Visando decrescer o número de acidentes de trabalho, é recomendável o uso de metodologias como capacitações, treinamentos, campanhas de conscientização, utilização de equipamentos de proteção, entre outros. Quando se trata do tema segurança do trabalho, é imprescindível a missão de qualquer empresa atuar diretamente com o ser humano e sua imprevisibilidade. Para tanto, conhecimento, educação e comunicação formam uma tríade e são fatores essenciais em qualquer inter-relação. Assim, a empresa deve criar condições para que os colaboradores sejam estimulados a reconhecer melhor o seu ambiente e melhorarem a capacidade de julgamento.
Percebe-se em muitas organizações a necessidade de acompanhar ou até mesmo de monitorar o aprendizado de seus colaboradores, ou seja, o quanto do aprendizado foi ou está sendo aplicado nas atividades do dia a dia do colaborador. Este esforço passa pelo entendimento e aplicação de alguns conceitos envolvendo Disciplina Operacional e de Responsabilidade de Linha que, via de regra, são todos oriundos da atitude e do comportamento por parte das lideranças e seus colaboradores.
Se olharmos o orçamento anual das empresas e órgãos governamentais, encontraremos valores financeiros substanciais (na casa de cinco a seis dígitos) voltados à capacitação, treinamentos e sensibilizações de diferentes formas. Dados estatísticos mundiais apontam que as organizações de classe mundial em países desenvolvidos comprometem, em média, algo como 8% do tempo do colaborador com capacitações e treinamentos da força de trabalho.
Infelizmente, no Brasil (leia-se América Latina), este número oscila ainda em 1 a 2%, com raras e boas exceções. Isto está associado, muitas vezes, à dúvida dos gestores quanto a real aplicação do aprendizado por parte do colaborador, qualidade das capacitações, monitoramento do aprendizado e sua aplicabilidade na tarefa do dia a dia etc.
Assim, os aspectos ligados à segurança e à saúde do colaborador não devem ocorrer de forma tardia. A promoção de seminários e capacitações deve ser levada em conta. Isso é uma questão de educação, ou seja, é importante o indivíduo assimilar, de forma clara e efetiva, os preceitos de segurança do trabalho que lhe são passados em relação às suas atividades laborais.
O Programa de Observação Comportamental é um exemplo de sucesso no qual o colaborador adquire o conhecimento e tem um mecanismo estruturado para monitorar seu aprendizado e aplicabilidade. Dessa forma, o direcionamento para este tema deve fazer parte do desenvolvimento educacional e o seu consequente desempenho profissional.
Cabe às organizações, desde a admissão do funcionário, prepará-lo para atuar de forma ativa no contexto da sua segurança e de seus companheiros de trabalho, por meio de treinamento sobre as atividades executadas, reconhecimento do ambiente que o cerca e as possibilidades de sua atuação de forma segura. Assim, uma companhia pode assumir verdadeiramente o papel de prevenção em um ambiente de trabalho.
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