RESUMO: É nossa pretensão no presente trabalho, reportando-nos a um breve estudo da natureza humana e da sociedade, pelo fato de acreditarmos encontrar nessas estruturas diretrizes para que possamos estabelecer o raciocínio necessário para entendermos um pouco melhor a sociedade e bem como as estruturas políticas e sociais. Para que possamos desenvolver nosso trabalho, iremos nos utilizar de algumas obras do filósofo e teórico político Thomas Hobbes.
Palavras-Chave: Sociedade; política; natureza humana.
ABSTRACT: It is our intention in this work, reporting on a study of human nature and society, for the fact that we believe meet in these structures guidelines so that we can establish the reasoning necessary to understand a little better the society as well as the political structures. So we can develop our work, we will use some works of the philosopher and political theorist Thomas Hobbes.
Key-word: Society; politics; human nature.
Introdução
Conforme o filósofo e teórico Thomas Hobbes escrevia em suas obras, antes de conhecer a sociedade, devemos conhecer o homem, pois a sociedade é criação do homem.
No cenário político em que nos encontramos, a discussão a respeito de política e de organização social se faz de tamanha importância, visto as distorções éticas e morais que acompanhamos.
Escolhemos nos apoiar nesta pequena discussão, às obras do grande filósofo acima mencionado, uma vez que, “Thomas Hobbes é autor obrigatório para todos aqueles que se interessam por filosofia política (na verdade, para todos aqueles que se interessam por política, pela ótica de qualquer campo teórico)” (SILVA, 2009, p. 11).
Hobbes, na maior parte dos seus estudos, volta-se à investigação das causas que levam à formação de corpos políticos, ou seja, a formação de Estados dentro do contexto natural de convivência dos seres, necessidade decorrente do crescimento populacional que culmina com o abandono do estado de natureza, em que “todos detinham o direito sobre todas as coisas”. (HOBBES, 2004, p. 32), entregando-se à civilização, ou melhor, à sociedade, movidos pelo “medo mútuo que nutriam uns pelos outros”. (HOBBES, 2004, p. 32).
Nesse novo estado, entregues a um governo, instituído com o fim de preservar-lhes a paz e a segurança, uma vez que, no estado de natureza, vive-se em constante guerra “de todos os homens contra todos os homens”. (HOBBES, 1983, p. 75), passam, os homens, a ser submetidos a um conselho, que delibera sobre regras de convivência dentro da sociedade. Essas regras deveriam, em tese, permitir que as suas relações fossem regidas pela harmonia e passividade.
Pela lógica de suas investigações, Thomas Hobbes refere-se a fatores que se mostraram fundamentais para a mudança do estado natural para o social, tais como, as paixões naturais do homem, incluindo nestas, o cuidado com a própria conservação, a busca do que lhe seja mais agradável, o constante estado natural de guerra contra os demais da sua espécie, como acima reportado, a falta de segurança em que viviam, uma vez que totalmente livres agiriam apenas com base em seus instintos individuais, não se importando, para tanto, caso fosse necessário, em tirar a vida de seu desafeto, com o fim único de satisfazer-se; e o medo mútuo que nutriam uns pelos outros, em consequência desse estado pleno de liberdade.
Para Hobbes, de um estado degradante, no qual não haveria progresso, o homem passa para o convívio em sociedade, movido pelo fim maior: preservação e satisfação das próprias necessidades.
Diante dessas premissas, podemos analisar melhor as construções sociais, levando o nosso foco, para o próprio direito.
Objetivos
Um melhor entendimento da natureza humana, pode nos levar a estabelecer uma perspectiva, uma representação de como é, ou de como será a sociedade, o meio social a qual esse ser pertence.
Logo, podemos conhecer melhor os seus acertos, os seus erros, e ao menos, nos aproximarmos do melhor entendimento sobre o meio social ao qual estamos inseridos.
Pela lógica de suas investigações, Thomas Hobbes refere-se a fatores que se mostraram fundamentais para a mudança do estado natural para o social, tais como, as paixões naturais do homem, incluindo nestas, o cuidado com a própria conservação, a busca do que lhe seja mais agradável, o constante estado natural de guerra contra os demais da sua espécie, como acima reportado, a falta de segurança em que viviam, uma vez que totalmente livres agiriam apenas com base em seus instintos individuais, não se importando, para tanto, caso fosse necessário, em tirar a vida de seu desafeto, com o fim único de satisfazer-se; e o medo mútuo que nutriam uns pelos outros, como anteriormente também referido, em consequência desse estado pleno de liberdade.
Com relação às paixões naturais dos homens, Hobbes fornece estudos de grande importância, analisando, com toda a sua propriedade teórico-filosófica, a natureza humana, em seus detalhes mais reveladores. Detalhes esses que atuam, de certa forma, como elementos decisivos para a análise e interpretação dos diversos mecanismos históricos e sociais que foram sendo construídos ao longo do tempo, dentre eles, o Estado, como o próprio filósofo se refere em seus textos, como também a religião, a propriedade privada, a família e o direito.
Enfim, para o filósofo, todas as construções sociais, assim como o direito, o Estado, o governo, foram sendo desenvolvidas, para saciar as vontades humanas, e igualmente, desenvolvidas tendo como base, a sua própria natureza.
Metodologia
Desenvolveremos nossa metodologia através de estudos e pesquisas textuais.
Espera-se com essa pesquisa, atingir o maior número de pessoas possível, na tentativa de desenvolver uma análise crítica da sociedade como um todo.
Resultados
Observamos que, no geral, os aglomerados humanos enfrentam diversos problemas políticos, culturais e sociais, envolvendo, quase em seu todo, desvios éticos e morais.
Tendo por base, as construções filosóficas de Thomas Hobbes, espera-se conseguir, ao menos, apontar os motivos que levam a esses desvios de princípios e condutas sociais.
Analises e Discussões
Ao longo dos textos de Thomas Hobbes, percebemos que o filósofo, aponta como causa maior das guerras, desavenças e discórdias sociais, o próprio homem.
Aponta igualmente, que as construções sociais, assim como o Estado, a política, o Direito, a religião, a escola etc., são como são, porque o homem é como é. Se apresentam falhas e são fadadas a corrupção, são assim porque o homem também o é.
Para ele, o homem, por natureza, é um ser egoísta, invejoso, vaidoso, orgulhoso, ambicioso, voltado apenas para os seus próprios interesses, sejam eles de ordem material ou não. Em sua concepção, os homens só se preocupam com os demais, quando esperam algum tipo de benefício próprio, ou lucro, comprovando assim que o altruísmo não é o estado natural, mas sim, um estado moldado.
Conclusão
Conclui-se que, para entendermos melhor a sociedade, e bem como, as construções sociais, devemos entender melhor o homem, pois é neste que estão as respostas para entendermos o constante antagonismo que vivenciamos diante do ser e do dever ser sociais, principalmente no que diz respeito ao direito, ao Estado e à política.
Referências
HOBBES, Thomas. A natureza humana. Tradução, introdução e notas de João Aloísio Lopes. Revisão do S.P.F.C. São Paulo: Imprensa nacional – casa da moeda, 1983.
______. Do cidadão. Tradução de Fransmar Costa Lima. São Paulo: Martin Claret, 2004.
______. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os pensadores).
______. Os elementos da lei natural e política. Tradução de Bruno Simões. Revisão da tradução de Aníbal Mari. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
SILVA, Hélio Alexandre da. As paixões humanas em Thomas Hobbes. Entre a ciência e a moral, o medo e a esperança. São Paulo: Cultura acadêmica, 2009.
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