclusão de temas relacionados ao racismo nos currículos escolares e da criação de espaços de diálogo e reflexão. Além disso, é importante que os alunos sejam educados para respeitar a diversidade e a valorizar as diferentes culturas. (FREITAS, 2016)
O racismo estrutural é um problema persistente na sociedade, que se manifesta de diversas formas, inclusive nas relações de trabalho. É necessário reconhecer que o direito à desestratificação é fundamental para garantir a igualdade de oportunidades e combater o racismo institucional. Além disso, é importante que as empresas adotem medidas efetivas para promover a diversidade e inclusão em seus ambientes de trabalho. (BERSANI, 2016)
O combate ao racismo nas escolas é uma tarefa complexa, mas fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É preciso que as escolas adotem políticas de inclusão que valorizem a diversidade e que promovam a igualdade racial. É fundamental que os alunos sejam educados para serem cidadãos conscientes e críticos, capazes de reconhecer e combater o racismo em todas as suas formas. (MACHADO, 2016)
6 POLÍTICAS PÚBLICAS E LEGISLAÇÃO DE COMBATE AO RACISMO NAS INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
As políticas públicas e legislação de combate ao racismo nas instituições educacionais são fundamentais para promover a igualdade racial e combater a discriminação. A implementação de ações afirmativas e a criação de espaços de diálogo e reflexão são algumas das estratégias que podem ser adotadas para enfrentar o racismo nas escolas e faculdades. Nesse sentido, é necessário analisar as políticas públicas e legislação voltadas para o combate ao racismo e avaliar como elas podem contribuir para promover uma cultura antirracista nas instituições educacionais. (ALMEIDA, 2019)
As políticas públicas são instrumentos de transformação social que visam garantir direitos e promover a igualdade. No caso do combate ao racismo, existem diversas políticas que têm como objetivo promover a igualdade racial e combater a discriminação. Entre elas, destacam-se as políticas de ação afirmativa, que buscam corrigir desigualdades históricas e garantir a inclusão de grupos historicamente marginalizados. (BERSANI, 2016)
Além das políticas públicas, a legislação também tem um papel fundamental no combate ao racismo nas instituições educacionais. A Constituição Federal de 1988, por exemplo, estabelece que é dever do Estado garantir a educação e promover a igualdade de oportunidades. Já a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, prevê a promoção da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, sem discriminação. Há ainda o Estatuto da Igualdade Racial, de 2010, que estabelece medidas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial. (FREITAS, 2016)
A discriminação racial é um problema presente em diversas áreas da sociedade, inclusive no sistema de justiça criminal. A falta de representatividade de grupos minoritários no poder judiciário e a aplicação desigual da lei contribuem para a perpetuação do racismo nas instituições. Além disso, a criminologia tradicional muitas vezes reproduz estereótipos raciais, o que influencia na forma como os crimes são investigados e julgados. É importante reconhecer a existência desse problema e buscar soluções para combatê-lo. (DUARTE, 2017)
A implementação de ações afirmativas nas instituições educacionais é uma das formas de garantir a inclusão de grupos historicamente marginalizados. Entre as ações afirmativas, destacam-se a reserva de vagas para negros e indígenas em cursos superiores e escolas técnicas, bem como a adoção de cotas raciais em concursos públicos. Essas medidas têm como objetivo garantir o acesso de grupos historicamente excluídos à educação e reduzir as desigualdades raciais. (ALMEIDA, 2019)
Além da implementação de ações afirmativas, é necessário criar espaços de diálogo e reflexão sobre questões raciais nas instituições educacionais. A promoção de debates, palestras e oficinas sobre racismo, discriminação e preconceito pode contribuir para a conscientização da comunidade escolar sobre a importância da igualdade e da valorização da diversidade. Esses espaços também podem ser utilizados para a criação de políticas internas de combate ao racismo e para a elaboração de projetos de inclusão e promoção da diversidade étnico-racial. (BERSANI, 2016)
As políticas públicas e legislação de combate ao racismo nas instituições educacionais devem ser pensadas de forma integrada, considerando as diferentes dimensões da problemática racial. É preciso levar em conta não apenas a inclusão de grupos historicamente marginalizados, mas também a promoção do diálogo intercultural e a desconstrução de estereótipos e preconceitos. Dessa forma, as políticas públicas e a legislação podem contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. (ALMEIDA, 2019)
No entanto, é importante ressaltar que a implementação dessas políticas e medidas não é suficiente para eliminar o racismo nas instituições educacionais. É necessário que haja um compromisso efetivo por parte das instituições e da sociedade como um todo na luta contra o racismo e na promoção da igualdade racial. A formação de profissionais antirracistas, a valorização da diversidade étnico-racial e a criação de espaços de escuta e acolhimento são algumas das estratégias que podem ser adotadas para enfrentar o racismo na prática educacional. (FREITAS, 2016)
Ao longo deste trabalho, foram discutidos diversos aspectos relacionados ao tema do racismo, desde sua conceituação e histórico até suas manifestações contemporâneas e impactos nas instituições educacionais. Ficou claro que o racismo não é uma questão do passado, mas sim uma realidade presente em nossa sociedade, que afeta negativamente a vida de milhões de pessoas.
Uma das principais reflexões que emergem deste estudo é a necessidade de se promover uma educação antirracista, que reconheça e valorize a diversidade étnico-racial presente em nossa sociedade. É fundamental que as escolas e faculdades assumam um papel ativo no combate ao racismo, por meio de estratégias pedagógicas que promovam o diálogo intercultural, a inclusão e a desconstrução de estereótipos.
Além disso, é importante destacar o papel das políticas públicas e da legislação no combate ao racismo nas instituições educacionais. A implementação de ações afirmativas, por exemplo, pode ser uma forma eficaz de promover a inclusão e a representatividade de grupos historicamente marginalizados.
Outro aspecto que merece atenção é a necessidade de se formar profissionais comprometidos com a luta contra o racismo. As faculdades têm um papel fundamental nesse sentido, por meio da inclusão de disciplinas e projetos de extensão que abordem questões raciais e promovam uma reflexão crítica sobre a realidade social.
A representatividade também é uma questão importante a ser considerada. É fundamental que as instituições educacionais contem com profissionais e conteúdo que reflitam a diversidade étnico-racial presente em nossa sociedade. Isso pode contribuir para a identificação e a valorização de diferentes grupos, além de promover um ambiente mais inclusivo e diverso.
No que diz respeito às práticas e estratégias de enfrentamento do racismo na prática educacional, é importante destacar a importância do diálogo intercultural e da promoção de espaços de escuta e acolhimento. A desconstrução de estereótipos e a promoção da empatia também são fundamentais nesse processo.
Em relação aos possíveis direcionamentos para futuras pesquisas e ações, é necessário continuar aprofundando o debate sobre o racismo nas instituições educacionais, buscando compreender suas diversas dimensões e impactos. Também é importante desenvolver estratégias eficazes de combate ao racismo, por meio da implementação de políticas públicas e da formação de profissionais comprometidos com a luta contra a discriminação racial.
Em suma, este trabalho evidenciou a urgência de se promover uma educação antirracista, que reconheça e valorize a diversidade étnico-racial presente em nossa sociedade. É preciso enfrentar o racismo de forma efetiva e comprometida, por meio de práticas e estratégias que promovam a inclusão, a representatividade e o diálogo intercultural.
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Graduando em Direito pela Universidade Brasil. Campus Fernandópolis.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: BORGATO, Gabriel Moraes. Racismo e sua interferência na sociedade e as dificuldades no seu combate Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 22 ago 2023, 04:29. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/62637/racismo-e-sua-interferncia-na-sociedade-e-as-dificuldades-no-seu-combate. Acesso em: 23 nov 2024.
Por: LEONARDO DE SOUZA MARTINS
Por: Willian Douglas de Faria
Por: BRUNA RAPOSO JORGE
Por: IGOR DANIEL BORDINI MARTINENA
Por: PAULO BARBOSA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO
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